Carlos Donizetti

O novo filme da Pixar falha com um dos elementos principais de qualquer história, os protagonistas e seu roteiro. O personagem principal conta com uma personalidade fraca e tem a mesma função dada ao roteiro de outras longas já feitas, personagem principal é diferente dos seus familiares com isso se tornando o esquisito do seu lar, ocorre a morte de alguém importante para o protagonista principal, normalmente um parente, o que o leva a viajar pelo além de sua zona de segurança para superar o trauma que a morte o deixou, no final do terceiro ato o protagonista renasce, retornando ao seu lar transformado. Já vimos esse tipo de história diversas vezes em outros filmes, tornando a experiência de assistir ao filme como algo, “hum já vi isso antes”.

Uma outra característica que não é possível qualificar como diferente ou mal executada, foi a decisão do estúdio em deixar os personagens da longa com um design cartoon e de certa forma cômicos onde os mesmos não conseguem se misturar e criar algo harmônico diante de um background com cenários magníficos e realísticos criados pela equipe de computação gráfica, o que deixa como resultado final uma animação linda, porém estranha, como se algo estivesse incompleto.

A consequência dessas ações faz o filme o Bom Dinossauro ser mal executado, ao trazer um roteiro amador que não tem conteúdo inovador ou próprio, tornando o longa-metragem da Pixar não só inferior em relação as suas outras produções, mas um filme apenas “ok”, que provavelmente não será lembrado futuramente como algo relevante.