Últimas opiniões enviadas
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Frenesi
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Em Frenzy, Hitchcock pôde trabalhar com suas habituais temáticas de forma muito mais gráfica. Há algumas cenas bem fortes aqui, e alguns momentos bastante inspirados.
Entretanto, o filme não encontra muito bem o seu tom, variando entre o suspense e algumas cenas cômicas que parecem deslocadas.
Mas o maior problema de Frenzy é o seu roteiro capenga e cheio de furos do início ao fim. A excelente direção de Hitchcock ainda consegue fazer muito com um texto tão fraco, mas é uma história que não se sustenta.
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Bom, First Reformed começa de forma quase idêntica a Luz de inverno de Ingmar Bergman.
O pano de fundo para os conflitos espirituais do protagonista de Luz de inverno é a guerra, e aqui isso é atualizado para a tragédia climática.
Ambas as abordagens são muito provocativas, pois há muita ambiguidade nos ditos ensinamentos de Deus. Nas escrituras bíblicas você encontra ao mesmo tempo um Deus que prega o amor e respeito mutuo entre as pessoas, e um Deus que exalta a guerra e a morte em seu nome. Da mesma forma, o mesmo Deus que prega a preservação de toda a sua criação, também subjugou toda a natureza aos caprichos humanos.
E ao longo dos séculos a humanidade vem se utilizando dessa espécie de "permissão" divina para destruir a natureza. Impossível não lembrar de como Aronofsky também abordou esse mesmo tema de forma incrível em Mother.
O texto de First Reformed é muito forte, o desenvolvimento de personagem é dos mais refinados, é uma obra primorosa com uma crítica muito intensa e necessária.
Minha única ressalva é que Schrader para sua crítica na igreja, enquanto que Bergman avança com ela, passando pela fé e chegando diretamente a Deus. Enquanto Schrader pergunta se Deus poderá nos perdoar, Bergman pergunta se nós poderíamos, algum dia, perdoar Deus.
Últimos recados
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Léo MVDC
Oi, teria interesse em escrever em um site de cinema?
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Raul Paiva
Já baixei o filme. No momento que vi essa imagem sabia que tinha que assistir esse filme. Obrigado.
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Raul Paiva
Oi, gostaria de saber qual é esse filme da sua capa em que a mulher aparece com a boca sangrando? Amei essa imagem.
"A repressão é a nossa vacina. Reprimir é civilizar"
Obra magnífica sobre a hipocrisia e corrupção das instituições de justiça, servindo unicamente aos interesses de um pequeno grupo. Uma sátira que representa fielmente a realidade.
Impossível ter qualquer esperança de uma mudança de cenário. Atualmente, por exemplo, vemos um certo presidente aí que vive confessando crimes em lives, eventos, coletivas de imprensa. E os órgãos que deveriam investigar estão mais interessados, na verdade, em ignorar evidências e arranjar justificativas para defendê-lo do indefensável.