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Sergio Murilo

Nomes Alternativos: Sérgio Murilo

2Número de Fãs

Nascimento: 2 de Agosto de 1941 (50 years)

Falecimento: 19 de Fevereiro de 1992

Rio de Janeiro - Brasil

Sérgio Murilo, foi um cantor e compositor brasileiro, que fez parte da pré-Jovem Guarda. O cantor integrou movimento que incluía cantores como os irmãos Celly Campello e Tony Campello, além de Ronnie Cord, Carlos Gonzaga, Wilson Miranda, entre outros.

Começou a cantar no programa Trem da Alegria comandado pelo Trio de Osso, composto por Yara Salles, Heber de Bôscoli e Lamartine Babo, que fez muito sucesso na Rádio Nacional do Rio de Janeiro no início dos anos 1950.

Sérgio Murilo ou Sérgio Murillo, como passou a assinar mais tarde, nasceu no bairro do Catete, Rio de Janeiro. Filho de Izaltina Moreira Rosa, que tinha como apelido Zazá, (nascida em 28 de dezembro de 1917) e de Paulo Almeida Rosa (nascido em 19 de julho de 1913), teve uma única irmã, Angélica Maria Moreira Rosa Lerner.

Rádio e Cinema

Aos 8 anos, já se apresentava como calouro no programa de Trem da Alegria da rádio Tamoio. Aos 12 anos foi apresentador infantil da TV Rio. Nessa época ganhou diversos prêmios. Aos 15 cantava no programa Os Curumins, também na rádio Tamoio. Em 1956 apresentou, ao lado de Sônia Müller, o programa de calouros infantis Gente Importante.

Antes de gravar seu primeiro disco apareceu em alguns filmes da Atlântida, o primeiro foi A Grande Vedete, onde faz uma pequena participação como um entregador de flores. No mesmo ano integra o elenco de Alegria de Viver, primeiro filme brasileiro a usar o rock na trilha sonora e onde interpretou o personagem Jorginho. A protagonista do filme, a grande estrela da Atlântida, Eliana Macedo, teve Sérgio Murilo como professor, que a ensinou os passos de rock que a atriz apresenta nessa comédia musical de 1958.

Os Primeiros Registros Musicais

Com suas participações no programa do ator Paulo Gracindo na Rádio Nacional, acabou por conhecer o compositor Edson Borges de Abrantes, o "Passarinho", que o ajuda a conseguir um contrato com a Columbia. Ainda em 1958 foi lançado seu primeiro disco (78 rotações), no qual interpretou a toada Mudou Muito e o samba canção Menino Triste, ambos de autoria de Edson Borges, sendo a primeira em parceria com Enrico Simonetti.

Em 1959 lança mais um disco com as canções Marcianita e Se Eu Soubesse. A primeira, uma versão de Fernando César para a canção homônima dos compositores chilenos Marcone e Alderete. Essas duas canções foram incluídas no primeiro álbum de estúdio de Sérgio Murilo pelo selo Columbia.

Marcianita foi um dos maiores hits de Sérgio, que foi o primeiro cantor a gravá-la em português, e se tornou um clássico do rock no Brasil. Em 1960 grava outro grande sucesso: Broto Legal, versão de Renato Corte Real para H. Earnhart.

Entre 1960 e 1962, portanto em pleno sucesso, apresentou ao lado de Sônia Delfino, na TV Tupi/Rio, o Alô Brotos, programa que recepcionava calouros, dentre eles Wilson Simonal, Jorge Ben, Roberto Carlos e Wanderléa.

Também em 1960 participou do filme Matemática, 0... Amor, 10, cantando a música Rock de Morte, ao lado do grupo The Avalons. Essa música é uma das faixas do segundo álbum de estúdio do cantor, Novamente Sérgio Murilo, que ainda conta com o grande sucesso Broto Legal, versão de I'm in Love.

Primeiro Rei do Rock no Brasil

Em 1961, por votação popular conduzida pela Revista do Rock, de Janet Adib, é eleito o Rei do Rock no Brasil. Ao seu lado, Celly Campello foi eleita a Rainha do Rock. A capa de uma edição de fevereiro de 1962, da Revista do Rock, é estampada com a imagem de Sérgio Murillo e também com a de Celly Campello, que também foi eleita a Rainha do Rock, devidamente enfaixados e coroados.

Também em 1961 é lançado no Peru pelo selo Columbia um single com as músicas "Bikini Amarillo a Lunares Diminuto, Justo" com acompanhamento de "Bob Rose y su Conjunto".

Ainda em 1961 grava o seu terceiro álbum de estúdio, com o título Baby, nome de uma das faixas do LP. Astor Silva e Renato Corte Real são os autores da música Baby, que também fez parte da coletânea Classic Colletion Vol.3, de 1996. Há também uma versão em espanhol lançada originalmente no Peru do álbum Baby.

El Muchacho de Oro del Brasil

Sem gravadora no Brasil o cantor passou a mirar países da América Latina. Acabou conquistando de modo especial o Peru, país onde recebeu o prêmio de Artista Estrangeiro Mais Popular e o Microfone de Prata em 1963, por sua interpretação da música Marcianita.

"A carreira de Sergio Murilo era considerada uma das mais promissoras de todo o Brasil... uma desavença com sua gravadora redundou num corte abrupto na sua ascensão... ficou dois anos sem gravar até que o contrato com sua gravadora terminasse, o jovem cantor não conseguiu rescisão ou anulação do compromisso... decidiu abandonar sua carreira no Brasil e tentar a sorte em outros lugares. Visitou vários países da América do Sul, e conseguiu a custa de muito esforço e dedicação um lugar de real destaque." - Revista São Paulo na TV - maio de 1965.

Mudança de Repertório

Em 1964 chega ao fim a vigência do contrato com a Columbia. Com isso, nesse mesmo ano, o músico assina contrato com a RCA Victor e faz sua estreia na gravadora com um compacto simples contendo as músicas Festa de Surf (Carlos Imperial) e Dá-me Felicidade (versão de Rossini Pinto para Free Me). Ainda em 1964 lança o seu quarto álbum de estúdio, SM 64, que marca uma mudança de repertório: antes baseado em twists e versões de Paul Anka e Neil Sedaka. Neste novo trabalho há o registro de O Rei da Brotolândia, de Erasmo Carlos e Duas Bonequinhas, de Erasmo Carlos/Roberto Carlos. Em 1965 fez parte da coletânea Nova Geração, juntamente de artistas como Ronnie Cord, Rosemary, Cidinha, Adylson Ramos, Cyro Aguiar e José Ricardo.

Depois disso continua a fazer sucesso, mas não como antes.

Broto Legal de volta às Paradas
Em 1976 participou da trilha sonora da novela Estúpido Cupido, transmitida pela emissora Rede Globo, interpretando a música Broto Legal e repetindo o sucesso de quando a cantou pela primeira vez em 1960. A música foi tema das personagens Mederiquis (Ney Latorraca).

Os Últimos Álbuns

Em 1989 lançou dois discos de forma independente: o primeiro, nomeado "Rei do Rock", é uma coletânea com alguns dos seus maiores êxitos como "Rei da Brotolândia", "Marcianita", "Domingo de Sol" e "Broto Legal". Celly Campello ajudou na produção desse trabalho.

O segundo foi o Tira-Teima, disco contendo 14 faixas, sendo que a maioria delas leva a assinatura do compositor Paulo Sette, seja sozinho ou em parceria.

A canção Tira-Teima que nomeia o disco é de autoria de Paulo Sette e de Leonardo de Souza. Já com Cícero Pestana divide a autoria das músicas "Curvas & Ciladas" e "Tapête Mágico". Sette e Pestana também foram os produtores desse álbum. Sendo que Cícero também produziu a coletânea "Rei do Rock".

Cícero Pestana é um dos integrantes da banda Dr. Silvana & Cia, banda que teve seu auge nos anos de 1980 e que emplacou o hit "Taca a Mãe pra Ver se Quica" e o mega hit "Serão Extra".

Vida Pessoal

Entrou para a Faculdade de Direito em 1964, segundo ele, por vaidade, e nessa época só se apresentava em shows esporadicamente. Terminou o curso, na Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, entre 1971 e 1972. A partir de então dedicou-se à advocacia, mas todos os anos gravava um compacto simples ou duplo com novas músicas. Além de ter se apresentado por toda a América Latina durante os anos de 1960, também chegou a se apresentar nos Estados Unidos onde morou no ano de 1975. E por boa parte dos anos 1980 morou na Itália onde trabalhou como artista plástico.

De acordo com Agnaldo Timóteo o comportamento tímido de Sérgio o prejudicou:

"Muito introvertido e diplomata." "Hoje é preciso brigar senão o sistema te devora."

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