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Últimas opiniões enviadas

  • Kafi

    É como a lei do eterno retorno. A angústia e a solidão de décadas atrás, repetindo-se incansavelmente. É impossível assistir e não se identificar, não sentir a agonia, o desprazer de apenas existir, nada sentir, nada ser, e nada falar, apenas congelar-se perpetuamente em um sereno sono, fazendo da vida uma eterna noite.

    "Seu passado, seu presente, seu futuro se confundem: eles agora são apenas o peso de seus membros, sua enxaqueca irritante, a amargura em seu Nescafé."

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  • Kafi

    O filme consegue ser extraordinário mesmo em sua simplicidade. Parece monótono, chato, sem graça. No início você não entende muita coisa e o desenrolar da história torna-se entediante, se você não prestar muita atenção. Achei atrativa a forma como conseguiram ligar a relação entre um soldado e um detento com apenas um livro. Pareceu bobo, mas acabou sendo significativo.
    Estar em Guantánamo não estava nos planos de Cole, ela esperava por algo que julgava muito maior, que era estar no Iraque. Mas a realidade na prisão a afeta de forma direta. E vai afetar o público. O objetivo mostra-se claro: denunciar a crueldade e a segregação. Vale ressaltar que a prisão abriga presos que são tidos como perigosos e como ameaça vítrea para a nação norte-americana. O filme retrata o cotidiano desses presos vs o cotidiano dos soldados. Os detentos são interrogados por comissões militares, sofrendo abusos físicos e psicológicos (se prestar atenção em quando Cole pega a ficha de Ali e vê as fotos dele, é de como e o quanto ele ficou machucado depois de um interrogatório). A maioria dos detentos são acusados de terem ligação com Taliban e Al-Qaeda (o campo onde Cole serve era exclusivo dos jihadista). Eles nem sequer possuem direito a julgamento. Isso fica claro quando Ali tenta se matar, quando perde as esperanças e diz que de qualquer forma vai morrer ali. É o que realmente acontece. O filme retrata de forma muito leve e às vezes, subjetiva. Ex-guardas denunciaram vários abusos, entre eles o transporte dos detentos em jaulas, e o desrespeito para com a religião deles. Outro abuso citado foi a humilhação sofrida por guardas do sexo feminino (há uma cena no início do filme em que um dos detentos joga uma "bomba" em Cole, não como desrespeito ao soldado, mas sim por ser mulher, já que eles julgam as mulheres como inferiores). Há uma cena que me chama muita atenção, que é a "greve de fome dos detentos", porque isso realmente aconteceu. Mas ao contrário do que aparece no filme, eles eram impedidos de rezar e até mesmo de terem contato com o Alcorão.
    Outra coisa que precisei notar é o enquadramento de imagens, ângulos e recursos pouco notáveis que dão certo ar de solidão. Isso é visto durante o filme inteiro e às vezes nem se faz necessário diálogos para demonstrar que os personagens sentem isso.
    O filme termina e me fica a questão: evoluir ou segregar? O ser humano é tão impiedoso, que as vezes mostra-se irreconhecível. É vergonhoso saber que ainda existem coisas como essas. E, principalmente, saber que existem tantos Ali's por aí. E a resposta é não, não evoluímos, nós regredimos. É um passo para frente e dois para trás.
    Lamento dizer aos que odeiam a Kristen, mas a atuação dela foi impecável.

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  • Kafi

    Você perde as chaves de casa, você perde uma caneta e às vezes você perde dinheiro por aí, e não faz diferença. Você consegue repor. Você consegue substituir facilmente. Mas perder suas lembranças, perder suas memórias, sua identidade, sua face.. E o pior de tudo é saber que está perdendo e não poder fazer nada. Apenas esperar. Incomparável. Tão incomparável quanto a atuação da Julianne Moore. A sensibilidade, a fragilidade e a intensidade com que atuou tornou o filme tão cativante, apesar de triste. Méritos também a Kristen Stewart, que caiu perfeitamente bem em seu papel.
    E o mais angustiante de tudo foi chegar ao final sem realmente ter um final. É, subjetivamente, uma pergunta. Uma interrogação. Você espera pela tragédia ou pelo milagre.. Nesse caso, nem um, nem outro.. Segunda vez que vejo e me emocionou como se fosse a primeira. O filme é um soco no estômago, e expõe a fragilidade dos relacionamentos. A forma como o marido se distancia e a filha se aproxima. Filme adorável.
    Afinal, "nada se perde para sempre".

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  • Nenhum recado para Kafi.

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