Na cidade portuária de Jaffa, no passado uma vivaz cidade palestina e hoje uma extensão de Tel Aviv em processo de gentrificação, uma família corre o risco de despejo se não provar a propriedade de sua casa. Partindo desses personagens comuns, interpretados pelos tios e avó materna do cineasta, e recorrendo a procedimentos ficcionais, o filme elabora uma crônica sutil, de cômica acidez, das transformações sensíveis nesse espaço ocupado. Mudanças visíveis na concretude dos gestos de seus habitantes, entre o absurdo e a normalidade, em rituais diários entranhados no tempo desse lugar.