Laryssa

O melhor filme do ano! Injustiçado pela academia. Parece que esse foi o ano das injustiças, um ano que filmes como o abutre, cake e dois dias, uma noite ficaram de fora dos melhores filmes indicados ao Oscar. A direção de David Fincher é excepcional, Ben Afleck também não decepciona, assim como os coadjuvantes. Destaque para a garota Rosamund, que se transforma no decorrer do filme, dando vida a uma psicopata imprevisível.Se não existisse uma Julianne Moore com 30 anos de carreira e injustiçada até o pescoço pela academia, Rosamund certamente seria ganhadora do Oscar. Brilhante o filme, o diretor, os atores e, principalmente, a protagonista\antagonista.

Jennifer foi completamente ignorada pela academia, uma mesma academia que decide indicar ao Oscar a francesa Marion Cotillard, já ganhadora e num filme de língua francesa! Injusto, a atriz deveria ter sido reconhecida pelo menos pela sua coragem ao sair das comédias lucrativas e ir para o drama alternativo. Sua atuação foi brilhante e ao mesmo tempo equilibrada, suave, nem de longe lembra a Rachel de Friends. O filme também é muito bom. Ignorados, infelizmente.

O filme é clichê. Mais uma vez se trabalha o psicológico de um atuante em guerras quando volta para casa. Porém é clichê bem trabalhado, é perfil Clint Eastwood. Clichê também na hora de exaltar o patriotismo do cidadão americano, o que não acho de jeito algum pecado. Bradley aproveitou o sotaque que aprendeu para o filme Serena e o usou em Sniper, sem tirar nem por, ainda não o acho o ator do momento, apesar de investidas pesadas da academia de fazê-lo um. Siena Miller foi uma escolha errada para o papel da esposa, mas acho que não tinha muita grana para chamar alguém melhor, só tem beleza. Foi uma forçada da academia em indicá-lo ao Oscar. É um bom filme, mas tantos outros bem melhores, como Gone Girl e Nigthcrawler ficaram de fora, e isso não é justo.