Joaquim Gonçalves Araújo (1860-1940), conhecido como Comendador J.G. Araújo, foi um abastado comerciante português que se radicou em Manaus. Além de lidar com o comércio varejista, Joaquim Gonçalves Araújo estabeleceu, naquela cidade, indústrias de processamento de borracha e castanha. Dono de terras no antigo território do Rio Branco - atual Estado de Roraima -, J.G Araújo foi também criador de gado. Um dos pesquisadores que escreveu sobre a vida desse empreendedor da Época Áurea da Borracha - e, também, da fase de decadência desse sistema produtivo - foi Rogel Samuel, autor do romance O amante das amazonas (Belo Horizonte: Itatiaia, 2005), que se inspirou em alguns elementos biográficos do Comendador para criar um dos personagens desse romance do pós-modernismo brasileiro.No Dicionário Amazonense de Biografias: vultos do passado, de Agnello Bittencourt (Rio de Janeiro: Conquista, 1973), há o verbete "J.G. Araújo". O Comendador J.G Araújo patrocinou o documentário de longa-metragem No paiz das Amazonas, filmado em 1921 por seu filho Agesilau Araújo e pelo fotógrafo e cinegrafista luso-amazonense Silvino Santos. No prédio onde fixou residência, no Centro de Manaus, próximo ao Teatro Amazonas, hoje funciona a Casa J.G. Araújo [3], espaço cultural vinculado da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas.