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Chacrinha

Nomes Alternativos: José Abelardo Barbosa de Medeiros

67Número de Fãs

Nascimento: 30 de Setembro de 1917 (70 years)

Falecimento: 30 de Junho de 1988

Surubim, Pernambuco - Brasil

José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha, foi um comunicador de rádio e TV do Brasil, apresentador de programas de auditório de grande sucesso das décadas de 1950 a 1980.

Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia", Alô, Terezinha!”, “Quem não se comunica se trumbica”, ''Quem vai querer a mandioca da Maria Bethânia'', “Eu vim para confundir e não para explicar”. Bordões hilários, figurino extravagante e a buzina estridente inconfundível contribuíram para tornar Chacrinha um dos maiores comunicadores da televisão brasileira, se não o maior.

O “Velho Guerreiro”, como também era conhecido, exerceu seu talento único para entreter os mais diversos públicos, ao longo da carreira.

O nome Chacrinha surgiu por conta do sucesso do programa de músicas de carnaval Rei Momo na Chacrinha, em 1943, na Rádio Fluminense.

Criador da famosa frase "na televisão, nada se cria, tudo se copia", o apresentador alcançou popularidade, sobretudo, com os programas de calouros na TV, tendo revelado grandes nomes da música brasileira.

Em 1939, se tornou locutor na Rádio Tupi. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Nos anos 1950 comandaria o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido, de Celly Campelo, e Coração de Luto, do artista gaúcho Teixeirinha, e, no Cassino do Chacrinha, ele fingia, com sons e ruídos, que lá aconteciam enormes festas e lançamentos.

Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha.

Em seguida foi para a TV Rio e, em 1967, foi contratado pela Rede Globo.

Chegou a fazer dois programas semanais: Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca do Chacrinha.

Cinco anos depois voltou para a Tupi.

Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.

Alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais apresentava-se com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!".

Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram, Aracy de Almeida, Rogéria, Carlos Imperial, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros.

Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas profissionais de palco, que faziam coreografias para acompanhar as músicas e animar o programa, no início eram conhecidas como as "vitaminas do Chacrinha", além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto, Cristina Azul, entre outras.

Chacrinha apareceu em filmes brasileiros dos anos 1960 e 1970, geralmente interpretando ele mesmo. No filme Na Onda do Iê-iê-iê, de 1966, ele encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior.

Dentre os calouros, estavam Paulo Sérgio (como ele mesmo) e Silvio César (que interpretava o personagem César Silva). Chacrinha diz diversos de seus bordões: "Vai para o trono ou não vai?", "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?", "Cheguei, baixei, saravei". Há também outras frases engraçadas, quando ele diz que "Graças a Deus o programa acabou".

Anualmente, lançava em seu programa uma marchinha para o Carnaval, conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo - Quem não se comunica se trumbica", foi a única vez que desfilou numa escola de samba, surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado de chacretes, de Russo (seu assistente de palco) e Elke Maravilha.

Em outubro de 1987 recebeu, dos professores Annita Gorodicht e Paulo Alonso, o título de "doutor honoris causa" da Faculdade da Cidade, no Rio.

Seu aniversário de 70 anos foi comemorado em setembro de 1987 com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente da República, José Sarney.
Durante o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino.

Ao voltar à cena, no mês de junho, comandou a atração com João Kléber, até que pudesse se sentir forte novamente. Faleceu no dia 30 de junho de 1988, às 23h30, de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão) aos 70 anos. O último programa Cassino do Chacrinha foi ao ar em 2 de julho de 1988.

Curiosidades:
Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação.

Durante o programa, virava-se para o auditório: "Vocês querem bacalhau?", e atirava o peixe para o auditório, onde a plateia disputava a tapa o produto.

As vendas explodiram e ele explicou: "Brasileiro adora ganhar um presentinho".

Chacrinha era um dos mais ilustres e notórios torcedores do Vasco da Gama, chegando a se apresentar em seu programa com a camisa do Vasco ou um quepe estilizado com o escudo do clube.

O termo "terezinha" não era homenagem a nenhuma Tereza, surgiu em substituição ao antigo patrocínio de água sanitária Clarinha que possuía uma sonora igual.

Também conhecido como O Velho Guerreiro.

Cônjuge: Florinda Barbosa (de 1947 a 1988)
Filhos: José Amélio de Medeiros, Jorge Abelardo Barbosa de Medeiros, Zé Renato de Medeiros

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