Saura apresenta "um ensaio, uma visão pessoal" sobre a obra de Mozart e, principalmente, sobre o nascimento de uma de suas composições mais famosas e aplaudidas, Don Giovanni.
O filme é, na realidade, um livre retrato do poeta italiano Lorenzo da Ponte, autor do libreto de Don Giovanni, amigo do libertino Giacomo Casanova e, ao mesmo tempo, um artista que vivia na dissipação. Da Ponte, um judeu veneziano convertido por obrigação ao cristianismo e que foi expulso de Veneza pela Inquisição, conheceu Mozart em Viena, trabalhando com ele na peça de teatro e lírica encarregada pelo rei austríaco, depois do sucesso de As Bodas de Figaro.
"Trata-se de uma versão historicamente não rigorosa", explicou Saura durante entrevista á imprensa de apresentação, no Auditorium de Roma.