A guerra já foi representada inúmeras vezes no cinema. Sobretudo a Segunda Grande Guerra, ainda muito latente nas consequências e configurações do mundo ocidental, principalmente.
Então, como ainda trazer uma "novidade" à esse quase subgênero na tela grande??
Quando essa pergunta é direcionada para um dos diretores de maior evidência do cinema atual, a resposta está no rigor técnico e narrativo que Christopher Nolan imprime nas obras de maior expressão até aqui no cinema. Do arrojo narrativo de Amnésia, passando pela Trilogia do Cavaleiro das Trevas , A Origem e até Interestelar.
Para aplicar essas qualidades a Dunkirk, ele se vale dos talentos da equipe já habituada ao trabalho verificado nas produções anteriores. Essa coesão de méritos está impressa na tela, através da fotografia incrível de Hoyte van Hoytema (de Interestelar), o desenho de produção de Nathan Crowley e o consagrado Hans Zimmer, em mais uma trilha sonora simplesmente impecável.
A conjugação destes esforços resultam em uma obra que nos leva para dentro de uma guerra como poucas vezes já foi alcançada.
IMERSÃO. Talvez seja esta a melhor palavra para chegar a uma definição de como o espectador atento e ligado aos elementos em cena se sente ao ver na tela a luta pela sobrevivência dos soldados ingleses e franceses. A plateia é brindada, convidada a estar próxima à ação, à crescente angústia dos combatentes. Ou mesmo jogada no meio da batalha, melhor dizendo.
A atmosfera criada é muito convincente. Envolve bastante. Nolan usa o close de rostos amedrontados, angustiados, apavorados, porém sem desistir em querer sobreviver. Seja na guerra travada na terra, na água e no mar e nos tempos relativos por cada uma na narrativa!! Outra sacada de mestre do roteiro, de Nolan e da edição!
O som, os efeitos sonoros e a mixagem de som adotada é de uma precisão impressionante. A tal atmosfera proposta por Nolan na direção e no roteiro ganha muito com o aguçamento da audição pelo que é ouvido e sentido, por consequência na tela!! Tem uma missão fundamental para que o processo de imersão se torne pleno. A força narrativa se faz presente.
Imagem e som se interligando de maneira exemplar, auxiliada ainda por um elenco eficiente, que inclui Tom Hardy, Mark Rylance, Kenneth Branagh, James D'arcy, Cillian Murphy e os novatos Fionn Whitehead, Harry Styles, Aneurin Barnard e Barry Keoghan, Todos em papéis de importância para a narrativa, sem protagonismo definido!!
A guerra e a luta para sobreviver à ela são o centro da trama. O conflito armado e cruel que teima em querer transformar os homens em figuras descartáveis!!
Nolan demonstra ter domínio muito bem sobre isso e com a técnica do cinema para unir imagem em movimento e som para realçá-la, subverte a lógica desumana bélica e recoloca o homem no lugar devido para buscar a sobrevivência. Graças à inteligência e persistência!!
Valeu muito a espera de 30 anos para mais um filme da série. George Miller nos presenteia com algo mais que impressionante. Extrapola limites e tem tudo para ser talvez o melhor e mais consistente blockbuster do ano.
A ação quase ininterrupta da primeira meia hora deixa o espectador extasiado. É incrível a grande quantidade de variações em praticamente um cenário: o deserto. Os personagens encarnam a insanidade, a coragem e o desespero em um mundo louco, pós-apocalíptico e injusto. Tudo ou nada é uma regra. Matar ou morrer. Não há meio termo.
Bastante atual ao colocar a água como recurso raro, uma barganha para sobrepujar pessoas e impor autoridade. A dominação, então, só pode ser enfrentada com muita ousadia, batalhas diretas e muita violência.
Max (Tom Hardy) é atormentado por aparições de pessoas que não pôde salvar. Imperatriz Furiosa (Charlize Theron, espetacular!) busca a paz a ser encontrada no Vale Verde. E Noxx (Nicolas Hoult) é um mero "dominado" que quer ser reconhecido pelo líder. O trio irá se reunir para mudar o rumo do status quo.
Com sequências de tirar o fôlego, ação intensa, edição primorosa e um visual irresistível, Miller oferece um entretenimento muito acima da média. Um espetáculo. Não apenas pela técnica. Também pela audácia em arriscar. provocar, ser atual e criar novos limites para a ação com o uso criativo das ferramentas do cinema.
Um dos mais simpáticos e agradáveis do ano. John Carney caprichou. Mais uma vez!!
Ambientando a trama novamente no universo dos bastidores da cena musical, Carney esbanja habilidade e conhecimento do material em mãos. Desenvolve personagens, cenários e situações, com uma fluidez quase naturalista.
A empatia e o entrosamento da dupla Keira Knithley e Mark Ruffalo são imediatos. Utilizados para dar sinceridade ao encontro de personagens praticamente sem expectativas após fases da vida decepcionantes. Ambos precisam de um novo caminho.
Merece destaque também a interpretação de Hailee Steinfeld (revelada em Bravura Indômita, dos irmãos Coen). Linda, talentosa e uma luz em cena. Não à toa, ela participa de uma sequência bem significativa para o objetivo pretendido pelo roteiro.
As canções são belas, harmônicas e proporcionam momentos marcantes pela forma inserida na narrativa fluente.A vontade de ouvir toda a trilha após o término do filme, com mais atenção, é despertada!
É um belo exemplo de cinema, música e bons personagens!!
Até quando Wes Anderson pode nos impressionar? Como um diretor, já com uma identidade visual reconhecida, arquétipos de personagens com características recorrentes e um humor bastante peculiar, alcança resultados tão satisfatórios?
As respostas estão na competência. Na habilidade, em utilizá-la para algo primário no cinema e demais artes : Contar uma estória. Conquistando a plateia, com uma obra esteticamente irrepreensível e um roteiro sabiamente conduzido, realçado por um elenco estelar em vibrantes atuações.
Em O Grande Hotel Budapeste, Anderson aprimora o cuidado técnico das obras anteriores. Os enquadramentos simétricos, a movimentação em trevellings pelos cenários combinados e um apurado design de produção, seduzem como nunca. Fotografia primorosa, reforçando o lado lúdico dos ambientes e personagens cativantes. Deliciosa trilha sonora de Alexandre Desplat.
Agora, do que adiantaria tanto esmero técnico, se não apresentasse um roteiro à altura? Muito se apequenaria. O que não é o caso aqui. A valorização da palavra, da escrita, da continuidade da memória para a permanência de valores nobres como a gratidão, amizade e a lealdade, conseguem compor um painel enxuto, com um humor inteligente dos acontecimentos dos vários personagens em tela e no hotel Budapeste. Os protagonistas, M. Gustave H.(Ralph Fiennes, espetacular) e Zero Moustafa (Tony Revolori, uma grata surpresa em talento) possuem uma sincronia elevada ao máximo por Anderson. O círculo formado em torno deles de outros personagens, com carisma também suficientes para chamar atenção do espectador, reafirma a destreza e objetividade do roteiro. Há um domínio completo do que se quer. Mais importante: como se chegar a um resultado artístico relevante com os talentos e capacidades envolvidos.
É justo citar as participações no elenco de gente do naipe de Edward Norton, Harvey Keitel, Bill Murray, Willem Dafoe, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Mathieu Alamaric,Jude Law. Léa Seydoux e F. Murray Abraham (este em grande atuação para um papel chave na trama). E em tipos com importância necessária para o filme. Poucos diretores têm esse privilégio de reunião de talentos tão feliz no conjunto.
Seguramente, um dos melhores do ano. Um show de Cinema!!
Não é tão divertido quanto o segundo filme, apesar da inclusão neste de nomes como Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson.
Já demonstra sinais de cansaço e esgotamento (trocadilho involuntário) e a saída para isso, quase inevitavelmente são as piadas e a autoparódia. Umas funcionam.Obrigação de inserir algo engraçado ou absurdo em cenas de ação que poderiam render bem mais.
A ideia de confrontar o novo e o antigo na formação das equipes dos Mercenários é previsível demais. Os novatos não possuem o carisma necessário. Nenhum se sobressai. A direção de Patrick Hughes é boa, entretanto.
Quem sabe melhora no próximo e na torcida para a volta do lobo solitário!
Sobre a infância em meio às fases do capitalismo que quer se sobrepor à individualidade. Os estágios de produção são retratados com muita clareza. Do cultivo simples para a subsistência ao industrialismo pós-moderno. Sempre com a inocência infantil como testemunha.
Traços simples, belos e bem postos em um mosaico engenhoso da jornada do personagem principal. Criatividade imensa, também presente na singela trilha sonora Gustavo Kurlat e Ruben Feffer e na edição de som e imagens.
Para crianças e adultos que valorizam a inteligência em uma animação!!
Dizer como hoje o amor é sentido e reprensentá-lo não é tarefa fácil para qualquer artista. No cinema, então, quando inúmeras estórias optam por um romantismo simples, previsível e requentado, encontrar uma raridade como esta de Spike Jonze, é razão para todos os elogios possíveis. É um oásis romântico que ficará agora na memória por ser tão significativo.
O rico roteiro de Jonze apresenta uma radiografia futurista (ou atual) do homem solitário. Do amor nos tempos das relações intermediadas pela tecnologia, suprindo um vazio quase crônico dos habitantes das grandes metrópolis. Theodore (Joaquin Phoenix) trabalha como um redator de cartas apaixonadas para casais, Ele está em um arrastado processo de divórcio com Catherine (Rooney Mara), muito ainda presente nas memórias vivas do hoje antissocial e recluso personagem principal. A única amizade real dele é com Amy (Amy Adams). Surge, a virtual Samantha (voz de Scarlett Johansson), parte de um sistema operacional (SO) avançado, com atitudes, interações e comportamento muito próximos ao humano. MAS diferente. Theo e Samantha acabam se apaixonando e as conseqüências dessa interação sentimental vão compor uma belíssima estória de amor.
O ritmo do filme é construído de forma muito envolvente. O sentimento entre Theo e Samantha, Theo e Catherine, Theo e Amy, flui com uma cadência narrativa irresistível, sutil. Edição primorosa para salientar passagens de diálogos e acontecimentos vitais para a assimilação do objetivo de Jonze. Cada palavra dita, frase construída e atitudes dos personagens fazem um sentido enorme após acontecerem. Desperdício aqui passa longe. Frutos finos colhidos que foram cultivados com muito cuidado pelo roteiro e pela direção. Resultado: vários momentos de intensa beleza, sejam eles dramáticos, de humor e românticos. E o que falar da sensível trilha sonora, cuja composição também é do Arcade Fire? Fica colada na memória após a sessão. A bela "The Moon Song" (candidata ao Oscar) merece ser reconhecida, e ainda mais na voz de Scarlett.
A atuação de Phoenix é inesquecível. Como não ser lembrado para qualquer lista de premiação?? Cheia de carisma, doação, sensibilidade e técnica. Theodore é de uma humanidade latente: frágil, apaixonado, melancólico, real. Uma síntese sincera de um homem em um momento difícil da vida, mas que busca uma forma de seguir em frente no mundo aonde as relações estão em transformação também. Homem atingido pela solidão em meio a uma multidão da cidade. Que sofre por ter se apaixonado.
“Apaixonar-se é uma loucura”, diz a personagem de Amy Adams e arremata com “a paixão é uma loucura socialmente aceita” (sic), ganhando uma significação visceral com a perspectiva adotada por Jonze no tratamento do cotidiano dos personagens. Na impossibilidade de manter e seguir em frente uma relação por diferenças reais. Diferenças entre o real e o virtual. Entre as formas de se relacionar, mas aproximadas pelo amor. Vemos isso no rosto, gestos, atitudes e palavras do personagem de Phoenix.
São muitos os acertos deste grande filme, tornado-o tocante, atual, inteligente e imperdível!!
Os segredos, traumas, traições, ressentimentos e conflitos não resolvidos da família Weston são potencializados após a morte do patriarca escritor (Sam Shepard), deixando a viúva, com câncer avançado e dependente química, Violet (Meryl Streep), as filhas (Julia Roberts, Julianne Nicholson e Juliette Lewis) e os demais parentes, em uma lavagem de roupa suja enorme!
As revelações dos acontecimentos passados vão minando qualquer estabilidade familiar ainda existente. E elas são cada vez mais bombásticas. É um filme não recomendado para os que acreditam na eterna harmonia familiar. Muito pesado. Não há alívio, mesmo nas tiradas irônicas, principalmente da personagem de Streep, em outra impressionante atuação e digna de ser nominada para qualquer premiação.
Streep lidera um elenco no qual todos estão convincentes. Roberts, Benedict Cumberbacht, Nicholson e Margo Martindale desempenham com louvor os de maior densidade, após o da matriarca Violet.
Por ser baseada em uma peça teatral de Tracy Letts, há uma considerável solenidade nas interpretações. Entretanto, não prejudicam nada em a força dos diálogos ácidos e precisos.
Muito agradável o panorama traçado por Noah Baumbach (parceiro habitual de Wes Anderson) e Greta Gerwig sobre a amizade, a solidão, a vida profissional e outros percalços da vida urbana contemporânea.
Diálogos inteligentes, espirituosos e um humor bem posto. Gerwig interpreta Frances com estas qualidades permanentes, talento de sobra e uma afinidade imensa com Mickey Sumner, a melhor amiga Sophie. Ambas fazem crer na amizade sincera, duradoura e para qualquer momento!!
Ótima trilha, fotografia em preto e branco singela e um astral adorável, pra cima. Mesmo abordando questões sérias e vitais, hoje!!
Tão excelente quanto os dois primeiros filmes, este Midnight consegue também manter o principal atrativo da agora trilogia: a força dos diálogos!!
Inteligentes, incisivos, reflexivos e realistas, o relacionamento de Jesse e Celine é dissecado, posto à prova. As atuações de Ethan Hawke e Julie Delpy são incríveis, dando confiabilidade aos sublimes diálogos. Linklater não abandona o estilo de filmar, em longas sequências e em espaços ora amplos ora limitados.
O desgaste do romance, as diferenças temperamentais, o trabalho de ambos, a vinda dos filhos, a desconfiança, a dúvida futura quanto aos dois, permeiam os questionamentos do casal, aonde o AMOR é o alicerce que pode sustentar a longevidade do casal. O roteiro, assim, amarra as fases do romance de Celine e Jesse, iniciado há 18 anos e o conduz para o amadurecimento inevitável!!!
Documentário emocionante, informativo e enfático na defesa do parto normal!!
Os cineastas Érica de Paula e Eduardo Chauvet fazem um panorama dos partos realizados no Brasil. O número alarmante de cesarianas é analisado. Inúmeras informações de especialistas são reveladas para mostrar o quanto este método de realização de partos pode ser desumano, castrador do momento tão íntimo entre mãe e filho. Chega a ser aterrador o cenário, com várias imagens que desconstroem o aspecto divino do nascimento.
O roteiro bate firme na indústria do parto cesário. Obstetras, parteiras, doulas e mães, as maiores interessadas, são ouvidas e o conjunto alcançado é um estudo detalhado do cenário atual quanto aos partos no Brasil. O direito da mãe escolher entre o cesariano e o natural é praticamente negado, em razão de uma mercantilização. A cesariana, deveria, assim, ficar para casos inevitáveis. O que é raro, hoje no país.
Érica, que também é doula, então, parte para demonstrar o quanto o parto normal é importante para mãe e filho. Para a humanização do momento. Para a fixação dos laços de afetividade.
A maternidade em estado pleno em um momento único. Èrica soube recuperar esta experiência em imagens, informação, argumentos e emoção!!!
Elenco entrosado. com destaque para Jesse Eisenberg e um inspirado Woody Harrelson, com as melhores falas e tiradas. Isla Fisher, linda. Morgan Freenman, Mark Ruffalo e Michael Caine, competentes como sempre.
Aliado às interpretações, um roteiro esperto (que peca apenas na resolução final), cheio de reviravoltas. Surpresas. Um ritmo ágil e uma trilha sonora deliciosa. Louis Leterrier dirige com criatividade.
Realizado com a mesma orientação do filme anterior e agora com personagens já estabelecidos com a nova roupagem, J. J. Abrams dificilmente erraria. O legado da obra de Roddenberry mais vivo ainda, renovado e em evidência como blockbuster.
Neste, a relação entre os personagens Kirk e Spock é reforçada, tanto nsa diferenças, quanto nos pontos em comum e complementação. Tanto Chris Pine e Zachary Quinto, plenamente à vontade. O espírito de colaboração é intensificado.ampliado. Benedict Cumberbacht, intenso como o vilão Harrison/Khan, quase rouba a cena. Mas o destaque maior é para Quinto/Spock e Pine.
Um inteligente uso do 3D, dando uma imersão significativa a várias sequências e uma grande edição de som. Sem ressalvas aos recursos técnicos utilizados.
O roteiro, esperto, sabe combinar os elementos novos aos mais icônicos da série televisiva e cinematográfica já consagrados, criando um divertimento acessível aos aficcionados e iniciados. Tem algumas liberdades? Sim. Bem-vindas e que oxigenam para os futuros filmes. Nada excepcional, contudo condizente ao universo trekker.
Desde os primeiros minutos, fica evidenciado o objetivo do filme: mais que uma fiel tradução em imagens da música de Renato Russo, adaptá-la ao cinema é o alicerce da proposta. Sem deméritos graves e com coragem.
Então, o roteiro de Marcos Bernstein e Victor Atherino, concentra as atenções no romance de João de Santo Cristo e Maria Lúcia. Não que a crítica social esteja ausente, porém de forma menos enfática, por se acreditar que hoje o discurso engajado e politizado ser um tanto meio desgastado no cinema com maior apelo comercial. Sinal dos tempos.
A direção de René Sampaio é muito boa. Investe em posicionamentos e ângulos que querem dar uma feição técnica própria aos versos da canção. A fotografia vai no mesmo caminho, assim como uma edição simples, contudo bastante eficiente. Trilha sonora interessantíssima, com alguns sucessos icônicos dos anos 70 e 80, com direito até a Billy Idol.
Os responsáveis em dar vida ao trio central de protagonistas da jornada por Brasília, saem-se relativamente bem. Isis Valverde, com uma aparente inadequação e limitação, devido a importância de Maria Lúcia, no saldo final, não compromete. Felipe Adib, o Jeremias, tem umas afetações, certas gírias deslocadas do contexto, porém com um propósito até coerente ao antagonismo do personagem. Já o muito talentoso Fabrício Boliveira, é o que melhor traduz o que João de Santo Cristo representa, Tanto na obra original versificada, quanto nas imagens criadas nesta adaptação: sofrido, injustiçado, furioso, apaixonado e vingativo. Escolha acertada.
Uma adaptação bem executada e competente. Sem a pretensão de ser perfeita.
Uma visão bastante desglamourizada da vida artística.
O fracasso, a busca pelo sucesso profissional, a esperança e o viver da arte, com as dificuldades do cotidiano. Rubens Ewald expôe o protagonista Guto (Marat Descartes) em todos esses aspectos de um artista que luta pela sobrevivência.
O estilo clown de representação é homenageado pelas várias expressões de Guto. Marat o interpreta com grande talento. Jair Rodrigues, também em um bom personagem.
Vidas Passadas
4.2 726 Assista AgoraExcelente. Humano, romantismo sem jamais ser piegas e muito realista!!
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraDUNKIRK
A guerra já foi representada inúmeras vezes no cinema. Sobretudo a Segunda Grande Guerra, ainda muito latente nas consequências e configurações do mundo ocidental, principalmente.
Então, como ainda trazer uma "novidade" à esse quase subgênero na tela grande??
Quando essa pergunta é direcionada para um dos diretores de maior evidência do cinema atual, a resposta está no rigor técnico e narrativo que Christopher Nolan imprime nas obras de maior expressão até aqui no cinema. Do arrojo narrativo de Amnésia, passando pela Trilogia do Cavaleiro das Trevas , A Origem e até Interestelar.
Para aplicar essas qualidades a Dunkirk, ele se vale dos talentos da equipe já habituada ao trabalho verificado nas produções anteriores. Essa coesão de méritos está impressa na tela, através da fotografia incrível de Hoyte van Hoytema (de Interestelar), o desenho de produção de Nathan Crowley e o consagrado Hans Zimmer, em mais uma trilha sonora simplesmente impecável.
A conjugação destes esforços resultam em uma obra que nos leva para dentro de uma guerra como poucas vezes já foi alcançada.
IMERSÃO. Talvez seja esta a melhor palavra para chegar a uma definição de como o espectador atento e ligado aos elementos em cena se sente ao ver na tela a luta pela sobrevivência dos soldados ingleses e franceses. A plateia é brindada, convidada a estar próxima à ação, à crescente angústia dos combatentes. Ou mesmo jogada no meio da batalha, melhor dizendo.
A atmosfera criada é muito convincente. Envolve bastante. Nolan usa o close de rostos amedrontados, angustiados, apavorados, porém sem desistir em querer sobreviver. Seja na guerra travada na terra, na água e no mar e nos tempos relativos por cada uma na narrativa!! Outra sacada de mestre do roteiro, de Nolan e da edição!
O som, os efeitos sonoros e a mixagem de som adotada é de uma precisão impressionante. A tal atmosfera proposta por Nolan na direção e no roteiro ganha muito com o aguçamento da audição pelo que é ouvido e sentido, por consequência na tela!! Tem uma missão fundamental para que o processo de imersão se torne pleno. A força narrativa se faz presente.
Imagem e som se interligando de maneira exemplar, auxiliada ainda por um elenco eficiente, que inclui Tom Hardy, Mark Rylance, Kenneth Branagh, James D'arcy, Cillian Murphy e os novatos Fionn Whitehead, Harry Styles, Aneurin Barnard e Barry Keoghan, Todos em papéis de importância para a narrativa, sem protagonismo definido!!
A guerra e a luta para sobreviver à ela são o centro da trama. O conflito armado e cruel que teima em querer transformar os homens em figuras descartáveis!!
Nolan demonstra ter domínio muito bem sobre isso e com a técnica do cinema para unir imagem em movimento e som para realçá-la, subverte a lógica desumana bélica e recoloca o homem no lugar devido para buscar a sobrevivência. Graças à inteligência e persistência!!
Qualidades para alcançar o bom cinema também!!
Cotação: EXCELENTE
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraVilleneuve pra lista dos melhores do ano, outra vez!!
Revi ontem e algumas informações mais detalhadas ficaram muito mais evidentes
Formam um conjunto harmônico incrível. É uma ficção científica extraordinária, sublime, humana, e muito acolhedora das emoções do ser humano.
Amy Adams em uma interpretação irrepreensível!!
Compreensão é a palavra chave para esta obra excelente de Villeneuve!!
Johann Johannsson arrasa na trilha sonora!!! Temas marcantes!!
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAnestesiado com mais este primoroso trabalho de Kleber Mendonça Filho (O Som ao Redor).
Uma ode à memória, ao que ela significa e o respeito que ela merece para.vivermos e sobrevivemos!! Para resistirmos.
Sônia Braga espetacular!! Na mais nobre significação do termo. Merece demais o máximo reconhecimento pela atuação encantadora!!
Para ver, rever e refletir sobre o nosso tempo!!!
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraValeu muito a espera de 30 anos para mais um filme da série. George Miller nos presenteia com algo mais que impressionante. Extrapola limites e tem tudo para ser talvez o melhor e mais consistente blockbuster do ano.
A ação quase ininterrupta da primeira meia hora deixa o espectador extasiado. É incrível a grande quantidade de variações em praticamente um cenário: o deserto. Os personagens encarnam a insanidade, a coragem e o desespero em um mundo louco, pós-apocalíptico e injusto. Tudo ou nada é uma regra. Matar ou morrer. Não há meio termo.
Bastante atual ao colocar a água como recurso raro, uma barganha para sobrepujar pessoas e impor autoridade. A dominação, então, só pode ser enfrentada com muita ousadia, batalhas diretas e muita violência.
Max (Tom Hardy) é atormentado por aparições de pessoas que não pôde salvar. Imperatriz Furiosa (Charlize Theron, espetacular!) busca a paz a ser encontrada no Vale Verde. E Noxx (Nicolas Hoult) é um mero "dominado" que quer ser reconhecido pelo líder. O trio irá se reunir para mudar o rumo do status quo.
Com sequências de tirar o fôlego, ação intensa, edição primorosa e um visual irresistível, Miller oferece um entretenimento muito acima da média. Um espetáculo. Não apenas pela técnica. Também pela audácia em arriscar. provocar, ser atual e criar novos limites para a ação com o uso criativo das ferramentas do cinema.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraUm dos mais simpáticos e agradáveis do ano. John Carney caprichou. Mais uma vez!!
Ambientando a trama novamente no universo dos bastidores da cena musical, Carney esbanja habilidade e conhecimento do material em mãos. Desenvolve personagens, cenários e situações, com uma fluidez quase naturalista.
A empatia e o entrosamento da dupla Keira Knithley e Mark Ruffalo são imediatos. Utilizados para dar sinceridade ao encontro de personagens praticamente sem expectativas após fases da vida decepcionantes. Ambos precisam de um novo caminho.
Merece destaque também a interpretação de Hailee Steinfeld (revelada em Bravura Indômita, dos irmãos Coen). Linda, talentosa e uma luz em cena. Não à toa, ela participa de uma sequência bem significativa para o objetivo pretendido pelo roteiro.
As canções são belas, harmônicas e proporcionam momentos marcantes pela forma inserida na narrativa fluente.A vontade de ouvir toda a trilha após o término do filme, com mais atenção, é despertada!
É um belo exemplo de cinema, música e bons personagens!!
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KAté quando Wes Anderson pode nos impressionar? Como um diretor, já com uma identidade visual reconhecida, arquétipos de personagens com características recorrentes e um humor bastante peculiar, alcança resultados tão satisfatórios?
As respostas estão na competência. Na habilidade, em utilizá-la para algo primário no cinema e demais artes : Contar uma estória. Conquistando a plateia, com uma obra esteticamente irrepreensível e um roteiro sabiamente conduzido, realçado por um elenco estelar em vibrantes atuações.
Em O Grande Hotel Budapeste, Anderson aprimora o cuidado técnico das obras anteriores. Os enquadramentos simétricos, a movimentação em trevellings pelos cenários combinados e um apurado design de produção, seduzem como nunca. Fotografia primorosa, reforçando o lado lúdico dos ambientes e personagens cativantes. Deliciosa trilha sonora de Alexandre Desplat.
Agora, do que adiantaria tanto esmero técnico, se não apresentasse um roteiro à altura? Muito se apequenaria. O que não é o caso aqui. A valorização da palavra, da escrita, da continuidade da memória para a permanência de valores nobres como a gratidão, amizade e a lealdade, conseguem compor um painel enxuto, com um humor inteligente dos acontecimentos dos vários personagens em tela e no hotel Budapeste. Os protagonistas, M. Gustave H.(Ralph Fiennes, espetacular) e Zero Moustafa (Tony Revolori, uma grata surpresa em talento) possuem uma sincronia elevada ao máximo por Anderson. O círculo formado em torno deles de outros personagens, com carisma também suficientes para chamar atenção do espectador, reafirma a destreza e objetividade do roteiro. Há um domínio completo do que se quer. Mais importante: como se chegar a um resultado artístico relevante com os talentos e capacidades envolvidos.
É justo citar as participações no elenco de gente do naipe de Edward Norton, Harvey Keitel, Bill Murray, Willem Dafoe, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Mathieu Alamaric,Jude Law. Léa Seydoux e F. Murray Abraham (este em grande atuação para um papel chave na trama). E em tipos com importância necessária para o filme. Poucos diretores têm esse privilégio de reunião de talentos tão feliz no conjunto.
Seguramente, um dos melhores do ano. Um show de Cinema!!
Os Mercenários 3
3.2 916 Assista AgoraNão é tão divertido quanto o segundo filme, apesar da inclusão neste de nomes como Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson.
Já demonstra sinais de cansaço e esgotamento (trocadilho involuntário) e a saída para isso, quase inevitavelmente são as piadas e a autoparódia. Umas funcionam.Obrigação de inserir algo engraçado ou absurdo em cenas de ação que poderiam render bem mais.
A ideia de confrontar o novo e o antigo na formação das equipes dos Mercenários é previsível demais. Os novatos não possuem o carisma necessário. Nenhum se sobressai. A direção de Patrick Hughes é boa, entretanto.
Quem sabe melhora no próximo e na torcida para a volta do lobo solitário!
Duro de Matar
3.8 734 Assista AgoraCorreção: o filme estreou em 26 de outubro de 1988 no Brasil.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraUma excepcional animação de Alê Abreu.
Sobre a infância em meio às fases do capitalismo que quer se sobrepor à individualidade. Os estágios de produção são retratados com muita clareza. Do cultivo simples para a subsistência ao industrialismo pós-moderno. Sempre com a inocência infantil como testemunha.
Traços simples, belos e bem postos em um mosaico engenhoso da jornada do personagem principal. Criatividade imensa, também presente na singela trilha sonora Gustavo Kurlat e Ruben Feffer e na edição de som e imagens.
Para crianças e adultos que valorizam a inteligência em uma animação!!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDizer como hoje o amor é sentido e reprensentá-lo não é tarefa fácil para qualquer artista. No cinema, então, quando inúmeras estórias optam por um romantismo simples, previsível e requentado, encontrar uma raridade como esta de Spike Jonze, é razão para todos os elogios possíveis. É um oásis romântico que ficará agora na memória por ser tão significativo.
O rico roteiro de Jonze apresenta uma radiografia futurista (ou atual) do homem solitário. Do amor nos tempos das relações intermediadas pela tecnologia, suprindo um vazio quase crônico dos habitantes das grandes metrópolis. Theodore (Joaquin Phoenix) trabalha como um redator de cartas apaixonadas para casais, Ele está em um arrastado processo de divórcio com Catherine (Rooney Mara), muito ainda presente nas memórias vivas do hoje antissocial e recluso personagem principal. A única amizade real dele é com Amy (Amy Adams). Surge, a virtual Samantha (voz de Scarlett Johansson), parte de um sistema operacional (SO) avançado, com atitudes, interações e comportamento muito próximos ao humano. MAS diferente. Theo e Samantha acabam se apaixonando e as conseqüências dessa interação sentimental vão compor uma belíssima estória de amor.
O ritmo do filme é construído de forma muito envolvente. O sentimento entre Theo e Samantha, Theo e Catherine, Theo e Amy, flui com uma cadência narrativa irresistível, sutil. Edição primorosa para salientar passagens de diálogos e acontecimentos vitais para a assimilação do objetivo de Jonze. Cada palavra dita, frase construída e atitudes dos personagens fazem um sentido enorme após acontecerem. Desperdício aqui passa longe. Frutos finos colhidos que foram cultivados com muito cuidado pelo roteiro e pela direção. Resultado: vários momentos de intensa beleza, sejam eles dramáticos, de humor e românticos. E o que falar da sensível trilha sonora, cuja composição também é do Arcade Fire? Fica colada na memória após a sessão. A bela "The Moon Song" (candidata ao Oscar) merece ser reconhecida, e ainda mais na voz de Scarlett.
A atuação de Phoenix é inesquecível. Como não ser lembrado para qualquer lista de premiação?? Cheia de carisma, doação, sensibilidade e técnica. Theodore é de uma humanidade latente: frágil, apaixonado, melancólico, real. Uma síntese sincera de um homem em um momento difícil da vida, mas que busca uma forma de seguir em frente no mundo aonde as relações estão em transformação também. Homem atingido pela solidão em meio a uma multidão da cidade. Que sofre por ter se apaixonado.
“Apaixonar-se é uma loucura”, diz a personagem de Amy Adams e arremata com “a paixão é uma loucura socialmente aceita” (sic), ganhando uma significação visceral com a perspectiva adotada por Jonze no tratamento do cotidiano dos personagens. Na impossibilidade de manter e seguir em frente uma relação por diferenças reais. Diferenças entre o real e o virtual. Entre as formas de se relacionar, mas aproximadas pelo amor. Vemos isso no rosto, gestos, atitudes e palavras do personagem de Phoenix.
São muitos os acertos deste grande filme, tornado-o tocante, atual, inteligente e imperdível!!
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraOs segredos, traumas, traições, ressentimentos e conflitos não resolvidos da família Weston são potencializados após a morte do patriarca escritor (Sam Shepard), deixando a viúva, com câncer avançado e dependente química, Violet (Meryl Streep), as filhas (Julia Roberts, Julianne Nicholson e Juliette Lewis) e os demais parentes, em uma lavagem de roupa suja enorme!
As revelações dos acontecimentos passados vão minando qualquer estabilidade familiar ainda existente. E elas são cada vez mais bombásticas. É um filme não recomendado para os que acreditam na eterna harmonia familiar. Muito pesado. Não há alívio, mesmo nas tiradas irônicas, principalmente da personagem de Streep, em outra impressionante atuação e digna de ser nominada para qualquer premiação.
Streep lidera um elenco no qual todos estão convincentes. Roberts, Benedict Cumberbacht, Nicholson e Margo Martindale desempenham com louvor os de maior densidade, após o da matriarca Violet.
Por ser baseada em uma peça teatral de Tracy Letts, há uma considerável solenidade nas interpretações. Entretanto, não prejudicam nada em a força dos diálogos ácidos e precisos.
Ligações Perigosas
4.0 342 Assista AgoraAdaptação primorosa da obra de Laclos por Christopher Hamptom. Direção inspirada de Frears e atuação inesquecível de Glenn Close.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraMuito agradável o panorama traçado por Noah Baumbach (parceiro habitual de Wes Anderson) e Greta Gerwig sobre a amizade, a solidão, a vida profissional e outros percalços da vida urbana contemporânea.
Diálogos inteligentes, espirituosos e um humor bem posto. Gerwig interpreta Frances com estas qualidades permanentes, talento de sobra e uma afinidade imensa com Mickey Sumner, a melhor amiga Sophie. Ambas fazem crer na amizade sincera, duradoura e para qualquer momento!!
Ótima trilha, fotografia em preto e branco singela e um astral adorável, pra cima. Mesmo abordando questões sérias e vitais, hoje!!
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraTão excelente quanto os dois primeiros filmes, este Midnight consegue também manter o principal atrativo da agora trilogia: a força dos diálogos!!
Inteligentes, incisivos, reflexivos e realistas, o relacionamento de Jesse e Celine é dissecado, posto à prova. As atuações de Ethan Hawke e Julie Delpy são incríveis, dando confiabilidade aos sublimes diálogos. Linklater não abandona o estilo de filmar, em longas sequências e em espaços ora amplos ora limitados.
O desgaste do romance, as diferenças temperamentais, o trabalho de ambos, a vinda dos filhos, a desconfiança, a dúvida futura quanto aos dois, permeiam os questionamentos do casal, aonde o AMOR é o alicerce que pode sustentar a longevidade do casal. O roteiro, assim, amarra as fases do romance de Celine e Jesse, iniciado há 18 anos e o conduz para o amadurecimento inevitável!!!
Uma celebração da vida e do amor!!! A dois!
Tá Chovendo Hambúrguer 2
3.3 373 Assista AgoraUm pouco inferior ao primeiro filme, mesmo mantendo a criatividade nas formas e movimentações dos alimentos-animais.
Agrada sim a criançada que se diverte pelo visual multicolorido. Roteiro comum. 3D quase inexistente!!
O Renascimento do Parto
4.4 92Documentário emocionante, informativo e enfático na defesa do parto normal!!
Os cineastas Érica de Paula e Eduardo Chauvet fazem um panorama dos partos realizados no Brasil. O número alarmante de cesarianas é analisado. Inúmeras informações de especialistas são reveladas para mostrar o quanto este método de realização de partos pode ser desumano, castrador do momento tão íntimo entre mãe e filho. Chega a ser aterrador o cenário, com várias imagens que desconstroem o aspecto divino do nascimento.
O roteiro bate firme na indústria do parto cesário. Obstetras, parteiras, doulas e mães, as maiores interessadas, são ouvidas e o conjunto alcançado é um estudo detalhado do cenário atual quanto aos partos no Brasil. O direito da mãe escolher entre o cesariano e o natural é praticamente negado, em razão de uma mercantilização. A cesariana, deveria, assim, ficar para casos inevitáveis. O que é raro, hoje no país.
Érica, que também é doula, então, parte para demonstrar o quanto o parto normal é importante para mãe e filho. Para a humanização do momento. Para a fixação dos laços de afetividade.
A maternidade em estado pleno em um momento único. Èrica soube recuperar esta experiência em imagens, informação, argumentos e emoção!!!
Duro de Matar
3.8 734 Assista AgoraHoje completa 25 anos!! A estreia no Brasil aconteceu em 28 de Outubro de 1988.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraElenco entrosado. com destaque para Jesse Eisenberg e um inspirado Woody Harrelson, com as melhores falas e tiradas. Isla Fisher, linda. Morgan Freenman, Mark Ruffalo e Michael Caine, competentes como sempre.
Aliado às interpretações, um roteiro esperto (que peca apenas na resolução final), cheio de reviravoltas. Surpresas. Um ritmo ágil e uma trilha sonora deliciosa. Louis Leterrier dirige com criatividade.
Sem medo, um dos mais divertidos filmes do ano!!!
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraRealizado com a mesma orientação do filme anterior e agora com personagens já estabelecidos com a nova roupagem, J. J. Abrams dificilmente erraria. O legado da obra de Roddenberry mais vivo ainda, renovado e em evidência como blockbuster.
Neste, a relação entre os personagens Kirk e Spock é reforçada, tanto nsa diferenças, quanto nos pontos em comum e complementação. Tanto Chris Pine e Zachary Quinto, plenamente à vontade. O espírito de colaboração é intensificado.ampliado. Benedict Cumberbacht, intenso como o vilão Harrison/Khan, quase rouba a cena. Mas o destaque maior é para Quinto/Spock e Pine.
Um inteligente uso do 3D, dando uma imersão significativa a várias sequências e uma grande edição de som. Sem ressalvas aos recursos técnicos utilizados.
O roteiro, esperto, sabe combinar os elementos novos aos mais icônicos da série televisiva e cinematográfica já consagrados, criando um divertimento acessível aos aficcionados e iniciados. Tem algumas liberdades? Sim. Bem-vindas e que oxigenam para os futuros filmes. Nada excepcional, contudo condizente ao universo trekker.
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KDesde os primeiros minutos, fica evidenciado o objetivo do filme: mais que uma fiel tradução em imagens da música de Renato Russo, adaptá-la ao cinema é o alicerce da proposta. Sem deméritos graves e com coragem.
Então, o roteiro de Marcos Bernstein e Victor Atherino, concentra as atenções no romance de João de Santo Cristo e Maria Lúcia. Não que a crítica social esteja ausente, porém de forma menos enfática, por se acreditar que hoje o discurso engajado e politizado ser um tanto meio desgastado no cinema com maior apelo comercial. Sinal dos tempos.
A direção de René Sampaio é muito boa. Investe em posicionamentos e ângulos que querem dar uma feição técnica própria aos versos da canção. A fotografia vai no mesmo caminho, assim como uma edição simples, contudo bastante eficiente. Trilha sonora interessantíssima, com alguns sucessos icônicos dos anos 70 e 80, com direito até a Billy Idol.
Os responsáveis em dar vida ao trio central de protagonistas da jornada por Brasília, saem-se relativamente bem. Isis Valverde, com uma aparente inadequação e limitação, devido a importância de Maria Lúcia, no saldo final, não compromete. Felipe Adib, o Jeremias, tem umas afetações, certas gírias deslocadas do contexto, porém com um propósito até coerente ao antagonismo do personagem. Já o muito talentoso Fabrício Boliveira, é o que melhor traduz o que João de Santo Cristo representa, Tanto na obra original versificada, quanto nas imagens criadas nesta adaptação: sofrido, injustiçado, furioso, apaixonado e vingativo. Escolha acertada.
Uma adaptação bem executada e competente. Sem a pretensão de ser perfeita.
Sem Saída
3.5 86 Assista AgoraUm ótimo filme de Roger Donaldson, com um elenco bem afinado, sobretuto Costner e Hackman!!
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraRealista demais, utilizando o Dogma para servir de base de um panorama cru, seco e cruel de uma degradação familiar
Vinterberg dá uma demonstração firme de como um excelente roteiro alimenta a criatividade artística!!
Super Nada
3.1 15Uma visão bastante desglamourizada da vida artística.
O fracasso, a busca pelo sucesso profissional, a esperança e o viver da arte, com as dificuldades do cotidiano. Rubens Ewald expôe o protagonista Guto (Marat Descartes) em todos esses aspectos de um artista que luta pela sobrevivência.
O estilo clown de representação é homenageado pelas várias expressões de Guto. Marat o interpreta com grande talento. Jair Rodrigues, também em um bom personagem.