Frederico Baami

Bem-intencionado, mas fraco. O roteiro não dá conta de desenvolver o argumento mirabolante de maneira satisfatória e os personagens e as histórias não têm o aprofundamento necessário. Fica tudo no raso, meio jogado, mal explicado, cheio de saídas fáceis e diálogos inconclusivos. Parece uma colcha de retalhos mal costurada.

O texto também não é lá essas coisas, chegando a ser constrangedor em alguns momentos. Isso, combinado à construção pífia das personagens, muitas vezes acaba por comprometer as atuações. Jaloo é uma boa surpresa. Não que ele esteja excelente, mas nada mal pra primeira atuação de um cantor. Já o Erasmo Carlos, parece um poste. Marjorie Estiano tira leite de pedra e entrega a melhor performance do filme (que talento!!!). Os outros oscilam bastante.

Apesar de tantos defeitos, o filme tem alguns momentos inspirados. O melhor deles é quando termina a cena em que o Pedro (Humberto Carrão) está traduzindo You're So Vain e a música continua tocando para a entrada da Milene (Marjorie Estiano). Fez dela a personagem mais bem construída do filme (depois estragaram qdo o delegado passa a ficha dela pro Odair (Lee Taylor). Desnecessário, o caráter dela já tava mais do que explicado). Tentaram repetir a façanha com aquela citação forçadíssima de Kill Bill, mas passaram longe de conseguir.

Lang não era apenas um gênio ou um visionário. Ele era vidente mesmo! :O

Não achei particularmente engraçado como quase tudo do Chaplin. Na verdade, achei meio boring. Mas isso é bastante compreensível, afinal o filme tem 100 anos.
O que faz desse filme sensacional é nos permitir ver um dos maiores ícones do Cinema (senão o maior) tomando forma. Se não me engano, foi o primeiro longa do Chaplin e um dos primeiros filmes dele como Carlitos. É o nascimento do personagem mais querido EVER! Experiência única! Obrigatório! Obra-prima!!!