O documentário PixoAção II aborda o Pixo como ruído revelador. Traços, cores, ideias e tintas manipulados pelo elemento humano livremente munido de ação similar ao das “artes” e da tipografia, desafiam iconicamente a propriedade privada ao incomodar. Não é arte no sentido de enaltecedora ou educadora da alma humana, mas indiscutivelmente contém elementos do fazer artístico, porém, ao invés de ser unicamente agradável como espera o olhar do mainstream, já nasce em seu inverso proporcional: desafiadoramente desagradável. Não é propaganda na concepção das teorias do consumo, mas serve para propagar veladamente o descontentamento com a cerca urbana. Só é crime para a mídia e para a concepção jurídica do status quo, mas pode ser uma ferramenta de revolução. Pixo é aquele grito em forma de imagem reverberando nos cantos e desvendando que, pelo menos de algum modo, alguém tem coragem para afirmar que o mundo não tem dono.