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Nascimento: 18 de Abril de 1907 (88 years)

Falecimento: 27 de Julho de 1995

Budapeste - Hungria

Nascido em 18 de abril de1907 em Budapeste, Hungria, Miklos Rozsa, um dos gigantes musicais da Era de Ouro de Hollywood, começou a estudar violino aos cinco anos de idade. Desde cedo mostrou predileção pela música folclórica de seu país, uma influência que persistiu em muitos dos seus trabalhos posteriores. Mesmo com a insistência de seus pais para que estudasse química, em breve Rozsa estaria no Conservatório de Leipzig, cursando musicologia. Apesar de direcionar a maioria de seus primeiros trabalhos para a música clássica, tendo inclusive completado um balé com pouco mais de vinte anos de idade, Rozsa compôs as partituras dos filmes britânicos "The Squeaker" e "Knight Without Armour" (ambos em 1937) para ganhar algum dinheiro. Pouco tempo depois, o seu trabalho com os compatriotas e cineastas Zoltan e Alexander Korda lhe trariam fama mundial e muitas oportunidades.

Rozsa provou ser um artista capaz e visionário, e foi escolhido para compor a música de "O Ladrão de Bagdá" (1940), dirigido pelos não-creditados Kordas. A partitura exótica e sensual consagrou Rozsa como um compositor dinâmico e criativo, e foi a sua introdução ao cinema americano, uma mídia na qual ele trabalharia proficuamente por mais de 40 anos. Sendo versátil e confiável, Rozsa sempre foi capaz de criar uma trilha apropriada e memorável para filmes de gêneros tão diversos como romance ("That Hamilton Woman" 1941), comédia ("A Costela de Adão" 1949), grandes épicos ("Rei dos Reis", 1961), e filmes noir ("Cidade Nua", 1948).

Rozsa iniciou sua lendária associação com o diretor Billy Wilder com a aventura de 1943 "Five Graves to Cairo." Em seguida veio a inesquecível trilha do clássico noir "Double Indemnity." Para o aclamado drama de 1945, "Farrapo Humano," Rozsa com maestria usou o theremin, instrumento eletrônico com um incomparável e sinistro som, a fim de acompanhar as alucinações do alcoólatra Ray Milland. Outras parcerias com Wilder incluem "A Vida Secreta de Sherlock Holmes" (1970), no qual Holmes interpreta o Concerto para Violino do compositor, e "Fedora" (1978), no qual a partitura de Rosza sofreu com a edição ruim de um filme perfeitamente esquecível. O dinâmico trabalho de Rosza em "The Killers" (1946) faria época – o compositor criou um tema recorrente que anunciava os assassinos, que vagarosamente transformava-se no som da porta de uma cela fechando-se, ilustrando assim o destino dos vilões. Esta música posteriormente seria adaptada para o tema da série de TV "Dragnet."

Igualmente siginificativa, porém mais curta, foi a associação de Rozsa com o diretor John Huston ("O Segredos das Jóias", 1950). Com muito pouca música (na verdade, somente no início e no fim do filme), esta partitura capturou o som do desespero urbano. O drama de prisão de 1947 "Brute Force" teve muito mais impacto graças à sua evocativa trilha sonora, que emoldurava a ação do filme.

O clássico de Hitchcock "Quando Fala o Coração" ("Spellbound", 1945) deu a Rozsa a oportunidade de criar uma de suas mais estupendas obras, e merecidamente conquistou seu primeiro Oscar. Ele reprisou o prêmio máximo da Academia com "A Double Life" (1947), de George Cukor. Igualmente memorável foi seu trabalho em dramas épicos, como "Julius Caesar" (1953), na também oscarizada partitura de "Ben-Hur" (1959), e "El Cid" (1961). Rozsa acabou por tornar-se um estudioso do período histórico em que tais filmes se passavam, fazendo meticulosas pesquisas da música e dos instrumentos da época, de modo a refletir de modo acurado os personagens e os assuntos abordados (um exemplo perfeito é "Ivanhoé, O Vingador do Rei", de 1952).

Entre os grandes trabalhos posteriores de Rozsa estão a fantástica "A Nova Viagem de Simbad" (1973), a cativante trilha para o filme de Alan Resnais "Providence" (1977), sua romântica música para "Um Século em 43 Minutos", de Nicholas Meyer (1979), e sua última obra, "Cliente Morto Não Paga" (1982), cuja música é uma bela evocação aos filmes noir para os quais compusera. Rozsa faleceu em 27 de julho de 1995, no Good Samaritan Hospital de Los Angeles, aos 88 anos de idade.

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