possivelmente, o aumento da diversidade no oscar melhorou a qualidade dos filmes indicados. pode ser também que os filhos de 2020 sejam mais sensíveis. só sei que estou gostando mais dessa nova safra do que o normal.
tão bom que todo mundo deveria assistir. relato de fatos reais, e um belo retrato sobre a luta dos panteras negras nos eua. uma abordagem primorosa sobre o tema 'traição'.
esse filme é uma convergência entre duas linhagens do cinema americano que mostram os mesmos espaços, o mesmo país desolado que sobrou depois da conquista do oeste. nomadland não é só um filme muito bonito. é um filme de síntese da imagem de um país ou parte dele no seu próprio cinema.
belíssimo filme, enérgico e maduro. deixa entrever questões sociais delicadas (sequelas do militarismo nos EUA, a desigualdade social, o sistema de saúde excludente), mas o que nos envolve é o drama moral: uma tensão dramática entre atitude e quietude, adaptação e sofrimento, vontade e compreensão, valorizando a centralidade da condição de pessoas com surdez. Uma experiência dramática e sensorial equilibrada e muito bem realizada.
Nada contra licenças poéticas ou certas simplificações e distorções históricas, mas o excesso de clichê prejudica. A narrativa não ajuda quem quer conhecer melhor a figura histórica de Marighella (pois não se presta a isso), nem funciona bem como filme de ação, apesar dos muitos tiros. Mas, no que se refere à crítica, contribui enormemente para separarmos o joio do trigo. Ditadura nunca mais!
Existe um senso real de dor nesse filme e uma paciência estimulante para desenvolvê-lo. mas quando as coisas começam a engrenar, a sensação é de ver um capítulo de novela de gilberto braga, cheio de trapaças mirabolantes e golpes vagabundos, identidades trocadas e gente dopada. o final, então, parece que foi escrito pelo próprio cebolinha. enfim, é o 'Me Too' banalizado por um cinismo que já era velho nos anos 90. Não sei como, mas Carey Mulligan sobrevive gloriosamente a tudo isso e minhas estrelas são para ela. Dica: I May Destroy You, série de Michaela Coel.
O universo do Cliver é um realismo fantástico, horror que força sua imaginação a fronteiras perigosas. Essa adaptação nem chegou perto do que a literatura proporciona, mas ainda assim, com todo respeito ao mestre Stephen King e suas adaptações mas ele teria que fazer um pacto problemático para interpretarem suas histórias assim...não é apenas sobre histórias de terror impensáveis, é sobre como as cenas se juntam para contá-las de uma forma extrema.
filme britânico de remi weekes. uma ideia simples e que a princípio até irrita pela vulgaridade, extrair sustos a partir da experiência de sobreviventes da perigosa rota marítima de imigração, mas o filme cria imagens tão potentes para metaforizar o estresse pós-traumático que não resta muita alternativa a não ser se render à sua inventividade. no fundo a metáfora deixa de ser metáfora: o diretor ilustra a morte no mar e a guerra que provocou a imigração como momentos de horror real, e não mais como alegorias. é nessa virada que o filme ganha. impressiona. no fim das contas, acaba me lembrando uma ideia bem presente no cinema japonês, a de que os vivos estão sempre ao lado dos seus mortos - e não apenas no terror. um filme como contos da lua vaga, de mizoguchi, é exatamente sobre isso, sobre a permanência dos mortos, algo que fazia muito sentido no japão de 1953 e que faz muito sentido hoje, na europa cheia de refugiados. punk.
É preciso um comentário a parte sobre a atuação do Hopkins, é uma coisa de partir o coração. Ele coloca o filme todo nos ombros e sai carregando o peso inteiro, cena a cena, sobrevivendo inclusive a uma indecisão do diretor em relação ao ponto de vista da coisa toda. E ele carrega esse filme mantendo uma coerência difícil numa personagem que vai de charmosa a ameaçadora, de imponente a indefesa, de inteligente a desesperada. Ele cobre todas as bases mesmo pulando no tempo, em sequências fragmentadas, desordenadas, nem sempre porque deveriam assim ser. Impressionante!
Um filme indispensável pra quem trabalha com demência ou tem parentes com demência. Mas independente disso, é excelente. Desses filmes categoria "Soco no estômago". O Alzheimer e seus labirintos misteriosos. Até que ponto é delírio? Até que ponto é lembrança? Um belo filme que narra a perda da memória de um homem como "uma árvore que vai perdendo todas as suas folhas" no outono/inverno da vida...não há como assistir/sair ileso. Hopkins em atuação Irretocável! Ele é um monstro! Elenco todo muito bom. Gostei MUITO da direção. E do roteiro. Parabéns aos envolvidos.
não sabia que eu precisava de um amigo polvo até assistir esse doc, mas fora isso, é uma das maiores forçações de barra que eu já vi. o doc é estruturado em cima de um antropomorfismo frágil, e quem acreditou nas motivações do mergulhador para continuar registrando o molusco naquelas águas frias, acredita até na aparição do chupa-cabra. é um 'a marcha dos pinguins' que não deu certo. se fosse filmado na pegada 'national geographic', seria um filmão. quanto ao tubarão, a vida animal (e não só) é sobrevivência.
incrível como todos os filmes que a Amanda Seyfried faz, eles só acontecem nos seus olhos grandes, ela simplesmente se torna a total protagonista e só nos resta admirar.
Gosto de sentir coisas em filmes, mesmo que seja medo, tensão, sustos, e porque sempre amei histórias de terror. Fui comprada pela sinopse. Nao falarei sobre o filme porque né. Só vou dizer que eu realmente senti, parabéns a todos os envolvidos. Acho que é uma experiência válida, por ser um filme subversivo dentro do gênero, e cheio de sutilezas - a fotografia também é ótima!
A Haley Bennett me fascina mais a cada filme. Eu indicaria ela em todos os filmes em que ela aparece, sério: acho que merecia aqui, em 'O Diabo de Cada Dia' como coadjuvante e em 'Swallow' como principal. Ela é minha grande aposta no cinema americano.
Filme meio xaroposo e sem novidade. Até gostei da Glenn Close, levando em conta a certeza que eu tinha do quanto a atuação dela seria over quando vi ela caracterizada para o papel. Mas Amy e Glenn já devem estar cansadas com essa súplica por um Oscar a cada papel que interpretam. Acho engraçado também como a Glenn Close dá essas pausas dramáticas cheias de gravidade com os olhos fixos e injetados, aí embarga a voz e a galera diz que isso é sutil. Não é. É um vício de ator de teatro no cinema, o que Close nunca deixou de ser. Na verdade ela sempre foi uma atriz excessiva, acho. Ela dá aquele show em 'Ligações Perigosas' porque o filme é super teatral, então mesmo quando ela fala baixinho, ela está na verdade mastigando o cenário, enunciando cada sílaba, muito mais saboreando o texto do que construindo personagem. Enfim, tem questão de gosto aí também.
É muito bom, mas não alcança a grandeza de 'Parasita'. Uma história bem contada sobre uma escalada social à duras penas, recheada de métodos que vão da inteligência à violência. Há cenas excelentes como a da assinatura da falsa confissão e a sucessão das imagens assimétricas nas ruas das cidades e nas aldeias da Índia com todas as suas peculiaridades políticas, sociais e religiosas. Em todos os lugares há estratégias de dominação. Fiquem atentos às simbologias dos animais que aparecem diversas vezes na trama desde o título, ao diálogo com 'Quem quer ser um milionário?' e à questão do poder asiático na economia.
Uma boa e oportuna experiência de cinema. O roteiro, meio truncado, faz jus ao tema, compensado pela bela fotografia e direção de arte, a dramaturgia intensa, e pelo dinamismo da trama, seu valor histórico e sua ousadia crítica bem humorada, rindo de coisas sérias, bem ao estilo de Herman J. Mankiewicz. Ainda tem o êxito de abordar as relações entre cultura (como entretenimento) e eleições, no embate entre conservadorismo e socialismo, tecendo alusões ao cenário atual. Impossível não pensar na célebre conversa entre Tancredi e Don Fabrizio que, referindo-se ao "Risorgimento", cunhou a frase exemplar que traduz os ciclos de decadência e ascensão, política e social - em suma, cultural - na história.
Vi mais pelo hype, mas também pelo Blues e por Viola e Chadwick! Tem coisas fantásticas, mas é uma adaptação de uma peça e nesse quesito eu acho que foi bem subótimo, o texto é muito longo e muito rápido em algumas passagens, você perde conteúdo. Viola é foda, que atriz. Chadwick foi incrível também e será eternamente lembrado por tudo que contribuiu para o cinema. Achei meio excessivamente caricato talvez na construção dos personagens, mas é o Blues, e é legal.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 554 Assista Agorapossivelmente, o aumento da diversidade no oscar melhorou a qualidade dos filmes indicados. pode ser também que os filhos de 2020 sejam mais sensíveis. só sei que estou gostando mais dessa nova safra do que o normal.
Judas e o Messias Negro
4.1 516 Assista Agoratão bom que todo mundo deveria assistir. relato de fatos reais, e um belo retrato sobre a luta dos panteras negras nos eua. uma abordagem primorosa sobre o tema 'traição'.
Nomadland
3.9 896 Assista Agoraesse filme é uma convergência entre duas linhagens do cinema americano que mostram os mesmos espaços, o mesmo país desolado que sobrou depois da conquista do oeste. nomadland não é só um filme muito bonito. é um filme de síntese da imagem de um país ou parte dele no seu próprio cinema.
Censor
3.1 123que grata surpresa a Prano Bailey-Bond...mulheres britânicas fazendo os melhores filmes de terror...❤
O Som do Silêncio
4.1 989 Assista Agorabelíssimo filme, enérgico e maduro. deixa entrever questões sociais delicadas (sequelas do militarismo nos EUA, a desigualdade social, o sistema de saúde excludente), mas o que nos envolve é o drama moral: uma tensão dramática entre atitude e quietude, adaptação e sofrimento, vontade e compreensão, valorizando a centralidade da condição de pessoas com surdez. Uma experiência dramática e sensorial equilibrada e muito bem realizada.
A Mata Negra
3.2 100achei mal executado e com atuações péssimas!
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3Kseria meu favorito se fosse lançado em 2017 e que desnecessário essas 04 horas de duração!
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraNada contra licenças poéticas ou certas simplificações e distorções históricas, mas o excesso de clichê prejudica. A narrativa não ajuda quem quer conhecer melhor a figura histórica de Marighella (pois não se presta a isso), nem funciona bem como filme de ação, apesar dos muitos tiros. Mas, no que se refere à crítica, contribui enormemente para separarmos o joio do trigo. Ditadura nunca mais!
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraExiste um senso real de dor nesse filme e uma paciência estimulante para desenvolvê-lo. mas quando as coisas começam a engrenar, a sensação é de ver um capítulo de novela de gilberto braga, cheio de trapaças mirabolantes e golpes vagabundos, identidades trocadas e gente dopada. o final, então, parece que foi escrito pelo próprio cebolinha. enfim, é o 'Me Too' banalizado por um cinismo que já era velho nos anos 90. Não sei como, mas Carey Mulligan sobrevive gloriosamente a tudo isso e minhas estrelas são para ela. Dica: I May Destroy You, série de Michaela Coel.
Livro de Sangue
2.7 86 Assista AgoraO universo do Cliver é um realismo fantástico, horror que força sua imaginação a fronteiras perigosas. Essa adaptação nem chegou perto do que a literatura proporciona, mas ainda assim, com todo respeito ao mestre Stephen King e suas adaptações mas ele teria que fazer um pacto problemático para interpretarem suas histórias assim...não é apenas sobre histórias de terror impensáveis, é sobre como as cenas se juntam para contá-las de uma forma extrema.
O Lobo de Snow Hollow
3.0 73 Assista AgoraOnde o Robert Forster foi se meter, que atuações horríveis!!! Ele não merecia isso!
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista Agorafilme britânico de remi weekes. uma ideia simples e que a princípio até irrita pela vulgaridade, extrair sustos a partir da experiência de sobreviventes da perigosa rota marítima de imigração, mas o filme cria imagens tão potentes para metaforizar o estresse pós-traumático que não resta muita alternativa a não ser se render à sua inventividade. no fundo a metáfora deixa de ser metáfora: o diretor ilustra a morte no mar e a guerra que provocou a imigração como momentos de horror real, e não mais como alegorias. é nessa virada que o filme ganha. impressiona. no fim das contas, acaba me lembrando uma ideia bem presente no cinema japonês, a de que os vivos estão sempre ao lado dos seus mortos - e não apenas no terror. um filme como contos da lua vaga, de mizoguchi, é exatamente sobre isso, sobre a permanência dos mortos, algo que fazia muito sentido no japão de 1953 e que faz muito sentido hoje, na europa cheia de refugiados. punk.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraÉ preciso um comentário a parte sobre a atuação do Hopkins, é uma coisa de partir o coração. Ele coloca o filme todo nos ombros e sai carregando o peso inteiro, cena a cena, sobrevivendo inclusive a uma indecisão do diretor em relação ao ponto de vista da coisa toda. E ele carrega esse filme mantendo uma coerência difícil numa personagem que vai de charmosa a ameaçadora, de imponente a indefesa, de inteligente a desesperada. Ele cobre todas as bases mesmo pulando no tempo, em sequências fragmentadas, desordenadas, nem sempre porque deveriam assim ser. Impressionante!
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraUm filme indispensável pra quem trabalha com demência ou tem parentes com demência. Mas independente disso, é excelente. Desses filmes categoria "Soco no estômago". O Alzheimer e seus labirintos misteriosos. Até que ponto é delírio? Até que ponto é lembrança? Um belo filme que narra a perda da memória de um homem como "uma árvore que vai perdendo todas as suas folhas" no outono/inverno da vida...não há como assistir/sair ileso. Hopkins em atuação Irretocável! Ele é um monstro! Elenco todo muito bom. Gostei MUITO da direção. E do roteiro. Parabéns aos envolvidos.
Professor Polvo
4.2 387 Assista Agoranão sabia que eu precisava de um amigo polvo até assistir esse doc, mas fora isso, é uma das maiores forçações de barra que eu já vi. o doc é estruturado em cima de um antropomorfismo frágil, e quem acreditou nas motivações do mergulhador para continuar registrando o molusco naquelas águas frias, acredita até na aparição do chupa-cabra. é um 'a marcha dos pinguins' que não deu certo. se fosse filmado na pegada 'national geographic', seria um filmão. quanto ao tubarão, a vida animal (e não só) é sobrevivência.
Vozes e Vultos
2.6 408 Assista Agoraincrível como todos os filmes que a Amanda Seyfried faz, eles só acontecem nos seus olhos grandes, ela simplesmente se torna a total protagonista e só nos resta admirar.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraGosto de sentir coisas em filmes, mesmo que seja medo, tensão, sustos, e porque sempre amei histórias de terror. Fui comprada pela sinopse. Nao falarei sobre o filme porque né. Só vou dizer que eu realmente senti, parabéns a todos os envolvidos. Acho que é uma experiência válida, por ser um filme subversivo dentro do gênero, e cheio de sutilezas - a fotografia também é ótima!
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraA Haley Bennett me fascina mais a cada filme. Eu indicaria ela em todos os filmes em que ela aparece, sério: acho que merecia aqui, em 'O Diabo de Cada Dia' como coadjuvante e em 'Swallow' como principal. Ela é minha grande aposta no cinema americano.
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraFilme meio xaroposo e sem novidade. Até gostei da Glenn Close, levando em conta a certeza que eu tinha do quanto a atuação dela seria over quando vi ela caracterizada para o papel. Mas Amy e Glenn já devem estar cansadas com essa súplica por um Oscar a cada papel que interpretam. Acho engraçado também como a Glenn Close dá essas pausas dramáticas cheias de gravidade com os olhos fixos e injetados, aí embarga a voz e a galera diz que isso é sutil. Não é. É um vício de ator de teatro no cinema, o que Close nunca deixou de ser. Na verdade ela sempre foi uma atriz excessiva, acho. Ela dá aquele show em 'Ligações Perigosas' porque o filme é super teatral, então mesmo quando ela fala baixinho, ela está na verdade mastigando o cenário, enunciando cada sílaba, muito mais saboreando o texto do que construindo personagem. Enfim, tem questão de gosto aí também.
O Tigre Branco
3.8 403 Assista AgoraÉ muito bom, mas não alcança a grandeza de 'Parasita'. Uma história bem contada sobre uma escalada social à duras penas, recheada de métodos que vão da inteligência à violência. Há cenas excelentes como a da assinatura da falsa confissão e a sucessão das imagens assimétricas nas ruas das cidades e nas aldeias da Índia com todas as suas peculiaridades políticas, sociais e religiosas. Em todos os lugares há estratégias de dominação. Fiquem atentos às simbologias dos animais que aparecem diversas vezes na trama desde o título, ao diálogo com 'Quem quer ser um milionário?' e à questão do poder asiático na economia.
Mank
3.2 462 Assista AgoraUma boa e oportuna experiência de cinema. O roteiro, meio truncado, faz jus ao tema, compensado pela bela fotografia e direção de arte, a dramaturgia intensa, e pelo dinamismo da trama, seu valor histórico e sua ousadia crítica bem humorada, rindo de coisas sérias, bem ao estilo de Herman J. Mankiewicz. Ainda tem o êxito de abordar as relações entre cultura (como entretenimento) e eleições, no embate entre conservadorismo e socialismo, tecendo alusões ao cenário atual. Impossível não pensar na célebre conversa entre Tancredi e Don Fabrizio que, referindo-se ao "Risorgimento", cunhou a frase exemplar que traduz os ciclos de decadência e ascensão, política e social - em suma, cultural - na história.
A Voz Suprema do Blues
3.5 541 Assista AgoraVi mais pelo hype, mas também pelo Blues e por Viola e Chadwick! Tem coisas fantásticas, mas é uma adaptação de uma peça e nesse quesito eu acho que foi bem subótimo, o texto é muito longo e muito rápido em algumas passagens, você perde conteúdo. Viola é foda, que atriz. Chadwick foi incrível também e será eternamente lembrado por tudo que contribuiu para o cinema. Achei meio excessivamente caricato talvez na construção dos personagens, mas é o Blues, e é legal.
Os 7 de Chicago
4.0 582 Assista AgoraArrebatador! O final é apoteótico!
Por Trás da Inocência
1.8 203que ruim meu deus