The Living Dead: Three Films About the Power of the Past é uma série documental de três episódios dirigida pelo documentarista britânico Adam Curtis. Ele examina as diferentes maneiras pelas quais a história e a memória (tanto em nível nacional quanto individual) foram usadas e manipuladas por agentes do estado ao capitalismo no período pós-Segunda Guerra na Alemanha, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.
Parte 1: No Limite Desesperado do Agora
O diretor sugere que os Julgamentos de Nuremberg foram o início de uma releitura/reescrita da Segunda Guerra Mundial. Ao simplificar a narrativa para "os nazistas eram monstros malignos e os Aliados eram os mocinhos", você nega qualquer análise histórica de como "seres humanos comuns" se tornaram nazistas e remove a culpa dos "mocinhos" por suas ações durante a guerra.
Parte 2: Você Me Usou Como Peixe Por Tempo Suficiente
Curtis detalha a cooptação de especialistas em psicologia e neurociência pela CIA no que ele vê como uma tentativa de manipular a memória. O episódio apresenta o financiamento da CIA ao trabalho do psiquiatra Ewen Cameron com uso de terapia eletroconvulsiva e lavagem cerebral para curar pessoas de traumas. Apesar do fracasso dessa experiência, a CIA tenta usar a mesma teoria para criar super-assassinos hipnoprogramados para matar Fidel Castro. Depois disso, os agentes dos EUA começam a produzir analogias entre o computador e a mente humana e os primeiros usos de inteligência artificial em guerras.
Parte 3: O Sótão
A narração sugere que, ao invocar uma versão altamente romantizada e idealizada do passado de sua nação como motor de sua ideologia, Margaret Thatcher brandiu a história de forma semelhante à liderança nazista (isso nunca é declarado diretamente, mas, considerando a Parte I, parece estar implícito). Sua adoração por Churchill cega a Dama de Ferro diante do fato de que a Grã-Bretanha da Segunda Guerra Mundial que ela busca recriar era uma fantasia que nunca existiu.