Santa Helena, Mato Grosso quase fronteira com o Paraguai, é considerada "terra de ninguém". No tempo do Império as terras da região foram vendidas ou doadas, porém, com a República, os títulos foram confiscados e vendidos a outros donos. Durante a Revolução de 30, o governo confiscara todas as terras novamente e tornara a vender para outros proprietários. Há, portanto, terras que possuem mais de três donos. Dr. Ribeiro, que se diz proprietário da Fazenda Ouro Verde, contrata cerca de cem jagunços para expulsar os posseiros de "suas terras". O latifundiário fizera um acordo com bancos e necessita de todas as terras livres para o gado o mais rápido possível. Quem mais lucra com a situação é o Lírio Branco de Jesus, dono da funerária. Certo dia, jagunços do Dr. Ribeiro invadem as terras de Zé Cajueiro e destroem sua plantação. Nesse momento aparece Caingangue, misterioso mestiço que mata cinco homens salvando o lavrador e sua família das balas dos jagunços. Dr. Ribeiro manda homens buscarem Caingangue, que amarra os jagunços e os leva até Dr. Ribeiro. Impressionado com a braveza do forasteiro, o "coronel" lhe oferece serviço como jagunço, o que é recusado. Os homens do Dr. Ribeiro põem fogo na casa do posseiro Evaldo, depois de matarem cruelmente toda sua família. Os posseiros da região, revoltados, cobram atitude do delegado, que, medroso, se diz incapaz de agir sem provas contra Dr. Ribeiro. Os posseiros, ainda mais revoltados, preparam uma invasão da Ouro Verde. Durante um almoço para banqueiros, Caingangue volta à fazenda e Dr. Ribeiro tenta aliciá-lo. Como o rapaz não se mostra receptivo, é amarrado para ser executado depois que os visitantes ilustres deixarem a fazenda. Caingangue consegue escapar quase concomitantemente ao ataque dos posseiros. No tiroteiro, Dr. Ribeiro é morto e os jagunços vencidos. Caingangue vai embora, reafirmando estar apenas de passagem pela região.