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Paraíba,Amparo - Brasil

É natural de Amparo - Paraíba, no Sertão do Cariri. Acostumou-se a ouvir o som que vinha da feira: a poética violeira, o forró lá do mercado, que tão bem executado lhe parecia comum. Depois viu o zum zum zum do tocador da cidade com muita dificuldade para fazer aquilo lá.

Autor de mais de 100 livros, o paraibano Abdias Campos trocou uma carreira sólida como administrador de empresas para dedicar-se às incertezas da literatura de cordel há oito anos. “Dá para viver da arte, com a graça de Deus”, garante o simpático Abdias, que já participou de três bienais do Livro no Rio de Janeiro e uma em São Paulo. Em seu estande, de autor independente, ele organiza os coloridos livrinhos que vende a dois reais. A cada bienal, esgota os 4 mil volumes que traz de Recife, onde vive, custeando passagem, hospedagem, aluguel de espaço, e ainda “levando algum no bolso”.

Nascido em Olho D’Água dos Caboclos, próximo à localidade de Amparo, no sertão da Paraíba, Abdias Campos se considera um predestinado à literatura. “Fui trazido ao mundo pela parteira Zefa Canário, nasci ouvindo versos numa região toda de poetas. Quem saiu daquelas terras virou médico, advogado, engenheiro. Quem ficou, foi vaqueiro, fazendeiro. Mas todos continuam poetas”, diz Abdias, que foi para Recife estudar Administração de Empresas. Chegou a tentar empregar seus conhecimentos em uma fazenda que herdou. “Eu agi como poeta, não como administrador. Derrubei cercas, abri estradas e acabei vendendo tudo para fazer meu primeiro LP”, conta.

Para viver da arte do cordel, Abdias investe cerca de R$ 5 mil em eventos como a Bienal do Livro. É dali que saem importantes contatos para palestras e shows. “Já rodei Santa Catarina inteira com meu show de música e poesia em cordel, pelo circuito SESC. Conheci na Bienal um diretor do SESC que se interessou por meu trabalho e, desde então, não parei mais de trabalhar, seja apresentando espetáculos, seja fazendo cordel para publicidade”, conta Abdias, que nunca estudou música ou literatura formalmente. “Não quero perder o tom rústico de minhas composições, por isso não faço faculdade de Música ou Letras. Já imaginaram que horror seria ter um Pavarotti cantando repentes?”.

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