"Vou contar uma coisa pra vocês que costuma passar reto por uma cinefilia, digamos, mais "clássica". Um filme como "Angela – Retrato de uma Revolucionária", de Yolande du Luart, a rigor um documentário de uma ex-aluna, Yolande du Luart, sobre sua ex-professora, Angela Davis... É, TAMBÉM, um filme que se encaixa perfeitamente em um subgênero desconhecido pelo cânone: porque essa câmera que se demora e se deixa absorver pelos 500 maços de cigarro que Angela fuma diz respeito a um repertório do cinema-lésbico-aluna-professora (quem nunca?) É o que na nossa cinefilia sapatão marginal chamamos de filme-crush, q vc faz pq tá apaixonada por quem se filma, pelos gestos em sua completude, pelo modo de andar, de falar, de sorrir, e, óbvio, de segurar o cigarro."
bell hooks em Olhares Negros: raça e representação. "De forma significativa, comecei a escrever crítica de cinema em reação ao primeiro filme de Spike Lee, She's Gotta Have It (Ela quer tudo). Contestei sua reprodução de práticas cinematográficas patriarcais e mainstream, que representam,explicitamente, as mulheres (no caso, as mulheres negras) como objetos do olhar falocêntrico. O investimento de Lee nas práticas patriarcais no cinema que refletem padrões dominantes o toma o candidato negro perfeito para entrar no cânone hollywoodiano. Seu trabalho imita a construção cinematográfica das mulheres brancas enquanto objetos, substituindo seus corpos como texto no qual se escreve o desejo masculino pelos corpos das mulheres negras. Trata-se de transferência sem transformação. Ao entrar para o discurso da crítica cinematográfica, a partir do local politizado da resistência, do não querer, segundo uma mulher negra da classe trabalhadora que entrevistei, "[ ... ] de ver mulheres negras na posição que as mulheres brancas sempre ocuparam no cinema", comecei a pensar criticamente sobre a condição das mulheres negras de serem espectadoras."
Uma aula de história oral e de arquivo! é isto, o passado não está na nossas costas, o passado está na frente, é o futuro em nossas costas. Cheguei aqui contra a colonialidade do saber..
Caralho, que coisa linda! É tanta a insegurança para interpretar, tão imensa dentro dessa explosão de luz que entra, que as vezes me cega. Até então eu me faço só a vislumbrar
Estamos acostumados a ver o Outro na História como a figura do censurado, do oprimido, do vulnerável, etc, é uma infinidade, os Outros são tantos, porque nunca nós? Mas o mais interessante é pensar que por ser Outro, ele tem a total liberdade de gritar, talvez ninguém o ouça, mas o mais importante é que ele grita, essa acaba por ser a maior potência do filme, o delírio. Ele não quer salvar o mundo, só voar, para se libertar da miséria basta quebrar as leis da gravidade.
O Desafio é o sentimento constante de depressão pós-golpe, incrível que como aqueles intelectuais também sinto hoje uma depressão pós-bolsonaro, na verdade ainda sinto toda a história, provavelmente os ecos daquele pós golpe de 64 que nos assombram. Sinto até mal por me identificar com o personagem de Vianinha e toda essa segunda fase do cinemanovista em pleno 2020, um Brasil não-projetado e só não cômico por ser impotente até para rir. Sabe-se que é preciso brigar nos tempos de guerra, mas não como nesse tempo sem sol, tem dó. Matei o cinema e fui ao afeto.
chic, cheio de referências cinematográficas e uma boa representação da segunda guerra mundial, especificamente da descoberta dos campos de concentração, e consequentemente a libertação de judeus pela URSS.
Noite Passada em Soho
3.5 740 Assista Agoraok, um lixo
Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó)
3.7 4calebzinho
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
4.0 494salvou minha vida ???
Meu Nome é Bagdá
3.7 42oloco, bagdá come meu cu
Nova Dubai
3.0 17carai, genial pra porra, mas ao fim, me deu vertigem
Eles Vivem
3.7 730 Assista AgoraAMO, LUTA DE CLASSES E TENSÃO SEXUAL ENTRE DOIS MUSCULOSOSSS!!!
Angela Davis: Retrato de uma Revolucionária
3.8 4FILME-CRUSH por Carol Almeida
"Vou contar uma coisa pra vocês que costuma passar reto por uma cinefilia, digamos, mais "clássica". Um filme como "Angela – Retrato de uma Revolucionária", de Yolande du Luart, a rigor um documentário de uma ex-aluna, Yolande du Luart, sobre sua ex-professora, Angela Davis... É, TAMBÉM, um filme que se encaixa perfeitamente em um subgênero desconhecido pelo cânone: porque essa câmera que se demora e se deixa absorver pelos 500 maços de cigarro que Angela fuma diz respeito a um repertório do cinema-lésbico-aluna-professora (quem nunca?)
É o que na nossa cinefilia sapatão marginal chamamos de filme-crush, q vc faz pq tá apaixonada por quem se filma, pelos gestos em sua completude, pelo modo de andar, de falar, de sorrir, e, óbvio, de segurar o cigarro."
Malcolm & Marie
3.5 314 Assista Agoraa tá, é de um diretor branco, agora todo esse lixo que assisti faz sentido
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista Agoramuito blé, namoral, foi dificil terminar, roteiro muito ruim
Ela Quer Tudo
3.7 97 Assista Agorabell hooks em Olhares Negros: raça e representação.
"De forma significativa, comecei a escrever crítica de cinema em reação ao primeiro filme de Spike Lee, She's Gotta Have It (Ela quer tudo). Contestei sua reprodução de práticas cinematográficas patriarcais e mainstream, que representam,explicitamente, as mulheres (no caso, as mulheres negras) como objetos do olhar falocêntrico. O investimento de Lee nas práticas patriarcais no cinema que refletem padrões dominantes o toma o candidato negro perfeito para entrar no cânone hollywoodiano. Seu trabalho imita a construção cinematográfica das mulheres brancas enquanto objetos, substituindo seus corpos como texto no qual se escreve o desejo masculino pelos corpos das mulheres negras. Trata-se de transferência sem transformação. Ao entrar para o discurso da crítica cinematográfica, a partir do local politizado da resistência, do não querer, segundo uma mulher negra da classe trabalhadora que entrevistei, "[ ... ] de ver mulheres negras na posição que as mulheres brancas sempre ocuparam no cinema", comecei a pensar criticamente sobre a condição das mulheres negras de serem espectadoras."
The Watermelon Woman
4.4 28Uma aula de história oral e de arquivo! é isto, o passado não está na nossas costas, o passado está na frente, é o futuro em nossas costas. Cheguei aqui contra a colonialidade do saber..
Sertânia
3.8 27Caralho, que coisa linda! É tanta a insegurança para interpretar, tão imensa dentro dessa explosão de luz que entra, que as vezes me cega. Até então eu me faço só a vislumbrar
Temporário 12
4.3 590bem clichê
SuperOutro
4.0 41Estamos acostumados a ver o Outro na História como a figura do censurado, do oprimido, do vulnerável, etc, é uma infinidade, os Outros são tantos, porque nunca nós? Mas o mais interessante é pensar que por ser Outro, ele tem a total liberdade de gritar, talvez ninguém o ouça, mas o mais importante é que ele grita, essa acaba por ser a maior potência do filme, o delírio. Ele não quer salvar o mundo, só voar, para se libertar da miséria basta quebrar as leis da gravidade.
Meteorango Kid, Héroi Intergalático
3.6 45me deu vontade de cagar em alguns momentos, mas tudo bem,,,
Hitler 3º Mundo
3.7 27que sonoridade e experimentação absurda! E hoje, mais convicta ainda de que "o fascismo é irreversível no brasil".
O Desafio
3.9 19 Assista AgoraO Desafio é o sentimento constante de depressão pós-golpe, incrível que como aqueles intelectuais também sinto hoje uma depressão pós-bolsonaro, na verdade ainda sinto toda a história, provavelmente os ecos daquele pós golpe de 64 que nos assombram.
Sinto até mal por me identificar com o personagem de Vianinha e toda essa segunda fase do cinemanovista em pleno 2020, um Brasil não-projetado e só não cômico por ser impotente até para rir. Sabe-se que é preciso brigar nos tempos de guerra, mas não como nesse tempo sem sol, tem dó.
Matei o cinema e fui ao afeto.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista Agoraperfeito porra, come meu cu
A Antena
4.1 79 Assista Agorachic, cheio de referências cinematográficas e uma boa representação da segunda guerra mundial, especificamente da descoberta dos campos de concentração, e consequentemente a libertação de judeus pela URSS.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista Agoraque filme horrível kkjjjj namoral, diálogos clichês pra caraio
Limite
4.0 168 Assista Agorapra ver esse filme tem que ter disposição e sensibilidade. creu!
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista Agoranamoral, bandeira dos EUA ao invés da URSS? já era de se esperar
Tatuagem
4.2 923 Assista Agoraputa que pariu, nunca senti tanta liberdade poética
Como Nossos Pais
3.8 444filme sobre uma família classe média, com um feminismo bem branco, mas é isto. Espero que com essa popularização sirva de entrada, pelo menos