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A Autópsia
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O filme traz, mesmo que de modo superficial, uma discussão de algo que realmente ocorre bastante: a dificuldade em estabelecer um diagnóstico para pessoas que têm algum transtorno mental, principalmente os chamados transtornos de personalidade. Em uma cena logo no começo do filme, quando se apresenta, Alice conta sobre ser diagnosticada inicialmente como maníaco-depressiva (nomenclatura atribuída antigamente ao Transtorno Bipolar), para receber em seguida o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline. Não é incomum que ela tenha as duas coisas, já que fala-se muito em comorbidade nestes casos. Mas considerando o Borderline, como já ouvi de psiquiatras e psicólogos, considerando também minha experiência pessoal com o transtorno, o Borderline é de difícil diagnóstico por seus sintomas variarem muito entre os indivíduos portadores. Podemos ter duas pessoas completamente diferentes em comportamento e reação ao mundo, mas portadoras do mesmo transtorno por algumas singularidades dos sintomas. O que Alice demonstra da personalidade border é ter muita dificuldade de controlar as próprias emoções e ser bem impulsiva, além de, em outra cena, apresentar traços de Transtorno Obsessivo Compulsivo (quando ela separa as coisas da casa por cores). De maneira cômica, mas com roteiro fraco e previsível, o filme traz reflexões importantes sobre empatia, tanto ao mostrar como Alice sofre com suas condições mentais, como também ao apontar seu egoísmo, lembrando que, apesar dos sofrimentos que carregamos diariamente, não podemos esquecer que TODOS sofrem de alguma forma e todos enfrentam batalhas diárias.
Sobre o elenco, Kristen Wiig tem uma boa performance (além de umas expressões faciais que me renderam algumas risadas) e sou suspeita para falar da maravilhosa Linda Cardellini, que sou fã desde sua atuação em Freaks and Geeks.
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Eu particularmente não gosto de filme de terror, assisti esse por muita insistência de amigos. O fato de
todo mundo morrer no final