“De Dora por Sara” compartilha trechos de escritos, cartas da prisão e cartas do exílio trocadas entre a guerrilheira Maria Auxiliadora Lara Barcelos e Clélia Lara Barcelos, recriando o que chamava de “Represa de Dora”, um campo de comunicação entre o confinamento e a possibilidade da utopia. Essa pesquisa conjuga palavras “reais” num tempo poético, tateando tanto os processos que levaram o corpo dela ao suicídio como o inverso: investiga um campo vibrátil para que ela reviva, numa espécie de cartografia do “encarnar”, avessa a desistência.