Fernanda

Uma ótima comédia romântica, que apesar de possuir alguns clichês, não atrapalha em nada o filme por possuir um bom roteiro e ter dois atores extremamente carismáticos como Simon Pegg e Lake Bell. Simplificando, Man Up não inova no gênero da comédia romântica (todos os pontos clássicos estão presentes mas não tem como enjoar deles não é verdade?) mas por possuir um roteiro inteligente/sarcástico, o típico humor britânico e dois atores extremamente talentosos, não faz com que este seja mais um filme entre tantos, deixando o espectador satisfeito e com um gostinho de quero mais no final.

Pontos positivos:

- A edição de Julian Clarke é brilhante. Tudo que é considerado padrão é jogado pela janela e é dado ao espectador. Entenda, o elementos básicos eles estão presentes, mas não são usados da maneira tradicional, o que dá ao filme um ritmo rápido e uma narrativa não linear.

- A trilha sonora desse filme é fantástica, cheia de personalidade e muito bem inserida em toda trama. A última vez que tive vontade de chegar em casa e baixar a trilha de um filme foi em Guardiões da Galáxia.

- Os diálogos desse filme são uma perfeição. São inteligentes, cheio de referências ,com grandes doses de humor negro e do politicamente incorreto. Aqui as piadas não são jogadas ao público, elas tem uma função e devo dizer que cerca de 95% delas não faz você ri mas sim gargalhar, ja fazia tempo que não me divertia tanto em um filme. Tudo isso se deve a um roteiro muito bem escrito que conhece o personagem que está retratando.

- Por falar em personagem, tiro o chápeu para Ryan Reynolds. Devo dizer que nunca fui fã do cara, mas sabe aqueles papéis que nasceram para uma pessoa, tipo como o Robert Downey Jr. nasceu para viver o Homem de Ferro. Pois bem, Ryan Reynolds é Deadpool. O ator é carismático, completamente a vontade no papel e está se divertindo horrores, fazendo com que todas as suas ações ou reações, até mesmos as exageradas e caricatas, sejam orgânicas. Não incomodando em nada o espectador, muito pelo contrário, fazendo este se envolver cada vez mais pelo personagem ao ponto de ficar mais focado em suas ações ou atitudes do que nas cenas de ação que o filme possui.

Pontos negativos:

- Os personagens secundários não bem desenvolvidos como principal, tendo alguns, como por exemplo a Angel Dust( a menina entra muda e sai calada), nenhuma função na história. Isso precisa ser melhorado no segundo filme.

- o vilão principal também é bem ruim, muito unidimensional. A sensação que tinha quando o via em tela é que ele era o capanga do verdadeiro vilão do filme, aquele que fica lutando para salvar a energia do chefe, sabe? Simplesmente não colou.

Apesar de apontar esses probleminhas, isso não atrapalha em nada a experiência que você vai ter no cinema. Até mesmo porque o próprio filme não se leva a sério. Deadpool consegue agradar gregos e troianos com seu humor negro, uma narrativa diferente e com uma liberdade artística (diante de sua classificação etária) que nenhum filme de super-heróis até hoje não atingiu.

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Pontos positivos:
- A trilha sonora é ótima e muito bem aproveitada durante o filme.

- A fotografia como nos dois trabalhos anteriores de Russel continua bonita. Porém, por este filme ter uma abordagem mais lúdica, foi feita com mais esmero.

- As atuações de Aundrea Gadsby e Gia Gadsby (gêmeas), que na trama fazem o papel da filha mais velho de Joy, Christie. Em minha opinião foi à atuação que mais se sobressaiu no filme, às atrizes mirins conseguem envolver o espectador e conseguem dar a dramaticidade ao seu personagem de maneira muito natural. Diferente do resto do elenco.

Pontos Negativos:
-O elenco “queridinho” de Russel já apresenta problemas. De Niro, Lawrence e Cooper já apresentam tiques em suas atuações, é como se você tivesse vendo relances dos personagens dos filmes anteriores protagonizados por eles. Já cansa o espectador, pois parece que todo mundo já sabe como eles irão reagir.

- JLaw é uma ótima atriz e gosto muito dela, mas ela foi o maior “miscast” desse filme. Sua atuação não é ruim, é boa, contudo não é digna de indicação ao Oscar. Sua Joy não é convincente e nem carismática, mas o maior erro de todos é escalar uma atriz de 25 anos para fazer um papel de uma personagem 10 anos (ou até mais) velha que ela. Ai muitos podem vir e falar: “Mais isso não tem nada haver porque ela é talentosa”. Gente tem sim, ela não consegue passar a emoção ou a profundidade necessária ao seu personagem, pois ela não tem a experiência da personagem que ela retrata, caso tivessem escalado uma atriz mais madura para o papel a abordagem seria outra, dando mais imersão ao espectador. Além do que pegar a “it girl” do momento sendo que Hollywood tem tantas atrizes perfeitas para o papel (Jennifer Garner hellooooo!Perfeita para o papel!) não cola. Ela simplesmente não muda a cara durante todo o filme, todos envelhecem menos ela, é o botox milagroso gente kkk.

-O roteiro é muito fraco. Simplesmente possui inúmeras saídas convenientes para os problemas da personagem, para que assim de uma carga dramática a esta. Outro ponto é a unidimensionalidade dos personagens, são totalmente caricatos e não possuem nenhum tipo de desenvolvimento.

- A direção repetitiva e sem personalidade de David O. Russel. O filme é arrastado e não tem foco, sendo tudo meio jogado ao espectador.