Seja partindo de um cenário usado como "roupagem", que seria o contexto familiar de cada um dos dois e os aspectos culturais como a questão de êxodo em busca do sucesso, essa tal "competição" em alto nível característica dos países orientais (o ocidente não fica nem um pouco atrás, né). Essa idealização de sucesso profissional como sinônimo de honra e o medo do fracasso profissional, atrelado com um tipo de "fracasso existencial". E é interessante como o filme demonstra todo esse aspecto de uma cultura tão competitiva de modo " cru" ( no sentido mais virtuoso da palavra). É nesse contexto que dois jovens compartilham o peso que tudo isso trazem em seus ombros... E ninguém precisa ir até/ouvir uma história "do outro lado do mundo", pra entender o que é "lutar" contra um mundo pra se auto realizar ou "ter o seu lugar ao sol", e o quanto tudo isso fica pequeno ou talvez mais colorido quando se tem alguém do seu lado, e que voces podem ser mais do que são e do que esse mundo oferece e diz pra você... Isso tão único quando se vive, quanto se retrata no filme. Mas esse peso é complicado... E no desenrolar do filme, vemos o que eles tem sucumbir até como um reflexo do quanto individualmente cada um ia sucumbindo tentando sobreviver ... As vezes o peso que o mundo coloca nos nossos ombros é pesado demais, e quando voce ja carrega o seu não tem como dividir com/o do outro!
E num segundo momento (que na verdade, a todo momento o filme vem traçando essa conexão atemporal), os dois mais velhos não só refletem sobre essa relação como diz a sinopse, voce sente a angustia e
o quanto quanto cada um deixou uma parte de si naquela estação e naquela rua durante o ano novo...
Ver tudo cinza é bem real! E vai bem mais além do que ausência de cores... Enfim, a vida são praticamente águas com ondas em movimento, é um sinônimo de mesmo a custa de arranhões e cicatrizes tudo passa! Tudo se transforma e nao quer dizer que se perca, só não é mais o que era... E o filme mostra isso
Além de ilustrar a ideia do minimalismo, é interessante como o tema é abordado pela ideia que se tem dele e ao mesmo tempo um contraponto que seria o uso de alguma ideologia, ideia ou doutrina pra "maquiar", externalizar e/ou "sublimar" nossas dores/sofrimento. Pois ao mesmo tempo que a personagem adere a ideia do minimalismo com os conceitos "benéficos" que o englobam, existem questões como o "valor comercial" que a ideologia possuí. E também a "confusão" feita pela personagem entre o "desapego do que não te alegra, nao te serve mais ou o que fica no passado e perdeu a importância". Com "desapegue de tudo que ta no passado, sem mensurar a importância ou impacto que isso ainda te causa". É interessante como durante a trama, ela passeia entre rechaçar os "passados" em sua vida, para não lidar com os escolhas ou "não-escolhas", escondendo a si e a incapacidade de lidar com essas eventualidades e o sofrimento, atrás da ideia de "desapego". E depois entender o valor que o passado tem, e que a questão de desapegar dele ou não, se relaciona muito mais com o que aquilo diz "hoje"(presente). Ao mesmo tempo que ela parece ir para outro extremo e querer "abraçar" o passado e reviver e/ou se reconciliar a qualquer custo. Enfim, o passado como diz o nome "ja passou", ao mesmo tempo que ele diz onde estivemos. Então esquecer o passado ou guardar e revive-lo mesmo que o presente de algum forma, não dialogue com aquilo, nao são a resposta! A questão é "qual sua pretensão ao tomar qualquer uma dessas decisões?"
Desapegar do passado pra não lidar com aquilo, ou pq aquilo simplesmente não diz mais nada sobre você?! Engavetar o passado e cultivar algo "fúnebre", por não conseguir olhar pra frente, ou pq voce reconhece o valor que aquilo possuí e aquilo ainda dialoga e diz muito sobre/com você?!
Passar tudo passa, inclusive nós também. A questão é como e a que preço...
Ps: O filme é muito bom! Gostei do close de imagens, os diálogos verbais e não-verbais (com as imagens nesses close, são um diferencial pra mim... Soa quase como uma pausa reflexiva) também! (Nao sou nem um pouco técnico quanto a isso, como se percebe)
O amor que dizemos ser eterno, e acaba sendo eterno. Só não na equação teimosa do tempo(que no fim nem importa). Mentiras mais que sinceras, ditas no "eu te amo" e no "vai ser sempre". Sendo ditas olho a olho em inocentes verdades.
"A nossa melhor versão é como olhar o pôr-do-sol no mar, e tentar tocar o fim do horizonte"
Ao terminar essa série foi essa a frase que me veio a cabeça. O enredo e os acontecimentos ja são ditos nos demais comentários por aí, mas o que posso dizer que me pegou foi a ideia de que existe uma cultura de idealização ao nosso melhor. Seja fisica/esteticamente, mentalmente, profissionalmente e amorosamente falando. Vivemos numa busca utópica do melhor, e a série "conversou" comigo dizendo que basicamente somos feitos das virtudes e dos fracassos também ( e graças a deus por isso). Junto com os "erros e acertos", acompanha-se a experiência e essa faz a diferença
no momento em que o clone simulam com fracasso, a dança do casamento com a esposa. Na cena que os dois tentam ter relações sexuais e o desconforto e desconexão entre os dois é nítido (não só pelo desesperado pedido de que o clone "segure o peito dela".
Somos tudo de melhor e de pior que podemos ser, e isso frente aos olhos de quem nos ama e de nós mesmos, é o que nos faz ser o que somos
Pérolas no Mar
4.2 142Um romance "orgânico"!
Seja partindo de um cenário usado como "roupagem", que seria o contexto familiar de cada um dos dois e os aspectos culturais como a questão de êxodo em busca do sucesso, essa tal "competição" em alto nível característica dos países orientais (o ocidente não fica nem um pouco atrás, né). Essa idealização de sucesso profissional como sinônimo de honra e o medo do fracasso profissional, atrelado com um tipo de "fracasso existencial".
E é interessante como o filme demonstra todo esse aspecto de uma cultura tão competitiva de modo " cru" ( no sentido mais virtuoso da palavra).
É nesse contexto que dois jovens compartilham o peso que tudo isso trazem em seus ombros... E ninguém precisa ir até/ouvir uma história "do outro lado do mundo", pra entender o que é "lutar" contra um mundo pra se auto realizar ou "ter o seu lugar ao sol", e o quanto tudo isso fica pequeno ou talvez mais colorido quando se tem alguém do seu lado, e que voces podem ser mais do que são e do que esse mundo oferece e diz pra você... Isso tão único quando se vive, quanto se retrata no filme.
Mas esse peso é complicado... E no desenrolar do filme, vemos o que eles tem sucumbir até como um reflexo do quanto individualmente cada um ia sucumbindo tentando sobreviver ... As vezes o peso que o mundo coloca nos nossos ombros é pesado demais, e quando voce ja carrega o seu não tem como dividir com/o do outro!
E num segundo momento (que na verdade, a todo momento o filme vem traçando essa conexão atemporal), os dois mais velhos não só refletem sobre essa relação como diz a sinopse, voce sente a angustia e
o quanto quanto cada um deixou uma parte de si naquela estação e naquela rua durante o ano novo...
Enfim, a vida são praticamente águas com ondas em movimento, é um sinônimo de mesmo a custa de arranhões e cicatrizes tudo passa! Tudo se transforma e nao quer dizer que se perca, só não é mais o que era... E o filme mostra isso
na carta escrita pelo pai. E também quando ela termina o jogo e lê a mensagem, com as cores retornando às imagens
Happy Old Year
4.0 46Além de ilustrar a ideia do minimalismo, é interessante como o tema é abordado pela ideia que se tem dele e ao mesmo tempo um contraponto que seria o uso de alguma ideologia, ideia ou doutrina pra "maquiar", externalizar e/ou "sublimar" nossas dores/sofrimento. Pois ao mesmo tempo que a personagem adere a ideia do minimalismo com os conceitos "benéficos" que o englobam, existem questões como o "valor comercial" que a ideologia possuí. E também a "confusão" feita pela personagem entre o "desapego do que não te alegra, nao te serve mais ou o que fica no passado e perdeu a importância". Com "desapegue de tudo que ta no passado, sem mensurar a importância ou impacto que isso ainda te causa".
É interessante como durante a trama, ela passeia entre rechaçar os "passados" em sua vida, para não lidar com os escolhas ou "não-escolhas", escondendo a si e a incapacidade de lidar com essas eventualidades e o sofrimento, atrás da ideia de "desapego". E depois entender o valor que o passado tem, e que a questão de desapegar dele ou não, se relaciona muito mais com o que aquilo diz "hoje"(presente). Ao mesmo tempo que ela parece ir para outro extremo e querer "abraçar" o passado e reviver e/ou se reconciliar a qualquer custo.
Enfim, o passado como diz o nome "ja passou", ao mesmo tempo que ele diz onde estivemos. Então esquecer o passado ou guardar e revive-lo mesmo que o presente de algum forma, não dialogue com aquilo, nao são a resposta! A questão é "qual sua pretensão ao tomar qualquer uma dessas decisões?"
Desapegar do passado pra não lidar com aquilo, ou pq aquilo simplesmente não diz mais nada sobre você?!
Engavetar o passado e cultivar algo "fúnebre", por não conseguir olhar pra frente, ou pq voce reconhece o valor que aquilo possuí e aquilo ainda dialoga e diz muito sobre/com você?!
Passar tudo passa, inclusive nós também. A questão é como e a que preço...
Ps: O filme é muito bom! Gostei do close de imagens, os diálogos verbais e não-verbais (com as imagens nesses close, são um diferencial pra mim... Soa quase como uma pausa reflexiva) também! (Nao sou nem um pouco técnico quanto a isso, como se percebe)
Maka x Beli: 99 Escalas De Um Voo Perdido
4.2 5É, aquele negócio meio "vida"...
O amor que dizemos ser eterno, e acaba sendo eterno. Só não na equação teimosa do tempo(que no fim nem importa).
Mentiras mais que sinceras, ditas no "eu te amo" e no "vai ser sempre". Sendo ditas olho a olho em inocentes verdades.
O amor custa caro... demais...
Cara x Cara (1ª Temporada)
3.3 78 Assista Agora"A nossa melhor versão é como olhar o pôr-do-sol no mar, e tentar tocar o fim do horizonte"
Ao terminar essa série foi essa a frase que me veio a cabeça. O enredo e os acontecimentos ja são ditos nos demais comentários por aí, mas o que posso dizer que me pegou foi a ideia de que existe uma cultura de idealização ao nosso melhor. Seja fisica/esteticamente, mentalmente, profissionalmente e amorosamente falando.
Vivemos numa busca utópica do melhor, e a série "conversou" comigo dizendo que basicamente somos feitos das virtudes e dos fracassos também ( e graças a deus por isso).
Junto com os "erros e acertos", acompanha-se a experiência e essa faz a diferença
no momento em que o clone simulam com fracasso, a dança do casamento com a esposa. Na cena que os dois tentam ter relações sexuais e o desconforto e desconexão entre os dois é nítido (não só pelo desesperado pedido de que o clone "segure o peito dela".
Somos tudo de melhor e de pior que podemos ser, e isso frente aos olhos de quem nos ama e de nós mesmos, é o que nos faz ser o que somos
assim como a cena que a versão original dança com a esposa e voce sente a química e a ligação entre eles
Nossa melhor versão, é como tocar um horizonte que não cessa. E nossos defeitos dizem e determinam muito/tanto sobre nós quanto nossas qualidades.