Ícone: não há outra palavra que descreva melhor um dos melhores atores - se não o melhor- que já se viu na história do cinema. Marlon Brando foi uma ator de cinema e teatro americano, que definiu uma nova era na atuação masculina com sua indiscutível técnica utilizada em seus personagens, os quais tangiam um realismo absurdo.
Tendo estudado em várias escolas escolas de teatro dos Estados Unidos, Brando teve aulas com Stella Adler, única professora americana a ter contato com Stanislavski.
Iniciando sua carreira no teatro, Brando chamou a atenção ao atuar na peça "A Streetcar Named Desire" que posteriormente iria para as telas de cinema com Brando e Vivien Leigh nos papéis principais. Ao ingressar no cinema, Brando protagonizou obras memoráveis como a já citada "A Streetcar", "On The Waterfront", "Viva Zapata!", "The Godfather", "Apocalypse Now" e "Last Tango in Paris".
Vencedor de dois Oscar de melhor ator, um em 54 por "On The Waterfront" e outro em 72 por "The Godfather", Brando recusou o último como forma de protesto ao tratamento dado aos nativo-americanos nas telas. Ainda foi nomeado mais 4 vezes ao prêmio.
Seu engajamento ativista ainda contou com o apoio ao direitos civis dos negros nos EUA em meados dos anos 40.
Envelhecendo em meio à conflitos familiares, Brando faleceu aos 80 anos em Los Angeles em função de uma fibrose pulmonar, agravada pelo ganho excessivo de peso nos seus últimos anos. Como todo grande artista, ainda foi alvo de biografias sensacionalistas e que de todas as formas tentam moldá-lo como um monstro fora das telas.
12 anos após sua morte, seu legado para o cinema e para os atores que o sucederam é imensurável. O diretor Martin Scorcese declara que há a fase pré e pós-Brando em termos de atuação, devido a tamanha mudança que este provocou em Hollywood.