Phoebe Waller-Bridge se tornou uma das minhas preferidas! Assistir a uma série produzida na perspectiva de uma mulher é muito mais interesse do que as produções hegemônicas masculinas. Existe identificação, não só pela representatividade, mas sobretudo pela construção das personagens, que articulam relações sociais tão parecidas com as que vivemos em nossas próprias vidas cotidianas. Ela destaca as emoções, as vontades e os erros, mas não numa perspectiva dicotômica de bem e mal.
Levanta diversos pontos cruciais da vida em sociedade, mesmo que alguns em cenas curtas, além da pauta central. Mostra a vulnerabilidade humana ao decepcionar-se quando pensa no coletivo, a sensação de impotência e inutilidade, bem como fraquezas individuais e a decadência social, frutos do egoísmo e da apatia.
A dificuldade do personagem principal de criar laços devido a uma infância traumática, transmitida não só pelo fato de não manter-se fixo em um emprego, mas também por se distanciar da professora com a qual se envolveu, da garota que ele abrigou e da aluna que precisava de sua ajuda; a funcionária do colégio que se esgota e acaba chorando em frente a uma aluna quando essa se mostra totalmente desinteressada; os casais que, ao se encontrarem em casa no final do dia, não se sentem confortáveis para conversarem sobre o que os aflige - ou sobre qualquer coisa, simplesmente não estão confortáveis em suas próprias casas com suas próprias famílias; a prostituição; a pressão de lidar com um padrão de beleza que nos é imposto e exclui a maioria das mulheres, bem como a rejeição sofrida por quem não se encaixa nele; o consumo de remédios para conseguir encarar uma realidade inóspita; o suicídio. O filme não censura a podridão de uma sociedade que mantém uma cultura sugadora e seus danos.
Deprimentemente humano, inclusive na sutileza da fotografia simples e, ao mesmo tempo, tocante.
Uma graça de filme com um roteiro original e maravilhoso, adorei! Cada detalhe foi muito bem pensado, é fácil perceber, na sutileza das cenas, o contraste entre o mundo socialista e o mundo capitalista.
Crashing (1ª Temporada)
3.9 143 Assista AgoraPhoebe Waller-Bridge se tornou uma das minhas preferidas! Assistir a uma série produzida na perspectiva de uma mulher é muito mais interesse do que as produções hegemônicas masculinas. Existe identificação, não só pela representatividade, mas sobretudo pela construção das personagens, que articulam relações sociais tão parecidas com as que vivemos em nossas próprias vidas cotidianas. Ela destaca as emoções, as vontades e os erros, mas não numa perspectiva dicotômica de bem e mal.
Infelizmente o contexto da moradia irregular não é desenvolvido, talvez fosse se tivesse rolado uma segunda temporada. Eu gostaria.
Os Sonhadores
4.1 2,0K Assista AgoraCertos diálogos e a trilha sonora mexeram com o meu coração de um jeito que poucas coisas conseguem.
Não se recebe a liberdade, a liberdade se toma.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraLevanta diversos pontos cruciais da vida em sociedade, mesmo que alguns em cenas curtas, além da pauta central. Mostra a vulnerabilidade humana ao decepcionar-se quando pensa no coletivo, a sensação de impotência e inutilidade, bem como fraquezas individuais e a decadência social, frutos do egoísmo e da apatia.
A dificuldade do personagem principal de criar laços devido a uma infância traumática, transmitida não só pelo fato de não manter-se fixo em um emprego, mas também por se distanciar da professora com a qual se envolveu, da garota que ele abrigou e da aluna que precisava de sua ajuda; a funcionária do colégio que se esgota e acaba chorando em frente a uma aluna quando essa se mostra totalmente desinteressada; os casais que, ao se encontrarem em casa no final do dia, não se sentem confortáveis para conversarem sobre o que os aflige - ou sobre qualquer coisa, simplesmente não estão confortáveis em suas próprias casas com suas próprias famílias; a prostituição; a pressão de lidar com um padrão de beleza que nos é imposto e exclui a maioria das mulheres, bem como a rejeição sofrida por quem não se encaixa nele; o consumo de remédios para conseguir encarar uma realidade inóspita; o suicídio. O filme não censura a podridão de uma sociedade que mantém uma cultura sugadora e seus danos.
Deprimentemente humano, inclusive na sutileza da fotografia simples e, ao mesmo tempo, tocante.
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista AgoraUma graça de filme com um roteiro original e maravilhoso, adorei! Cada detalhe foi muito bem pensado, é fácil perceber, na sutileza das cenas, o contraste entre o mundo socialista e o mundo capitalista.