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26 years, Belém, Pará (BRA)
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Amante do cinema contemporâneo e de novas formas de se expressar em qualquer mídia.

Últimas opiniões enviadas

  • Victor

    Uma das coisas que faz “As Memórias de Marnie” ser um filme tão maravilhoso é sua capacidade de trabalhar a dualidade no espectador mais sério. Considero-me um cara meio chato pra cinema ás vezes, principalmente quando o filme é muito melancólico, mas isso não acontece neste. Durante o filme, me envolvi fortemente com Marnie e Anna, e pude entendê-las do início ao fim da longa. Seus sentimentos, amizades e aventuras entraram fortemente no meu coração, mas ao mesmo tempo em que aproveitava a leveza de um amor na juventude, encarado de maneira natural e séria, pude também analisar, ao mesmo tempo, uma visão extremamente contrária durante o filme: a de que Marnie, provavelmente, não era real. Tudo indicava isso, que Marnie era ou sobrenatural, ou fruto da imaginação de Anna. Pode-se sentir uma conexão forte com as duas, até de certo modo romântica. Isso me fez querer sempre investigar a origem de Marnie, mas ao mesmo tempo, "shippar" as personagens, mesmo sabendo que uma delas pode não ser real. Fica ai então a dualidade: saber que Marnie pode ser algo imaterial, mas querer uma relação material com as personagens.

    Esse duplipensamento me fez ver o filme sempre com olhos diferentes. Estava ou feliz, melancólico, cético, decepcionado... Enfim, a avalanche de emoções com quem se emociona fortemente com uma personagem. Acabou sendo uma experiência marcante demais para mim.

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    Mas, julgam mal aqueles que pensam que o amor que Anna sentia por Mernie era puramente romântico. O amor era a primeira vista, elas desde o primeiro olhar já sabiam que estavam conectadas. E o amor permanece mesmo depois de saber que era sua avó. O amor vive em uma forma sublime, e talvez, ele sempre foi assim: um amor longe de desejo, longe do beijo, (algo que o Studio Ghibli raramente ou nunca usa), um amor feito no estar presente e no não estar presente. É um amor focado nas emoções sentidas, na capacidade de amar um ser humano e saber que trocas e favores estão longe da realidade, e que o compromisso é visto não como algo que faz perder o tesão a vida, mas que remete a vida em si, e torna o ser mais propenso a humanidade. O amor que transforma. O amor que nos faz ser. O amor sublime. E um amor que, não necessariamente, está preso as camadas do tempo e do espaço. Este amor faz Anna ver beleza na vida, e reconhecer o amor de sua mãe adotiva. O amor transformando o ser.

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  • Victor

    Gene Hackman teve uma atuação tão fantástica quanto á direção e o roteiro de Coppola, que misturou os gêneros cinematográficos, indo de drama psicológico até suspense no mesmo filme.

    O modo como o personagem de Gene é desconexo das suas ações e dos outros á sua volta, como se escondesse algo no fundo de si, e como ele rejeita contato e exteriorização dos sentimentos é frio e deliciosamente bem feito. A atuação junto com os diálogos (e a falta deles) fazem uma representação fantástica da paranoia de um homem moderno.

    Sem contar na belíssima e curiosa conversação, a maior personagem do filme... parece que a mente de Harry Caul é um tocador de fitas, no qual a conversa principal se repete infinitamente, o perseguindo da mesma maneira que a culpa pelos assassinatos que ocorreram. A dor do passado é dura e inigualável com qualquer lástima presente, e a redenção é um tema chave neste longa.

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    "He'd kill us if he got the chance."

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  • Victor

    Dentro de um ângulo, podemos considerar Fink (nome escolhido á dedo, aliás) como uma vítima no mundo hollywoodiano: um artista que quer expressar a beleza de seus pensamentos interiores, que está preso em mundo onde sua capacidade artística é limitada pelo poder da grandes corporações do mundo de entretenimento, visando ter não uma obra, mas um produto que venda bem. Um homem querendo fazer arte num mundo que inverteu o papel da mesma, tornando ela mero entretenimento.

    Entretanto, pode-se ver também o Fink arrogante, que, dentro de um surto da sua própria genialidade, é mostrado um mero ignorante da classe que diz representar, onde, ao tentar fazer um filme para o homem comum, se encontra num cenário onde ele não conhece tal homem, fazendo ele negar seu próprio desconhecimento, e dizer estar "faltando inspiração". A realidade é que, talvez, Fink utilizasse o "homem comum" como artificio artístico, e por mais que o conceito seja mais bonito do que é na teoria, na prática, ele é só mais um querendo expressar seus sentimento mais íntimos a partir de sua arte, através de um discurso questionável. A ironia nisso tudo é que o homem comum não se importa a miníma com os escritos que Fink faz, e que o filmes e as obras que esta classe procura sejam os "filmes B", que nosso personagem tem tanta dificuldade de escrever.

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    Algo recorrente na filmografia dos Coen, o final de seus filmes tentam fazer uma síntese de todo conteúdo passado, e queo humor e drama que este transmitiu durante sua exibição tem um fundo reflexivo e ás vezes crítico, sendo este final geralmente de difícil interpretação. Ao meu ver, as últimas cenas quiseram representar, através do conceito do quadro, que Fink durante o filme tentar observar para ter tal inspiração, justamente isso: a inspiração que o personagem diz ter, no homem comum, na simplicidade. Porém, ele durante quase todo o filme só tinha menos que a noção; o senso comum sobre essa inspiração, ou seja, só tinha a mimésis desta á sua frente. No final, ele encara ela frente a frente, e percebe como ela é bela realmente, e que nunca tinha parado para apreciar a realidade da "realidade".

    Barton Fink é um filme sobre a indentidade do artista moderno, quem é esse artista, como esse artista se comporta diante da sociedade corporativista, como ele é julgado pelos outros, como ele é manipulado e usado, e principalmente, quer discutir se o artista sabe de quem fala, se o homem que compõe os dramas sobre a vida realmente viveu a vida que tanto proclama em sua arte. Uma obra prima sensacional dos Coen, que propõe falar sobre o próprio utilidade da arte e do transmissor dela.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Jéssica Rêgo
    Jéssica Rêgo

    te amo

  • Jéssica Rêgo
    Jéssica Rêgo

    nao some desgraçado

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