Nunca tive palavras para descrever o que eu assistia sobre o David Lynch. Mas não me resta escolhas, pois, como sempre, estou maravilhada com o que ele produz. Por tratar-se de uma produção onírica, creio que não há como descrever, e na realidade, cada um deve interpretar como entendeu, assim como fazemos com os nossos sonhos.
Antes de eu ter contato com a 3º temporada de Twin Peaks, assisti o restante das obras para absorver melhor o conteúdo, por pura intuição. E acertei! Sim, faz uma diferença enorme! Você acaba reconhecendo, lendo os elementos que se repetem, assim como a mise-en-scène, a trilha sonora, a iluminação, e claro, o elenco que é de cair o queixo.
Tive a sensação de imersão por completo. E pude entender como uma "despedida" com chave de ouro. Vemos aqui uma coletânea, uma overdose de Lynch. Todos os atores e referências estão ali.
É notável uma referência até ao curta-metragem Rabbits (2002), quando Bobby cita sobre o Jack Rabbit's Palace, em que seu pai, o Major Briggs, levava-o quando era criança.
Sobre o fechamento da série, a frase "We live inside a dream (Nós vivemos dentro de um sonho)", fala muito sobre o que realmente está acontecendo durante o final do 17º episódio e o 18º episódio. Ele está em outra dimensão, em que tem outra identidade, nomeado de Richard.
Vendo por esse lado, infelizmente, ele não consegue sair desse "mundo" e não voltará à Twin Peaks, como havia prometido aos seus companheiros, antes de partir. Cooper fica preso nesse local que seria um sonho? Seria uma realidade alternativa? Seria seu subconsciente?
A série animada possui as características únicas do criador norte-americano Matt Groening, de The Simpsons e Futurama, vemos um humor em dose certa entre os episódios, com o adicional de uma pitada adulta a mais, do que estamos acostumados comparado ao The Simpsons.
Os personagens merecem destaques, cada um tem um humor e personalidades totalmente diferentes. A Bean, em especial, pois ela mostra que não é uma princesa como estamos acostumados. Ela bebe, se droga, deixa o pai de cabelo em pé, sonha com uma bela transa e um parceiro fiel. Um desenho "de época" com problemas que ainda estão presentes na atualidade.
Há a necessidade de repertório, pois a todo momento, inúmeras vezes dentro dos episódios aparecem símbolos, dando destaque a um repertório pop, como vemos no trono, semelhante ao de Game of Thrones e, quando é feita a brincadeira com o slogan do super-herói Homem Pássaro, da década de 60.
E para quem já tem um repertório de história, fica mais divertido também. Além de ser retratado na época medieval, outros elementos reforçam àquele tempo, como a bebedeira, a presença religiosa católica fervorosa, as magias que magos tentavam desenvolver, por meio de experiências; a peste bubônica, uma doença que se alastrou pela Eurásia; e a famosa "beira do mundo", onde as pessoas encaram o horizonte e imaginavam que caíam em algo sem fim, ou até mesmo, no inferno com monstros.
A dublagem PT-BR é impecável, assim como as outras criações de Groening. Somos surpreendidos com frases icônicas de memes, que vivemos durante todos esses anos, tanto na televisão como na Internet, como "Tá pegando fogo, bicho", "Se eu pudesse, eu matava mil" e "Hambúrguer, batata frita, mostarda, ketchup, maionese e só"!
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Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraNunca tive palavras para descrever o que eu assistia sobre o David Lynch. Mas não me resta escolhas, pois, como sempre, estou maravilhada com o que ele produz. Por tratar-se de uma produção onírica, creio que não há como descrever, e na realidade, cada um deve interpretar como entendeu, assim como fazemos com os nossos sonhos.
Antes de eu ter contato com a 3º temporada de Twin Peaks, assisti o restante das obras para absorver melhor o conteúdo, por pura intuição. E acertei! Sim, faz uma diferença enorme! Você acaba reconhecendo, lendo os elementos que se repetem, assim como a mise-en-scène, a trilha sonora, a iluminação, e claro, o elenco que é de cair o queixo.
Tive a sensação de imersão por completo. E pude entender como uma "despedida" com chave de ouro. Vemos aqui uma coletânea, uma overdose de Lynch. Todos os atores e referências estão ali.
É notável uma referência até ao curta-metragem Rabbits (2002), quando Bobby cita sobre o Jack Rabbit's Palace, em que seu pai, o Major Briggs, levava-o quando era criança.
Sobre o fechamento da série, a frase "We live inside a dream (Nós vivemos dentro de um sonho)", fala muito sobre o que realmente está acontecendo durante o final do 17º episódio e o 18º episódio. Ele está em outra dimensão, em que tem outra identidade, nomeado de Richard.
Vendo por esse lado, infelizmente, ele não consegue sair desse "mundo" e não voltará à Twin Peaks, como havia prometido aos seus companheiros, antes de partir. Cooper fica preso nesse local que seria um sonho? Seria uma realidade alternativa? Seria seu subconsciente?
(Des)Encanto (1ª Temporada)
3.9 256 Assista AgoraA série animada possui as características únicas do criador norte-americano Matt Groening, de The Simpsons e Futurama, vemos um humor em dose certa entre os episódios, com o adicional de uma pitada adulta a mais, do que estamos acostumados comparado ao The Simpsons.
Os personagens merecem destaques, cada um tem um humor e personalidades totalmente diferentes. A Bean, em especial, pois ela mostra que não é uma princesa como estamos acostumados. Ela bebe, se droga, deixa o pai de cabelo em pé, sonha com uma bela transa e um parceiro fiel. Um desenho "de época" com problemas que ainda estão presentes na atualidade.
Há a necessidade de repertório, pois a todo momento, inúmeras vezes dentro dos episódios aparecem símbolos, dando destaque a um repertório pop, como vemos no trono, semelhante ao de Game of Thrones e, quando é feita a brincadeira com o slogan do super-herói Homem Pássaro, da década de 60.
E para quem já tem um repertório de história, fica mais divertido também. Além de ser retratado na época medieval, outros elementos reforçam àquele tempo, como a bebedeira, a presença religiosa católica fervorosa, as magias que magos tentavam desenvolver, por meio de experiências; a peste bubônica, uma doença que se alastrou pela Eurásia; e a famosa "beira do mundo", onde as pessoas encaram o horizonte e imaginavam que caíam em algo sem fim, ou até mesmo, no inferno com monstros.
A dublagem PT-BR é impecável, assim como as outras criações de Groening. Somos surpreendidos com frases icônicas de memes, que vivemos durante todos esses anos, tanto na televisão como na Internet, como "Tá pegando fogo, bicho", "Se eu pudesse, eu matava mil" e "Hambúrguer, batata frita, mostarda, ketchup, maionese e só"!