Por meio de testemunhos de amigos próximos e de informações de estudiosos, conhecemos um pouco da vida e da obra do escritor francês Léon Bloy (1846-1917).
“Léon Bloy, vagabundo-boêmio de pobreza franciscana perdido entre os 'bas-fonds', místico apaixonado pelas visões de La Salette, lembra algo de Verlaine, mas muito mais sincero. A arte chamada “dostoievskiana” dos seus romances descende de Barbey d’Aurévilly, o seu misticismo de Hello; a sua oposição violenta contra os 'bien-pensants' da alta sociedade católica é revolucionária: o zelo apostólico de Bloy era algo como a 'action directe' do catolicismo, conseguindo mais prosélitos do que os apóstolos bem lavados e penteados. O boêmio Bloy era uma figura tão tipicamente francesa, dentro do catolicismo universal, como Chesterton era inglês típico [...]”.
— Otto Maria Carpeaux, História da Literatura Ocidental
Dentre as obras de Bloy, podemos destacar:
O Desesperado, de 1886;
Histórias Desagradáveis, de 1894;
A Mulher Pobre, de 1897; e
Exegese dos Lugares-Comuns, de 1901.