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Como uma economia cresce, e bem como não! (uma obra de Irwin Schiff)
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Dicas para Baladas e Penteados!
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Últimas opiniões enviadas

  • Fernando Di Ramos Carneiro

    Assassination (2015) [br: Assassinato, imdbid tt3501416 ] é um filme mediano sobre nacionalidade e traição.

    tive muita dificuldade de acompanhar a história no início. a obra é bem confusa por ter apenas atores e localidades asiáticos, além de retratar tempos diferentes e traições entre espiões, mas pelo andar da carruagem, não se trata de uma trama muito elaborada.

    a história tem seu charme - nacionalista - mas não é lá muita coisa.

    melhor assistir: Tokyo Incidents - Beaucoup de Bruit pour Rien [2012-01-18] [360p only]

    https://www.youtube.com/watch?v=WVukps1Tjxk [music]

    se gostar da banda experimente:

    https://www.youtube.com/watch?v=Ix8Inb2wAl4

    https://www.youtube.com/watch?v=ngfuE4fQXic [ bilibili id: BV1cb41147mb ]

    _o/

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  • Fernando Di Ramos Carneiro

    The Platform (2019, Netflix) [br: O Poço] é até certo ponto tedioso, apresenta as distrações comerciais de sempre: discurso panfletário e violência-gráfica.

    a obra, no entanto, demanda algum esforço para além da aparência viciada de crítica-social, do heroísmo televisivo contrário à exploração da desigualdade, do lugar-comum das denúncias de injustiças entre homens e da reação violenta catártica da supostas retribuições.

    ao contrário, há até o desnudamento das "boas-ações"; a demonstração explícita da inerente contradição entre matar aqueles que pretende proteger e salvar; e a ingenuidade normativa de soluções meramente apaixonadas e intelectuais sem conhecimento ou experiência com o ambiente que julgam solucionar.

    tudo isto está na casca, na superfície. é preciso olhar mais fundo.

    o filme trata, inclusive, de si mesmo. é um espelho para si e para nós. há uma série de elementos recursivos presentes, coisas que não acabam. mesmo diante de protesto ou morte.

    é preciso fazer a exegese do filme. e acredito que há uma chave hermenêutica fácil que nos ajuda nesta tarefa.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    a criança não existe.

    argumentos:

    [a] ela não sobreviveria sozinha;

    [b] a "mãe" não está há uma década no prédio. mas apenas alguns meses, e nem entrou grávida no prédio. não há tempo suficiente para a criança crescer naquele ambiente;

    [c] a "mãe" seguramente chegou ao fundo do poço inúmeras vezes (e logo depois subiu até a cozinha? parece uma fatalidade mecânica da aventura descer até o ponto mais baixo para então ser movido até o topo);

    [d] não é permitido menores de 16 anos no prédio. a criança não seria capaz de fugir da fiscalização nem durante a entrada e nem durante a renovação mensal dos andares;

    [e] alucinações são freqüentes no ambiente. sendo algumas compartilhadas;

    dito isto...

    outra alucinação compartilhada é a esperança que o poço tenha solução, que sua solução demanda da emissão de um sinal e alguém em cargo de comando aguarda ou espera ser convencido por tal sinal para só então destruir o 'experimento social' em ação.

    não dá para saber há quanto tempo o poço existe... mas não há nada a ser parado ali. o poço é ordem, hierarquia, cadeia de comando, pirâmide social, estrutura da vida, é anterior aos prisioneiros. o poço existe fora do edifício. é realmente muito antigo.

    ainda, segundo a administração o poço se chama "Vertical Self-Management Center" / "Centro Vertical de Autogestão". diz respeito, portanto, de auto-controle, autonomia individual. a avaliação é pessoal, não coletiva. e me parece que pode ser resumido como 'história de vida'.

    o primeiro texto do filme:

    "There are three types of person: Those at the top, those at the bottom, and those who fall."

    na dublagem nacional, corretamente, o termo 'types' é substituído por 'classes'.

    existem 3 classes, e existem 3 companheiros de cela:

    primeiro aqueles de baixo. aqueles que foram pegos pelo poço, como Trimagasi e talvez a maioria.

    depois aqueles de cima. aqueles que escolheram entrar no poço, como Goreng e Imoguiri.

    finalmente, aqueles que caem, como Miharu e Baharat.

    as classes sociais são móveis, inconstantes e misteriosas.

    os indivíduos são tentados em diferentes pavimentos de conforto. e recorrentemente invertidos em suas relações de assimetria econômica após cada mês.

    Goreng defende a responsabilidade individual - explicitamente não-coletiva em discurso - logo antes de matar - em espírito de ira ou vingança - Trimagasi, em diálogo durante a mutilação de sua coxa.

    Trimagasi não tinha então a intenção de matar Goreng. ao contrário, tentava prolongar sem confrontamento a vida de ambos. sendo objetivo, frio e metódico o suficiente para vencer a situação. seu comportamento, porém, oscilava de mês em mês assim como sua fé ou religião.

    diante destes acontecimentos a luz - ainda que fraca - que o filme projeta é a diferença de estratégias de sobrevivência de indivíduos sobre a mesma regra. ainda que os objetivos sejam idênticos: se salvarem, sobrevivendo por mais um ou dois meses.

    não há ordem de cima ali. existe apenas a soma de pequenas e voláteis decisões individuais.

    o poço é inocente.

    Imoguiri se apresenta com o romatismo do mais jovem Goreng. o mesmo idealismo, talvez universal, dos iniciantes. porém, Imoguiri tem algum conhecimento de cima, da administração, e uma breve esperança na sua benevolência.

    assim, nesta tese romântica, antes de ser um prédio de condenações, espera-se nele alguma expiação. ou regeneração moral.

    ainda, o poço seria uma oportunidade edificante. um meio de se descobrir a utopia. a forma de semear solidariedade espontânea: a re-organização de múltiplos indivíduos em um só corpo, na uniformização de ações, na colaboração dependente da convergência de interesses de seres autônomos com assimetria momentânea de poder ou alcance em busca da sobrevivência do corpo.

    a luz fraca do filme antes sobre estratégias contra a estrutura, agora se move sobre a possibilidade de interpretação destoantes da natureza dela, a estrutura.

    o detento é animal.

    ainda há fome, desejo sexual, alguma fantasia de fuga e a decisão de descida ou mergulho.

    em cima há luz, ordem, pujança, vida.

    embaixo há trevas, caos, miséria, morte. mas também paixão. quiça família.

    um paralítico chamado de sábio desconfiado da administração mas crente nos funcionários sugere transformar o resultado final da descida em símbolo ao invés de ação - o plano de invasão da cozinha pela conquista da plataforma deveria ser substituído pelo retorno intacto de um doce ou símbolo.

    assim, a vitória daria sem corpo. as mortes não seriam em vão - mas não são elas que importam.

    parece suicídio, mas é martírio, sacrifício, heroísmo. complexo desmedido de messias.

    a terceira dupla busca algo maior que eles mesmos e decidem descer.

    pretendem descer ao inferno para oferecer alimento aos céus. quiça, um primogênito.

    o "sábio" é ambíguo e pode tanto estar imbuído de "deus está morto" quanto de "conflito de classe".

    temo, porém, - e esta obra é um espelho, lembre-se - que a suposta falta de 'consciência da administração' seja a ausência de existência da administração. ausência de comando inclusive. existe hierarquia na cozinha mas não sobre ela.

    deus os abandonou.

    até a paixão morreu. mas a última plataforma é diferente.

    nela decidem trocar o que de mais valioso que possuíam por algo mais valioso que acharam.

    Goreng e Baharat deixaram a vida ali. como Miharu também deixou.

    a vida no poço é como a vida que cada um quer que seja vivida. quiça, contada.

    e algumas vidas são inventadas, até em busca de uma família que não existe, desde que a fantasia dê forças para continuar.

    não existem crianças ali.

    a verdade do mundo pode ser insuportável.

    agora terei de assistir The Young and the Damned (1950), The Exterminating Angel (1962), The Discreet Charm of the Bourgeoisie (1972), The Phantom of Liberty (1974), Character (1997), American History X (1998), Big Fish (2003), The Hunt (2012), High-Rise (2015), Sound of Freedom (2023).

    _o/

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  • Fernando Di Ramos Carneiro

    "LAWNMOWER MAN IS DEAD!"

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    a frase acima é diálogo real que ocorre em: 01:22:17,267 no filme.

    o filme é tão nojento, horroroso, ultrajante que nem compensa falar sobre ele.

    "LAWNMOWER MAN IS DEAD!"

    temo porém que seja preciso um breve resumo que me garanta nunca mais ter que assistir a este monte de dejetos cinematográficos:

    Lawnmower Man 2 - Beyond Cyberspace (1995) seguramente é continuação da FRANQUIA "Lawnmower Man", seus eventos ocorrem logo depois do primeiro filme e se estendem talvez em quase 1 década depois, mas quase nada é continuação da ESTÓRIA do primeiro.

    o vilão principal é outro; Jobe tem outra personalidade e necessariamente outro corpo; o mundo é diferente, mais escuro e futurista; e os heróis são 4 crianças que não confiam em adultos mas salvam o mundo através de jogos de computador e um cachorro capaz de mexer em pc.

    sim. acredite. é esse tipo de clima.

    o filme é infantil. mas não no sentido de ofensa.

    o filme é corretamente descritível como infantil. e ruim ao ponto não ser exibível nem em Sessão da Tarde.

    "LAWNMOWER MAN IS DEAD!"

    divaguei durante o filme. minha mente andou à deriva. a razão se libertou de mim.

    não reconhecia como real o que (vi)via.

    passei a me perguntar sobre a natureza-das-fantasias, a confecção-das-ficções, a ontologia dos personagens-inventados e seus universos-imaginados, a historiografia das estórias, a materialidade das ilusões, o compartilhamento dos sonhos, a distribuição das utopias, a realidade do fantástico, a economia do abstrato, a geologia dos planos teóricos, a matemática das confusões, o éter dos sentimentos, a verdade dos falsos, a construção do virtual, a analogia do irrealizável, a contradição das hipóteses, a probabilidade do inconsciente, a categorização do virtual, as vantagens do latente, a esperança do online.

    a metafísica das criações humanas.

    pensei e tinha o intelecto fora de mim sobre a existência de certos retratos cinematográfico. a exposição de temas recorrentes como o cyber-espaço e suas regras inerentes: sua inescapável invasão de privacidade; a automática quebra dos sigilos bancários; a letalidade automática dos corpos reais cuja as mentes foram mortas no ambiente virtual; sua furtividade global, seu ubíquo controle de máquinas e ferramenta;, seu aprisionamento humano; a condicionalidade da sua existência; a nossa dependência atrofiante dela; o feitiço dos seus mistérios.

    por pior que tenha sido o filme, o cyber-espaço ainda é cyber-espaço. ou pelo menos parece ser cyber-espaço. e assim me perguntava:

    "como eu sei que a descrição no filme deste cyber-espaço está correta?"

    como se me perguntasse:

    "como sei que está certa uma história sobre Alice, Branca de Neve, Coelhinho da Páscoa ou Papel-Noel? como verifico a veracidade de uma fantasia? dá para avaliar a qualidade representativa destas entidades que são pré-conhecidas antes da exibição da obra em questão?"

    e se a fantasia moldar o futuro, poderia um mau filme prejudicar nossas decisões ou aspirações?

    de modo mais direto: existe um certo papai-noel-conhecido ainda que nenhum papai-noel de fato exista. em analogia ao filme: existe um cyber-espaço descrito antes de cyber-espaços existirem. como a descrição do filme é anterior à criação desta entidade, poderia o filme ajudar a criar no futuro um cyber-espaço-real maculado como o cyber-espaço-do-filme? quantas versões ficcionais de cyber-espaço existem? é possível condicionar a produção futura de seres e objetos através exclusivamente de ficções?

    "LAWNMOWER MAN IS DEAD!"

    e nós também _o/

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