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Curioso críticas quanto ao suposto não comprometimento com o "conteúdo histórico", "veridicidade", etc da história contada no filme sendo que esse mito, assim como tantos outros narrados na Bíblia, são apenas isso: mitos. E quando uso a palavra "mito" não a uso num tom pejorativo de dizer apenas que não foi real, mas no sentido de narrativa sagrada para explicar algo que se desconhece. Não sou uma grande conhecedora de histórias bíblicas, mas sou um pouco de História (a ciência histórica) e há muito que já se sabe que muito do que se tomou como verdade, em virtude de constar em livros sagrados para as três religiões monoteístas, são mitos, a exemplo da existência de um Moisés ou mesmo de um processo histórico como a escravização dos hebreus pelos egípcios - não há fontes que comprovem essa narrativa que consta nos livros sagrados -. Isso não faz com que tais narrativas percam sua importância em termos de religiosidade, fé, moral, lições, etc, mas falta um pouco de consciência histórica nestes que esperam que um filme baseado num mito seja fiel à história científica. Arrisco a dizer também que falta um pouco de humildade aos seguidores do Deus monoteísta em aceitar que suas histórias, tais como eram as do Olimpo, são mitos. É muito fácil atribuir a categoria de mitologia para outras religiões e de verdade para a sua, mas a questão é que todas as religiões se baseiam em mitos e ritos e isso não deveria ser visto como algo a ser negado. De resto, é uma boa obra cinematográfica, alguns bons diálogos, com boas atuações. 3/5.
Como sabiamente proferiu Ailton Krenak, o futuro é ancestral. Ainda precisamos aprender muito com os povos originários que existem e resistem a esse liquidificador modernizante que visa homogeneizar todos os corpos, espaços e tempos deste planeta.