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36 years, Niterói - RJ (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Wanderson Farias

    Caramelo é um longa libanês que trata de um recorte da vida de algumas mulheres que buscam se enquadrar na sociedade e serem felizes cada uma à seu modo. Entretanto assim como Nahid - Amor e Liberdade, outro trabalho de uma diretora oriunda do oriente médio, Caramelo coloca essas personagens circundando seus homens de desejo. Infelizmente dessa forma elas parecem não ter vida própria ou profundidade fora do contexto desse objetivo.

    O espaço-tempo fílmico aqui é atual e o salão de beleza onde se desenvolve a narrativa é um espaço que espelha um pouco das mudanças das décadas recentes nesta região. O ritmo da montagem é demasiado "normal", nem muito contemplativo como alguns filmes iranianos ou europeus tampouco parece um filme de ação hollywoodiano. O tom de comédia empregado deixa-o próximo à nossa cultura brasileira. Outro aspecto interessante é o impacto das músicas no desenvolvimento das personagens e nos momentos chave da narrativa. Essas músicas são delicadas, animadas e ao mesmo tempo misteriosas, assim como as mulheres cuja história acompanhamos. A sexualidade delas também é realçada por essas músicas e nos olhares, nos risos e no choro.

    Em suma, Caramelo possui um inicio um tanto enfadonho, entretanto vai se desenvolvendo em um filme relevante que só peca por possuir personagens rasas, porém é bem guiado por sua trilha musical e seus outros aspectos.

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  • Wanderson Farias

    Muitos consideram Silvio Tendler, talvez ao lado de Eduardo Coutinho, como o maior documentarista brasileiro. Neste ensaio crítico sobre o pós-guerra, os movimentos de contracultura, a geração de 68 e os vários sistemas de opressão que infestaram o século passado o documentarista se posiciona de forma esquerdista ao lado dos “revolucionários” e liberta imagens preciosas obtidas ao longo de um processo de pesquisa e documentação de quase duas décadas. Tendler, apelidado de “o cineasta dos vencidos”, nos posiciona aqui em seu cinema de cunho social tendo a narrativa tecelada pelos diversos entrevistados de várias nacionalidades e formações.

    Em sua jornada vemos os ecos e destruição social que os sistemas ditatoriais e a falta de liberdade trouxeram ao mundo. Nesse sentido nos ensina Zygmunt Bauman “Se os direitos políticos podem ser usados para enraizar e solidificar as liberdades pessoais assentadas no poder econômico, dificilmente garantirão liberdades pessoais aos despossuídos, que não têm direito aos recursos sem os quais a liberdade pessoal não pode ser obtida nem, na prática, desfrutada”. Assim o documentarista nos invade com este mundo de barbáries e fanatismo, porém nos dando um pouco de utopia e esperança ao acreditar em seu trabalho como artista, afinal ele é um artista e como tal alguns de seus entrevistados deseja poder mudar um pouco o mundo e transforma nesse desejo sua própria utopia, seu próprio filme.

    Desse modo Utopia e Barbárie torna-se um filme essencial para se aprofundar em conceitos de humanidade e históricos assim como uma ferramenta para revisitar movimentos cinematográficos como o cinema novo e o neorrealismo italiano e filmes como Partner e Os Sonhadores de Bernardo Bertolucci. Em suma é um longa que funciona como um tira vendas histórico essencial à todo espectador interessado no que acontece à sua volta.

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  • Wanderson Farias

    Departures, nome internacional do longa japonês, narra a virada do personagem Daiko Kobayashi cujo sonho de ser um músico de uma orquestra sinfônica é interrompido por uma crise financeira e também por uma inicial falta de talento. Resta á ele, acompanhado de sua esposa, retornar às suas origens na sua cidade natal onde lhe espera à sua antiga casa que pertencia à sua falecida mãe. Lá ele reencontra as lembranças de seu pai assente e ao recomeçar sua jornada encontra um guia que lhe auxiliará sutilmente, assim como narrativamente, a se reencontrar e se despedir de seu passado enquanto ele próprio se aperfeiçoa na arte de preparar os mortos para seus funerais, em sua última partida.

    Por ser Daiko um músico naturalmente há alguns momentos de músicas diegéticas seja em cena na orquestra ou quando ele toca seu violoncelo sozinho, porém a música não incidental composta por Joe Hisaishi verdadeiramente transborda no longa. A música-tema homônima do filme possui um belíssimo conjunto de piano, cordas e instrumentos de sopro. É uma música transcendental que parece narrar uma tristeza, um momento de desistência, mas se torna esperançosa e animada ao adicionar à narrativa o som de pratos e uma aceleração no ritmo nos instrumentos de corda. Assim como o protagonista a música-tema parece encontrar um propósito e uma felicidade na servidão, pois mesmo de forma subjetiva tanta esta música quanto o personagem e o próprio filme servem à algo maior do que eles mesmos e se encontram e partem novamente várias vezes ao longo da sua breve execução. O experiente compositor dos clássicos desenhos do Studio Ghibli cria aqui algo como El Bolero de Ravel adicionando novos elementos e transformando a música em uma narrativa viva.

    Departures é um filme emocionante que nos puxa pela mão para refletir sobre o poder da família, do perdão, sobretudo a si mesmo, e a hora da última despedida. As músicas embora dramáticas não soam pesadas e sim reflexivas e em parte são até bastante divertidas acompanhando alguns momentos do filme. Mesmo na conservadora sociedade nipônica esses poucos momentos de riso adicionam camadas essenciais à estrutura dramática de A Partida. Em suma, a música nos torna aqui personagens e não meros observadores.

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  • Rosana Abreu
    Rosana Abreu

    Nossa, eu ñ entrava há séculos. Daí qdo entrei tinha umas solicitações, incluindo a tua.

  • Wanderson Farias
    Wanderson Farias

    Sim, eu tb rs Parece que a Netflix add um episódio extra que veio nos extras do dvd, tá lá como "especial" no catálogo

  • Alessandra
    Alessandra

    haha! minha opinião sobre o fillme é parecida com a sua..rsrs..lembra eu falando no face? kkk..;)

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