Fui apresentada a essa série pela minha professora de inglês, já começando pelo segundo episódio e foi bem mais que impactante. Eu, particularmente, amo distopias, principalmente em livros como: "Admirável Mundo Novo" e "Laranja Mecânica". Mas Black Mirror tem um diferencial e eu precisei concluir a primeira temporada pra descobrir o que o distinguia...
Antes de me prolongar à singularidade de cada episódio, é importante ressaltar de onde vem o título "Black Mirror", "Espelho Preto", em português. Nos remete às telas de celulares, televisores e da massa de equipamentos eletrônicos quando inativos. O brilhantismo começa aí. E está longe de acabar.
Ep1. "The National Anthem" - O hino Nacional. Honra. Princesa Suzanaah foi sequestrada. Quem a sequestrou? Terroristas da Al Qaeda? Ninguém sabe. E nem tem muito tempo para descobrir. Condição para que a execução não ocorra: "O Primeiro Ministro terá que transar com uma porca em rede nacional exatamente às 4pm." À primeira vista acredita-se que seja uma bela piada de mal gosto mas constata-se que a Duquesa foi realmente sequestrada e seus seguranças, dopados. O jornalismo, uma das profissões que mais admiro, é manuseado com uma habilidade magistral, digna de aplausos. A influência e o boom nas redes sociais, a cautela dos jornalistas aos noticiarem sem cometerem gafes ou ofensas de modo a manter a sociedade tranquila, em paralelo com os políticos que tentavam, sem sucesso impedir que a notícia vazasse. O alívio quando o cativeiro é "localizado" através da criptografia do vídeo. Nudes, ser baleada, ser encurralada. Outra fraude em busca do que seria o maior furo jornalístico. Até onde se iria pela notícia? O desespero da esposa que se vê ultrajada pelo mundo nas redes sociais de forma natural: "Todos já imaginam você transando com uma porca". Desespero, o tempo passa e o mundo comenta, reage. O dedo decepado após a tentativa de fraudar imagens com o auxílio de um dublê e o equívoco ao não realizar o DNA do mesmo. Nervos à flor da pele. A lógica e a capacidade cognitiva se dissipam. O ato com o porco está prestes a acontecer e mal sabem eles que, 30 min antes, a Princesa já havia sido libertada. Mas quem quer saber? Por que impedir um acontecimento histórico como esses mesmo que já não tenha objetivo? É o absurdo se tornando realidade. Como é possível aquele presidente ser eleito? É o que acharíamos impossível, outrora, por mais inacreditável que pareça, estamos vivemos agora, boquiabertos com o girar do Globo, e sem entender, sem respostas. Enquanto isso todos aplaudem, apreciam, degustam e enojam-se com o que se tornou um evento, um vil ato de "heroísmo", ou entretenimento. Ninguém nunca saberá/sabe a verdade. Só sabemos o que precisamos saber e o que querem que saibamos. Fim do sequestro. Fim do casamento. E fim de um ato inutilmente homérico.
Ep2: "Fifteen Million Merits" - Quinze Milhões de Méritos Rotina. Acordar. Distopia. Sem Sol. Escovar o dente. Pagar. Sem vida. Pelo que acordamos todos os dias? Pelo que lutamos? Ainda temos sonhos, ou já estamos buscando sonhos que não são nossos? Impossível não lembrar das academias do século XXI, que se tornaram uma febre. Todos querendo o mesmo padrão corporal, todos iguais, monstros(se nomeiam dessa forma), fazendo com que pessoas acima do peso, e não consigam se exercitar, sejam menosprezadas(viram "limões", emprego de gari), para que todos continuem se exercitando e não virem chacota na sociedade. Exercite-se também pelo dinheiro, para conseguir manter suas "necessidades" nesse ciclo vicioso. Pelo que acordamos todos os dias? HOT SHOT. WRAITH BABES. Propaganda. Assista-me ou pague. Rejeite-me e pague ainda mais. Não adianta fechar os olhos!!! Resume viewing... Não há como fugir. Hot Shot. "Eles começaram aqui como você, esforçando-se para se tornar um presente mais brilhante...". Todos iguais, querendo ser diferentes. E você só tem uma opção. "O melhor do meu novo estilo de vida? Por onde eu começo? Adoro escolher minhas roupas e adoro ouro. Sinto que realmente expressam quem eu sou. E adoro olhar lá fora, às vezes é tão bonito, queria que todos pudessem ver." Quando, no fim, a gente descobre que nada muda, além de uma paisagem que pode ter sido projetada e tudo continua cinza. Pelo que estamos lutando? Avatar à The Sims, umas das pouquíssimas formas de se diferenciar dos demais e ainda corre-se o risco de "exagerar". Não seja você mesmo, seja o que os outros querem que você seja. Amor. Seria sorte ou azar se apaixonar nesse ambiente de caos? Pode não ser reciproco ou pode te empurrar para cima. Alto. HOT SHOT. Estrelato. Ainda temos sonhos, ou já estamos buscando sonhos que não são nossos? Uma bela voz mas é bonita demais. Bonita demais para cantar. Será uma ótima atriz pornô. Salve-a. Corra! Dance! Viral. Uma ovelha negra na academia. Expulse-o, mate-o? Para que iniciar uma revolução? São todos meros ignorantes, a elite pode se fazer de ignorante também. Dê para ele o que ele quer. Fama, fuga da rotina. Alienação. O diferente que sempre foi a mesma coisa mas um pouco maior e com uma vista diferente.
Ep3: The Entire Story Of You - Toda a sua história Memórias. Todas salvas no meu "HD". Posso assisti-las, vivê-las, senti-las novamente quando quiser. Não seria genial? Poder viver seu dia de novo e observar detalhes que foram perdidos? Compartilhar com amigos um momento feliz em que eles não estavam presentes? A que preço? O preço do julgamento. A prova de todos os "crimes" nas mãos. Somos todos criminosos sendo apanhados pela própria memória. Não há mentira, não há movimento, não há expressão que escape. Esse dispositivo está à seu favor ou contra você? Um casal, acima de qualquer suspeita, separados por um dispositivo implantado atrás da orelha. Posso captar seus movimentos, "você não olha pra mim do jeito que olha para ele", "você nunca me falou dele e eu posso provar", "essa piada não teve graça". Desconfiança, investigação, desamor. Como seria viver refém? Refém de perspectivas. Do ponto de vista, da crença que temos, e se fosse tudo um equívoco? E se fosse mais rápido descobrir uma traição, doeria menos? Eu tenho a prova, não preciso de explicação! Eu acredito no que vejo. E isso é tudo. A morte do benefício da dúvida e o nascimento da unanimidade do que os olhos veem. O coração sente. Seria melhor não lembrar.
Descobri! Black Mirror é real. É extremo mas cada um de nós é capaz de se identificar com algum personagem em algum momento. É humano. Atinge todas as nossas defesas ocultas, atinge o íntimo de cada um de nós como uma flecha. Nos faz questionar nossos atos, podemos nos reconhecer e rir à primeira vista e no próximo instante estar chocados com tamanha semelhança, até um tanto melancólico pode-se dizer. NÃO é só tecnologia, longe disso. Em Black Mirror TUDO é possível. Literalmente. Tudo o que já desejamos outrora, se mostra diante de nós naturalmente. A tecnologia contribui nesse radicalismo, ajuda na profundidade das nossas almas em se mostrar, em expor a parte mais intrínseca do ser. Defeitos? Não só defeitos, mas mudanças e como lidamos com essa tecnologia. Black Mirror mostra quem somos, e quem não consegue ver isso, talvez precise desligar o visor e olhar dentro de si.
Em ordem de favoritos: Ficaria 1/ 3 / 2, apesar de achar o 2o episódio mais chocante e com desfecho menos previsível. Qual a sua ordem de favoritos da 1ª temporada?
É bem difícil expressar com palavras o quão preciosa foi essa novela. A começar pela abertura que nos mostra belas modelos em cenários deploráveis, logo no início já nos mostram esse paralelo entre beleza e catástrofe. A qualidade das imagens, o tom da luz, o figurino dos personagens foram minuciosamente escolhidos, é de uma perfeição tão grande que engrandece a trama e nos faz querer acompanhar a cada dia mais. Os personagens, ah os personagens, um mais complexo que o outro, diferenciam-se no foco e na interferência que causam mas todos fazem a diferença. Eu poderia escrever sobre todos os personagens aqui, cada qual com uma importância significante mas me estenderia demais, vamos falar sobre a personagem principal da trama.
Arlete, Letinha, Angel, a evolução. Uma garota simples, muito bonita, descoberta pelo mundo da moda. Sucesso, dinheiro, sacrifício? Fazer book rosa pela família, sendo tão ingenua a ponto de se apaixonar pelo primeiro cara(segundo no caso, o Gui a havia rejeitado). Amor? O que ela sentiu pelo Alex? Para mim foi apenas uma atração que foi evoluindo com o perigo de ser descoberto. Carolina. Quando houve o infarto do acompanhante e a Angel parou na delegacia, foi interessante a percepção de que não havia arrependimento, se a Carolina não soubesse, ótimo, ela conseguiria seguir a vida normalmente. O ciúmes da mãe, já no final da trama, foi até um pouco cômico para mim, uma grande evolução na questão sensatez. Após a morte da mãe, já desolada, o que teria efetivado a decisão de matar o seu "amor" Alex? Vingar a morte da mãe? Pois sentia culpa? No fim, acredito que a Angel quis dar à Alex a responsabilidade de tudo o que aconteceu em sua vida, encontrando assim a explicação perfeita por todos os erros que cometera. Frieza, já de uma forma tão vil, Angel amadureceu e se tornou uma mulher egoísta que encontrou no Guilherme a melhor saída para não se desolar e acabar morrendo sozinha em um mar de melancolia. No fim, para todos nós, tudo o que procuramos é algo que nos liberte, que nos afaste de todo passado, sempre ultrapassaremos as barreiras que vierem para não afundarmos, não importa o que seja preciso fazer. E você? O que absorveu de tudo isso?
Maid
4.4 381 Assista AgoraSó queria mais e mais, valeu cada segundo. Série fantástica
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraFui apresentada a essa série pela minha professora de inglês, já começando pelo segundo episódio e foi bem mais que impactante. Eu, particularmente, amo distopias, principalmente em livros como: "Admirável Mundo Novo" e "Laranja Mecânica". Mas Black Mirror tem um diferencial e eu precisei concluir a primeira temporada pra descobrir o que o distinguia...
Antes de me prolongar à singularidade de cada episódio, é importante ressaltar de onde vem o título "Black Mirror", "Espelho Preto", em português. Nos remete às telas de celulares, televisores e da massa de equipamentos eletrônicos quando inativos. O brilhantismo começa aí. E está longe de acabar.
Ep1. "The National Anthem" - O hino Nacional.
Honra. Princesa Suzanaah foi sequestrada. Quem a sequestrou? Terroristas da Al Qaeda? Ninguém sabe. E nem tem muito tempo para descobrir. Condição para que a execução não ocorra: "O Primeiro Ministro terá que transar com uma porca em rede nacional exatamente às 4pm." À primeira vista acredita-se que seja uma bela piada de mal gosto mas constata-se que a Duquesa foi realmente sequestrada e seus seguranças, dopados.
O jornalismo, uma das profissões que mais admiro, é manuseado com uma habilidade magistral, digna de aplausos. A influência e o boom nas redes sociais, a cautela dos jornalistas aos noticiarem sem cometerem gafes ou ofensas de modo a manter a sociedade tranquila, em paralelo com os políticos que tentavam, sem sucesso impedir que a notícia vazasse.
O alívio quando o cativeiro é "localizado" através da criptografia do vídeo. Nudes, ser baleada, ser encurralada. Outra fraude em busca do que seria o maior furo jornalístico. Até onde se iria pela notícia? O desespero da esposa que se vê ultrajada pelo mundo nas redes sociais de forma natural: "Todos já imaginam você transando com uma porca". Desespero, o tempo passa e o mundo comenta, reage.
O dedo decepado após a tentativa de fraudar imagens com o auxílio de um dublê e o equívoco ao não realizar o DNA do mesmo. Nervos à flor da pele. A lógica e a capacidade cognitiva se dissipam.
O ato com o porco está prestes a acontecer e mal sabem eles que, 30 min antes, a Princesa já havia sido libertada. Mas quem quer saber? Por que impedir um acontecimento histórico como esses mesmo que já não tenha objetivo? É o absurdo se tornando realidade. Como é possível aquele presidente ser eleito? É o que acharíamos impossível, outrora, por mais inacreditável que pareça, estamos vivemos agora, boquiabertos com o girar do Globo, e sem entender, sem respostas.
Enquanto isso todos aplaudem, apreciam, degustam e enojam-se com o que se tornou um evento, um vil ato de "heroísmo", ou entretenimento. Ninguém nunca saberá/sabe a verdade. Só sabemos o que precisamos saber e o que querem que saibamos. Fim do sequestro. Fim do casamento. E fim de um ato inutilmente homérico.
Ep2: "Fifteen Million Merits" - Quinze Milhões de Méritos Rotina. Acordar. Distopia. Sem Sol. Escovar o dente. Pagar. Sem vida. Pelo que acordamos todos os dias? Pelo que lutamos? Ainda temos sonhos, ou já estamos buscando sonhos que não são nossos? Impossível não lembrar das academias do século XXI, que se tornaram uma febre. Todos querendo o mesmo padrão corporal, todos iguais, monstros(se nomeiam dessa forma), fazendo com que pessoas acima do peso, e não consigam se exercitar, sejam menosprezadas(viram "limões", emprego de gari), para que todos continuem se exercitando e não virem chacota na sociedade. Exercite-se também pelo dinheiro, para conseguir manter suas "necessidades" nesse ciclo vicioso. Pelo que acordamos todos os dias?
HOT SHOT. WRAITH BABES. Propaganda. Assista-me ou pague. Rejeite-me e pague ainda mais. Não adianta fechar os olhos!!! Resume viewing... Não há como fugir. Hot Shot. "Eles começaram aqui como você, esforçando-se para se tornar um presente mais brilhante...". Todos iguais, querendo ser diferentes. E você só tem uma opção. "O melhor do meu novo estilo de vida? Por onde eu começo? Adoro escolher minhas roupas e adoro ouro. Sinto que realmente expressam quem eu sou. E adoro olhar lá fora, às vezes é tão bonito, queria que todos pudessem ver." Quando, no fim, a gente descobre que nada muda, além de uma paisagem que pode ter sido projetada e tudo continua cinza. Pelo que estamos lutando?
Avatar à The Sims, umas das pouquíssimas formas de se diferenciar dos demais e ainda corre-se o risco de "exagerar". Não seja você mesmo, seja o que os outros querem que você seja.
Amor. Seria sorte ou azar se apaixonar nesse ambiente de caos? Pode não ser reciproco ou pode te empurrar para cima. Alto. HOT SHOT. Estrelato. Ainda temos sonhos, ou já estamos buscando sonhos que não são nossos?
Uma bela voz mas é bonita demais. Bonita demais para cantar. Será uma ótima atriz pornô. Salve-a. Corra! Dance! Viral. Uma ovelha negra na academia. Expulse-o, mate-o? Para que iniciar uma revolução? São todos meros ignorantes, a elite pode se fazer de ignorante também. Dê para ele o que ele quer. Fama, fuga da rotina. Alienação. O diferente que sempre foi a mesma coisa mas um pouco maior e com uma vista diferente.
Ep3: The Entire Story Of You - Toda a sua história Memórias. Todas salvas no meu "HD". Posso assisti-las, vivê-las, senti-las novamente quando quiser. Não seria genial? Poder viver seu dia de novo e observar detalhes que foram perdidos? Compartilhar com amigos um momento feliz em que eles não estavam presentes? A que preço? O preço do julgamento. A prova de todos os "crimes" nas mãos. Somos todos criminosos sendo apanhados pela própria memória. Não há mentira, não há movimento, não há expressão que escape. Esse dispositivo está à seu favor ou contra você?
Um casal, acima de qualquer suspeita, separados por um dispositivo implantado atrás da orelha. Posso captar seus movimentos, "você não olha pra mim do jeito que olha para ele", "você nunca me falou dele e eu posso provar", "essa piada não teve graça". Desconfiança, investigação, desamor.
Como seria viver refém? Refém de perspectivas. Do ponto de vista, da crença que temos, e se fosse tudo um equívoco? E se fosse mais rápido descobrir uma traição, doeria menos? Eu tenho a prova, não preciso de explicação! Eu acredito no que vejo. E isso é tudo. A morte do benefício da dúvida e o nascimento da unanimidade do que os olhos veem. O coração sente. Seria melhor não lembrar.
Descobri! Black Mirror é real. É extremo mas cada um de nós é capaz de se identificar com algum personagem em algum momento. É humano. Atinge todas as nossas defesas ocultas, atinge o íntimo de cada um de nós como uma flecha. Nos faz questionar nossos atos, podemos nos reconhecer e rir à primeira vista e no próximo instante estar chocados com tamanha semelhança, até um tanto melancólico pode-se dizer.
NÃO é só tecnologia, longe disso. Em Black Mirror TUDO é possível. Literalmente. Tudo o que já desejamos outrora, se mostra diante de nós naturalmente. A tecnologia contribui nesse radicalismo, ajuda na profundidade das nossas almas em se mostrar, em expor a parte mais intrínseca do ser. Defeitos? Não só defeitos, mas mudanças e como lidamos com essa tecnologia. Black Mirror mostra quem somos, e quem não consegue ver isso, talvez precise desligar o visor e olhar dentro de si.
Em ordem de favoritos: Ficaria 1/ 3 / 2, apesar de achar o 2o episódio mais chocante e com desfecho menos previsível. Qual a sua ordem de favoritos da 1ª temporada?
Verdades Secretas
4.3 277É bem difícil expressar com palavras o quão preciosa foi essa novela. A começar pela abertura que nos mostra belas modelos em cenários deploráveis, logo no início já nos mostram esse paralelo entre beleza e catástrofe. A qualidade das imagens, o tom da luz, o figurino dos personagens foram minuciosamente escolhidos, é de uma perfeição tão grande que engrandece a trama e nos faz querer acompanhar a cada dia mais. Os personagens, ah os personagens, um mais complexo que o outro, diferenciam-se no foco e na interferência que causam mas todos fazem a diferença. Eu poderia escrever sobre todos os personagens aqui, cada qual com uma importância significante mas me estenderia demais, vamos falar sobre a personagem principal da trama.
Arlete, Letinha, Angel, a evolução. Uma garota simples, muito bonita, descoberta pelo mundo da moda. Sucesso, dinheiro, sacrifício? Fazer book rosa pela família, sendo tão ingenua a ponto de se apaixonar pelo primeiro cara(segundo no caso, o Gui a havia rejeitado). Amor? O que ela sentiu pelo Alex? Para mim foi apenas uma atração que foi evoluindo com o perigo de ser descoberto. Carolina. Quando houve o infarto do acompanhante e a Angel parou na delegacia, foi interessante a percepção de que não havia arrependimento, se a Carolina não soubesse, ótimo, ela conseguiria seguir a vida normalmente. O ciúmes da mãe, já no final da trama, foi até um pouco cômico para mim, uma grande evolução na questão sensatez. Após a morte da mãe, já desolada, o que teria efetivado a decisão de matar o seu "amor" Alex? Vingar a morte da mãe? Pois sentia culpa? No fim, acredito que a Angel quis dar à Alex a responsabilidade de tudo o que aconteceu em sua vida, encontrando assim a explicação perfeita por todos os erros que cometera. Frieza, já de uma forma tão vil, Angel amadureceu e se tornou uma mulher egoísta que encontrou no Guilherme a melhor saída para não se desolar e acabar morrendo sozinha em um mar de melancolia. No fim, para todos nós, tudo o que procuramos é algo que nos liberte, que nos afaste de todo passado, sempre ultrapassaremos as barreiras que vierem para não afundarmos, não importa o que seja preciso fazer. E você? O que absorveu de tudo isso?