Se é lento ou não, isso é uma preferência pessoal, não uma crítica. Eu achei que as opções estéticas e narrativas do filme estão em consonância com os sentimentos do protagonista Caio e o contexto em que está inserido: amargura, desconfiança e pessimismo, diante da suposta abertura política. Em que a ética e os valores socioculturais militares impostos pela Ditadura passam a ser contestados com maior fôlego pela imprensa nanica (Inimigo do Rei como exemplo disso) e que não é páreo na queda de braços com o sistema político na sequência "democrático e pluripartidário", que fizeram escola no clientelismo, corrupção e demagogia locais (daí o sentimento de frustração do companheiro de Caio, que se suicida). No plano micropolítico é o que nas instituições que o garoto frequenta, uma família apática e indiferente, uma escola disciplinadora e o primeiro Grêmio Estudantil pós-ditadura repercutindo as mesmas corruptelas locais. Agora o que me incomoda de fato é como O Inimigo do Rei e o anarquismo em questão são retratados nesse filme, como se fosse um clube niilistas de jovens das camadas médias urbanas. Uma decoração, em que o diretor, preocupado em contextualizar a parada esquece um pouco que ele tá abordando o jornal também. E sobre as representações étnico-raciais de Salvador, me pareceu que miraram em circunscrever o perfil do grupo político e acertaram no white-washing.
Amava esse filme quando adolescente. Não pela complexidade, mas porque era muito inspirador e pedagógico. Na época, jogava futebol 7 e é muito cretina a falta de incentivo que as jogadores dos times femininos não recebem. Apesar dos dispositivos da CBF, as partidas mal são divulgadas, o salário das jogadoras absurdamente menores e as torcidas não apoiam. O filme retrata a trajetória das jogadoras que, mesmo em uma sociedade onde o futebol feminino já é relativamente valorizado, ainda tem dificuldade em se afirmar. O filme passa implicitamente essa mensagem de apoio as jogadoras. E a trilha sonora é muito massa.
Mesmo ano de estreia de "Beyond Citizen Kane/Muito Além do Cidadão Kane" revelando as relações de poder da mídia no Brasil, através da Rede Globo e Roberto Marinho.
Vi este filme há algum tempo. Sinceramente, a partir da sinopse dada ao lado, percebo a temática abordada no filme mais do que necessária na atualidade: a percepção do tempo segundo a vida sexual de uma adolescente, sua tomada de autonomia para o sexo, a questão do abuso, que é tão gritante e ao mesmo tempo tão velada. Acho que são assuntos que deveriam ser latentes em quem assiste. No entanto, não posso me dar ao luxo de comentar aspectos do desenrolar do filme, seu roteiro e nem ao menos recordo o desfecho da trama. Só não consigo condená-lo como em alguns comentário abaixo.
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Anos de Rebeldia
3.8 22 Assista AgoraO argumento é uma propaganda antinatalista white-trash e coloca a disforia de gênero de CeBe como sinônimo da decadência moral.
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Depois da Chuva
2.9 50Se é lento ou não, isso é uma preferência pessoal, não uma crítica. Eu achei que as opções estéticas e narrativas do filme estão em consonância com os sentimentos do protagonista Caio e o contexto em que está inserido: amargura, desconfiança e pessimismo, diante da suposta abertura política. Em que a ética e os valores socioculturais militares impostos pela Ditadura passam a ser contestados com maior fôlego pela imprensa nanica (Inimigo do Rei como exemplo disso) e que não é páreo na queda de braços com o sistema político na sequência "democrático e pluripartidário", que fizeram escola no clientelismo, corrupção e demagogia locais (daí o sentimento de frustração do companheiro de Caio, que se suicida). No plano micropolítico é o que nas instituições que o garoto frequenta, uma família apática e indiferente, uma escola disciplinadora e o primeiro Grêmio Estudantil pós-ditadura repercutindo as mesmas corruptelas locais. Agora o que me incomoda de fato é como O Inimigo do Rei e o anarquismo em questão são retratados nesse filme, como se fosse um clube niilistas de jovens das camadas médias urbanas. Uma decoração, em que o diretor, preocupado em contextualizar a parada esquece um pouco que ele tá abordando o jornal também. E sobre as representações étnico-raciais de Salvador, me pareceu que miraram em circunscrever o perfil do grupo político e acertaram no white-washing.
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Inverno da Alma
3.5 938Preciso reassistir. A única coisa que recordo é da ponta que a Sheryl Lee, a Laura Palmer de Twin Peaks, faz, depois de anos afastada do cinema.
Driblando o Destino
2.9 100Amava esse filme quando adolescente. Não pela complexidade, mas porque era muito inspirador e pedagógico. Na época, jogava futebol 7 e é muito cretina a falta de incentivo que as jogadores dos times femininos não recebem. Apesar dos dispositivos da CBF, as partidas mal são divulgadas, o salário das jogadoras absurdamente menores e as torcidas não apoiam. O filme retrata a trajetória das jogadoras que, mesmo em uma sociedade onde o futebol feminino já é relativamente valorizado, ainda tem dificuldade em se afirmar. O filme passa implicitamente essa mensagem de apoio as jogadoras. E a trilha sonora é muito massa.
É Tudo Verdade
3.9 17Mesmo ano de estreia de "Beyond Citizen Kane/Muito Além do Cidadão Kane" revelando as relações de poder da mídia no Brasil, através da Rede Globo e Roberto Marinho.
100 Escovadas Antes de Dormir
2.7 503Vi este filme há algum tempo. Sinceramente, a partir da sinopse dada ao lado, percebo a temática abordada no filme mais do que necessária na atualidade: a percepção do tempo segundo a vida sexual de uma adolescente, sua tomada de autonomia para o sexo, a questão do abuso, que é tão gritante e ao mesmo tempo tão velada. Acho que são assuntos que deveriam ser latentes em quem assiste. No entanto, não posso me dar ao luxo de comentar aspectos do desenrolar do filme, seu roteiro e nem ao menos recordo o desfecho da trama. Só não consigo condená-lo como em alguns comentário abaixo.