agda

a mensagem mais linda que um filme pode carregar: seja gentil.

Foi bom vê-los juntos, mas não consigo ignorar a edição pesada por causa do Matthew...

\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\Puro spoiler daqui pra baixo./////////////////////////////

Foi um golpe colocar Vivaldi na trilha. Justo a parte do verão. Quente, viva, vibrante.
Onde os pássaros cantam, as plantas crescem, tudo se ilumina ao redor. E quando essa estação passa, vem a calmaria agoniante do outono. A vida existe e segue seu curso.

A verdade é que, meu coração já calejado pelos franceses, que muito amaram antes e hoje já não sabem mais como manter, acreditou que o final seria mais trágico que o destino de Eurídice. Pois a Marianne tá tão triste e puta e aí vem a história do suicídio da irmã que já pensei: já era, vai rolar o mesmo. E essa visagem dela em branco. Ave. Adivinhei tudo, não acredito. Mas felizmente estava errada.

Claro que foi trágico, mas a beleza da página 28 ficou eternizada. Ela seria sempre da Marianne (eu também seria se Marianne quisesse kk).

Mas a cena que mais me surpreendeu foi o Sabbat (se é que posso assim chamar).
Meu deus, eu me arrepiei todinha. Não sei nem explicar. O quão forte é o poder de um canto.

E o fogo, que por mim, poderia ser o personagem principal?
Ele tá em todas as cenas mais tensas, ou pelo menos o som está.

E puta que pariu. A atuação delas!!!!!
Tomar no cu, mano. Só com o olhar.
Eu fiquei grudada no notebook. Tensa. Não conseguia nem respirar o momento em que finalmente elas se desenrolariam.

E enfim veio! E que lindo. Juro.
Fiquei repetindo mil vezes que esse filme iria me destruir.
Mas na verdade não foi.

Eu não sei explicar a sensação que sinto agora.
Sublime? Talvez.

Para mim tudo era detalhes.
O mar, o vento, as rochas, a mansão escura, sem vida.
E o quanto a arte e música e literatura deram vida ao lugar.
É isso.
Demorou pra eu ver. Mas consegui.
E quero ver mais mil vezes, se eu tiver a oportunidade.