Como protagonistas, neste razoável faroeste, temos a bela Maureen O'Hara (Presa sempre ao mesmo personagem e com desempenho semelhante em filmes como este. Ela está mais consistente na personagem em "Rio Grande, 1950". ) e Jeff Chandler que já houvera interpretado o índio Cochise nos westerns “Flechas de Fogo, 1950" e "O Levante dos Apaches, 1952", agora interpretando um major da cavalaria americana. Além, lógico, de um excelente elenco de apoio. Porém, o fator de maior relevância é do roteirista John Michael Hayes, autor do clássico “Janela Indiscreta, 1954”, além de “Ladrão de Casaca, 1955”, e “O Homem que Sabia Demais, 1956”, todos ótimos suspenses do mestre Alfred Hitchcock. Este filme, no entanto, não é lá essas coisas. O maior problema do roteiro talvez seja falta de ritmo e de uma melhor "costura" (não encontrei palavra melhor) na história, tanto que ficamos sem entender direito certas situações, como o levante dos índios, por exemplo. Parece que eles surgem do nada, não há uma preocupação em mostrar como eles se reuniram em torno do chefe Satanta (Jay Silverheels) e do traidor, o capitão Roger Corwin (James Bannon), e qual era a relação entre eles, o que não foi explicado. E a personagem da jovem índia, Avis (Suzan Ball). que totalmente rebelada socialmente contra os costumes de sua própria gente, e que, sem nenhuma cena explicativa prévia, retorna para Pino (Dennis Weaver), seu namorado kiowa, deixando claro que ela retornara ao seio do seu povo. E por aí vai. Parece que o roteiro de Hayes queria demonstrar que havia índios bons e índios maus e que entre os brancos havia homens sensatos e estúpidos e em torno disso, as tramas secundárias. Aliás, não muitas. Num ponto ele acertou, o melhor do filme fica mesmo para o embate entre os questionamentos do Major Brady frente ao radicalismo do Coronel Meade (John McIntire). que expõem as chagas que determinaram o extermínio das nações indígenas, quer pelas forças bélicas, quer pela fome. Porém, antes dessas duas cruéis correntes de destruição, o preconceito contra uma raça "inferior" e a soberba de uma "superior". Infelizmente a história do mundo sempre foi assim.
Pra finalizar, destaco novamente Maureen O'Hara, não neste filme, é claro, mas em três momentos memoráveis da bela irlandesa: O Corcunda de Notre Dame (1939), Como Era Verde o Meu Vale (1941) e Depois do Vendaval (1952). Todos os três filmes fazem parte da minha coleção particular "Pandora's Box Collection".
Sinceramente, tento gostar dos filmes protagonizados por Cornel Wilde não é de hoje. Isto porque ele me recorda um tempo nostálgico que ficou na infância. Com filmes como "Aladin e a Princesa de Bagdá, 1945" e "O Filho de Robin Hood, 1946", por exemplos. No entanto, a cada experiência de reviver esta minha infância cinematográfica é um desastre. Talvez ao perder a inocência com a inexorável maturidade, que afinal, chega para todos, eu tenha deixado as fantasias no passado. Mas não deixei de gostar de cinema, e mesmo filmes sobre fantasias(!), apenas sou mais exigente. No caso deste filme, a premissa era alentadora, pois parte do fato de que o roteiro foi baseado na obra de Edison Marshall (1894–1967), que entre outros, o maior sucesso alcançado nas telas parece ter sido "The Vikings, 1958" com Kirk Douglas. Tony Curtis, Janet Leigh e o grande Ernest Borgnine. Mas, infelizmente, "O Tesouro do Condor de Ouro" não chega nem perto de ser bom, quanto mais um ótimo filme. Tinha tudo para ser, mas não é. O filme se divide em três partes: o início quando nos é apresentado o drama do protagonista; a segunda parte, quando nosso herói parte em aventura em busca da solução do seu problema; e a última parte, quando tenta a sua própria redenção e a salvação dos seus. A primeira parte foi razoável. A segunda, embora tenha sido filmado em locações e não em estúdio, faltou o que precisava ter tido, aventura. Além do simplicismo do roteiro que não oferece dificuldade nenhuma para os "aventureiros". Apostei na terceira parte. Mas novamente o roteiro nos deixa órfãos de uma conclusão bem costurada e bem conduzida. Clichês e mais clichês. Não que seja errado fazê-los, mas tem que ser bem feito. Sem contar a parte técnica. A coreografia da luta final, por exemplo, péssima. E por fim, a partir da metade do filme, já podia-se imaginar a sua sequência básica, e até o final! Infelizmente. Posso estar errado, é claro. Quanto a Cornel Wilde, os melhores filmes dele que já assisti, foram: "Amar Foi Minha Ruína" e "À Noite Sonhamos", ambos de 1945. Dos filmes de aventuras destaco "A Prova do Leão, 1965". Um filme baseado num argumento simples, mas com roteiro enxuto e bem direto. Impossível alguém que goste de filmes de aventuras não gostar. Todos estes três filmes fazem parte da minha coleção particular, que com as revisões, às vezes, aumenta, mas na maioria das vezes, diminui. A culpa é da idade, com certeza.
Me interessei por este filme por saber que a história original era de Frank Capra. Depois constatei que o mestre ítalo-americano também foi um dos roteiristas, isto junto com Charles Schnee, que trabalhou em filmes como "Rio Vermelho, 1948" e "Assim Estava Escrito, 1952", por exemplo. Oras bolas, isto vai além do gênero faroeste. É lógico que todos os clichês (eu diria: dos clichês) estão presentes neste filme: o mocinho (ou o bam-bam-bam ou o chefe que se acha o máximo ou que é o máximo naquela situação.), a personagem feminina que se contrapõe a ele; assim como as dificuldades da viagem como o ataque dos índios, por exemplo; e entre as mulheres aquela que é a matrona, aquela que tem que ser esbofeteada por causa da histeria, e não esquecer do oriental (quase sempre cozinheiro), neste caso um japonês, etc etc. E é exatamente neste ponto que encontramos a mão do mestre Capra: É lógico, não poderia faltar a emigrante italiana, e também a personagem feminina que não está de acordo com a moral concordante da sociedade da época, e, principalmente, a inteiração destes personagens com o objetivo da aventura (sem faltar uma boa dose de emoção): desbravar um novo país de acordo com uma sociedade una e humanitária socialmente. Quem conhece Frank Capra e seus clássicos sabe do que estou falando. Por fim, o filme é dirigido por William A. Wellman, um mestre do gênero e um americano por excelência. O filme faz parte da minha lista "OS 100 MELHORES FAROESTES QUE JÁ ASSISTI" https://filmow.com/listas/os-100-melhores-faroestes-que-ja-assisti-l74423/, mas não faz parte do meu acervo particular de DVDs em minha Cinemateca, ou DVDteca, como preferir.
A loucura dos gênios comprova que para os "anjos" alçarem vôos além da imaginação, reside justamente neste desvario, momentâneo para alguns e constante para outros, quando a inocência da alma humana alcança a graça transparente e límpida, transbordando os dons que alguns de nós carrega como dádiva divina. Temos exemplos na história como Vincent Van Gogh, John Nash, Edgar Allan Poe, Ernest Hemingway, Isaac Newton, e, lógico, Ludwig Van Beethoven. Só para citar alguns. Neste filme, que é honesto, a meu ver, já que não busca emoções como forma de "vender" o produto, mas expõe a realidade da esquizofrenia e também do serviço social americano, temos um bom exemplo disso. Neste contexto, a doença de Nathaniel e a rua em que ele vive, temos uma leve noção de como um "anjo" consegue viver em dois mundos: o terreno quando o seu corpo sofre todos os tipos de tirania e o espiritual quando sua alma voa nas asas dos pássaros embalados pela beleza e encanto das notas de um violino de apenas duas cordas. Num mundo surrealista como este, é de se compreender que o jornalista Steve Lopez tenha metido os pés pelas mãos, e só ao afinal tenha compreendido que a única coisa que importa é o amor. As frases: "você não podia evitar o terremoto", "você não pode mudar Los Angeles" e "você não pode curar o Nathaniel", resume tudo. Sendo assim, chegamos ao final quando amigos sentam-se juntos, enquanto "anjos" sem nomes buscam o conforto das ruas, tudo ao embalo da eternidade da música que não faz objeção de cor, posição social ou sanidade mental.
Napoleão Bonaparte foi (ou é) um dos personagens da história mundial que mais vem sendo retratado nas telas do cinema. E este é mais um deles. Aliás, Bonaparte já tivera um papel secundário em outro famoso filme de Sergey Bondarchuk (1920–1994), "Guerra e Paz de 1966. Neste, o enfoque é a decadência do grande herói nacional e a sua derradeira batalha final. Nas primeiras cenas um homem debilitado (Rod Steiger está ótimo.), sobre o peso do próprio papel como protagonista da história, não sabe exatamente o que fazer. Obrigado a abdicar pela primeira vez, é exilado na ilha de Elba. Foge, retorna e retoma o poder com a ajuda dos soldados do rei Luís XVIII (que preferem o imperador ao rei) e é carregado pelos braços do povo até Paris. Tem início o "Governo dos Cem Dias". A Europa coligada, não deixa por menos, retoma sua luta contra o exército francês e a história conta e o filme retrata o desfecho ocorrido nos campos de Waterloo, Bélgica. Neste momento inicia-se a segunda proposta dos autores do filme, a "Batalha de Waterloo". São 40 minutos, dos 130 minutos totais do filme, de um jogo de xadrez, onde os soldados e seus comandantes eram as peças e o campo enlameado de Waterloo era o tabuleiro. O Duque de Wellington dum lado e Napoleão do outro, dois estrategistas (que mais pareciam dois enxadristas) comandavam à distância a sorte de seus comandados. Bondarchuk e sua equipe não caiu no lugar comum e realizou uma batalha pela batalha, mas uma luta psicológica retratando as condições emocionais de cada comandante. E a batalha em si, ora sendo retratada em câmera lenta, ora intensificando a velocidade das ações, conseguiram desta forma, mostrar mais um quadro, uma pintura, uma obra de arte em movimento do que uma luta sangrenta como vemos em muitos outros filmes. O cinema é mais do que mostrar carnificina, e disto entendia muito bem o diretor russo. Tanto é, que uma das cenas que mais fica na memória de qualquer um que tenha assistido este filme é aquela em que o soldado inglês sai a campo e grita em desespero: "Nem nos conhecemos! Por que nos matamos, uns aos outros? Por quê? Por quê?" E ao final, entre os mortos e a pilhagem, a conclusão de que: "Depois de uma batalha perdida, a coisa mais triste é uma batalha ganha." A meu ver, o filme tem, enfim, uma mensagem pacifista. Histórico, poético, artístico e uma aula de cinema.
Assisti pela TV quando tinha uns 14 ou 15 anos, e hoje, depois de tanto tempo, reassisti este filme com imenso prazer. Um grande ator, um grande diretor, o maior presidente de um país, e um "pequeno" grande filme. Não é pouco. Como conseguia-se fazer belas obras, em épocas tão distantes e com tão poucos recursos, é um caso para se pensar. Pensar que o cinema não é só entretenimento, efeitos especiais, tecnologia de ponta (e também é!), mas, arte cinematográfica, no seu sentido mais puro. Até a duração do filme, que alguns poderiam achar curto demais, está, na verdade, de acordo com a proposta do autor. O título original já diz tudo: "Young Mr. Lincoln". Captar a brevidade da juventude dum homem comum que se transformaria numa lenda. Ford e Fonda foram felizes nesta empreitada. É lógico, não podemos esquecer do excelente roteiro de Lamar Trotti, da bela fotografia de Bert Glennon e Arthur C. Miller, a emocionante música de Alfred Newman, entre outros. Porém, o que fica em nossas memórias, é a estupenda atuação de Fonda e a simplicidade e inteligência da retórica do mito "Abe" Lincoln.
Comprei o DVD, que faz parte de uma coleção sobre biografias no cinema, tinha grandes expectativas e estava ansioso para ver o filme, acabei decepcionado. Apesar da grande atuação do Tim Roth, acho que alguma coisa ou muitas coisas não funcionaram muito bem nesta obra. E olha que sou fã de Robert Altman. Pretendo reassistir novamente daqui algum tempo, com mais calma e desarmado de qualquer "coisa que seja".
Li num conhecido site sobre cinema que Nelson Pereira dos Santos teria desistido de iniciar as filmagens de "Vidas Secas" para atender o pedido do seu "cunhado" Jece Valadão, que queria aproveitar o sucesso do clássico "Os Cafajestes", e embalar esta adaptação do polêmico dramaturgo Nelson Rodrigues para o cinema. Na verdade, Valadão era casado com Dulce Rodrigues (casaram-se em 1957 e viveram juntos por 14 anos), portanto, era cunhado de Nelson Rodrigues e não do Nelson, o cineasta. De resto, é verdade que "Boca de Ouro" é a primeira adaptação de Nelson Rodrigues às telas. O próprio Jece Valadão sempre afirmou com orgulho que ele lançara o dramaturgo no cinema, assim como também sempre disse que foi ele também que lançou Plínio Marcos com o filme "Navalha na Carne, 1969" (a primeira versão com o diretor Braz Chediak); sendo que a segunda versão seria filmada em 1997 com Neville de Almeida na direção. Outras afirmações são meias verdades, já que o motivo principal de Nelson Pereira dos Santos desistir das filmagens de "Vidas Secas" e aceitar dirigir o filme de Valadão era o fato de que estaria chovendo no nordeste e o diretor queria uma paisagem árida e deserta, e as locações escolhidas estavam verdejantes, o que era uma bênção para os nordestinos, mas não para o diretor deste afamado clássico nacional. Outro ponto é que o "Boca de Ouro" foi rodado em 1962, mas lançado ao cinema só no ano seguinte. Acontece que ao final das gravações Valadão estava totalmente quebrado e acabou vendendo os direitos do filme para Jarbas Barbosa (que já era um dos produtores do filme), sócio do Herbert Richers. Valadão sempre afirmou que vendeu o "Boca de Ouro" por um Volkswagen, e que este fora o primeiro carro que ele teve. Ele que comprara o direito de filmar esta tragédia de Nelson Rodrigues, se desfez de forma trágica e melancólica dela. Também é interessante acrescentar que para poder bancar o filme, o produtor Jarbas Barbosa vendeu seu carro Impala. Só que o carro fazia parte dos objetos de cena do filme; então, ele teve de pedir o veículo recém-vendido emprestado para poder refazer algumas cenas. Coisas do cinema brasileiro. Sobre o roteiro adaptado da peça de Nelson Rodrigues podemos dizer que se o tema central, com o malandro e marginal Boca de Ouro dominando todo o filme, é original (até que alguém me prove o contrário), a forma de contá-la, não. Já que em 1950, Akira Kurosawa já havia utilizado esta forma de narrativa repetida (Rashomon, 1950), quando se contava a mesma história de ponto de vista diferente. Tirando este fato, o filme é uma soberba e triste analogia do submundo de uma sociedade comandada pelo poder da violência e da corrupção, quando os mais fracos, e por vezes, covardes, são humilhados e esmagados. Jece Valadão faz um personagem mais marginal do que malandro. Aliás, há quem diga que o malandro é um mito, mas o marginal é real. Mas isso não desmerece a ótima atuação de Valadão, que consolidava cada vez mais o seu personagem de cafajeste, que ele até assumiria na vida real. Mas o motivo que me fez assistir o filme e dar uma estrela a mais do que ele mereceria, é a soberba atuação de Odete Lara, eterna musa deste nosso sofrido, controvertido e polêmico Cinema Nacional.
Eu utilizo o site IMDb de várias maneiras e formas diferentes, e uma delas é para saber sobre o filme que assisti quanto as variações sobre o tema principal exposto normalmente nas sinopses que lemos por aí. Isto porque me agrada me inteirar sobre tal filme e também procurar temas semelhantes sobre o enredo discutido. Por isso me espantou quando as referências do filme se resumiam em: "man boy relationship", "gay" e "gay interest". Penso que, no mínimo, a pessoa que o catalogou não assistiu realmente o filme. Já que, qualquer cinéfilo de plantão, percebe que "O Menino e o Vento" é muito mais do que isto. Sem alongar muito sobre a questão, deste filme do ótimo diretor argentino que fez uma boa carreira tanto lá como aqui, vejamos a base esquemática do roteiro. É, a grosso modo, dividido em duas partes: a primeira parte, desde que o trem chega à estação até o depoimento da dona do hotel, resumi-se num tom realista e dramático; no entanto, na segunda parte, a narrativa penetra num clima fantástico/surrealista, deixando-se dominar pela a voz e a visão da personagem principal da história. Quando ao final, num ápice surrealista, permite-se que o vento se torne principal personagem da história, fazendo vergar toda a cidade com seus arraigados preconceitos, assim como "revela" ao engenheiro José Roberto Nery, a verdade sobre aquilo ou quem ele é, na realidade. Isto sem falar que o filme de Christensen está a um passo da sociedade, discutindo um tema tão polêmico e espinhoso como o homossexualismo, principalmente em meados da década de 60, época em que o Brasil era um barril de pólvora político e social, pronto para explodir. Discutir sobre temas considerados "da minoria", era estar, pelo menos, uns 40 anos à frente! Bem, isto em termos cinematográficos pode se traduzir por "avant-garde". O significado deste termo francês é algo como: " Agente, grupo ou movimento intelectual, artístico ou político que está ou procura estar à frente do seu tempo, relativamente a .ações, .ideias ou experiências. = VANGUARDA". Portanto, me espantou, e muito, o simplicismo das catalogações do IMDb sobre o filme. Uma pena, já que a poética história de "O Menino e o Vento", mereceria mais destaque e divulgação.
Além de "Eu Sou a Lenda" de 2008, aliás, um filmizinho sem eira nem beira; não se esqueçam de "A Última Esperança da Terra" de 1971 com Charlton Heston ( que na minha opinião, é o melhor remake. Vou assistir este com o tio Price!
Não confundir com CHUVA NEGRA de Ridley Scott, que é um fraco filme policial, sem eira nem beira. Este sim, é um bom drama que denuncia as atrocidades que o homem moderno é capaz de fazer, assim como nos mostra as suas consequências. Vale a pena conferir. Mas o filme de Scott, passe longe.
Como filme de ação dou 3 estrelas, mas tiro 1 por causa da total Inverossimilhança de todo o conjunto. Meu Deus, esta gente pensa que somos débeis mentais, idiotas, e um monte de ais e otas? Gostava mais do Bruce Willis quando desfilava seu charme na época da GATA E O RATO!
É certo que a sinopse foi meio sacana e contou o que não devia, talvez, por inexperiência de quem cadastrou o filme. Porém, decidi assisti-lo assim mesmo, já que o que me atrai num filme é o mesmo que nas outras obras de arte: a sua beleza estética e/ou auditiva. No caso específico de um filme; o roteiro, os diálogos, as interpretações, música, trilha sonora, direção, fotografia, etc. Enfim, tudo o que compõe uma obra cinematográfica. Não me importo de assistir um mesmo filme diversas vezes, assim como não tenho problema algum em ouvir a mesma música vezes sem conta. O que me interessa é o deleite de apreciar a beleza de uma obra. No caso específico de um filme, uma beleza complexa, já que é todo um conjunto de coisas que precisam estar em harmonia para que seja bela. Vou assistir ao filme e tirar minhas próprias conclusões. Se gostar, posso assisti-lo outras vezes, se gostar bastante, vai para os meus favoritos. No entanto, que a sinopse foi meio sacana, ah isso foi!
Também sou de opinião de que certas obras de arte como o original deste filme; Cidadão Kane (1941); Casablanca (1942); Psicose (1960), E o Vento Levou (1939), A Felicidade Não Se Compra (1946), O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Laranja Mecânica (1971) e outros, deveriam ser intocáveis!
Não há argumento que justifique tamanha "profonação" artística.
Assim como os chamados "novos clássicos", como, Conta Comigo; O Iluminado; Blade Runner; Os Goonies; Curtindo a Vida Adoidado; Alien, o Oitavo Passageiro e outros, deveriam também serem deixados em paz.
Não vejo nenhum pseudo-intelectualismo nisso, apenas uma questão de bom gosto e desejo de que as grandes obras sejam preservadas na sua originalidade "única".
Assim como fazer uma outra "Capela Cistina" de Michelangelo ou outra "Sonata ao Luar" de Ludwig van Beethoven seriam estupidez, certas obras cinematográficas também não deveriam ser imitadas (remake). Pois, pode um pintor qualquer até pintar uma obra parecida com a de Michelangelo, mas jamais será um MICHELANGELO, será uma cópia; assim como um remake da obra do mestre Aldrich poderá até ter o seu valor, mas jamais será um ALDRICH; pois no primeiro faltam a mão e o coração do artista e noutro faltam as artistas (Davis e Crawford) que são as mãos e os corações desta obra inigualável.
No entanto, posso assistir este remake sim!; depende do momento, do que não ter nada para fazer ou nada em especial para ver.
Porém, não assistindo-o, falta alguma me fará.
Mas, se não houvesse a obra-prima de 1962, então a arte cinematográfica seria menos arte cinematográfica!
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraUma estrela pela beleza de Charlize Theron e outra pela trilha sonora.
Quanto ao filme, numa coisa foi convincente: "escroto".
A Grande Audácia
3.2 4Como protagonistas, neste razoável faroeste, temos a bela Maureen O'Hara (Presa sempre ao mesmo personagem e com desempenho semelhante em filmes como este. Ela está mais consistente na personagem em "Rio Grande, 1950". ) e Jeff Chandler que já houvera interpretado o índio Cochise nos westerns “Flechas de Fogo, 1950" e "O Levante dos Apaches, 1952", agora interpretando um major da cavalaria americana. Além, lógico, de um excelente elenco de apoio.
Porém, o fator de maior relevância é do roteirista John Michael Hayes, autor do clássico “Janela Indiscreta, 1954”, além de “Ladrão de Casaca, 1955”, e “O Homem que Sabia Demais, 1956”, todos ótimos suspenses do mestre Alfred Hitchcock. Este filme, no entanto, não é lá essas coisas.
O maior problema do roteiro talvez seja falta de ritmo e de uma melhor "costura" (não encontrei palavra melhor) na história, tanto que ficamos sem entender direito certas situações, como o levante dos índios, por exemplo. Parece que eles surgem do nada, não há uma preocupação em mostrar como eles se reuniram em torno do chefe Satanta (Jay Silverheels) e do traidor, o capitão Roger Corwin (James Bannon), e qual era a relação entre eles, o que não foi explicado.
E a personagem da jovem índia, Avis (Suzan Ball). que totalmente rebelada socialmente contra os costumes de sua própria gente, e que, sem nenhuma cena explicativa prévia, retorna para Pino (Dennis Weaver), seu namorado kiowa, deixando claro que ela retornara ao seio do seu povo. E por aí vai.
Parece que o roteiro de Hayes queria demonstrar que havia índios bons e índios maus e que entre os brancos havia homens sensatos e estúpidos e em torno disso, as tramas secundárias. Aliás, não muitas.
Num ponto ele acertou, o melhor do filme fica mesmo para o embate entre os questionamentos do Major Brady frente ao radicalismo do Coronel Meade (John McIntire). que expõem as chagas que determinaram o extermínio das nações indígenas, quer pelas forças bélicas, quer pela fome. Porém, antes dessas duas cruéis correntes de destruição, o preconceito contra uma raça "inferior" e a soberba de uma "superior". Infelizmente a história do mundo sempre foi assim.
Pra finalizar, destaco novamente Maureen O'Hara, não neste filme, é claro, mas em três momentos memoráveis da bela irlandesa:
O Corcunda de Notre Dame (1939),
Como Era Verde o Meu Vale (1941) e
Depois do Vendaval (1952).
Todos os três filmes fazem parte da minha coleção particular "Pandora's Box Collection".
O Tesouro do Condor de Ouro
3.2 4Sinceramente, tento gostar dos filmes protagonizados por Cornel Wilde não é de hoje. Isto porque ele me recorda um tempo nostálgico que ficou na infância. Com filmes como "Aladin e a Princesa de Bagdá, 1945" e "O Filho de Robin Hood, 1946", por exemplos. No entanto, a cada experiência de reviver esta minha infância cinematográfica é um desastre. Talvez ao perder a inocência com a inexorável maturidade, que afinal, chega para todos, eu tenha deixado as fantasias no passado. Mas não deixei de gostar de cinema, e mesmo filmes sobre fantasias(!), apenas sou mais exigente. No caso deste filme, a premissa era alentadora, pois parte do fato de que o roteiro foi baseado na obra de Edison Marshall (1894–1967), que entre outros, o maior sucesso alcançado nas telas parece ter sido "The Vikings, 1958" com Kirk Douglas. Tony Curtis, Janet Leigh e o grande Ernest Borgnine. Mas, infelizmente, "O Tesouro do Condor de Ouro" não chega nem perto de ser bom, quanto mais um ótimo filme. Tinha tudo para ser, mas não é. O filme se divide em três partes: o início quando nos é apresentado o drama do protagonista; a segunda parte, quando nosso herói parte em aventura em busca da solução do seu problema; e a última parte, quando tenta a sua própria redenção e a salvação dos seus. A primeira parte foi razoável. A segunda, embora tenha sido filmado em locações e não em estúdio, faltou o que precisava ter tido, aventura. Além do simplicismo do roteiro que não oferece dificuldade nenhuma para os "aventureiros". Apostei na terceira parte. Mas novamente o roteiro nos deixa órfãos de uma conclusão bem costurada e bem conduzida. Clichês e mais clichês. Não que seja errado fazê-los, mas tem que ser bem feito. Sem contar a parte técnica. A coreografia da luta final, por exemplo, péssima. E por fim, a partir da metade do filme, já podia-se imaginar a sua sequência básica, e até o final! Infelizmente. Posso estar errado, é claro.
Quanto a Cornel Wilde, os melhores filmes dele que já assisti, foram: "Amar Foi Minha Ruína" e "À Noite Sonhamos", ambos de 1945. Dos filmes de aventuras destaco "A Prova do Leão, 1965". Um filme baseado num argumento simples, mas com roteiro enxuto e bem direto. Impossível alguém que goste de filmes de aventuras não gostar.
Todos estes três filmes fazem parte da minha coleção particular, que com as revisões, às vezes, aumenta, mas na maioria das vezes, diminui. A culpa é da idade, com certeza.
Caravana de Mulheres
3.7 6 Assista AgoraMe interessei por este filme por saber que a história original era de Frank Capra.
Depois constatei que o mestre ítalo-americano também foi um dos roteiristas, isto junto com Charles Schnee, que trabalhou em filmes como "Rio Vermelho, 1948" e "Assim Estava Escrito, 1952", por exemplo.
Oras bolas, isto vai além do gênero faroeste.
É lógico que todos os clichês (eu diria: dos clichês) estão presentes neste filme: o mocinho (ou o bam-bam-bam ou o chefe que se acha o máximo ou que é o máximo naquela situação.), a personagem feminina que se contrapõe a ele; assim como as dificuldades da viagem como o ataque dos índios, por exemplo; e entre as mulheres aquela que é a matrona, aquela que tem que ser esbofeteada por causa da histeria, e não esquecer do oriental (quase sempre cozinheiro), neste caso um japonês, etc etc. E é exatamente neste ponto que encontramos a mão do mestre Capra: É lógico, não poderia faltar a emigrante italiana, e também a personagem feminina que não está de acordo com a moral concordante da sociedade da época, e, principalmente, a inteiração destes personagens com o objetivo da aventura (sem faltar uma boa dose de emoção): desbravar um novo país de acordo com uma sociedade una e humanitária socialmente. Quem conhece Frank Capra e seus clássicos sabe do que estou falando.
Por fim, o filme é dirigido por William A. Wellman, um mestre do gênero e um americano por excelência.
O filme faz parte da minha lista "OS 100 MELHORES FAROESTES QUE JÁ ASSISTI" https://filmow.com/listas/os-100-melhores-faroestes-que-ja-assisti-l74423/, mas não faz parte do meu acervo particular de DVDs em minha Cinemateca, ou DVDteca, como preferir.
O Solista
3.7 511 Assista AgoraA loucura dos gênios comprova que para os "anjos" alçarem vôos além da imaginação, reside justamente neste desvario, momentâneo para alguns e constante para outros, quando a inocência da alma humana alcança a graça transparente e límpida, transbordando os dons que alguns de nós carrega como dádiva divina. Temos exemplos na história como Vincent Van Gogh, John Nash, Edgar Allan Poe, Ernest Hemingway, Isaac Newton, e, lógico, Ludwig Van Beethoven. Só para citar alguns. Neste filme, que é honesto, a meu ver, já que não busca emoções como forma de "vender" o produto, mas expõe a realidade da esquizofrenia e também do serviço social americano, temos um bom exemplo disso. Neste contexto, a doença de Nathaniel e a rua em que ele vive, temos uma leve noção de como um "anjo" consegue viver em dois mundos: o terreno quando o seu corpo sofre todos os tipos de tirania e o espiritual quando sua alma voa nas asas dos pássaros embalados pela beleza e encanto das notas de um violino de apenas duas cordas. Num mundo surrealista como este, é de se compreender que o jornalista Steve Lopez tenha metido os pés pelas mãos, e só ao afinal tenha compreendido que a única coisa que importa é o amor. As frases: "você não podia evitar o terremoto", "você não pode mudar Los Angeles" e "você não pode curar o Nathaniel", resume tudo. Sendo assim, chegamos ao final quando amigos sentam-se juntos, enquanto "anjos" sem nomes buscam o conforto das ruas, tudo ao embalo da eternidade da música que não faz objeção de cor, posição social ou sanidade mental.
Podemos Conversar
2.5 6Confuso, pesado e deprimente. Pensei em desistir no meio do filme ... Deveria ter desistido.
Waterloo
3.9 26Napoleão Bonaparte foi (ou é) um dos personagens da história mundial que mais vem sendo retratado nas telas do cinema. E este é mais um deles. Aliás, Bonaparte já tivera um papel secundário em outro famoso filme de Sergey Bondarchuk (1920–1994), "Guerra e Paz de 1966. Neste, o enfoque é a decadência do grande herói nacional e a sua derradeira batalha final. Nas primeiras cenas um homem debilitado (Rod Steiger está ótimo.), sobre o peso do próprio papel como protagonista da história, não sabe exatamente o que fazer. Obrigado a abdicar pela primeira vez, é exilado na ilha de Elba. Foge, retorna e retoma o poder com a ajuda dos soldados do rei Luís XVIII (que preferem o imperador ao rei) e é carregado pelos braços do povo até Paris. Tem início o "Governo dos Cem Dias". A Europa coligada, não deixa por menos, retoma sua luta contra o exército francês e a história conta e o filme retrata o desfecho ocorrido nos campos de Waterloo, Bélgica. Neste momento inicia-se a segunda proposta dos autores do filme, a "Batalha de Waterloo". São 40 minutos, dos 130 minutos totais do filme, de um jogo de xadrez, onde os soldados e seus comandantes eram as peças e o campo enlameado de Waterloo era o tabuleiro. O Duque de Wellington dum lado e Napoleão do outro, dois estrategistas (que mais pareciam dois enxadristas) comandavam à distância a sorte de seus comandados. Bondarchuk e sua equipe não caiu no lugar comum e realizou uma batalha pela batalha, mas uma luta psicológica retratando as condições emocionais de cada comandante. E a batalha em si, ora sendo retratada em câmera lenta, ora intensificando a velocidade das ações, conseguiram desta forma, mostrar mais um quadro, uma pintura, uma obra de arte em movimento do que uma luta sangrenta como vemos em muitos outros filmes. O cinema é mais do que mostrar carnificina, e disto entendia muito bem o diretor russo. Tanto é, que uma das cenas que mais fica na memória de qualquer um que tenha assistido este filme é aquela em que o soldado inglês sai a campo e grita em desespero: "Nem nos conhecemos! Por que nos matamos, uns aos outros? Por quê? Por quê?" E ao final, entre os mortos e a pilhagem, a conclusão de que: "Depois de uma batalha perdida, a coisa mais triste é uma batalha ganha." A meu ver, o filme tem, enfim, uma mensagem pacifista. Histórico, poético, artístico e uma aula de cinema.
A Mocidade de Lincoln
3.9 33Assisti pela TV quando tinha uns 14 ou 15 anos, e hoje, depois de tanto tempo, reassisti este filme com imenso prazer. Um grande ator, um grande diretor, o maior presidente de um país, e um "pequeno" grande filme. Não é pouco. Como conseguia-se fazer belas obras, em épocas tão distantes e com tão poucos recursos, é um caso para se pensar. Pensar que o cinema não é só entretenimento, efeitos especiais, tecnologia de ponta (e também é!), mas, arte cinematográfica, no seu sentido mais puro. Até a duração do filme, que alguns poderiam achar curto demais, está, na verdade, de acordo com a proposta do autor. O título original já diz tudo: "Young Mr. Lincoln". Captar a brevidade da juventude dum homem comum que se transformaria numa lenda. Ford e Fonda foram felizes nesta empreitada. É lógico, não podemos esquecer do excelente roteiro de Lamar Trotti, da bela fotografia de Bert Glennon e Arthur C. Miller, a emocionante música de Alfred Newman, entre outros. Porém, o que fica em nossas memórias, é a estupenda atuação de Fonda e a simplicidade e inteligência da retórica do mito "Abe" Lincoln.
Van Gogh: Vida e Obra de um Gênio
3.6 19Comprei o DVD, que faz parte de uma coleção sobre biografias no cinema, tinha grandes expectativas e estava ansioso para ver o filme, acabei decepcionado. Apesar da grande atuação do Tim Roth, acho que alguma coisa ou muitas coisas não funcionaram muito bem nesta obra. E olha que sou fã de Robert Altman. Pretendo reassistir novamente daqui algum tempo, com mais calma e desarmado de qualquer "coisa que seja".
Boca de Ouro
3.7 33Li num conhecido site sobre cinema que Nelson Pereira dos Santos teria desistido de iniciar as filmagens de "Vidas Secas" para atender o pedido do seu "cunhado" Jece Valadão, que queria aproveitar o sucesso do clássico "Os Cafajestes", e embalar esta adaptação do polêmico dramaturgo Nelson Rodrigues para o cinema. Na verdade, Valadão era casado com Dulce Rodrigues (casaram-se em 1957 e viveram juntos por 14 anos), portanto, era cunhado de Nelson Rodrigues e não do Nelson, o cineasta. De resto, é verdade que "Boca de Ouro" é a primeira adaptação de Nelson Rodrigues às telas. O próprio Jece Valadão sempre afirmou com orgulho que ele lançara o dramaturgo no cinema, assim como também sempre disse que foi ele também que lançou Plínio Marcos com o filme "Navalha na Carne, 1969" (a primeira versão com o diretor Braz Chediak); sendo que a segunda versão seria filmada em 1997 com Neville de Almeida na direção. Outras afirmações são meias verdades, já que o motivo principal de Nelson Pereira dos Santos desistir das filmagens de "Vidas Secas" e aceitar dirigir o filme de Valadão era o fato de que estaria chovendo no nordeste e o diretor queria uma paisagem árida e deserta, e as locações escolhidas estavam verdejantes, o que era uma bênção para os nordestinos, mas não para o diretor deste afamado clássico nacional. Outro ponto é que o "Boca de Ouro" foi rodado em 1962, mas lançado ao cinema só no ano seguinte. Acontece que ao final das gravações Valadão estava totalmente quebrado e acabou vendendo os direitos do filme para Jarbas Barbosa (que já era um dos produtores do filme), sócio do Herbert Richers. Valadão sempre afirmou que vendeu o "Boca de Ouro" por um Volkswagen, e que este fora o primeiro carro que ele teve. Ele que comprara o direito de filmar esta tragédia de Nelson Rodrigues, se desfez de forma trágica e melancólica dela. Também é interessante acrescentar que para poder bancar o filme, o produtor Jarbas Barbosa vendeu seu carro Impala. Só que o carro fazia parte dos objetos de cena do filme; então, ele teve de pedir o veículo recém-vendido emprestado para poder refazer algumas cenas. Coisas do cinema brasileiro.
Sobre o roteiro adaptado da peça de Nelson Rodrigues podemos dizer que se o tema central, com o malandro e marginal Boca de Ouro dominando todo o filme, é original (até que alguém me prove o contrário), a forma de contá-la, não. Já que em 1950, Akira Kurosawa já havia utilizado esta forma de narrativa repetida (Rashomon, 1950), quando se contava a mesma história de ponto de vista diferente. Tirando este fato, o filme é uma soberba e triste analogia do submundo de uma sociedade comandada pelo poder da violência e da corrupção, quando os mais fracos, e por vezes, covardes, são humilhados e esmagados. Jece Valadão faz um personagem mais marginal do que malandro. Aliás, há quem diga que o malandro é um mito, mas o marginal é real. Mas isso não desmerece a ótima atuação de Valadão, que consolidava cada vez mais o seu personagem de cafajeste, que ele até assumiria na vida real. Mas o motivo que me fez assistir o filme e dar uma estrela a mais do que ele mereceria, é a soberba atuação de Odete Lara, eterna musa deste nosso sofrido, controvertido e polêmico Cinema Nacional.
O Menino e o Vento
4.3 62Eu utilizo o site IMDb de várias maneiras e formas diferentes, e uma delas é para saber sobre o filme que assisti quanto as variações sobre o tema principal exposto normalmente nas sinopses que lemos por aí. Isto porque me agrada me inteirar sobre tal filme e também procurar temas semelhantes sobre o enredo discutido. Por isso me espantou quando as referências do filme se resumiam em: "man boy relationship", "gay" e "gay interest". Penso que, no mínimo, a pessoa que o catalogou não assistiu realmente o filme. Já que, qualquer cinéfilo de plantão, percebe que "O Menino e o Vento" é muito mais do que isto. Sem alongar muito sobre a questão, deste filme do ótimo diretor argentino que fez uma boa carreira tanto lá como aqui, vejamos a base esquemática do roteiro. É, a grosso modo, dividido em duas partes: a primeira parte, desde que o trem chega à estação até o depoimento da dona do hotel, resumi-se num tom realista e dramático; no entanto, na segunda parte, a narrativa penetra num clima fantástico/surrealista, deixando-se dominar pela a voz e a visão da personagem principal da história. Quando ao final, num ápice surrealista, permite-se que o vento se torne principal personagem da história, fazendo vergar toda a cidade com seus arraigados preconceitos, assim como "revela" ao engenheiro José Roberto Nery, a verdade sobre aquilo ou quem ele é, na realidade. Isto sem falar que o filme de Christensen está a um passo da sociedade, discutindo um tema tão polêmico e espinhoso como o homossexualismo, principalmente em meados da década de 60, época em que o Brasil era um barril de pólvora político e social, pronto para explodir. Discutir sobre temas considerados "da minoria", era estar, pelo menos, uns 40 anos à frente! Bem, isto em termos cinematográficos pode se traduzir por "avant-garde". O significado deste termo francês é algo como: " Agente, grupo ou movimento intelectual, artístico ou político que está ou procura estar à frente do seu tempo, relativamente a .ações, .ideias ou experiências. = VANGUARDA".
Portanto, me espantou, e muito, o simplicismo das catalogações do IMDb sobre o filme.
Uma pena, já que a poética história de "O Menino e o Vento", mereceria mais destaque e divulgação.
Déjà Vu
3.5 700 Assista Agora"Déjà Vu" mesmo!
Mortos que Matam
3.8 96 Assista AgoraAlém de "Eu Sou a Lenda" de 2008, aliás, um filmizinho sem eira nem beira; não se esqueçam de "A Última Esperança da Terra" de 1971 com Charlton Heston ( que na minha opinião, é o melhor remake.
Vou assistir este com o tio Price!
Amor Sem Fim
3.1 191 Assista AgoraBobagem, bobagem, meu Deus, mas que bobagem.
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraQue coisa! Ainda não assisti este filme.
Black Rain - A Coragem de uma Raça
4.0 18Não confundir com CHUVA NEGRA de Ridley Scott, que é um fraco filme policial, sem eira nem beira.
Este sim, é um bom drama que denuncia as atrocidades que o homem moderno é capaz de fazer, assim como nos mostra as suas consequências.
Vale a pena conferir. Mas o filme de Scott, passe longe.
Waterworld: O Segredo das Águas
3.0 399 Assista AgoraKevin Costner, que é um tremendo de um enganador, um ator meia-boca, estrapolou nesta - desculpem-me a grossura - UMA PORCARIA.
Duro de Matar
3.8 735 Assista AgoraComo filme de ação dou 3 estrelas, mas tiro 1 por causa da total Inverossimilhança de todo o conjunto. Meu Deus, esta gente pensa que somos débeis mentais, idiotas, e um monte de ais e otas?
Gostava mais do Bruce Willis quando desfilava seu charme na época da GATA E O RATO!
Um Sonho Sem Limites
3.5 185 Assista AgoraNicole é linda demais, mas me parece, não sabe escolher roteiros.
A Dama do Lotação
3.1 129Sônia Braga está uma verdadeira cadela no cio, mas o filme é uma bosta.
Caráter
4.0 36É certo que a sinopse foi meio sacana e contou o que não devia, talvez, por inexperiência de quem cadastrou o filme.
Porém, decidi assisti-lo assim mesmo, já que o que me atrai num filme é o mesmo que nas outras obras de arte: a sua beleza estética e/ou auditiva.
No caso específico de um filme; o roteiro, os diálogos, as interpretações, música, trilha sonora, direção, fotografia, etc. Enfim, tudo o que compõe uma obra cinematográfica.
Não me importo de assistir um mesmo filme diversas vezes, assim como não tenho problema algum em ouvir a mesma música vezes sem conta. O que me interessa é o deleite de apreciar a beleza de uma obra. No caso específico de um filme, uma beleza complexa, já que é todo um conjunto de coisas que precisam estar em harmonia para que seja bela.
Vou assistir ao filme e tirar minhas próprias conclusões. Se gostar, posso assisti-lo outras vezes, se gostar bastante, vai para os meus favoritos.
No entanto, que a sinopse foi meio sacana, ah isso foi!
O Terceiro Pedido
2.8 3Engraçadinho e bobinho.
O Que Teria Acontecido a Baby Jane?
3.3 24Também sou de opinião de que certas obras de arte como o original deste filme; Cidadão Kane (1941); Casablanca (1942); Psicose (1960), E o Vento Levou (1939), A Felicidade Não Se Compra (1946), O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Laranja Mecânica (1971) e outros, deveriam ser intocáveis!
Não há argumento que justifique tamanha "profonação" artística.
Assim como os chamados "novos clássicos", como, Conta Comigo; O Iluminado; Blade Runner; Os Goonies; Curtindo a Vida Adoidado; Alien, o Oitavo Passageiro e outros, deveriam também serem deixados em paz.
Não vejo nenhum pseudo-intelectualismo nisso, apenas uma questão de bom gosto e desejo de que as grandes obras sejam preservadas na sua originalidade "única".
Assim como fazer uma outra "Capela Cistina" de Michelangelo ou outra "Sonata ao Luar" de Ludwig van Beethoven seriam estupidez, certas obras cinematográficas também não deveriam ser imitadas (remake).
Pois, pode um pintor qualquer até pintar uma obra parecida com a de Michelangelo, mas jamais será um MICHELANGELO, será uma cópia; assim como um remake da obra do mestre Aldrich poderá até ter o seu valor, mas jamais será um ALDRICH; pois no primeiro faltam a mão e o coração do artista e noutro faltam as artistas (Davis e Crawford) que são as mãos e os corações desta obra inigualável.
No entanto, posso assistir este remake sim!; depende do momento, do que não ter nada para fazer ou nada em especial para ver.
Porém, não assistindo-o, falta alguma me fará.
Mas, se não houvesse a obra-prima de 1962, então a arte cinematográfica seria menos arte cinematográfica!
Poltergeist 2: O Outro Lado
3.1 187 Assista AgoraTive que me esforçar para assistir até o fim.