Eternos é um dos melhores filmes da Marvel, justamente por fugir de tudo o que ela já fez! A escolha de Chloé Zhao para dirigir um filme da Marvel é uma grande ousadia de Kevin Feige, já que em sua filmografia não existe nada para o grande público, uma vez que ela é uma cineasta no sentido mais puro da palavra, e Eternos mostra isso. Esse talvez seja o único filme da Marvel que não faça Scorsese sentir vergonha alheia. Como todo filme de Zhao, a fotografia é maravilhosa, utilizando ambientes e luzes naturais para deixar tudo ainda mais lindo, mesmo as cenas de CGI são elaboradas minuciosamente para não perder a essência de Zhao. Mas além da beleza visual, Eternos é um filme que se diferencia dos demais da Marvel por se levar a sério, não ter piadinhas a cada 2min, não ter aquela explosão de cores e principalmente por não ter exatamente um vilão. A escala de tudo é gigantesca, uma vez que se trata da criação do universo e seu misticismo. E justamente por isso o filme gasta seu tempo para contemplação e levantar questões filosóficas, fazendo com que não tenhamos um vilão, porque a vida não é feita de pessoas boas ou más, mas de decisões e as consequências das mesmas. E com isso os Eternos são levados a esses extremos, "pq não interferir nos confrontos humanos?", "pq não dar aos humanos tudo o que precisam para evoluir?", "pq humanos merecem viver?", e tantas outras. As vezes em que Eternos falha é quando você percebe a interferência de Kevin Feige na visão de sua diretora, mas nada que comprometa o resultado final. Eternos é um dos únicos filmes adultos da Marvel, que não se deixa levar pelo modismo, trabalha em prol da grandiosidade da sua história e respeita de forma magistral o legado de Jack Kirby.
Snyder Cut é tudo aquilo que um fã da DC queria e muito mais! Desde 2017 o movimento pelo #SnyderCut se tornou a maior "briga" dos nerds e DCnautas, e seu lançamento veio pra provar que quem sabe o que quer são os fãs e não os engravatados do estúdio. Existe uma diferença primordial entre a Marvel e a DC, e aqui ela fica ainda mais evidente. A Marvel sempre buscou humanizar seus heróis colocando os problemas comuns para criar a empatia, seja no juntar dinheiro pra pagar aluguel ou na dificuldade de ter um relacionamento. Já a DC sempre tratou seus heróis como deuses, figuras messiânicas para o mundo seguir. Nessa versão, Snyder faz seus heróis serem essas figuras, e os paralelos entre Superman e Jesus ficam muito evidentes. O filme não muda só isso. O esqueleto, a ordem como as coisas acontecem, é o mesmo, mas como elas acontecem mudou absurdamente. As melhores coisas são o Ciborgue e o Lobo da Estepe. Ray Fisher entregou sua alma na composição do Ciborgue e fez uma atuação brilhante, suas interações com Joe Morton, que faz seu pai, é algo de encher os olhos. E o Lobo da Estepe tem seu devido desenvolvimento, tirando o ar genérico de "quero dominar o mundo". Visualmente o filme é belíssimo, todos os vícios do Zack Snyder estão ali elevados a última potência, isso é ótimo pra quem aprecia seu trabalho, e mais uma vez vc consegue ver páginas do quadrinho recriadas nos seus mínimos detalhes e deixando os fãs ensandecidos. A trilha sonora deixou se ser genérica e se tornou mais épica, apesar da trilha nova de Mulher Maravilha se tornar irritante devido ao excesso de repetições. É um filme belíssimo, rico em detalhes, cheio de participações especiais e depois das 4h eu queria que houvessem mais 4h. Realmente esta versão não funcionaria no cinema, teria que ter ali suas 3h, 3h15 para ser mais comercial. Só nos resta torcer para que os engravatados percebam a cagada monumental que fizeram ao abandonar essa ideia e restaure o Snyderverso para que possamos ver o final dessa visão rica e bem estruturada!
Imagine uma mistura de Taxi Driver, O Rei da Comédia, Laranja Mecânica e a subjetividade de Inception. O resultado é o brilhante Joker. O filme nem de longe se trata sobre o Coringa, mas sim sobre uma sociedado doente, corrupta, individualista e à beira do caos. E a melhor forma de trazer este tratado a vida, para o maior número de pessoas possível, é utilizando de um personagem extremamente popular. Joaquin Phoenix está SENSACIONAL! Ele conseguiu compor seu Coringa de uma forma extremamente diferente de Heath Ledger, e ainda assim tornando tão memorável quanto. As variações das risadas, tratadas aqui como um distúrbio psicológico, são assustadoras e intensas, e em pequenas cenas você percebe que a risada é genuína e não fruto do distúrbio. Todo o trabalho corporal de Joaquin, a mudança de peso, de postura, mostram o comprometimento para fazer desse personagem seu melhor trabalho. O filme tem uma trilha sonora poderosa e sombria, guiando muito bem o clima tenso que o filme carrega. A fotografia e o design de produção são espetaculares, primorosos e bem pontuados ao mostrar as mudanças de Arthur Fleck e a disparidade social em Gotham. Sobre a violência, que gerou tanta controvérsia, é extremamente necessária para a construção deste tratado, e na minha humilde opinião, ainda foi pouca. Mas ela não é glamourizada em nenhum momento, é seca, cruel e brutal. A cereja do bolo é a participação de Robert De Niro. Sem ele o filme não teria o mesmo brilho e as referências passariam despercebidas. Em suma, Joker é uma obra-prima moderna, aberta a inúmeras discussões e indiscutivelmente o melhor trabalho de Joaquin Phoenix, que só não vai levar o Oscar se a academia se render ao mimimi sobre a violência!
A nova versão de O Rei Leão é um belíssimo espetáculo visual, mas só! Após ficar incrivelmente impressionado com o minucioso trabalho de efeitos visuais, o encantamento vai diminuindo e você percebe que não tem o mesmo brilho do original. O ultra realismo utilizado nos animais faz com que a emoção diminua drasticamente e é, ironicamente, triste de ver. A tão emblemática cena da morte de Mufasa se torna fria, apesar de ser tão bela e poderosa visualmente como no original. A nova música da Beyoncé, dita como tão memorável quanto Circle of Life não chega nem aos pés. A trilha sonora repaginada ficou de arrepiar, quando os primeiros acordes de Circle of Life surgem, toca direto na alma. Hans Zimmer e Elton John melhoraram muito o nível das músicas, com exceção de Be Prepared que se tornou uma prosa cantada e perdeu seu ar nazista que era emblemático na versão original. Apesar disso tudo, é possível se divertir com essa nova versão. Com uma ou outra alteração para se adaptar aos tempos de hoje, a mensagem de O Rei Leão permanece atemporal e poderosa!
Vingadores: Guerra Infinita é o MELHOR filme da Marvel Studios. Crítica sem Spoilers, afinal #ThanosDemandsYourSilence! Os 10 anos da Marvel Studios foram essenciais para a criação dessa grande epopéia que traz o que há de melhor do estúdio. Os irmãos Russo já provaram ser a melhor escolha dentre os diretores da Marvel, visto os excelentes Soldado Invernal e Guerra Civil, e em Guerra infinita eles chegam ao ápice deste universo compartilhado. A narrativa do filme é muito similar à Senhor dos Anéis, com várias frentes de eventos acontecendo simultaneamente para narrar a saga de Thanos. Sim, Thanos, o grande vilão é o protagonista da história. Sendo um dos únicos vilões da Marvel a ser bem desenvolvido, Thanos é uma ameaça como nenhuma outra, suas motivações são bem esclarecidas e apesar de serem questionáveis, você se simpatiza com elas e com ele. Isso se deve ao trabalho super competente de Josh Brolin tanto como ator de voz como por captura de movimentos. Os efeitos do filme estão excelentes, o CGI muito bem empregado, com exceção da batalha de Wakanda que é um pouco confusa. Chris Markus e Stephen McFeely, os roteiristas, tiveram a árdua missão de reunir todos os diferentes universos da Marvel (místico, galáctico, africano e os vingadores) sem que os mesmos perdessem sua essência, e conseguiram. Ver a interação de diferentes heróis juntos foi sensacional, destaque para a equipe Homem de Ferro, Homem Aranha e Dr. Estranho. Tudo está bem amarrado, a trilha sonora está incrível, e uma coisa importante, diferente do horrível Thor Ragnarok, as piadas são bem empregadas e muito divertidas. Os irmãos Russo e, claro, Kevin Feige estão de parabéns por criar esse grande evento cinematográfico que cumpre muito bem seu papel, tem um final e uma estrutura muito diferentes dos filmes habituais da Marvel e por isso é excelente. Alguns momentos merecem destaque especial: a primeira aparição do Capitão América é de arrepiar, a luta épica em Titã, a última e satisfatória cena de Thanos e a incrível cena pós-créditos
A forma bela e sutil com que a Disney/Pixar trata de temas delicados em suas animações sempre surpreende e neste filme não seria diferente. Coco ou porcamentre traduzido para "Viva - A vida é uma festa" é uma animação pra fazer até os mais duros chorar. A premissa é bem simples, Miguel é de uma família tradicional mexicana que produz sapatos e odeia música devido a um trauma antigo de sua tataravó, mas Miguel é fã do maior músico mexicano e quer seguir seus passos. Na noite do dia dos mortos tem uma competição de musica, o jovem briga com sua família para participar e acaba virando um fantasma no meio da confusão, com isso conhece seus antepassados e precisa da bênção deles para voltar ao mundo dos vivos e continuar a sua paixão que é a musica. Partindo disso o filme trata de temas como família e morte com muita delicadeza e beleza para não assustar o público infantil, além de mostrar um pouco da cultura mexicana. A parte técnica mostra uma evolução incrível em relação as outras animações, os detalhes e traços da Vovó Coco são impressionantes. Tem aquela aventura básica de perseguição que não pode faltar em animações Disney/Pixar, mas são nos momentos dramáticos que o filme te atinge bem no fundo. A trilha musical é muito bonita e "Remember Me" vai deixar você no mínimo com um nó na garganta. Fazia muito tempo que um filme não me fazia chorar, mas os momentos finais é de deixar soluçando de tanta emoção.
Star Wars The Last Jedi não é o melhor filme da franquia, mas é sem dúvidas o mais ousado desde o Episodio I. Rian Johnson foi muito corajoso ao desconstruir Luke Skywalker, matar personagens importantes e não seguir a fórmula habitual dos filmes da saga. O roteiro no começo do filme se perde um pouco por distribuir em muitas frentes, mas depois acha seu rumo e se torna um dos filmes da saga com mais reviravoltas, apesar de nenhuma ser impactante como o "I'm your father". Dos novos personagens apenas a Almirante Holdo é realmente interessante, Laura Dern faz um ótimo trabalho com a personagem e é uma pena que não poderemos ver mais dela. O DJ de Benicio Del Toro não tem função nenhuma no filme além de ser a chamada barriga (pedaço do obra audiovisual que serve apenas para alongar a história e não acrescenta em nada a trama principal). Luke Skywalker não é o grande destaque do filme como todos queriam, ele é o mestre relutante passando o bastão. Interessante ver que o conceito de Jedi Cinza do antigo universo expandido foi aplicado em Luke e ficou ótimo. O foco da trama ainda está em Rey e Kylo Ren. A dinâmica entre os dois cresceu e a conclusão disso caminha para o clichê, que é um pouco preocupante se não for bem trabalhada no próximo episódio. Carrie Fischer e sua General Leia não aparece muito, mas todos seus momentos são lindos e emocionantes, talvez mais por sua morte do que pela cena em si, fará muita falta no próximo episódio. E temos uma grande questão respondida e de forma épica, Leia sabe usar a Força. O episodio VIII foi diferente dos outros, tem seus defeitos, mas o saldo final é bem positivo. Tem a melhor fotografia de todos os episódios, Luke mostrando todo o alcance de seu poder, cena final da almirante Holdo sendo épica e deixou o terreno bem estruturado para o episódio final dessa trilogia. Que venha o episódio IX!
A definição de obra prima! Mother! é o ápice do que o cinema e sua metalinguagem pode oferecer. Cheio de simbolismos, metáforas e figuras de linguagem o filme faz o que ninguém conseguiu fazer: recriar a história do homem pelo ponto de vista da bíblia. Os mais religiosos com certeza não gostarão e até relutarão em enxergar o que está no filme, mas é de uma beleza, sutiliza e de um caos sem igual. Jennifer Lawrence faz seu melhor papel interpretando a figura da Mãe Natureza. Todo a história do filme é vista pelo seu ponto de vista e nos mostra toda a aflição, dor e desespero que as forças da natureza sentem com Deus amando ser amado por seu fãs (humanidade) enquanto destroem sua casa (Terra). Javier Bardem encarnou Deus de uma forma assustadoramente idêntica aquela descrita pelos religiosos, ele é egocêntrico, curioso, e ama ser louvado, na verdade o personagem sente que PRECISA ser louvado para continuar a criar. Ed Harris é o primeiro Homem ou Adão, a interação dele com Javier é o que mostra o andar do filme, o Homem é fruto de curiosidade de Deus e faz com que Ele continue a trazer mais pessoas para saciar a sua curiosidade resultando na criação da Mulher, vivida de forma intensa e poderosa por Michelle Pfeiffer. A partir daí, recria-se os principais fatos da bíblia em simbolismos passando pela história de Caim e Abel, a aglomeração de pessoas que vem em seguida destruindo a Terra até que o Diluvio começa e tem um reset na paz. Então chegamos as pessoas se destruindo novamente e a chegada de Jesus o filho de Deus com a Mãe Natureza, então temos os eventos que se passam após a chegada de Jesus: caos, desordem, guerras, loucura, destruição, ódio, em suma tudo o que há de ruim nas pessoas é decorrente da crença em algo infundado e da esperança de alcançar Ele. Cada frame do filme é pensado para mostrar o que a humanidade faz com a Terra e o que acontece por ter crenças que não levam a lugar nenhum a não ser na destruição do próximo e do mundo. Aronofsky reuniu uma equipe de primeira para o filme, trazendo uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente, uma fotografia belíssima, um direção de arte minuciosa, tudo no filme tem harmonia para mandar sua mensagem, que não é fácil e até intragável para alguns. Assistam sem medo, se entreguem a metalinguagem e simbolismos do filme e apreciem o que o cinema pode fazer de melhor!
Liga da Justiça é como, muitos estão dizendo, assistir um episódio estendido da série animada dos anos 2000. A trama é simples, sem grandes questionamentos ou filosofias como em Homem de Aço e Batman vs Superman, e por isso é extremamente eficiente. Steppenwolf falhou em sua primeira tentativa de conquistar a terra graças a união das amazonas, humanos, atlantes e dos Deuses Gregos, e com isso 3 caixas maternas ficaram na Terra, no filme ele retorna nos tempos atuais para recuperar as caixas e voltar a uma posição de destaque nas tropas de Darkseid. Com essa grande ameaça, Batman se vê forçado a reunir seres poderosos para defender a Terra. Durante suas 2h o filme não perde um segundo com situações desnecessárias, tudo funciona de forma harmoniosa e coesa. As apresentações de Flash, Aquaman e Ciborgue são simples, rápidas e nos diz tudo o que precisamos saber para o filme funcionar. O famigerado bigode de Henry Cavill está lá e é impossível não notá-lo nas duas cenas que foram necessário apagá-lo. O CGI do filme, diferente do que muitos estão dizendo não incomoda, seria impossivel fazer um filme desse tamanho com efeitos práticos. Ben Affleck está muito confortável como Batman, provando mais uma vez que é a melhor versão do herói até hoje; Gal Gadot é a Mulher Maravilha, se destaca sempre que aparece em tela e é sempre imponente; Ray Fisher como Ciborgue é o elo mais fraco, sua atuação é um pouco forçada, talvez pelo pouco tempo de tela; Ezra Miller faz um Flash divertidíssimo, ele é aquele fã que conhece seus heróis e se fascina por tudo que está vendo; Jason Momoa é um Aquaman em construção, como o próprio já disse, sua versão desleixada e beberrona é perfeita para o momento do herói; agora o maior destaque é sem dúvidas Henry Cavill e seu Superman, finalmente ele se torna o símbolo de esperança que todos queriam ver, completando o arco de construção do Super iniciado em Homem de Aço. Todas as cenas de ação são ótimas, bem coreografadas e organizadas, conseguimos ver bem os detalhes das batalhas e as câmeras lentas são usadas para demonstrar o poder do Flash de forma magistral. A fotografia do filme situa bem cada herói destacando as cores e simbolos de cada um. O unico ponto fraco do filme é a decepcionante trilha sonora de Danny Elfman. Apesar das homenagens as trilhas clássicas de Batman e Superman, Danny falha miseravelmente em tentar nos empolgar. Zimmer e Junkie XL fizeram muita falta nesse filme, que precisava de uma trilha épica para acompanhar a história, ficou faltando os metais e as guitarras simbolo desses dois gênios. Tem sim algumas piadas no filme, e com exceção de duas ou tres que foram anticlimaticas (ideias do péssimo Joss Whedon com certeza), as outras funcionam tão bem quanto em Mulher Maravilha. Em suma, o filme cumpre seu papel de trazer a Liga da Justiça aos cinemas de forma correta dentro do universo DC, não é épico como eu gostaria que fosse, mas com certeza é um excelente filme.
P.S.: A primeira cena pós crédito serve apenas como brincadeira ao pior estilo Marvel, nitidamente escrita por Joss Whedon, até porque o bigode está lá. Já a segunda cena é brilhante, fazendo um elo importante para os filmes futuros da Liga
Que filme maravilhoso! Fazia tempo que não assistia um filme nacional tão bonito e poético como esse. Selton Mello se mostra um diretor muito competente com a escolha do elenco, a trilha sonora belíssima, e uma fotografia invejável. Apesar da narrativa lenta, o filme é todo costurado de maneira a te envolver, e emocionar com a história. Johnny Massaro passa um ar de leveza e inocência muito bonito e que emociona muito com o desenrolar da trama. Selton Mello faz um papel diferente do que costuma fazer, não puxa o protagonismo para si e cumpre seu papel dentro da trama de forma eficiente. Vincent Cassel no papel do pai do protagonista é puro amor, todas as suas cenas são tocantes, singelas e poéticas. Rolando Boldrim faz um ótima participação especial. É uma história simples, conduzida da melhor maneira possível, muito distante dos filmes nacionais que se resumem a violência/favela e comedia escrachada, esse filme mostra uma visão mais intimista da mundo, e que o cinema nacional é digno de bons filmes que fogem ao senso comum.
Que filmão da porra!! Mulher Maravilha consegue dar um ar diferente aos filmes da DC, um ar de esperança! Não que o estilo mais depre do Snyder seja ruim, muito pelo contrário, mas essa mudança que parte do público estava pedindo veio muito bem. O filme é uma grande aventura, e como não podia ser diferente a clássica jornada do herói, mas com uma abordagem diferente, uma abordagem feminina. Sempre houve uma grande falta de filmes de heroínas, e os poucos que existem são feitos pelo olhar masculino, entregar o filme para a competentíssima Patty Jenkins foi o maior acerto. O filme precisava e foi feito da forma mais feminista possível, afinal a Mulher Maravilha sempre foi um dos maiores símbolos do feminismo. O elenco é perfeito, Gal Gadot é apaixonante, a forma como ela se entrega à personagem é perfeita, sendo ingênua, firme, questionadora, poderosa e claro maravilhosa. Chris Pine cumpre muito bem o papel de parceiro da Mulher Maravilha, deixando sempre ela em destaque e a química com a Gal Gadot é ótima. Connie Nielsen apesar do pouco tempo de tela se mostrou imponente no papel da Rainha Hippolita. Robin Wright cai perfeitamente como General Antiope, não consigo pensar em nenhuma outra atriz que consiga passar tamanha força. Danny Huston, Elena Anaya e David Thewlis fazem o que podem mas seus personagens não são bem desenvolvidos, são bem esquecíveis e canastrões, uma pena já que são os vilões do filme. Em suma Mulher Maravilha veio para estabelecer de vez o universo DC no cinema, traz com louvor a maior heroína dos quadrinhos para as telonas e mais importante calou a boca dos haters da DC e dos críticos.
P.S.: A cena da Terra de Ninguém é a mais linda e emocionante do filme.
O filme é bom, serve para entreter e só. O grande problema do Esquadrão Suicida foi o marketing mentiroso (mesmo problema do filme dos Vingadores, que na minha opinião são péssimos pelo mesmo motivo). Não deveriam ter dado um destaque exagerado ao Coringa, não deveriam ter vendido como um filme subversivo, pois não é. O filme tem o estilo Ayer inserido, mas o esforço de torna o filme leve fez com que ele perdesse a mão, talvez se não tivessem tentado forçar isso o filme seria bem melhor. Sobre a trama do filme, é muito simples e dizer que a Amanda Waller não teria um plano de contingência contra a Magia, é uma afronta contra a personagem, mas enfim. Destaque aqui para as atuações de Jay Hernandes, não conhecia o trabalho do ator e se mostrou compenetrado no personagem e também foi o melhor desenvolvido do filme; Will Smith, seu protagonismo não prejudicou o desenvolvimento do filme e fez uma atuação decente como há tempos não fazia em filmes de ação; Margot Robbie, deliciosa como Arlequina, praticamente nasceu para a personagem; Ben Affleck, que mesmo em participação especial mostra que agora já é o Batman definitivo; e claro Viola Fucking Davis, mesmo com descaracterização citada anteriormente, foi a melhor escolha do elenco, implacavel, poderosa, má, tudo o que esperava. Jared Leto, Jay Courtney, Cara Delevigne, Adewale Akinnuoye-Agbaje, não têm muito o que mostrar com seus personagens, pois o tempo de tela não deixa com que mostrem realmente sua dedicação (ou não) com os personagens. Em suma, o filme não é profundo, serve como entretenimento e para aumentar o universo DC no cinema. É um filme bom e a enxurrada de criticas negativas é um exagero absurdo, tem seus pontos negativos mas não é esse terror todo.
PS: A cena de Waller e Wayne é a melhor coisa de todo o novo universo DC até então!
A maior qualidade do filme é também seu maior defeito: é um filme para fãs! O filme tem tudo o que todos os fãs adoram e amam nos heróis, traz uma nova versão do Batman para o cinema, mais agressivo, violento, inteligente do que os demais, tudo aquilo que faz do Batman o Batman. Superman agora finalmente encontrou aquele ar de benevolência que todos queria no Homem de Aço e não havia, ele evoluiu como herói e começou a se conter cada vez mais. A Mulher Maravilha foi a maior surpresa do filme, mostrou imponência, conhecimento e está linda em cada cena. Lex Luthor se mostra um pouco descaracterizado da sua contraparte dos quadrinhos, mais lunático e doentio, mas a sua inteligencia extrema se mantem, conseguindo manipular todos a seu entorno. Quanto ao roteiro do Chris Terrio e David S. Goyer, tem falhas, não é perfeito, mas se mantem coerente dentro da sua proposta. Snyder mantém seus vícios de sempre, seu estilo, e isso é ótimo! A paleta de cores em escala de cinza, remetendo aos quadrinhos é uma das melhores coisas. Snyder ainda consegue imprimir referencias visuais a todo instante, sendo cada frame uma grande homenagem para as HQ's. Agora o elenco. Ben Aflleck é o Batman e é o Bruce Wayne definitivo. Ele conseguiu imprimir tudo o que queríamos ver em ambos, o drama e a raiva que o cercam nunca foi tão bem impresso por um dos interpretes anteriores. Henry Cavill mantém o padrão do filme anterior, sendo uma figura complacente o tempo todo e o mais importante, continua sem tentar imitar Christopher Reeve. Amy Adams evoluiu muito em relação ao ultimo filme, dessa vez tem um maior entrosamento entre ela e Cavill. Jesse Eisenberg continua com sua interpretação viciosa que muito me incomoda, não acho que foi a melhor escolha para Lex Luthor, apesar de defende-lo com tudo o que tem. Jeremy Irons mostra um Alfred bem diferente dos demais, fugindo daquela figura paternal e se mostrando muito mais um parceiro na guerra contra o crime. Gal Gadot é a maior surpresa do filme, consegue fazer uma Mulher Maravilha fascinante e magnética, despertando curiosidade cada vez que aparece. Laurence Fishburne, Holly Hunter e Diane Lane fazem o máximo que podem em seus papéis, mas o roteiro não os dá oportunidade para fazerem o melhor que podem. As batalhas do filme são surreais, violenta, bem coreografada, parece que estamos vendo cenas de luta dos games. A grande batalha anunciada é muito bem feita, mostrando toda a inteligencia e capacidade do Batman como nunca antes, e o resultado não poderia ser diferente, afinal Batman é Batman. A luta com o Apocalipse incomoda um pouco pelo excesso de poderes disparados, o que torna um pouco confuso visualmente, mas ainda assim é deveras emocionante e o resultado vem direto dos quadrinhos. Em suma, cumpre seu papel como preparação para a Liga da Justiça, trás aquilo que os fãs queriam, mas trás muita informação para processar, talvez a versão estendida corrija essa problema. Excelente filme!
Obs.: Se você quer um filme de quadrinhos light, com piadinhas e que vomite toda a informação para você sem ser necessário pensar um pouco, vá assistir os filmes da Marvel!
Com um tema delicado e pesado, este filme conseguiu criar uma história tensa e emocional da melhor maneira possivel. Começando com a premissa básica de colher os dados e aos poucos ir mostrando a evolução dos fatos, a história vai tomando grandes proporções e se tornando cada vez mais delicada. O elenco é maravilhoso. Mark Ruffalo, Stanley Tucci e Rachel McAdams são os destaques. Achei muito acertada a ideia do McCarthy de usar atores desconhecidos para serem as vitimas, o que deixou a ideia de investigação muito mais real, afinal não tinhamos familiaridade com nenhum dos rostos que estavam contado aqueles fatos sórdidos e imundos. Este filme merece ser assistido por todos para ver o quão abusiva e deturpada é a Igreja! Oscar de Melhor Filme com certeza!! Obs.: Aquele final é de fazer até os mais duros chorarem!
Filme belíssimo! Ver o debate de como a religião é um limitador da sociedade e da evolução de forma tão magistral é gratificante. As atuações de Spencer Tracy e Fredric March são sensacionais, é incrivel o vigor e o calor que eles trazem nos momentos de debate e argumentações. E saber que esse fato realmente ocorreu chega a ser perturbador. Uma obra prima!
Star Wars Episódio VII é tudo aquilo que esperava e mais um pouco! A trama tem a mesma estrutura do episódio IV: uma Estrela da Morte turbinada, a Starkller; um dróide com informação importante que vai parar no deserto, o BB-8; a protagonista abandonada no deserto, Rey; e aquela persona lendária que conhece muito sobre o passado e guia os novos personagens, Han Solo. Apesar destes elementos familiares a história é muito bem amarrada e nos surpreende trazendo fãs services nada gratuitos, que nos faz abrir um largo sorriso cada vez que aparece, e uma história coesa sem apelação e muito bem estruturada. Os novos personagens são extremamente cativantes, a Rey de Daisy Ridely (meu novo amor) é fantástica, forte, destemida e badass; Finn é o alivio comigo nunca chegando a ser caricato, e sua paixão por Rey é bonitinha; Poe Dameron é como o próprio filme diz O PILOTO, e BB-8 é uma das melhores coisas do filme, o robozinho consegue passar emoção e personalidade a cada cena, chega a ser mais emblemático que o R2D2. No lado negro temos Kylo Ren, com toda a sua tragédia se torna o personagem mais bem desenvolvido deste episódio, é poderoso (SIM ELE É, nem mestre Yoda segurou um tiro de blaster com a força) e indisciplinado, General Hux é uma figura "Hitleriana", imponente e extremamente autoritário, Capitã Phasma é ameaçadora mas deixou a desejar com suas poucas cenas, não mostrou realmente a que veio, e o Grande Lider Snoke é a figura por trás de tudo, ameaçador, sábio e se assemelha muito a um personagem da mitologia Sith, Darth Plagueis. E claro temos a nostalgia de ver Han Solo, Chewbacca, Leia, Luke, C3PO e R2D2 novamente, é sensacional e arrepia a entrada de cada um deles na história, principalmente Han e Chewie os personagens mais queridos da saga, e os que tem a participação mais ativa da velha guarda. JJ Abrams está de parabéns, conseguiu trazer todos os principais pontos de Star Wars de volta, a emoção, as lutas espaciais, os duelos de sabre, aquela aventura ininterrupta e ainda conseguiu tirar algumas lágrimas. Claro que tem suas pequenas falhas como um John Willians pouco inspirado, alguns plots que se resolvem magicamente e a duração do filme que poderia ser muito maior, mas nada que comprometa no resultado final. Em suma, é um excelente retorno para uma das maiores sagas do cinema e com certeza irá trazer uma nova legião de fãs!! Obs.: Detalhe nas figurações de luxo de Max Von Sydow, Daniel Craig, Simon Pegg e Dave Filoni!
De longe o filme mais complexo, profundo e emocional que a Pixar já fez! Ao adentrar dentro da mente humana, o filme mostra a verdadeira confusão e bagunça que é lidar com a turbulência de sentimentos que temos todos os dias. É curioso ver como cada sentimento tem seu traço característico remetendo a pessoas que conhecemos no nosso dia dia, seja num tiozão estressado (Raiva), numa patricinha irritante (Nojinho) ou até mesmo num(a) Emo (tristeza). E é justamente mesclando essas características e as turbulências que o filme tem seu maior acerto. Quando a vida da Riley sofre uma virada drástica, até mesmo os sentimentos se perdem ao não saber como reagir as mudanças que a vida têm, e é exatamente ai que a Alegria é colocada em cheque. Será realmente que esse é o sentimento mais importante? Será que ele é essencial a todo instante? Quando essas questões são levantadas pelos próprios sentimentos é que tudo como a desandar (não falarei mais para não dar spoiler). Mas é notável como a ausência de um vilão deixou a história mais envolvente, colocando apenas o choque que a própria vida nos dá como antítese aos sentimentos, e fazendo a Tristeza, até então descartável dentro da vida da Riley, se tornar completamente necessária para a evolução dela como ser humano. Parabéns a Disney/Pixar por mais esta bela história!!
Vingadores a Era de Ultron é um filme brochante!! O filme é superficial, gastaram todos os momentos que deveriam causar alguma emoção nos trailers (falha da equipe de marketing); o vilão também só é ameaçador nos trailers, já que no filme ele não tem objetivo e é fraco, nunca chegando a ser uma real ameaça; além de não ter nenhum climáx. COMO UM FILME FUNCIONA SEM CLIMAX??!! O roteiro é mal estruturado, cheio de furos, o que em partes é culpa do universo compartilhado que não permite que o filme seja completo e único. Joss Whedon se mostrou mais uma vez uma decepção como diretor cometendo os mesmos erros do primeiro Vingadores, não dar profundidade nenhuma a história, utilizar um vilão fraco e fazer do Fury um "zé ruela" (até Stan Lee disse que este Fury em nada se parece com o que ele criou). A marvel já provou que consegue fazer boas histórias, profundas e com climax. como exemplo Thor, Capitão América - Soldado Invernal (sendo este a melhor produção da marvel até então) e a série do Demolidor. Até Guardiões da Galáxia tem um climax. É uma pena que tenham desperdiçado o talentosíssimo James Spader em um vilão tão raso.
Pontos positivos: Apresentação do Visão e da Feiticeira Escarlate, e o desenvolvimento do Gavião Arqueiro.
O filme sai do nada e vai a lugar nenhum, mas ao mesmo tempo é impressionante como há simplicidade e beleza em cada segundo desta produção! É uma experiencia única ver um filme que levou 12 anos para ser feito. Ver a evolução dos atores ao longo do tempo, envelhecerem sem a utilização de maquiagem e efeitos visuais, apenas pela magia do tempo e tudo o que uma câmera pode registrar. A história em si é muito simples, sem ter nenhum momento que te faça agarrar na poltrona, mas ainda assim te prende do começo ao fim por mostrar apenas a inquietude da vida!!
"A vida é a soma de todas as suas escolhas" Esta frase de Albert Camus traduz tudo o que este filme quer nos mostrar! Incrivel como Jaco Van Dormael consegue transformar uma frase tão simples em um filme tão lindo e complexo!
Filme magnifico!! O filme é esteticamente impecável! Alfonso Cuarón fez bem uso de seu orçamento ao criar o espaço de forma bem precisa, utilizando de efeitos visuais de forma discreta, não abusando disso, o que o torna magnifico. A trilha sonora esplendida, sem ela seria impossivel sentirmos toda a agonia da situação criada. A camera "nervosa" de Alfonso Cuarón funciona muito bem, sempre acompanhando as variâncias no deslocamento dos personagens, como se a própria camera estivesse flutuando junto com o elenco. E que elenco! Sandra Bullock está sublime, arrisco a dizer que é o papel de sua carreira! Ela consegui transmitir toda a agonia necessária da situação, nos mostra sua fragilidade em relação ao passado, sua expertise e coragem para enfrentar a situação! George Clooney como o experiente Matt Kowalsky serve de alivio comico para toda essa situação, com suas histórias e seu charme, funcionando como um contraponto ideal para a Dra. Ryan! E o que é Ed Harris no controle da missão??!! Uma homenagem acertada! E é certo dizer que o tempo de filme também foi exato, se fosse mais longo perderia sua beleza!! Pode-se dizer que Gravidade já é um clássico moderno por todo seu refinamento técnico, pela beleza em que se retrata o espaço (não visto nada tão bom desde 2001 - Um Odisseia no Espaço), e pela sua história. Parabens Alfonso Cuarón por nos entregar está obra magnifica!!
Um filme simples, mas bonito. Tem um começo bem lento, mas se você conseguir passar pelos primeiros 20 min, vai assistir até o fim, porque a história ganha ritmo, se estabiliza e a trama fica muito bem amarrada. Tem um figurino muito bom e o elenco está muito bem entrosado. Destaco aqui a Judi Dench que apresenta uma imponência assustadora quando entra em cena; Geoffrey Rush bem a vontade no papel, Joseph Fiennes afiadíssimo em todas as suas cenas, e as divertidas participações do Jim Carter, Ben Affleck, Colin Firth e Tom Wilkinson. E não poderia faltar o comentário sobre a Gwyneth Paltrow (ladra de Oscars). Apesar de ser a melhor atuação da carreira dela, realmente foi uma injustiça ENORME ela ter ganho o Oscar. Ela se sai bem, convence, mas só. Não tem nada de surpreendente. Recomendo o filme pela seu conjunto, que faz dele um filme bonito e pelo elenco que está ótimo!!
Batman - A Máscara do Fantasma ao lado de Batman Contra o Capuz Vermelho, são as melhores animações do Batman ja feitas, especialmente este!! É um verdadeiro clássico, explora muito bem o drama vivido por Bruce Wayne, insere um dos seus amore Andrea Beaumont, além de ter um roteiro muito bem escrito e adaptado. E na versão dublada somos presenteados com as incriveis vozes do Márcio Seixas e do Darcy Pedrosa, este ultimo fazendo muita falta atualmente, pois nenhum outro dublador consegue transmitir tamanho insanidade na voz como esse cara faz com o Coringa, é brilhante. Na minha opnião sua voz é bem melhor do que a de Mark Hamill. Darcy realmente dá um show fazendo o Coringa. E Márcio Seixas despensa comentários, já que sua voz já está eternizada na pele do morcegão. Enfim, este filme merece o titulo de clássico pela linda historia muito bem desenvolvida, pelos traços da animação clássica da década de 90 e pela dublagem maravilhosa!!
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraEternos é um dos melhores filmes da Marvel, justamente por fugir de tudo o que ela já fez!
A escolha de Chloé Zhao para dirigir um filme da Marvel é uma grande ousadia de Kevin Feige, já que em sua filmografia não existe nada para o grande público, uma vez que ela é uma cineasta no sentido mais puro da palavra, e Eternos mostra isso.
Esse talvez seja o único filme da Marvel que não faça Scorsese sentir vergonha alheia.
Como todo filme de Zhao, a fotografia é maravilhosa, utilizando ambientes e luzes naturais para deixar tudo ainda mais lindo, mesmo as cenas de CGI são elaboradas minuciosamente para não perder a essência de Zhao.
Mas além da beleza visual, Eternos é um filme que se diferencia dos demais da Marvel por se levar a sério, não ter piadinhas a cada 2min, não ter aquela explosão de cores e principalmente por não ter exatamente um vilão.
A escala de tudo é gigantesca, uma vez que se trata da criação do universo e seu misticismo. E justamente por isso o filme gasta seu tempo para contemplação e levantar questões filosóficas, fazendo com que não tenhamos um vilão, porque a vida não é feita de pessoas boas ou más, mas de decisões e as consequências das mesmas. E com isso os Eternos são levados a esses extremos, "pq não interferir nos confrontos humanos?", "pq não dar aos humanos tudo o que precisam para evoluir?", "pq humanos merecem viver?", e tantas outras.
As vezes em que Eternos falha é quando você percebe a interferência de Kevin Feige na visão de sua diretora, mas nada que comprometa o resultado final.
Eternos é um dos únicos filmes adultos da Marvel, que não se deixa levar pelo modismo, trabalha em prol da grandiosidade da sua história e respeita de forma magistral o legado de Jack Kirby.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSnyder Cut é tudo aquilo que um fã da DC queria e muito mais!
Desde 2017 o movimento pelo #SnyderCut se tornou a maior "briga" dos nerds e DCnautas, e seu lançamento veio pra provar que quem sabe o que quer são os fãs e não os engravatados do estúdio.
Existe uma diferença primordial entre a Marvel e a DC, e aqui ela fica ainda mais evidente. A Marvel sempre buscou humanizar seus heróis colocando os problemas comuns para criar a empatia, seja no juntar dinheiro pra pagar aluguel ou na dificuldade de ter um relacionamento. Já a DC sempre tratou seus heróis como deuses, figuras messiânicas para o mundo seguir. Nessa versão, Snyder faz seus heróis serem essas figuras, e os paralelos entre Superman e Jesus ficam muito evidentes.
O filme não muda só isso. O esqueleto, a ordem como as coisas acontecem, é o mesmo, mas como elas acontecem mudou absurdamente.
As melhores coisas são o Ciborgue e o Lobo da Estepe. Ray Fisher entregou sua alma na composição do Ciborgue e fez uma atuação brilhante, suas interações com Joe Morton, que faz seu pai, é algo de encher os olhos. E o Lobo da Estepe tem seu devido desenvolvimento, tirando o ar genérico de "quero dominar o mundo".
Visualmente o filme é belíssimo, todos os vícios do Zack Snyder estão ali elevados a última potência, isso é ótimo pra quem aprecia seu trabalho, e mais uma vez vc consegue ver páginas do quadrinho recriadas nos seus mínimos detalhes e deixando os fãs ensandecidos.
A trilha sonora deixou se ser genérica e se tornou mais épica, apesar da trilha nova de Mulher Maravilha se tornar irritante devido ao excesso de repetições.
É um filme belíssimo, rico em detalhes, cheio de participações especiais e depois das 4h eu queria que houvessem mais 4h. Realmente esta versão não funcionaria no cinema, teria que ter ali suas 3h, 3h15 para ser mais comercial.
Só nos resta torcer para que os engravatados percebam a cagada monumental que fizeram ao abandonar essa ideia e restaure o Snyderverso para que possamos ver o final dessa visão rica e bem estruturada!
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraImagine uma mistura de Taxi Driver, O Rei da Comédia, Laranja Mecânica e a subjetividade de Inception. O resultado é o brilhante Joker.
O filme nem de longe se trata sobre o Coringa, mas sim sobre uma sociedado doente, corrupta, individualista e à beira do caos. E a melhor forma de trazer este tratado a vida, para o maior número de pessoas possível, é utilizando de um personagem extremamente popular.
Joaquin Phoenix está SENSACIONAL! Ele conseguiu compor seu Coringa de uma forma extremamente diferente de Heath Ledger, e ainda assim tornando tão memorável quanto. As variações das risadas, tratadas aqui como um distúrbio psicológico, são assustadoras e intensas, e em pequenas cenas você percebe que a risada é genuína e não fruto do distúrbio.
Todo o trabalho corporal de Joaquin, a mudança de peso, de postura, mostram o comprometimento para fazer desse personagem seu melhor trabalho.
O filme tem uma trilha sonora poderosa e sombria, guiando muito bem o clima tenso que o filme carrega. A fotografia e o design de produção são espetaculares, primorosos e bem pontuados ao mostrar as mudanças de Arthur Fleck e a disparidade social em Gotham.
Sobre a violência, que gerou tanta controvérsia, é extremamente necessária para a construção deste tratado, e na minha humilde opinião, ainda foi pouca. Mas ela não é glamourizada em nenhum momento, é seca, cruel e brutal.
A cereja do bolo é a participação de Robert De Niro. Sem ele o filme não teria o mesmo brilho e as referências passariam despercebidas.
Em suma, Joker é uma obra-prima moderna, aberta a inúmeras discussões e indiscutivelmente o melhor trabalho de Joaquin Phoenix, que só não vai levar o Oscar se a academia se render ao mimimi sobre a violência!
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraA nova versão de O Rei Leão é um belíssimo espetáculo visual, mas só!
Após ficar incrivelmente impressionado com o minucioso trabalho de efeitos visuais, o encantamento vai diminuindo e você percebe que não tem o mesmo brilho do original.
O ultra realismo utilizado nos animais faz com que a emoção diminua drasticamente e é, ironicamente, triste de ver.
A tão emblemática cena da morte de Mufasa se torna fria, apesar de ser tão bela e poderosa visualmente como no original.
A nova música da Beyoncé, dita como tão memorável quanto Circle of Life não chega nem aos pés.
A trilha sonora repaginada ficou de arrepiar, quando os primeiros acordes de Circle of Life surgem, toca direto na alma. Hans Zimmer e Elton John melhoraram muito o nível das músicas, com exceção de Be Prepared que se tornou uma prosa cantada e perdeu seu ar nazista que era emblemático na versão original.
Apesar disso tudo, é possível se divertir com essa nova versão. Com uma ou outra alteração para se adaptar aos tempos de hoje, a mensagem de O Rei Leão permanece atemporal e poderosa!
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraVingadores: Guerra Infinita é o MELHOR filme da Marvel Studios.
Crítica sem Spoilers, afinal #ThanosDemandsYourSilence!
Os 10 anos da Marvel Studios foram essenciais para a criação dessa grande epopéia que traz o que há de melhor do estúdio.
Os irmãos Russo já provaram ser a melhor escolha dentre os diretores da Marvel, visto os excelentes Soldado Invernal e Guerra Civil, e em Guerra infinita eles chegam ao ápice deste universo compartilhado.
A narrativa do filme é muito similar à Senhor dos Anéis, com várias frentes de eventos acontecendo simultaneamente para narrar a saga de Thanos. Sim, Thanos, o grande vilão é o protagonista da história.
Sendo um dos únicos vilões da Marvel a ser bem desenvolvido, Thanos é uma ameaça como nenhuma outra, suas motivações são bem esclarecidas e apesar de serem questionáveis, você se simpatiza com elas e com ele. Isso se deve ao trabalho super competente de Josh Brolin tanto como ator de voz como por captura de movimentos.
Os efeitos do filme estão excelentes, o CGI muito bem empregado, com exceção da batalha de Wakanda que é um pouco confusa.
Chris Markus e Stephen McFeely, os roteiristas, tiveram a árdua missão de reunir todos os diferentes universos da Marvel (místico, galáctico, africano e os vingadores) sem que os mesmos perdessem sua essência, e conseguiram. Ver a interação de diferentes heróis juntos foi sensacional, destaque para a equipe Homem de Ferro, Homem Aranha e Dr. Estranho.
Tudo está bem amarrado, a trilha sonora está incrível, e uma coisa importante, diferente do horrível Thor Ragnarok, as piadas são bem empregadas e muito divertidas.
Os irmãos Russo e, claro, Kevin Feige estão de parabéns por criar esse grande evento cinematográfico que cumpre muito bem seu papel, tem um final e uma estrutura muito diferentes dos filmes habituais da Marvel e por isso é excelente.
Alguns momentos merecem destaque especial: a primeira aparição do Capitão América é de arrepiar, a luta épica em Titã, a última e satisfatória cena de Thanos e a incrível cena pós-créditos
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraA forma bela e sutil com que a Disney/Pixar trata de temas delicados em suas animações sempre surpreende e neste filme não seria diferente.
Coco ou porcamentre traduzido para "Viva - A vida é uma festa" é uma animação pra fazer até os mais duros chorar.
A premissa é bem simples, Miguel é de uma família tradicional mexicana que produz sapatos e odeia música devido a um trauma antigo de sua tataravó, mas Miguel é fã do maior músico mexicano e quer seguir seus passos. Na noite do dia dos mortos tem uma competição de musica, o jovem briga com sua família para participar e acaba virando um fantasma no meio da confusão, com isso conhece seus antepassados e precisa da bênção deles para voltar ao mundo dos vivos e continuar a sua paixão que é a musica.
Partindo disso o filme trata de temas como família e morte com muita delicadeza e beleza para não assustar o público infantil, além de mostrar um pouco da cultura mexicana. A parte técnica mostra uma evolução incrível em relação as outras animações, os detalhes e traços da Vovó Coco são impressionantes.
Tem aquela aventura básica de perseguição que não pode faltar em animações Disney/Pixar, mas são nos momentos dramáticos que o filme te atinge bem no fundo.
A trilha musical é muito bonita e "Remember Me" vai deixar você no mínimo com um nó na garganta.
Fazia muito tempo que um filme não me fazia chorar, mas os momentos finais é de deixar soluçando de tanta emoção.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraStar Wars The Last Jedi não é o melhor filme da franquia, mas é sem dúvidas o mais ousado desde o Episodio I.
Rian Johnson foi muito corajoso ao desconstruir Luke Skywalker, matar personagens importantes e não seguir a fórmula habitual dos filmes da saga.
O roteiro no começo do filme se perde um pouco por distribuir em muitas frentes, mas depois acha seu rumo e se torna um dos filmes da saga com mais reviravoltas, apesar de nenhuma ser impactante como o "I'm your father".
Dos novos personagens apenas a Almirante Holdo é realmente interessante, Laura Dern faz um ótimo trabalho com a personagem e é uma pena que não poderemos ver mais dela. O DJ de Benicio Del Toro não tem função nenhuma no filme além de ser a chamada barriga (pedaço do obra audiovisual que serve apenas para alongar a história e não acrescenta em nada a trama principal).
Luke Skywalker não é o grande destaque do filme como todos queriam, ele é o mestre relutante passando o bastão. Interessante ver que o conceito de Jedi Cinza do antigo universo expandido foi aplicado em Luke e ficou ótimo.
O foco da trama ainda está em Rey e Kylo Ren. A dinâmica entre os dois cresceu e a conclusão disso caminha para o clichê, que é um pouco preocupante se não for bem trabalhada no próximo episódio.
Carrie Fischer e sua General Leia não aparece muito, mas todos seus momentos são lindos e emocionantes, talvez mais por sua morte do que pela cena em si, fará muita falta no próximo episódio. E temos uma grande questão respondida e de forma épica, Leia sabe usar a Força.
O episodio VIII foi diferente dos outros, tem seus defeitos, mas o saldo final é bem positivo. Tem a melhor fotografia de todos os episódios, Luke mostrando todo o alcance de seu poder, cena final da almirante Holdo sendo épica e deixou o terreno bem estruturado para o episódio final dessa trilogia.
Que venha o episódio IX!
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraA definição de obra prima!
Mother! é o ápice do que o cinema e sua metalinguagem pode oferecer. Cheio de simbolismos, metáforas e figuras de linguagem o filme faz o que ninguém conseguiu fazer: recriar a história do homem pelo ponto de vista da bíblia.
Os mais religiosos com certeza não gostarão e até relutarão em enxergar o que está no filme, mas é de uma beleza, sutiliza e de um caos sem igual.
Jennifer Lawrence faz seu melhor papel interpretando a figura da Mãe Natureza. Todo a história do filme é vista pelo seu ponto de vista e nos mostra toda a aflição, dor e desespero que as forças da natureza sentem com Deus amando ser amado por seu fãs (humanidade) enquanto destroem sua casa (Terra).
Javier Bardem encarnou Deus de uma forma assustadoramente idêntica aquela descrita pelos religiosos, ele é egocêntrico, curioso, e ama ser louvado, na verdade o personagem sente que PRECISA ser louvado para continuar a criar.
Ed Harris é o primeiro Homem ou Adão, a interação dele com Javier é o que mostra o andar do filme, o Homem é fruto de curiosidade de Deus e faz com que Ele continue a trazer mais pessoas para saciar a sua curiosidade resultando na criação da Mulher, vivida de forma intensa e poderosa por Michelle Pfeiffer.
A partir daí, recria-se os principais fatos da bíblia em simbolismos passando pela história de Caim e Abel, a aglomeração de pessoas que vem em seguida destruindo a Terra até que o Diluvio começa e tem um reset na paz. Então chegamos as pessoas se destruindo novamente e a chegada de Jesus o filho de Deus com a Mãe Natureza, então temos os eventos que se passam após a chegada de Jesus: caos, desordem, guerras, loucura, destruição, ódio, em suma tudo o que há de ruim nas pessoas é decorrente da crença em algo infundado e da esperança de alcançar Ele.
Cada frame do filme é pensado para mostrar o que a humanidade faz com a Terra e o que acontece por ter crenças que não levam a lugar nenhum a não ser na destruição do próximo e do mundo.
Aronofsky reuniu uma equipe de primeira para o filme, trazendo uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente, uma fotografia belíssima, um direção de arte minuciosa, tudo no filme tem harmonia para mandar sua mensagem, que não é fácil e até intragável para alguns.
Assistam sem medo, se entreguem a metalinguagem e simbolismos do filme e apreciem o que o cinema pode fazer de melhor!
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraLiga da Justiça é como, muitos estão dizendo, assistir um episódio estendido da série animada dos anos 2000.
A trama é simples, sem grandes questionamentos ou filosofias como em Homem de Aço e Batman vs Superman, e por isso é extremamente eficiente.
Steppenwolf falhou em sua primeira tentativa de conquistar a terra graças a união das amazonas, humanos, atlantes e dos Deuses Gregos, e com isso 3 caixas maternas ficaram na Terra, no filme ele retorna nos tempos atuais para recuperar as caixas e voltar a uma posição de destaque nas tropas de Darkseid.
Com essa grande ameaça, Batman se vê forçado a reunir seres poderosos para defender a Terra.
Durante suas 2h o filme não perde um segundo com situações desnecessárias, tudo funciona de forma harmoniosa e coesa. As apresentações de Flash, Aquaman e Ciborgue são simples, rápidas e nos diz tudo o que precisamos saber para o filme funcionar.
O famigerado bigode de Henry Cavill está lá e é impossível não notá-lo nas duas cenas que foram necessário apagá-lo. O CGI do filme, diferente do que muitos estão dizendo não incomoda, seria impossivel fazer um filme desse tamanho com efeitos práticos.
Ben Affleck está muito confortável como Batman, provando mais uma vez que é a melhor versão do herói até hoje; Gal Gadot é a Mulher Maravilha, se destaca sempre que aparece em tela e é sempre imponente; Ray Fisher como Ciborgue é o elo mais fraco, sua atuação é um pouco forçada, talvez pelo pouco tempo de tela; Ezra Miller faz um Flash divertidíssimo, ele é aquele fã que conhece seus heróis e se fascina por tudo que está vendo; Jason Momoa é um Aquaman em construção, como o próprio já disse, sua versão desleixada e beberrona é perfeita para o momento do herói; agora o maior destaque é sem dúvidas Henry Cavill e seu Superman, finalmente ele se torna o símbolo de esperança que todos queriam ver, completando o arco de construção do Super iniciado em Homem de Aço.
Todas as cenas de ação são ótimas, bem coreografadas e organizadas, conseguimos ver bem os detalhes das batalhas e as câmeras lentas são usadas para demonstrar o poder do Flash de forma magistral. A fotografia do filme situa bem cada herói destacando as cores e simbolos de cada um.
O unico ponto fraco do filme é a decepcionante trilha sonora de Danny Elfman. Apesar das homenagens as trilhas clássicas de Batman e Superman, Danny falha miseravelmente em tentar nos empolgar. Zimmer e Junkie XL fizeram muita falta nesse filme, que precisava de uma trilha épica para acompanhar a história, ficou faltando os metais e as guitarras simbolo desses dois gênios.
Tem sim algumas piadas no filme, e com exceção de duas ou tres que foram anticlimaticas (ideias do péssimo Joss Whedon com certeza), as outras funcionam tão bem quanto em Mulher Maravilha.
Em suma, o filme cumpre seu papel de trazer a Liga da Justiça aos cinemas de forma correta dentro do universo DC, não é épico como eu gostaria que fosse, mas com certeza é um excelente filme.
P.S.: A primeira cena pós crédito serve apenas como brincadeira ao pior estilo Marvel, nitidamente escrita por Joss Whedon, até porque o bigode está lá.
Já a segunda cena é brilhante, fazendo um elo importante para os filmes futuros da Liga
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraQue filme maravilhoso!
Fazia tempo que não assistia um filme nacional tão bonito e poético como esse.
Selton Mello se mostra um diretor muito competente com a escolha do elenco, a trilha sonora belíssima, e uma fotografia invejável.
Apesar da narrativa lenta, o filme é todo costurado de maneira a te envolver, e emocionar com a história. Johnny Massaro passa um ar de leveza e inocência muito bonito e que emociona muito com o desenrolar da trama. Selton Mello faz um papel diferente do que costuma fazer, não puxa o protagonismo para si e cumpre seu papel dentro da trama de forma eficiente. Vincent Cassel no papel do pai do protagonista é puro amor, todas as suas cenas são tocantes, singelas e poéticas. Rolando Boldrim faz um ótima participação especial.
É uma história simples, conduzida da melhor maneira possível, muito distante dos filmes nacionais que se resumem a violência/favela e comedia escrachada, esse filme mostra uma visão mais intimista da mundo, e que o cinema nacional é digno de bons filmes que fogem ao senso comum.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraQue filmão da porra!!
Mulher Maravilha consegue dar um ar diferente aos filmes da DC, um ar de esperança! Não que o estilo mais depre do Snyder seja ruim, muito pelo contrário, mas essa mudança que parte do público estava pedindo veio muito bem.
O filme é uma grande aventura, e como não podia ser diferente a clássica jornada do herói, mas com uma abordagem diferente, uma abordagem feminina. Sempre houve uma grande falta de filmes de heroínas, e os poucos que existem são feitos pelo olhar masculino, entregar o filme para a competentíssima Patty Jenkins foi o maior acerto. O filme precisava e foi feito da forma mais feminista possível, afinal a Mulher Maravilha sempre foi um dos maiores símbolos do feminismo.
O elenco é perfeito, Gal Gadot é apaixonante, a forma como ela se entrega à personagem é perfeita, sendo ingênua, firme, questionadora, poderosa e claro maravilhosa. Chris Pine cumpre muito bem o papel de parceiro da Mulher Maravilha, deixando sempre ela em destaque e a química com a Gal Gadot é ótima. Connie Nielsen apesar do pouco tempo de tela se mostrou imponente no papel da Rainha Hippolita. Robin Wright cai perfeitamente como General Antiope, não consigo pensar em nenhuma outra atriz que consiga passar tamanha força. Danny Huston, Elena Anaya e David Thewlis fazem o que podem mas seus personagens não são bem desenvolvidos, são bem esquecíveis e canastrões, uma pena já que são os vilões do filme.
Em suma Mulher Maravilha veio para estabelecer de vez o universo DC no cinema, traz com louvor a maior heroína dos quadrinhos para as telonas e mais importante calou a boca dos haters da DC e dos críticos.
P.S.: A cena da Terra de Ninguém é a mais linda e emocionante do filme.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraO filme é bom, serve para entreter e só.
O grande problema do Esquadrão Suicida foi o marketing mentiroso (mesmo problema do filme dos Vingadores, que na minha opinião são péssimos pelo mesmo motivo). Não deveriam ter dado um destaque exagerado ao Coringa, não deveriam ter vendido como um filme subversivo, pois não é. O filme tem o estilo Ayer inserido, mas o esforço de torna o filme leve fez com que ele perdesse a mão, talvez se não tivessem tentado forçar isso o filme seria bem melhor.
Sobre a trama do filme, é muito simples e dizer que a Amanda Waller não teria um plano de contingência contra a Magia, é uma afronta contra a personagem, mas enfim.
Destaque aqui para as atuações de Jay Hernandes, não conhecia o trabalho do ator e se mostrou compenetrado no personagem e também foi o melhor desenvolvido do filme; Will Smith, seu protagonismo não prejudicou o desenvolvimento do filme e fez uma atuação decente como há tempos não fazia em filmes de ação; Margot Robbie, deliciosa como Arlequina, praticamente nasceu para a personagem; Ben Affleck, que mesmo em participação especial mostra que agora já é o Batman definitivo; e claro Viola Fucking Davis, mesmo com descaracterização citada anteriormente, foi a melhor escolha do elenco, implacavel, poderosa, má, tudo o que esperava.
Jared Leto, Jay Courtney, Cara Delevigne, Adewale Akinnuoye-Agbaje, não têm muito o que mostrar com seus personagens, pois o tempo de tela não deixa com que mostrem realmente sua dedicação (ou não) com os personagens.
Em suma, o filme não é profundo, serve como entretenimento e para aumentar o universo DC no cinema. É um filme bom e a enxurrada de criticas negativas é um exagero absurdo, tem seus pontos negativos mas não é esse terror todo.
PS: A cena de Waller e Wayne é a melhor coisa de todo o novo universo DC até então!
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraPra resumir:
Mulher, até como Inteligencia Artificial, consegue fazer homem de trouxa!!
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraA maior qualidade do filme é também seu maior defeito: é um filme para fãs!
O filme tem tudo o que todos os fãs adoram e amam nos heróis, traz uma nova versão do Batman para o cinema, mais agressivo, violento, inteligente do que os demais, tudo aquilo que faz do Batman o Batman. Superman agora finalmente encontrou aquele ar de benevolência que todos queria no Homem de Aço e não havia, ele evoluiu como herói e começou a se conter cada vez mais. A Mulher Maravilha foi a maior surpresa do filme, mostrou imponência, conhecimento e está linda em cada cena. Lex Luthor se mostra um pouco descaracterizado da sua contraparte dos quadrinhos, mais lunático e doentio, mas a sua inteligencia extrema se mantem, conseguindo manipular todos a seu entorno.
Quanto ao roteiro do Chris Terrio e David S. Goyer, tem falhas, não é perfeito, mas se mantem coerente dentro da sua proposta.
Snyder mantém seus vícios de sempre, seu estilo, e isso é ótimo! A paleta de cores em escala de cinza, remetendo aos quadrinhos é uma das melhores coisas. Snyder ainda consegue imprimir referencias visuais a todo instante, sendo cada frame uma grande homenagem para as HQ's.
Agora o elenco. Ben Aflleck é o Batman e é o Bruce Wayne definitivo. Ele conseguiu imprimir tudo o que queríamos ver em ambos, o drama e a raiva que o cercam nunca foi tão bem impresso por um dos interpretes anteriores. Henry Cavill mantém o padrão do filme anterior, sendo uma figura complacente o tempo todo e o mais importante, continua sem tentar imitar Christopher Reeve. Amy Adams evoluiu muito em relação ao ultimo filme, dessa vez tem um maior entrosamento entre ela e Cavill. Jesse Eisenberg continua com sua interpretação viciosa que muito me incomoda, não acho que foi a melhor escolha para Lex Luthor, apesar de defende-lo com tudo o que tem. Jeremy Irons mostra um Alfred bem diferente dos demais, fugindo daquela figura paternal e se mostrando muito mais um parceiro na guerra contra o crime. Gal Gadot é a maior surpresa do filme, consegue fazer uma Mulher Maravilha fascinante e magnética, despertando curiosidade cada vez que aparece. Laurence Fishburne, Holly Hunter e Diane Lane fazem o máximo que podem em seus papéis, mas o roteiro não os dá oportunidade para fazerem o melhor que podem.
As batalhas do filme são surreais, violenta, bem coreografada, parece que estamos vendo cenas de luta dos games. A grande batalha anunciada é muito bem feita, mostrando toda a inteligencia e capacidade do Batman como nunca antes, e o resultado não poderia ser diferente, afinal Batman é Batman.
A luta com o Apocalipse incomoda um pouco pelo excesso de poderes disparados, o que torna um pouco confuso visualmente, mas ainda assim é deveras emocionante e o resultado vem direto dos quadrinhos.
Em suma, cumpre seu papel como preparação para a Liga da Justiça, trás aquilo que os fãs queriam, mas trás muita informação para processar, talvez a versão estendida corrija essa problema.
Excelente filme!
Obs.: Se você quer um filme de quadrinhos light, com piadinhas e que vomite toda a informação para você sem ser necessário pensar um pouco, vá assistir os filmes da Marvel!
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraCom um tema delicado e pesado, este filme conseguiu criar uma história tensa e emocional da melhor maneira possivel.
Começando com a premissa básica de colher os dados e aos poucos ir mostrando a evolução dos fatos, a história vai tomando grandes proporções e se tornando cada vez mais delicada.
O elenco é maravilhoso. Mark Ruffalo, Stanley Tucci e Rachel McAdams são os destaques.
Achei muito acertada a ideia do McCarthy de usar atores desconhecidos para serem as vitimas, o que deixou a ideia de investigação muito mais real, afinal não tinhamos familiaridade com nenhum dos rostos que estavam contado aqueles fatos sórdidos e imundos.
Este filme merece ser assistido por todos para ver o quão abusiva e deturpada é a Igreja!
Oscar de Melhor Filme com certeza!!
Obs.: Aquele final é de fazer até os mais duros chorarem!
O Vento Será Tua Herança
4.4 104 Assista AgoraFilme belíssimo!
Ver o debate de como a religião é um limitador da sociedade e da evolução de forma tão magistral é gratificante. As atuações de Spencer Tracy e Fredric March são sensacionais, é incrivel o vigor e o calor que eles trazem nos momentos de debate e argumentações.
E saber que esse fato realmente ocorreu chega a ser perturbador.
Uma obra prima!
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraStar Wars Episódio VII é tudo aquilo que esperava e mais um pouco!
A trama tem a mesma estrutura do episódio IV: uma Estrela da Morte turbinada, a Starkller; um dróide com informação importante que vai parar no deserto, o BB-8; a protagonista abandonada no deserto, Rey; e aquela persona lendária que conhece muito sobre o passado e guia os novos personagens, Han Solo. Apesar destes elementos familiares a história é muito bem amarrada e nos surpreende trazendo fãs services nada gratuitos, que nos faz abrir um largo sorriso cada vez que aparece, e uma história coesa sem apelação e muito bem estruturada.
Os novos personagens são extremamente cativantes, a Rey de Daisy Ridely (meu novo amor) é fantástica, forte, destemida e badass; Finn é o alivio comigo nunca chegando a ser caricato, e sua paixão por Rey é bonitinha; Poe Dameron é como o próprio filme diz O PILOTO, e BB-8 é uma das melhores coisas do filme, o robozinho consegue passar emoção e personalidade a cada cena, chega a ser mais emblemático que o R2D2.
No lado negro temos Kylo Ren, com toda a sua tragédia se torna o personagem mais bem desenvolvido deste episódio, é poderoso (SIM ELE É, nem mestre Yoda segurou um tiro de blaster com a força) e indisciplinado, General Hux é uma figura "Hitleriana", imponente e extremamente autoritário, Capitã Phasma é ameaçadora mas deixou a desejar com suas poucas cenas, não mostrou realmente a que veio, e o Grande Lider Snoke é a figura por trás de tudo, ameaçador, sábio e se assemelha muito a um personagem da mitologia Sith, Darth Plagueis.
E claro temos a nostalgia de ver Han Solo, Chewbacca, Leia, Luke, C3PO e R2D2 novamente, é sensacional e arrepia a entrada de cada um deles na história, principalmente Han e Chewie os personagens mais queridos da saga, e os que tem a participação mais ativa da velha guarda.
JJ Abrams está de parabéns, conseguiu trazer todos os principais pontos de Star Wars de volta, a emoção, as lutas espaciais, os duelos de sabre, aquela aventura ininterrupta e ainda conseguiu tirar algumas lágrimas. Claro que tem suas pequenas falhas como um John Willians pouco inspirado, alguns plots que se resolvem magicamente e a duração do filme que poderia ser muito maior, mas nada que comprometa no resultado final.
Em suma, é um excelente retorno para uma das maiores sagas do cinema e com certeza irá trazer uma nova legião de fãs!!
Obs.: Detalhe nas figurações de luxo de Max Von Sydow, Daniel Craig, Simon Pegg e Dave Filoni!
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraDe longe o filme mais complexo, profundo e emocional que a Pixar já fez!
Ao adentrar dentro da mente humana, o filme mostra a verdadeira confusão e bagunça que é lidar com a turbulência de sentimentos que temos todos os dias.
É curioso ver como cada sentimento tem seu traço característico remetendo a pessoas que conhecemos no nosso dia dia, seja num tiozão estressado (Raiva), numa patricinha irritante (Nojinho) ou até mesmo num(a) Emo (tristeza). E é justamente mesclando essas características e as turbulências que o filme tem seu maior acerto.
Quando a vida da Riley sofre uma virada drástica, até mesmo os sentimentos se perdem ao não saber como reagir as mudanças que a vida têm, e é exatamente ai que a Alegria é colocada em cheque. Será realmente que esse é o sentimento mais importante? Será que ele é essencial a todo instante? Quando essas questões são levantadas pelos próprios sentimentos é que tudo como a desandar (não falarei mais para não dar spoiler).
Mas é notável como a ausência de um vilão deixou a história mais envolvente, colocando apenas o choque que a própria vida nos dá como antítese aos sentimentos, e fazendo a Tristeza, até então descartável dentro da vida da Riley, se tornar completamente necessária para a evolução dela como ser humano.
Parabéns a Disney/Pixar por mais esta bela história!!
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraVingadores a Era de Ultron é um filme brochante!!
O filme é superficial, gastaram todos os momentos que deveriam causar alguma emoção nos trailers (falha da equipe de marketing); o vilão também só é ameaçador nos trailers, já que no filme ele não tem objetivo e é fraco, nunca chegando a ser uma real ameaça; além de não ter nenhum climáx. COMO UM FILME FUNCIONA SEM CLIMAX??!!
O roteiro é mal estruturado, cheio de furos, o que em partes é culpa do universo compartilhado que não permite que o filme seja completo e único.
Joss Whedon se mostrou mais uma vez uma decepção como diretor cometendo os mesmos erros do primeiro Vingadores, não dar profundidade nenhuma a história, utilizar um vilão fraco e fazer do Fury um "zé ruela" (até Stan Lee disse que este Fury em nada se parece com o que ele criou).
A marvel já provou que consegue fazer boas histórias, profundas e com climax. como exemplo Thor, Capitão América - Soldado Invernal (sendo este a melhor produção da marvel até então) e a série do Demolidor. Até Guardiões da Galáxia tem um climax.
É uma pena que tenham desperdiçado o talentosíssimo James Spader em um vilão tão raso.
Pontos positivos: Apresentação do Visão e da Feiticeira Escarlate, e o desenvolvimento do Gavião Arqueiro.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraO filme sai do nada e vai a lugar nenhum, mas ao mesmo tempo é impressionante como há simplicidade e beleza em cada segundo desta produção!
É uma experiencia única ver um filme que levou 12 anos para ser feito. Ver a evolução dos atores ao longo do tempo, envelhecerem sem a utilização de maquiagem e efeitos visuais, apenas pela magia do tempo e tudo o que uma câmera pode registrar.
A história em si é muito simples, sem ter nenhum momento que te faça agarrar na poltrona, mas ainda assim te prende do começo ao fim por mostrar apenas a inquietude da vida!!
Sr. Ninguém
4.3 2,7K"A vida é a soma de todas as suas escolhas"
Esta frase de Albert Camus traduz tudo o que este filme quer nos mostrar!
Incrivel como Jaco Van Dormael consegue transformar uma frase tão simples em um filme tão lindo e complexo!
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraFilme magnifico!!
O filme é esteticamente impecável! Alfonso Cuarón fez bem uso de seu orçamento ao criar o espaço de forma bem precisa, utilizando de efeitos visuais de forma discreta, não abusando disso, o que o torna magnifico. A trilha sonora esplendida, sem ela seria impossivel sentirmos toda a agonia da situação criada. A camera "nervosa" de Alfonso Cuarón funciona muito bem, sempre acompanhando as variâncias no deslocamento dos personagens, como se a própria camera estivesse flutuando junto com o elenco. E que elenco! Sandra Bullock está sublime, arrisco a dizer que é o papel de sua carreira! Ela consegui transmitir toda a agonia necessária da situação, nos mostra sua fragilidade em relação ao passado, sua expertise e coragem para enfrentar a situação! George Clooney como o experiente Matt Kowalsky serve de alivio comico para toda essa situação, com suas histórias e seu charme, funcionando como um contraponto ideal para a Dra. Ryan! E o que é Ed Harris no controle da missão??!! Uma homenagem acertada! E é certo dizer que o tempo de filme também foi exato, se fosse mais longo perderia sua beleza!!
Pode-se dizer que Gravidade já é um clássico moderno por todo seu refinamento técnico, pela beleza em que se retrata o espaço (não visto nada tão bom desde 2001 - Um Odisseia no Espaço), e pela sua história. Parabens Alfonso Cuarón por nos entregar está obra magnifica!!
Shakespeare Apaixonado
3.5 650 Assista AgoraUm filme simples, mas bonito.
Tem um começo bem lento, mas se você conseguir passar pelos primeiros 20 min, vai assistir até o fim, porque a história ganha ritmo, se estabiliza e a trama fica muito bem amarrada.
Tem um figurino muito bom e o elenco está muito bem entrosado. Destaco aqui a Judi Dench que apresenta uma imponência assustadora quando entra em cena; Geoffrey Rush bem a vontade no papel, Joseph Fiennes afiadíssimo em todas as suas cenas, e as divertidas participações do Jim Carter, Ben Affleck, Colin Firth e Tom Wilkinson.
E não poderia faltar o comentário sobre a Gwyneth Paltrow (ladra de Oscars). Apesar de ser a melhor atuação da carreira dela, realmente foi uma injustiça ENORME ela ter ganho o Oscar. Ela se sai bem, convence, mas só. Não tem nada de surpreendente.
Recomendo o filme pela seu conjunto, que faz dele um filme bonito e pelo elenco que está ótimo!!
Batman: A Máscara do Fantasma
3.7 143 Assista AgoraBatman - A Máscara do Fantasma ao lado de Batman Contra o Capuz Vermelho, são as melhores animações do Batman ja feitas, especialmente este!!
É um verdadeiro clássico, explora muito bem o drama vivido por Bruce Wayne, insere um dos seus amore Andrea Beaumont, além de ter um roteiro muito bem escrito e adaptado.
E na versão dublada somos presenteados com as incriveis vozes do Márcio Seixas e do Darcy Pedrosa, este ultimo fazendo muita falta atualmente, pois nenhum outro dublador consegue transmitir tamanho insanidade na voz como esse cara faz com o Coringa, é brilhante. Na minha opnião sua voz é bem melhor do que a de Mark Hamill. Darcy realmente dá um show fazendo o Coringa. E Márcio Seixas despensa comentários, já que sua voz já está eternizada na pele do morcegão.
Enfim, este filme merece o titulo de clássico pela linda historia muito bem desenvolvida, pelos traços da animação clássica da década de 90 e pela dublagem maravilhosa!!