O Peso das correntes 3

Boris Malagurski explica como o complexo militar-industrial, as grandes empresas e os grupos de interesse político colocam em perigo a saúde e a existência das pessoas, concentrando-se nos exemplos da Sérvia, Cuba, Chile, Itália e Bolívia.
O filme começa detalhando como e por que o Exército dos Estados Unidos começou a usar urânio empobrecido em suas munições, tendo como pano de fundo os testes de armas nucleares no Pacífico e a corrida armamentista nuclear durante a Guerra Fria. Em seguida, discute os efeitos do uso de urânio empobrecido pelos EUA durante a Guerra do Golfo no Iraque e no Kuwait e apresenta isso como um teste antes do uso de urânio empobrecido na Bósnia e Herzegovina em 1995 e na República Federal da Iugoslávia em 1999. O documentário então prossegue apresentando o bombardeamento da OTAN contra fábricas químicas e refinarias de petróleo jugoslavas como crimes contra o ambiente. Através de entrevistas com especialistas militares e médicos sérvios e italianos, o filme sugere que a NATO conscientemente transformou os Balcãs num laboratório experimental em que os soldados da KFOR e as populações civis eram cobaias humanas. O documentário avança para avaliar a ameaça potencial proveniente de organismos geneticamente modificados, pequenas centrais hidroeléctricas, poluição atmosférica e alterações climáticas, defendendo que o sistema neoliberal é o culpado pela destruição contínua do ambiente. O filme apresenta uma breve história de como esse sistema foi imposto na Sérvia, através de entrevistas com representantes do atual governo e da oposição, bem como com especialistas económicos. Detalhando a ascensão do presidente sérvio Aleksandar Vucic e vários assuntos do seu governo, o filme sugere que a mudança não é mais uma questão de escolha, mas uma questão de sobrevivência. O documentário apresenta exemplos positivos de países que conseguiram mudar os seus sistemas políticos e económicos, mas também mostra histórias de rebelião na própria Sérvia, em que pequenos grupos de indivíduos bem organizados conseguiram vencer o sistema, que o autor considera "podre".