Começa até legalzinho... Aí a mina vai ficando cada vez mais grudenta e o cara cada vez mais escroto, até que fica difícil definir qual dos dois é mais insuportável.
A importância que dão às expressões de Adéle faz com que a gente enxergue Emma pelos olhos dela e sinta tudo que ela sente. Isso e a carga emocional em cenas tão cotidianas formam um clima entorpecente que faz o filme parecer uma lembrança nossa. A gente se sente tão Adéle que fica difícil não confundir nossa solidão com a dela no final.
Muitos comentários aqui falam sobre Adéle ter sido inexpressiva. Acho que isso se enquadra na personalidade da personagem, é apenas a forma dela de lidar com a melancolia que era sua vida antes e depois de Emma.
Emma partiu e pintou de azul todo o vazio dentro de Adéle, que ela tenta preencher do seu modo inexpressivo, com lágrimas e cigarros. Essa inércia retrata a falta que ela sente da intensidade que Emma trouxe para a sua vida, e que antes não existia.
Além do mais, não prejudica a percepção do amor que ela sente por Emma, que fica visível (como Morgan escreveu num comentário abaixo) pelo “olhar, respiração, e manias de Adéle, que transbordam emoções e vontades reprimidas”. Esse amor que ela não consegue agarrar, que escorre pelos dedos porque flui e é feito água. Flutuar naquele oceano e se sentir preenchida, sentir que faz parte daquele azul de novo, querer inundar-se dele. Submersa nas águas, submissa a um sentimento tão forte que ela não consegue superar.
Concordo que as personagens têm uma enorme profundidade emocional, e acho que talvez toda essa profundidade por trás da inexpressividade seja mais perceptível se você já viveu algo parecido.
Maligno
3.3 1,2Kgostei fodasi
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraLembra muito o conto "Pequeno Monstro" de Caio Fernando Abreu
O Maravilhoso Agora
3.2 808 Assista AgoraComeça até legalzinho...
Aí a mina vai ficando cada vez mais grudenta
e o cara cada vez mais escroto, até que fica difícil definir qual dos dois é mais insuportável.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraA importância que dão às expressões de Adéle faz com que a gente enxergue Emma pelos olhos dela e sinta tudo que ela sente. Isso e a carga emocional em cenas tão cotidianas formam um clima entorpecente que faz o filme parecer uma lembrança nossa. A gente se sente tão Adéle que fica difícil não confundir nossa solidão com a dela no final.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraMuitos comentários aqui falam sobre Adéle ter sido inexpressiva. Acho que isso se enquadra na personalidade da personagem, é apenas a forma dela de lidar com a melancolia que era sua vida antes e depois de Emma.
Emma partiu e pintou de azul todo o vazio dentro de Adéle, que ela tenta preencher do seu modo inexpressivo, com lágrimas e cigarros. Essa inércia retrata a falta que ela sente da intensidade que Emma trouxe para a sua vida, e que antes não existia.
Além do mais, não prejudica a percepção do amor que ela sente por Emma, que fica visível (como Morgan escreveu num comentário abaixo) pelo “olhar, respiração, e manias de Adéle, que transbordam emoções e vontades reprimidas”.
Esse amor que ela não consegue agarrar, que escorre pelos dedos porque flui e é feito água. Flutuar naquele oceano e se sentir preenchida, sentir que faz parte daquele azul de novo, querer inundar-se dele. Submersa nas águas, submissa a um sentimento tão forte que ela não consegue superar.
Concordo que as personagens têm uma enorme profundidade emocional, e acho que talvez toda essa profundidade por trás da inexpressividade seja mais perceptível se você já viveu algo parecido.