Ítalo Campos

Personagens extremamente inertes/passivos, sempre me deixam um tanto perturbado, acho que talvez um pouco por identificação. Acho que desde a Selma, de Dançando no Escuro, não fico tão incomodado com um filme.

Intrigante e amargo. O protagonista é de uma passividade angustiante, as cenas dramáticas são secas, com pouca ou nenhuma piedade por seus personagens. Os planos longos revelam mais do que gostariamos de ver, às vezes dá vontade de parar o filme de tanta obscenidade: a maldade, a ignorância, a tristeza, o desespero, tudo isso levado de forma lenta e persistente, como uma forma de tortura.

Um filme com um excelente senso de humor, de um cinismo maravilhoso perante a vida, o amor etc.