Rafaela Martins

Deus que me perdoe, mas não vou mentir: pra mim, as cenas mais difíceis de assistir foram as dele como comediante 🙈 Eu ficava com vontade de morrer e às vezes até virava o rosto e mexia no celular até algumas delas acabarem. Foi fisicamente doloroso.

De resto, a série é ótima! Em apenas 7 episódios de 30 minutos cada, ela conseguiu contar toda a história série de uma forma bem eficaz, o que, na minha opinião, poucas séries conseguem fazer hoje em dia (ou correm demais, ou enchem linguiça).

A atuação da Jessica Gunning é tão sólida e crível que, pra mim, ela está pra Martha como Jack Gleeson estava pro Joffrey Baratheon. Foi um dos pontos mais altos da série, sem dúvida ❤️

Dito isso, uma das coisas que mais gostei também foi da forma como Gadd escolhe contar a história, com bastante nuance (inclusive ressaltando a codependência entre ele e a stalker), sem recair na banalidade de retratar algo tão preto-e-branco, como se houvesse apenas a vítima boazinha e sanitizada versus o algoz maligno e diabólico. Gostei de como ele ressalta a diferença entre as ações de uma Martha e as de um Darien, por exemplo, mas nunca de uma forma hiperdidática que beira à condescendência. Gadd realmente não teve medo de se expor, mesmo que isso viesse com riscos e um possível backlash dos espectadores, e nem partiu pro vitimismo e autopiedade. Pra mim, isso indica um respeito maior pelo espectador.

Por fim, espero que a série gere mais discussões sobre stalkers e vítimas masculinas. Uma psicóloga falou sobre Bebê Rena no Instagram (foi assim que descobri a série) e como muito do comportamento da Martha se assemelha ao de uma pessoa borderline não-tratada. Aí ela abriu a caixinha diária de perguntas e muita gente começou a contar casos parecidos, principalmente de mulheres sendo stalkeadas pela atual namorada do ex. Não sabia o quanto isso era comum e espero que haja menos minimização e descredibilização de problemas similares.

Resolvi ver por causa da Audrey e até que gostei. Não estou acostumada a ver filmes antigos e acabo estranhando algumas coisas, principalmente cenas mais cringes (tipo a da laranja). Mas a história é legal e eu gostei das reviravoltas, do mistério, da tensão, dos toques de comédia, da química entre os atores, do figurino e do fato de o filme se passar na Paris dos anos 60. Era o tipo de filme que eu estava procurando.

PS.: Só fiquei com pena dos pés e dos tornozelos da Audrey após ela correr por todo canto kkkk Mas se ela estivesse usando um tênis confortável, talvez tivesse corrido mais rápido e aí o desfecho de algumas cenas seriam bem diferentes lol

Todo mundo me disse pra suportar a primeira temporada ruim até começar a parte boa, mas eu amei os episódios Diversidade e Basquete. Inclusive eu ri tanto no segundo episódio que tive que pausar umas 3 vezes pra me recompor hahaha

E, sinceramente, mesmo que não seja tããão engraçado e seja super cringe, eu gosto tanto da interação entre os personagens que, mesmo que a série não melhore, acho que valeria a pena terminá-la. Eu adoro a Pam, principalmente com o Jim, mesmo ela não sendo a mais engraçada e participativa da série até agora. Acho ela uma fofa! E o Michael é engraçado, apesar de me dar uma câimbra na alma e do meu ânus tentar se refugiar dentro do meu intestino de tanta vergonha que eu sinto quando ele faz algum comentário cringe e deixa seus funcionários desconfortáveis 😅🙈