O Petra Belas Artes segue com suas incríveis mostras semanais!
De 04 a 10 de fevereiro, será a vez dos “Grandes Mestres do Cinema Japonês”, em homenagem ao “Dia da Fundação Nacional do Japão”, quando anualmente, no dia 11 de fevereiro, os japoneses celebram a fundação da sua nação e a ascensão do seu primeiro imperador, o Imperador Jimmu, fato ocorrido nesta data, no ano de 660 a.C.
A mostra reúnirá seis clássicos vindos da Terra do Sol Nascente: “Contos da Lua Vaga Depois da Chuva” (1953), de Kenji Mizoguchi; “A Balada de Narayama” (1983), de Shôhei Imamura; “Juventude Nua” (1960), de Nagisa Oshima; “Era uma Vez em Tóquio” (1953), de Yasujiro Ozu; “Trono Manchado de Sangue” (1957) e “Dersu Uzala” (1975), esses dois últimos dirigidos por Akira Kurosawa.
São obras essenciais para amantes do cinema em geral, e até mesmo para outros grandes nomes do cinema contemporâneo, diretores adorados pelas novas gerações e que assumem devoção pelos mestres japoneses.
Com direção de Kenji Mizoguchi e trama baseada em dois contos do escritor Ueda Akinari, “Contos da Lua Vaga Depois da Chuva” – um dos filmes favoritos dos grandes Diretores Martin Scorsese e Andrei Tarkovsky –, ganhou o Leão de Prata de Melhor Direção no Festival de Veneza e foi indicado ao Oscar, na categoria de Melhor Figurino.
“A Balada de Narayama”, de Shohei Imamura, foi o grande vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 1983, e é refilmagem de outro longa homônimo, de 1958, dirigido por Keisuke Kinoshita.
“Juventude Nua” é o segundo longa do diretor Nagisa Oshima, o mesmo do polêmico e escandaloso "Império dos Sentidos", e o primeiro de uma trilogia de filmes que Oshima realizou para a produtora Shochiku, projeto que acabaria provocando o seu rompimento com a companhia.
“Era Uma Vez em Tóquio” foi inspirado no filme “A Cruz dos Anjos”, de Leo McCarye. Apesar do diretor Yasujiro Ozu nunca ter assistido a esse filme, seu roteirista Kogo Noda o viu e se baseou no mesmo. Os dois, Ozu e Noda, ficaram por volta de 100 dias em uma pousada no interior apenas trabalhando no roteiro, e, depois disso, todo o desenvolvimento das filmagens e montagem se deu muito rápido. Estima-se que todo o processo levou 4 meses. Todos os banners que aparecem no filme foram pintados pelo próprio Ozu.
“Trono Manchado de Sangue” é a versão de Akira Kurosawa da obra "Macbeth", de William Shakespeare, com a grande atuação de Toshiro Mifune, ator preferido de Kurosawa, com quem trabalhou em 16 filmes. Este clássico foi considerado, pelo crítico literário americano Harold Bloom como a melhor adaptação cinematográfica de Macbeth.
Vencedor do Oscar 1976 de Melhor Filme Estrangeiro para a Rússia, “Dersu Uzala” foi uma encomenda de um embaixador russo, que pediu ao japonês Akira Kurosawa que dirigisse um filme russo para os russos, pois, segundo o embaixador, naquela época, o país não tinha bons roteiristas nem diretores para a tarefa.
Imagem: Petra Belas Artes