Tamires Justino

Sinceramente, esse final foi muito lixo. Foi pior do que eu esperava e imaginava. Se eu fosse o produtor da série não tentava fazer um revival kkk

A genialidade dessa temporada está no conflito moral e ético dos personagens. Uma das coisas que eu mais gosto é de ouvir são os pensamentos do Dexter... Tem horas que ressoa lá no fundo e eu não sei se é pela existência do "Dark Passenger", embora cada um tenha um pouco dessa escuridão dentro de si.
Jogaram muito bem com o conflito religião x fé, quando o Dexter fala que o Travis usou Deus para fazer bárbarie e não o contrário.
E gente, pelamor, o amor da Debra pelo Dexter faz sentido sim!
E, por fim, sempre vi comentários gerais que os dois brigam e não sabia o motivo, até acontecer a última cena da temporada...

A conspiração contra os Rajneeshees e a comunidade em si vai além da xenofobia. O estado de Oregon e a política neoliberal norte americana se viram ameaçados frente uma sociedade com valores minimamente socialistas incluindo o bem estar como uma moeda de troca. A princípio, antes de tudo começar a dar errado, eles tiraram pessoas em situação de vulnerabilidade da rua, deram um teto, um senso de pertencimento e perspectiva de futuro. Coisa que o governo é incapaz de fazer, inclusive hoje, num cenário de pandemia. Acredito que os promotores, FBI e afins se organizaram para acabar com essa possível ameaça oriental em terras onde o capitalismo é selvagem. Sheela foi a pessoa mais ambígua e mais interessante do documentário todo e a última fala dela me emocionou muito: "Eu tenho que conviver comigo mesma. E com isso, eu tenho que olhar para dentro. Quem sou eu? O que sou eu? Por que sou eu? Não é bom nem mau, certo nem errado, preto nem branco. Claro, não se quando eu morrer irei para o inferno ou para o céu. Mas não importa. Para onde quer que eu vá, criarei meu próprio paraíso".