Robert Lord, graduado em Harvard, estudou literatura inglesa e dramaturgia na renomada Oficina 47 de George Pierce Baker. Posteriormente, ele colocou esse treinamento em prática como um escritor de histórias para o New Yorker. Em pouco tempo, uma de suas contribuições, Don Juan de Sevilha (1925), atraiu a atenção dos produtores de Hollywood e motivou Lord a se mudar para a Costa Oeste. Depois de trabalhar nos westerns de Tom Mix, ele logo conseguiu uma atribuição de prestígio na forma do desastre épico A Inundação (1926), um sucesso de bilheteria palpável, para o qual o Lorde escreveu a história original. Seu estilo de prosa impressionou a Warner Brothers, que o contratou em 1927.

Um dos favoritos do gerente de produção Hal B. Wallis, Lord permaneceu no estúdio até 1941, quando ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original para A Única Solução (1932) e foi indicado para outro, o polêmico drama social Legião Negra. (1937), uma acusação contundente de intolerância e domínio da máfia. Senhor escreveu novamente a história original e também serviu como produtor associado. Um sucesso entre os críticos e o público, o filme foi estrelado por Humphrey Bogart, que na época era apenas outro jogador contratado que corre o risco de ser rotulado como pesado em potboilers comuns. "Black Legion" reafirmou as qualidades de estrela de Bogart e ele nunca esqueceu o papel que Robert Lord desempenhou no resgate de sua carreira.

Após a morte de Mark Hellinger, em 1947, Bogart se esforçou para conseguir Lorde como vice-presidente de sua independente Santana Productions. Em seu novo papel como principal produtor de Santana, Lord recebeu carta branca para contratar escritores experientes como Daniel Taradash e John Monks Jr. (para O Crime não Compensa (1949)). Ele também foi fundamental na aquisição dos direitos de material literário adequado, o melhor dos quais foi No Silêncio da Noite (1950), baseado em um romance de Dorothy B. Hughes. Enquanto Lord nunca foi oficialmente creditado por ter escrito qualquer um dos roteiros de Santana, ele estava envolvido significativamente em seu desenvolvimento inicial (como, por exemplo, na definição do personagem de Dixon Steele). Por outro lado, a amizade de Lorde com Bogart obscureceu sua objetividade, pois ele freqüentemente interferia no processo criativo, insistindo em revisões editoriais (particularmente, sempre que ele achava que o personagem da estrela não era retratado de forma suficientemente simpática).

Depois que Bogart vendeu sua participação em Santana para a Columbia em 1955, Lord efetivamente se aposentou da indústria cinematográfica. Ele morreu em abril de 1976 em Los Angeles aos setenta e cinco anos.