Um poço sem fundo de pretensão, grandiloquência, trilha sonora onipresente e exagerada, além de atrapalhada história sobre viagem espacial, onde buscam-se formas de vida em outros planetas. O elo emocional familiar é forçado (embora o protagonista tenha ótima atuação, chorando, com a tela fixada em seu rosto). Fala-se muito a palavra "gravidade" e não tem como não esquecer que o filme de mesmo nome, do ano passado, com muito menos tempo de tela e mais simplicidade, impactou e emocionou muito mais,
Um jovem surdo-mudo entra numa escola especializada e enfrenta hostilidade dos veteranos. No começo, nada muito diferente do que acontece em qualquer "filme de colégio". Só que aqui a coisa é mais séria, e o corpo discente está longe de fazer o papel de vítima ou de despertar pena, como poderia sugerir, a princípio, um grupo de deficientes auditivos. A situação até dá pena sim, mas não pela condição física, e sim pelo caos generalizado que é sua vida: ausência de orientação familiar/escolar, delinquência (fazem assaltos sempre violentos, atacam uns aos outros, comandam rede de prostituição etc). Sem que seja dita uma única palavra, entendemos muito bem a tragédia que nos é apresentada e o estado de desespero geral.
Eu não estava preparado para tanta beleza e emoção, e em diversos momentos me peguei chorando. Embora seja fácil citar as cenas mais lindas, seria injusto com outras, que causam o mesmo impacto. Um primor de história, com personagens que não esquecerei nunca, ancorada numa belíssima fotografia, interpretações soberbas, trilha sonora que e´ um capítulo à parte. Não sei descrever tudo que senti. Mas foi perfeita a sessão, lotada (com ingressos esgotados) e merecidamente aplaudida de pé. Lindo, lindo, lindo...
Uma empreitada cinematográfica e humana que simplesmente não seria feito hoje, pelo menos não do jeito que foi: "na raça". Impressionantes as cenas, do tipo que parece terem sido feitas de um só take, sem repetições ou ensaios. Quatro homens precisam atravessar o "inferno" em dois caminhões carregados de explosivos,para receberem uma recompensa. Enfrentam de tudo: hostilidade, violência e principalmente, a fúria da natureza. Lembrei da "tour de force" de Fitzcarraldo, de Herzog. Década maravilhosa a de 70, em que até os filmes "de ação", eram incríveis e cerebrais.
Uma coisa já dá para dizer a respeito do diretor, tanto com base no primeiro filme dele quanto neste: ele tem ideias demais, e parece querer colocar todas na tela, meio de qualquer jeito, sem um cuidado mínimo com o roteiro. O resultado, aqui, é o retrato, a princípio (mas só a princípio mesmo) interessante de uma jovem com problemas psicológicos, familiares, amorosos e com drogas. Logo vira algo que não parece um filme coeso e sim a soma de vídeos amadores, meio independentes um do outro, de tanto que são desconexos. São muitas as cenas que chegam ao constrangimento, de tão ridículas, causando risadas. Uma lástima.
É tanta coisa: um "coming of age" dos mais sinceros; uma análise, ou um retrato (nunca panfletário) da sociedade brasileira de hoje; um roteiro impecável, em que todos os personagens nos dão chance de conhecê-los e até compreender suas motivações. Lembra um pouco O SOM AO REDOR, mas este aqui parece ter mais carinho pelo multifacetado rol de pessoas que retrata. O melhor filme nacional que vi este ano (O LOBO ATRÁS DA PORTA eu vi ano passado).
Antes de começar a sessão, a produtora, lá presente, falou que o filme era lindo. Esteticamente é, e a trama sobre o pai em busca da filha, que foge com o amado, deve realmente ter alguma beleza. Mas que não foi alcançada por mim. Mil vezes o filme argentino que vi ontem (Relatos Selvagens). Este aqui só me deu sono.
Vingança, traição, mal humor, mal passo e impaciência com a burocracia da vida numa grande cidade são, dentre outros, os elementos dessa maravilha de narrativa, com seis pequenas e fortíssimas histórias, que só nos fazem lamentar quando acabam, mas logo dão início a outra. Uma mais tensa e empolgante que a outra, com um toque de humor absurdo. Só não dou nota máxima por que o sexto relato, ainda que muito bom, perde para os anteriores, talvez por que seja exagerado demais.
E uma semana depois de FÚRIA, chega mais um degrau abaixo na ladeira em declínio da carreira do ator: uma mal estruturada mistura de filme religioso e disaster movie, onde pessoas (principalmente crianças) desaparecem do nada, deixando as roupas pelo chão (eu não sabia, mas é uma passagem da Bíblia, sobre o dia do Juízo Final). Ele, na verdade, nem é tão protagonista assim, tem o tempo de tela dividido com outros personagens, serve mais aqui como um chamariz mesmo. De maneira que a qualidade ruim do filme não é culpa exclusiva sua. O todo é que é tosco mesmo.
A cena que ilustra o cartaz (uma avalanche se aproximando e todos fugindo desesperados) desencadeia uma crise familiar e pessoal sem precedentes, influenciando até um casal de conhecidos, no espaço de cinco dias, Filme de tensão psicológica, nem sempre bem percebida (na sessão, não foram poucas os momentos em que a plateia caiu na risada, embora também digam que em filmes assim a risada é uma maneira de extravasar o nervosismo).
A história do professor que sai de férias e embrenha-se pelo interior do país, vasto e deserto, onde vai conhecer pessoas brutas/rudes, mais parece o que diz o título nacional mesmo. Uma descida aos infernos onde o ser humano (o macho em particular), parece revelar o pior de si, seja diante de animais ou entre os semelhantes. Uma explosão de testosterona, ao mesmo tempo desagradável e instigante.
Era preciso que não tivesse havido nenhum dos maravilhosos filmes sobre o Conde, para que se sentisse alguma empatia por esse anêmico (quase não se vê uma gota de sangue, é tudo muito limpinho, uma falta irreparável num filme sobre o personagem) heroi/monstro, que só queria mesmo salvar seu filho e sua mulher. Não há nada do clima soturno que deveria nortear a história. Acredito que se fosse dado outro nome ao personagem, não faria diferença. Apesar disso tudo, é diversão ligeira, até mesmo na duração.
O título original é o nome de uma arma russa, então adivinhem a nacionalidade dos vilões? Se bem que aqui, existe até uma surpresa, na revelação de quem cometeu a maldade contra a filha do personagem de Nicolas. Antes disso , são as perseguições de sempre, os tiroteios, as matanças de figurantes etc. E tudo meio mal filmado. Filme preguiçoso,um dos piores do ator. E olhe que gosto das bobagens que ele faz.
Repleto de personagens, situações e facilmente interpretado como "confuso", como foi O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS, este aqui é mais fácil de acompanhar (não tenho vergonha nenhuma de dizer que não entendi nada do outro e até achei chatíssimo), e , por isso, consegui assistir com interesse a história da "caça ao terrorista", carregado de uma tensão "calma". Filme elegante, embora não tão marcante.
Tratando da movimentação em torno da eleição do reitor da universidade, apresenta os típicos personagens que todo mundo que fez faculdade conhece: os "revolucionários" de extrema esquerda, contra tudo e contra todos, que parecem não se entenderem entre si. Ao mostrar os conchavos e acordos "espúrios" feitos para se alcançar os objetivos, logo se percebe que o que o diretor quer mesmo, é retratar a política "de verdade", não só a estudantil. Repleto de personagens, meio que jogados na tela sem que se saiba direito quem é quem, e verborrágico, com muitas referências e citações internas, acaba afugentando um pouco o interesse. Mas tem uma boa cena final.
Lembra um pouco o exagerado ÁLBUM DE FAMÍLIA, pois aqui também um filho vem, depois de anos, visitar o pai, com quem tem contas do passado a ajustar. Mas só nisso. Trata-se mesmo, de um eficiente, mesmo que não tão empolgante, drama de tribunal. Melhora quando se dedica às discussões e conciliações entre os dois da foto, que têm pelo menos uma cena inesquecível juntos, no banheiro.
Diz-se por aí que de boas intenções o inferno está cheio. Mas este filme, além de muito bem intencionado em mostrar a realidade violenta e ao mesmo tempo esperançosa de um dos lugares mais pobres e perigosos do país, o Capão Redondo (SP), envolve também pelas várias histórias que são contadas, mesmo que num roteiro não muito bem lapidado. É mais o caso de relevar algumas falhas e admirar a sinceridade com que tudo é mostrado.
1974. Três jornalistas suíços vão, a contragosto, fazer uma reportagem em Portugal sobre os investimentos que seu país fez na terra do fado. Não encontram muita coisa, mas "por acaso" está acontecendo lá a famosa Revolução dos Cravos. Pegos de surpresa, acabam se interessando mais pelo jovem de 17 anos que os ajuda como tradutor. Temas comuns da época: ideais revolucionários, drogas e sexo livre (e em grupo), além de um interessante registro sobre europeus conhecendo realidades tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes. Filme muito simpático e com final melancólico.
Usando e abusando das cores, com muitos personagens e uma narrativa acelerada e um pouco confusa (ou atrapalhada), que infelizmente toma conta de nove entre dez animações hoje em dia, o filme tem a seu favor uma história empolgante e até emocionante, uma história de amor pela qual dá vontade de torcer, e uma trilha sonora que só faz lamentar que só tenha sido lançado com cópias dubladas. Não é muito original, outros desenhos já trataram desse tema (mundo dos mortos mais animado que o dos vivos), mas diz respeito à cultura mexicana, então é válido.
Na linha das outras animações do estúdio Laika (A NOIVA CADÁVER, PARANORMAN e CORALINE), esta aqui, mesmo com alguns momentos fofinhos, não é necessariamente para crianças. Ou pelo menos, elas talvez não alcancem a crítica às diferenças de classe e o que leva pessoas a fazer parte das mais "altas". Apesar do cartaz colorido, o filme é relativamente escuro. Pode ser que o estúdio ainda falte fazer sua obra-prima, mas este aqui fica no nível dos anteriores.
Em ritmo de minissérie resumida (e a versão brasileira realmente perdeu 36 minutos da original), acompanhamos a interessante história de um tempo em que a medicina (nem tinha esse nome) era rudimentar, exercida por curandeiros, estudantes e até barbeiros. Talvez a versão completa seja um filme melhor, pois a percepção de obra condensada não permite muita profundidade nem empatia pelo que se está vendo, embora a história contada seja, repito, interessante.
O experiente diretor, assim como os também muito experientes protagonistas entregam um filminho daqueles de se ver com um sorriso no rosto e sair da sessão com a alma leve. Fui ver com má vontade, pensando que era mais um daqueles em que Diane Keaton faz caretas e se veste mal (sim, ela continua se vestindo mal, mas não faz caretas e ainda canta divinamente). Nem mesmo comédia é. E sim um bom drama sobre pessoas que acham que já não tinham mais nada a viver, em termos de emoção, mas que são surpreendidas.
Deve ter sido o filme mais barato que já vi, pois são 8 pessoas numa sala. E ao mesmo tempo é um drama/ficção científica dos mais eficientes, muito mais do que outros caríssimos. Intrigante do começo ao fim, ao mostrar como os personagens reagem diante do desconhecido, com o detalhe de o desconhecido serem eles mesmos, na noite em que um cometa passa por sobre a Terra. Parece confuso, mas é mais que isso, é complexo. Só não dou nota máxima por que não compreendi tudo, e talvez isso tenha sido bom.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraUm poço sem fundo de pretensão, grandiloquência, trilha sonora onipresente e exagerada, além de atrapalhada história sobre viagem espacial, onde buscam-se formas de vida em outros planetas. O elo emocional familiar é forçado (embora o protagonista tenha ótima atuação, chorando, com a tela fixada em seu rosto). Fala-se muito a palavra "gravidade" e não tem como não esquecer que o filme de mesmo nome, do ano passado, com muito menos tempo de tela e mais simplicidade, impactou e emocionou muito mais,
A Gangue
3.8 134Um jovem surdo-mudo entra numa escola especializada e enfrenta hostilidade dos veteranos. No começo, nada muito diferente do que acontece em qualquer "filme de colégio". Só que aqui a coisa é mais séria, e o corpo discente está longe de fazer o papel de vítima ou de despertar pena, como poderia sugerir, a princípio, um grupo de deficientes auditivos. A situação até dá pena sim, mas não pela condição física, e sim pelo caos generalizado que é sua vida: ausência de orientação familiar/escolar, delinquência (fazem assaltos sempre violentos, atacam uns aos outros, comandam rede de prostituição etc). Sem que seja dita uma única palavra, entendemos muito bem a tragédia que nos é apresentada e o estado de desespero geral.
A História da Eternidade
4.3 448Eu não estava preparado para tanta beleza e emoção, e em diversos momentos me peguei chorando. Embora seja fácil citar as cenas mais lindas, seria injusto com outras, que causam o mesmo impacto. Um primor de história, com personagens que não esquecerei nunca, ancorada numa belíssima fotografia, interpretações soberbas, trilha sonora que e´ um capítulo à parte. Não sei descrever tudo que senti. Mas foi perfeita a sessão, lotada (com ingressos esgotados) e merecidamente aplaudida de pé. Lindo, lindo, lindo...
O Comboio do Medo
4.1 135Uma empreitada cinematográfica e humana que simplesmente não seria feito hoje, pelo menos não do jeito que foi: "na raça". Impressionantes as cenas, do tipo que parece terem sido feitas de um só take, sem repetições ou ensaios. Quatro homens precisam atravessar o "inferno" em dois caminhões carregados de explosivos,para receberem uma recompensa. Enfrentam de tudo: hostilidade, violência e principalmente, a fúria da natureza. Lembrei da "tour de force" de Fitzcarraldo, de Herzog. Década maravilhosa a de 70, em que até os filmes "de ação", eram incríveis e cerebrais.
Prometo Um Dia Deixar Essa Cidade
2.5 14Uma coisa já dá para dizer a respeito do diretor, tanto com base no primeiro filme dele quanto neste: ele tem ideias demais, e parece querer colocar todas na tela, meio de qualquer jeito, sem um cuidado mínimo com o roteiro. O resultado, aqui, é o retrato, a princípio (mas só a princípio mesmo) interessante de uma jovem com problemas psicológicos, familiares, amorosos e com drogas. Logo vira algo que não parece um filme coeso e sim a soma de vídeos amadores, meio independentes um do outro, de tanto que são desconexos. São muitas as cenas que chegam ao constrangimento, de tão ridículas, causando risadas. Uma lástima.
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraÉ tanta coisa: um "coming of age" dos mais sinceros; uma análise, ou um retrato (nunca panfletário) da sociedade brasileira de hoje; um roteiro impecável, em que todos os personagens nos dão chance de conhecê-los e até compreender suas motivações. Lembra um pouco O SOM AO REDOR, mas este aqui parece ter mais carinho pelo multifacetado rol de pessoas que retrata. O melhor filme nacional que vi este ano (O LOBO ATRÁS DA PORTA eu vi ano passado).
Jauja
3.5 40Antes de começar a sessão, a produtora, lá presente, falou que o filme era lindo. Esteticamente é, e a trama sobre o pai em busca da filha, que foge com o amado, deve realmente ter alguma beleza. Mas que não foi alcançada por mim. Mil vezes o filme argentino que vi ontem (Relatos Selvagens). Este aqui só me deu sono.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraVingança, traição, mal humor, mal passo e impaciência com a burocracia da vida numa grande cidade são, dentre outros, os elementos dessa maravilha de narrativa, com seis pequenas e fortíssimas histórias, que só nos fazem lamentar quando acabam, mas logo dão início a outra. Uma mais tensa e empolgante que a outra, com um toque de humor absurdo. Só não dou nota máxima por que o sexto relato, ainda que muito bom, perde para os anteriores, talvez por que seja exagerado demais.
O Apocalipse
1.8 556 Assista AgoraE uma semana depois de FÚRIA, chega mais um degrau abaixo na ladeira em declínio da carreira do ator: uma mal estruturada mistura de filme religioso e disaster movie, onde pessoas (principalmente crianças) desaparecem do nada, deixando as roupas pelo chão (eu não sabia, mas é uma passagem da Bíblia, sobre o dia do Juízo Final). Ele, na verdade, nem é tão protagonista assim, tem o tempo de tela dividido com outros personagens, serve mais aqui como um chamariz mesmo. De maneira que a qualidade ruim do filme não é culpa exclusiva sua. O todo é que é tosco mesmo.
Força Maior
3.6 241A cena que ilustra o cartaz (uma avalanche se aproximando e todos fugindo desesperados) desencadeia uma crise familiar e pessoal sem precedentes, influenciando até um casal de conhecidos, no espaço de cinco dias, Filme de tensão psicológica, nem sempre bem percebida (na sessão, não foram poucas os momentos em que a plateia caiu na risada, embora também digam que em filmes assim a risada é uma maneira de extravasar o nervosismo).
Pelos Caminhos do Inferno
3.9 80A história do professor que sai de férias e embrenha-se pelo interior do país, vasto e deserto, onde vai conhecer pessoas brutas/rudes, mais parece o que diz o título nacional mesmo. Uma descida aos infernos onde o ser humano (o macho em particular), parece revelar o pior de si, seja diante de animais ou entre os semelhantes. Uma explosão de testosterona, ao mesmo tempo desagradável e instigante.
Drácula: A História Nunca Contada
3.2 1,4K Assista AgoraEra preciso que não tivesse havido nenhum dos maravilhosos filmes sobre o Conde, para que se sentisse alguma empatia por esse anêmico (quase não se vê uma gota de sangue, é tudo muito limpinho, uma falta irreparável num filme sobre o personagem) heroi/monstro, que só queria mesmo salvar seu filho e sua mulher. Não há nada do clima soturno que deveria nortear a história. Acredito que se fosse dado outro nome ao personagem, não faria diferença. Apesar disso tudo, é diversão ligeira, até mesmo na duração.
Fúria
2.6 201 Assista AgoraO título original é o nome de uma arma russa, então adivinhem a nacionalidade dos vilões? Se bem que aqui, existe até uma surpresa, na revelação de quem cometeu a maldade contra a filha do personagem de Nicolas. Antes disso , são as perseguições de sempre, os tiroteios, as matanças de figurantes etc. E tudo meio mal filmado. Filme preguiçoso,um dos piores do ator. E olhe que gosto das bobagens que ele faz.
O Homem Mais Procurado
3.5 200 Assista AgoraRepleto de personagens, situações e facilmente interpretado como "confuso", como foi O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS, este aqui é mais fácil de acompanhar (não tenho vergonha nenhuma de dizer que não entendi nada do outro e até achei chatíssimo), e , por isso, consegui assistir com interesse a história da "caça ao terrorista", carregado de uma tensão "calma". Filme elegante, embora não tão marcante.
O Estudante
3.1 16 Assista AgoraTratando da movimentação em torno da eleição do reitor da universidade, apresenta os típicos personagens que todo mundo que fez faculdade conhece: os "revolucionários" de extrema esquerda, contra tudo e contra todos, que parecem não se entenderem entre si. Ao mostrar os conchavos e acordos "espúrios" feitos para se alcançar os objetivos, logo se percebe que o que o diretor quer mesmo, é retratar a política "de verdade", não só a estudantil. Repleto de personagens, meio que jogados na tela sem que se saiba direito quem é quem, e verborrágico, com muitas referências e citações internas, acaba afugentando um pouco o interesse. Mas tem uma boa cena final.
O Juiz
3.8 783 Assista AgoraLembra um pouco o exagerado ÁLBUM DE FAMÍLIA, pois aqui também um filho vem, depois de anos, visitar o pai, com quem tem contas do passado a ajustar. Mas só nisso. Trata-se mesmo, de um eficiente, mesmo que não tão empolgante, drama de tribunal. Melhora quando se dedica às discussões e conciliações entre os dois da foto, que têm pelo menos uma cena inesquecível juntos, no banheiro.
Na Quebrada
3.3 98 Assista AgoraDiz-se por aí que de boas intenções o inferno está cheio. Mas este filme, além de muito bem intencionado em mostrar a realidade violenta e ao mesmo tempo esperançosa de um dos lugares mais pobres e perigosos do país, o Capão Redondo (SP), envolve também pelas várias histórias que são contadas, mesmo que num roteiro não muito bem lapidado. É mais o caso de relevar algumas falhas e admirar a sinceridade com que tudo é mostrado.
God Help The Girl
3.6 238Deu uma saudade, uma nostalgia do começo do século, quando conheci e comprei todos os cds do grupo. Tudo muito lindo.
Longwave - Nas Ondas da Revolução
3.7 101974. Três jornalistas suíços vão, a contragosto, fazer uma reportagem em Portugal sobre os investimentos que seu país fez na terra do fado. Não encontram muita coisa, mas "por acaso" está acontecendo lá a famosa Revolução dos Cravos. Pegos de surpresa, acabam se interessando mais pelo jovem de 17 anos que os ajuda como tradutor. Temas comuns da época: ideais revolucionários, drogas e sexo livre (e em grupo), além de um interessante registro sobre europeus conhecendo realidades tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes. Filme muito simpático e com final melancólico.
Festa no Céu
4.0 689 Assista AgoraUsando e abusando das cores, com muitos personagens e uma narrativa acelerada e um pouco confusa (ou atrapalhada), que infelizmente toma conta de nove entre dez animações hoje em dia, o filme tem a seu favor uma história empolgante e até emocionante, uma história de amor pela qual dá vontade de torcer, e uma trilha sonora que só faz lamentar que só tenha sido lançado com cópias dubladas. Não é muito original, outros desenhos já trataram desse tema (mundo dos mortos mais animado que o dos vivos), mas diz respeito à cultura mexicana, então é válido.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraNa linha das outras animações do estúdio Laika (A NOIVA CADÁVER, PARANORMAN e CORALINE), esta aqui, mesmo com alguns momentos fofinhos, não é necessariamente para crianças. Ou pelo menos, elas talvez não alcancem a crítica às diferenças de classe e o que leva pessoas a fazer parte das mais "altas". Apesar do cartaz colorido, o filme é relativamente escuro. Pode ser que o estúdio ainda falte fazer sua obra-prima, mas este aqui fica no nível dos anteriores.
O Físico
3.8 310 Assista AgoraEm ritmo de minissérie resumida (e a versão brasileira realmente perdeu 36 minutos da original), acompanhamos a interessante história de um tempo em que a medicina (nem tinha esse nome) era rudimentar, exercida por curandeiros, estudantes e até barbeiros. Talvez a versão completa seja um filme melhor, pois a percepção de obra condensada não permite muita profundidade nem empatia pelo que se está vendo, embora a história contada seja, repito, interessante.
Um Amor de Vizinha
3.2 105 Assista AgoraO experiente diretor, assim como os também muito experientes protagonistas entregam um filminho daqueles de se ver com um sorriso no rosto e sair da sessão com a alma leve. Fui ver com má vontade, pensando que era mais um daqueles em que Diane Keaton faz caretas e se veste mal (sim, ela continua se vestindo mal, mas não faz caretas e ainda canta divinamente). Nem mesmo comédia é. E sim um bom drama sobre pessoas que acham que já não tinham mais nada a viver, em termos de emoção, mas que são surpreendidas.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraDeve ter sido o filme mais barato que já vi, pois são 8 pessoas numa sala. E ao mesmo tempo é um drama/ficção científica dos mais eficientes, muito mais do que outros caríssimos. Intrigante do começo ao fim, ao mostrar como os personagens reagem diante do desconhecido, com o detalhe de o desconhecido serem eles mesmos, na noite em que um cometa passa por sobre a Terra. Parece confuso, mas é mais que isso, é complexo. Só não dou nota máxima por que não compreendi tudo, e talvez isso tenha sido bom.