Acredito que o filme tenha seus méritos em se afastar de uma estrutura fílmica 'americanizada' e ao tentar apresentar uma narrativa pessoal, motivada pela vida e relacionamento do personagem principal, mas nesse caso acho que boas intenções não fizeram um bom filme. Excessivamente longo, o filme parece não ir para lugar nenhum e não se aprofundar em nada - os problemas dos personagens parecem rasos e pouco explorados, apesar de todo o tempo gasto neles. No fundo, a impressão que me passa é que o filme é, tristemente, exatamente igual ao tipo de filme que os personagens de cinema parecem gostar de criticar em seus diálogos.
Gostei bastante desse documentário, especialmente da estrutura, com o próprio Mick Rock contando sua própria história em seu ponto de vista. Documentários tem diversos formatos e classificações, e há sempre uma riqueza de informações no formato tradicional de um doc em entrevistar várias pessoas da vida da figura central, mas há também uma grande riqueza em ver um insight de uma pessoa sobre ela mesma, e o resultado foi ótimo pra mim.
Mick Rock é uma figura que sempre me despertou curiosidade pelas suas fotos fantásticas que ajudaram a contar a história do rock, em especial nos anos 70 e em especial a cena menos mainstream. O relato dele é bem fascinante, e me deixou ainda mais curioso sobre esse cara.
Em especial é ótimo ver o carinho dele falando das pessoas que ele mais gostou de trabalhar e alguns que viraram amigos, como Bowie, Lou Reed e Debbie Harry. Minha única reclamação é daquelas cenas lisérgicas que me foram um pouco desnecessárias, haha.
Eu ouvi falar do Jobriath pela primeira vez essa semana, e foi uma grande surpresa pra mim - eu gosto muito de glam rock e achei que eu conhecia a maior parte das bandas e músicos do período, mas parece que o "Bowie americano" passou completamente despercebido por mim.
Mas não só por mim, como esse documentário mostra: Jobriath foi uma chama, uma promessa que nunca se concretizou.
Vendo o documentário, me parece uma pena: ele parecia ser um artista com certo talento, mas ele estava na hora errada e do jeito errado. Seu primeiro álbum em estilo todo glam é de 1973, ano que a cena glam começou a entrar em declínio, e seu estilo parecia mais uma mistura de algo teatral com uma vibe mais cabaret do que algo rock 'n' roll.
Há também o fato de que ele era americano, e os Estados Unidos não havia abraçado o glam rock do modo que a Inglaterra havia; nem sequer o Bowie tinha grande sucesso comercial nos EUA naquela época, e falando na pesso,a outro erro pra mim foi o marketing em cima dele dizendo que ele era o "David Bowie americano", quando na realidade as músicas entre os dois artistas era bem diferente e criando uma possível rivalidade desnecessária com fãs americanos de Bowie e do glam.
Todos esses fatores, somados a homofobia que um artista que se declarava 100% gay nos Estados Unidos da década de 70 inevitavelmente iria sofrer... é fácil ver porque a carreira dele foi um fracasso. Ele tinha seu talento, mas foi tudo um sério erro de foco e de marketing.
Outro erro que os entrevistados do filme parecem nunca focar é o fato de que o material rock 'n' roll do Jobriath... simplesmente não era bom o suficiente diante do que fora prometido. Era passável, mas para a hype formada em cima dele, ele precisaria mais do que ser mediano.
Fico feliz que ele tenha conseguido de certa forma reconstruir sua imagem em outro gênero onde ele se deu melhor, mas infelizmente sua vida foi ceifada cedo demais para que causasse algum grande impacto. No geral é uma história triste, de uma promessa nunca realmente cumprida.
Quando eu peguei esse filme emprestado com meu amigo, ele me avisou de que era bem triste, mas mesmo com esse aviso eu fiquei surpresa com o quão triste e pesado o filme é.
A história e o modo como ela é contada são de partir o coração, e me arrancaram lágrimas em diversos momento. É uma história muito tocante e muito triste, especialmente por saber o quão real ela é em cenários de guerra.
Impecável e muito bem feito, recomendo muito... mas prepare um lencinho pra quando for ver, porque se você for manteiga derretida como eu, vai se desmanchar em lágrimas durante boa parte do filme.
Eu estou em um embalo pra assistir documentários e cinebiografias de músicos, então assisti esse filme logo após descobrir a existência dele, mesmo conhecendo pouquinho sobre o Boy George.
Acho que a princípio, é meio confusa a transição temporal entre o "antes da fama" e "começo da crise" na qual o filme se passa, mas acabei me acostumando aos poucos. Gostei do foco na vida do Boy George como Bliz Kid, mas eu gostaria de ter visto mais sobre os primeiros sucessos do Culture Club também, embora eu entenda essa escolha.
Douglas Booth fez um trabalho excelente como Boy George, a melhor atuação do filme pra mim, mas acho que todos se saíram bem. Acho que o filme peca um pouco em cobrir tão pouco tempo, mas vale a pena ser visto.
Incrível aquela cena do Bowie aparecendo no Blitz, hahaha! Gostei MUITO de não terem mostrado o rosto dele,só insinuando a figura - mantendo a mística, de certa forma. E a histeria do clube foi ótima de ver também, haha. Minha cena favorita do filme, e não só porque eu sou super fã do David Bowie.
Há muitos anos eu queria assistir a esse filme, desde a época em que eu me tornei fã do Bowie (há uns... oito anos atrás? por aí), mas eu nunca pude porque não existe legendas desse filme na internet haha, nem mesmo em inglês. Com o passar do tempo do tempo eu esqueci dele, mas ao ver um link dele no youtube eu me lembrei que eu sou fluente em inglês há um bom tempo e que não seria um problema assistir a um documentário curtinho desses.
E esse filme é uma ótima experiência. Em certos momentos é apenas triste, porque é óbvio o quão drogado o Bowie estava nessa época e o quanto isso afetava ele negativamente (mais triste ainda saber que isso ficaria muito pior nos próximos anos), mas ao mesmo tempo é um olhar fascinante sobre ele, o artista que ele era e o jeito que ele pensava. As cenas tem um certo olhar íntimo, e mescladas com os números musicais... é realmente ótimo. Entendo porque esse documentário rendeu ao Bowie o primeiro papel de ator dele em O Homem que Caiu na Terra, porque acho que o doc seria capaz de despertar um fascínio até em alguém que não conhecesse nada sobre o Bowie.
Assisti o filme sem muitas expectativas, e talvez por causa disso mesmo eu tenha gostado, algo que talvez não tivesse acontecido se eu estivesse esperando muito dele.
A fotografia e os figurinos do filme são impecáveis - a estética de um filme não é algo fundamental pra mim, mas é certamente algo que contribuí para a experiência. A história fica super pesada em certos momentos,
Assistir diversas vezes as três temporadas do seriado 'Hannibal' fez eu me dessensibilizar de cenas de canibalismo, mas aquela cena horrível e super longa de necrofilia foi demais pra mim, horrível de assistir
Mas acho que isso só contribuí para a trama de um modo geral. Não é o melhor filme do mundo mas é certamente interessante e merece ser visto (contando que você tenha estôomago pra aguentar as mencionadas cenas fortes).
Excelente documentário e ótimas entrevistas, acabei ele assistindo ele em ordem contrária a sua contra parte (o também excelente David Bowie: The Last Five Years) e acabei gostando mais assim - já que o Bowie ainda estava vivo na época desse documentário, ele não tem um foco no luto e acaba sendo uma experiência mais leve e divertida sobre um artista tão complexo como ele era.
De um modo geral, gostei do filme - gostei muito das atuações da Glória Pires quanto da Miranda Otto. Elas interpretam personagens - figuras reais - de um modo bem complexo, onde você tem enorme simpatia pela personagem em um momento e em outros, só uma sensação de asco.
A história das duas é bem complexa e tem várias camadas (algumas exploradas e outras não, naturalmente) mas de eu sempre gosto de ver relações homossexuais (especialmente entre duas mulheres) em filmes de época, algo ainda relativamente raro.
O maior problema do filme pra mim é que às vezes ele passa pelos acontecimentos muito rápido (leva muito pouco tempo para as duas se apaixonarem) e às vezes se arrasta demais em certos pontos. Mas de um modo geral eu gostei, acho que vale a pena conferir.
Enrolei alguns meses para assistir a esse doc, apesar de vontade não faltar. Eu sou muito fã do David Bowie, que teve uma influência enorme sobre mim, e a morte dele no último ano me abalou bastante, então demorei um pouquinho pra criar a coragem de ver... mas fico feliz em ter feito.
Eu normalmente sou bem manteiga derretida e já confesso que chorei muito nos primeiros dez minutos, e também nos dez últimos minutos (as partes sobre o clipe de Lazarus me destruíram), mas no geral gostei muito, achei ótimo saber mais detalhes da produção do The Next Day e do Blackstar, porque eu realmente não sabia quase nada deles - como diz no próprio doc, o Bowie fez de tudo pra manter esse projeto secreto. E ainda bem que deu certo né :'D
Acho que como fã (e talvez até pra quem não seja) vale muito a pena ver, e se deixar ser levado das lágrimas ao riso nessa forma de despedida.
Tava muito ansiosa pra assistir esse filme desde que anunciaram a produção, e dessa vez minhas expectativas não foram frustradas, gostei muito do filme.
Normalmente tenho certa reserva com continuações feitas tantos anos após a obra original, mas T2: Trainspotting funciona bem. O filme equilibra muito bem uma nova história com personagens antigos, equilibra muito bem a nostalgia, os elementos antigos e os novos.
E meu crush eterno no Ewan McGregor continua vivo e forte <3
Faz alguns meses que eu queria assistir Moonlight, desde pelo menos outubro quando eu ouvi falar dele pela primeira vez, então eu fui acompanhando com alegria o espaço que esse filme foi ganhando, e agora eu finalmente consegui vê-lo, após tanta espera.
Mas digo que a espera valeu a pena.
Moonlight é de uma sensibilidade incrível. Ele é contemplativo, delicado. É também honesto e brutal e tristemente realista em certos momentos, mas não deixa de ser belo por isso.
A trajetória de Chiron ao longo da infância, adolescência e a fase adulta é tão bem feita, e todos os pedaços se encaixam. Você consegue sentir a solidão de Chiron em todos os momentos, sua dificuldade de apenas existir, mas você também consegue acompanhar a evolução, o que ele ganha e o que ele perde com as experiências que a vida lhe proporciona.
De um ponto de vista mais técnico, ele também é lindo. Me apaixonei pela fotografia, especialmente pelos tons de azul e de laranja que sempre tocam a pele de Chiron que se tornam uma parte marcante da identidade visual do filme. As atuações de todos os atores são ótimas, e por mais que o filme não tenha um ritmo rápido, eu não achei que ele é cansativo ou arrastado demais.
Filmes retratando com respeito e dignidade um romance gay ainda não são tantos, mas são ainda mais raros filmes que tratam respeitosamente um romance gay e composto de um elenco inteiramente formado de pessoas negras. Moonlight merece cada elogio que ganhou, cada prêmio e destaque; merece ser visto e ser lembrado.
"They're a rotten crowd. You're worth the whole damn bunch put together!"
Eu li o livro recentemente, e estou chocada com o quão fiel essa adaptação foi, certamente uma das melhores transições de literatura para o cinema que eu já vi.
A trilha sonora me deixou um pouco desorientada no começo, confesso, mas uma vez que você aceita o estranhamento se quebra. De certa forma é uma escolha interessante, porque o livro me passou uma impressão de ser absurdamente moderno apesar de se passar na década de 20, e essa trilha sonora deu o mesmo sentimento ao filme.
As cores exuberantes, os figurinos dão uma materialização incrível a aqueles personagens e aquele clima rico e superficial que o livro retrata tão bem, e os atores estão excelentes em seu papel.
Não sei porque demorei tanto tempo para assistir Carol, sendo que eu gosto tanto dos trabalhos do Todd Haynes. Carol é um filme lindíssimo, que merece ser visto várias vezes.
Adorei a delicadeza do romance entre as protagonistas. O romance delas se constrói de forma lenta e gentil, mas a paixão entre elas é real e palpável, e me fez sentir pelas duas durantes essas duas horas de filme.
Gosto muito de todo o clima do filme, da trilha e da fotografia, mas sem dúvidas é a relação das personagens principais que realmente me conquistou.
Comecei a assistir esse filme sem saber quase nada sobre ele, sem muitas pretensões, e fui surpreendida. Humor extremamente ácido, que funciona muito bem para esse roteiro e esses personagens, e com uma história que se torna até bonita ao longo de sua jornada.
Ando percorrendo os filmes da filmografia do Mads Mikkelsen, e este aqui me chamou a atenção e resolvi assistir. É um bom filme - um filme bem devagar, mas isso não é algo ruim. A lentidão é bem adequada com a história do filme e a personalidade dos personagens principais.
Apesar de ser feito com base em figuras reais, o filme não tem a pretensão de se passar por uma biografia - o que acho que foi uma escolha sábia. O filme é menos uma biografia sobre Stravinsky e Chanel, e mais o relato de uma história em particular, de um momento específico na vida deles.
A Chanel da Anna Mouglalis foi boa, ainda que não excepcionalmente notável para mim, e eu também gostei do Stravinsky do Mads Mikkelsen - ele é um personagem bem quieto e retraído e isso talvez fosse um problema para alguns atores, mas o Mads Mikkelsen é excelente com micro expressões e ele foi capaz de comunicar os muitos sentimentos do Stravinsky sem problema algum.
Mas acho que o que mais me chamou a atenção no filme foi a fotografia e a montagem, especialmente a montagem. Escolhas bem audaciosas de ângulos estranhos mas bonitos, várias cenas aleatórias de personagens olhando diretamente para a câmera em momentos aleatórios que realmente funcionaram bem pra mim.
De modo geral pra mim foi um bom filme, lento sem ser chato.
Beyond foi pra mim foi o melhor dos três desses novos filmes; gosto muito do primeiro e eu tento ignorar a existência de Into Darkness sempre que eu posso, mas Beyond tem um clima tão típico de Star Trek que eu não senti em nenhum dos filmes anteriores.
Cada personagem da tripulação principal em seu momento para brilhar e demonstrar do que é capaz, e tem um entrosamento entre eles que funciona muito bem na trama. Gostei muito do que vi e fico super feliz por esse ter sido o filme lançado nos 50 anos da franquia.
É um filme interessante; achei um pouquinho arrastado, mas no geral foi uma boa versão. É também um filmes bem anos 80, em todos os aspectos.
Gostei bastante da versão do Brian Cox para o Hannibal; ele teve pouquíssimo tempo em cena, mas acho que o pouco que teve ele conseguiu expressar uma versão bem interessante do personagem.
Já não gostei muito do Will de Petersen (não gosto de comparar por serem de épocas bem diferentes, mas o Will do Hugh Dancy e até do Edward Norton foram bem mais superiores para mim); a maior parte do tempo, parecia que ele não conseguia me expressar nada.
A trilha sonora foi um fator bem... curioso. As músicas não são ruins, mas muitas delas foram colocadas em cena em momentos completamente aleatórios que não combinam em nada com o tom da cena e acabou adquirindo mais um tom cômico do que qualquer outra coisa.
Definitivamente não é minha adaptação favorita do universo de Hannibal, mas não achei um filme ruim; com certeza vale a pena assistir.
Eu li muitas críticas duras ao filme, então esperava que fosse pior - acabei gostando da história. Não é um filme maravilhoso, mas é melhor do que eu esperava. E o elenco do filme é realmente ótimo.
Gente, onde eu estava nessa vida que eu nunca tinha visto esse filme?
Muito bom, eu amo filmes que conseguem relacionar humor, crítica ácida e uma certa leveza, e esse filme soube conciliar tudo muito bem. Super recomendo, e é triste que esse tema ainda seja um pouco atual, tantos anos depois do filme ter sido feito.
E estou apaixonada pela Clea DuVall nesse filme <3
Achei esse um filme excelente; eu adorei o modo como os diferentes personagens e as diferentes histórias foram se encaixando e se complementando ao longo da história, e as atuações foram de um modo geral excelentes.
Gostei bastante do documentário, e achei ótimo incluir partes de entrevistas antigas do Rick. Wish You Were Here é um dos meus álbuns favoritos do Pink Floyd, e é sempre fascinante aprender mais curiosidades e fatos sobre o que aconteceu por trás das gravações dessa obra linda, que marca e marcou a vida de tantas pessoas.
Desnecessariamente longo, e com momentos que poderiam ter sido cortados sem prejudicar a trama. Não é o melhor filme do ano, mas tampouco acho que é a porcaria que todos estão pintando; se você assistir despretensiosamente, encontrará bons momentos e um filme até legal.
Paris 8
3.5 13Acredito que o filme tenha seus méritos em se afastar de uma estrutura fílmica 'americanizada' e ao tentar apresentar uma narrativa pessoal, motivada pela vida e relacionamento do personagem principal, mas nesse caso acho que boas intenções não fizeram um bom filme. Excessivamente longo, o filme parece não ir para lugar nenhum e não se aprofundar em nada - os problemas dos personagens parecem rasos e pouco explorados, apesar de todo o tempo gasto neles. No fundo, a impressão que me passa é que o filme é, tristemente, exatamente igual ao tipo de filme que os personagens de cinema parecem gostar de criticar em seus diálogos.
SHOT! O Mantra Psico-Espiritual do Rock
4.0 11Gostei bastante desse documentário, especialmente da estrutura, com o próprio Mick Rock contando sua própria história em seu ponto de vista. Documentários tem diversos formatos e classificações, e há sempre uma riqueza de informações no formato tradicional de um doc em entrevistar várias pessoas da vida da figura central, mas há também uma grande riqueza em ver um insight de uma pessoa sobre ela mesma, e o resultado foi ótimo pra mim.
Mick Rock é uma figura que sempre me despertou curiosidade pelas suas fotos fantásticas que ajudaram a contar a história do rock, em especial nos anos 70 e em especial a cena menos mainstream. O relato dele é bem fascinante, e me deixou ainda mais curioso sobre esse cara.
Em especial é ótimo ver o carinho dele falando das pessoas que ele mais gostou de trabalhar e alguns que viraram amigos, como Bowie, Lou Reed e Debbie Harry. Minha única reclamação é daquelas cenas lisérgicas que me foram um pouco desnecessárias, haha.
Jobriath, Glam Rock
4.1 1Eu ouvi falar do Jobriath pela primeira vez essa semana, e foi uma grande surpresa pra mim - eu gosto muito de glam rock e achei que eu conhecia a maior parte das bandas e músicos do período, mas parece que o "Bowie americano" passou completamente despercebido por mim.
Mas não só por mim, como esse documentário mostra: Jobriath foi uma chama, uma promessa que nunca se concretizou.
Vendo o documentário, me parece uma pena: ele parecia ser um artista com certo talento, mas ele estava na hora errada e do jeito errado. Seu primeiro álbum em estilo todo glam é de 1973, ano que a cena glam começou a entrar em declínio, e seu estilo parecia mais uma mistura de algo teatral com uma vibe mais cabaret do que algo rock 'n' roll.
Há também o fato de que ele era americano, e os Estados Unidos não havia abraçado o glam rock do modo que a Inglaterra havia; nem sequer o Bowie tinha grande sucesso comercial nos EUA naquela época, e falando na pesso,a outro erro pra mim foi o marketing em cima dele dizendo que ele era o "David Bowie americano", quando na realidade as músicas entre os dois artistas era bem diferente e criando uma possível rivalidade desnecessária com fãs americanos de Bowie e do glam.
Todos esses fatores, somados a homofobia que um artista que se declarava 100% gay nos Estados Unidos da década de 70 inevitavelmente iria sofrer... é fácil ver porque a carreira dele foi um fracasso. Ele tinha seu talento, mas foi tudo um sério erro de foco e de marketing.
Outro erro que os entrevistados do filme parecem nunca focar é o fato de que o material rock 'n' roll do Jobriath... simplesmente não era bom o suficiente diante do que fora prometido. Era passável, mas para a hype formada em cima dele, ele precisaria mais do que ser mediano.
Fico feliz que ele tenha conseguido de certa forma reconstruir sua imagem em outro gênero onde ele se deu melhor, mas infelizmente sua vida foi ceifada cedo demais para que causasse algum grande impacto. No geral é uma história triste, de uma promessa nunca realmente cumprida.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KQuando eu peguei esse filme emprestado com meu amigo, ele me avisou de que era bem triste, mas mesmo com esse aviso eu fiquei surpresa com o quão triste e pesado o filme é.
A história e o modo como ela é contada são de partir o coração, e me arrancaram lágrimas em diversos momento. É uma história muito tocante e muito triste, especialmente por saber o quão real ela é em cenários de guerra.
Impecável e muito bem feito, recomendo muito... mas prepare um lencinho pra quando for ver, porque se você for manteiga derretida como eu, vai se desmanchar em lágrimas durante boa parte do filme.
Boy George - A Vida é Meu Palco
3.6 33Eu estou em um embalo pra assistir documentários e cinebiografias de músicos, então assisti esse filme logo após descobrir a existência dele, mesmo conhecendo pouquinho sobre o Boy George.
Acho que a princípio, é meio confusa a transição temporal entre o "antes da fama" e "começo da crise" na qual o filme se passa, mas acabei me acostumando aos poucos. Gostei do foco na vida do Boy George como Bliz Kid, mas eu gostaria de ter visto mais sobre os primeiros sucessos do Culture Club também, embora eu entenda essa escolha.
Douglas Booth fez um trabalho excelente como Boy George, a melhor atuação do filme pra mim, mas acho que todos se saíram bem. Acho que o filme peca um pouco em cobrir tão pouco tempo, mas vale a pena ser visto.
E como um último comentário,
Incrível aquela cena do Bowie aparecendo no Blitz, hahaha! Gostei MUITO de não terem mostrado o rosto dele,só insinuando a figura - mantendo a mística, de certa forma. E a histeria do clube foi ótima de ver também, haha. Minha cena favorita do filme, e não só porque eu sou super fã do David Bowie.
Cracked Actor
4.5 6Há muitos anos eu queria assistir a esse filme, desde a época em que eu me tornei fã do Bowie (há uns... oito anos atrás? por aí), mas eu nunca pude porque não existe legendas desse filme na internet haha, nem mesmo em inglês. Com o passar do tempo do tempo eu esqueci dele, mas ao ver um link dele no youtube eu me lembrei que eu sou fluente em inglês há um bom tempo e que não seria um problema assistir a um documentário curtinho desses.
E esse filme é uma ótima experiência. Em certos momentos é apenas triste, porque é óbvio o quão drogado o Bowie estava nessa época e o quanto isso afetava ele negativamente (mais triste ainda saber que isso ficaria muito pior nos próximos anos), mas ao mesmo tempo é um olhar fascinante sobre ele, o artista que ele era e o jeito que ele pensava. As cenas tem um certo olhar íntimo, e mescladas com os números musicais... é realmente ótimo. Entendo porque esse documentário rendeu ao Bowie o primeiro papel de ator dele em O Homem que Caiu na Terra, porque acho que o doc seria capaz de despertar um fascínio até em alguém que não conhecesse nada sobre o Bowie.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraAssisti o filme sem muitas expectativas, e talvez por causa disso mesmo eu tenha gostado, algo que talvez não tivesse acontecido se eu estivesse esperando muito dele.
A fotografia e os figurinos do filme são impecáveis - a estética de um filme não é algo fundamental pra mim, mas é certamente algo que contribuí para a experiência. A história fica super pesada em certos momentos,
Assistir diversas vezes as três temporadas do seriado 'Hannibal' fez eu me dessensibilizar de cenas de canibalismo, mas aquela cena horrível e super longa de necrofilia foi demais pra mim, horrível de assistir
Mas acho que isso só contribuí para a trama de um modo geral. Não é o melhor filme do mundo mas é certamente interessante e merece ser visto (contando que você tenha estôomago pra aguentar as mencionadas cenas fortes).
David Bowie: Five Years
4.4 21Excelente documentário e ótimas entrevistas, acabei ele assistindo ele em ordem contrária a sua contra parte (o também excelente David Bowie: The Last Five Years) e acabei gostando mais assim - já que o Bowie ainda estava vivo na época desse documentário, ele não tem um foco no luto e acaba sendo uma experiência mais leve e divertida sobre um artista tão complexo como ele era.
Flores Raras
3.8 567 Assista AgoraDe um modo geral, gostei do filme - gostei muito das atuações da Glória Pires quanto da Miranda Otto. Elas interpretam personagens - figuras reais - de um modo bem complexo, onde você tem enorme simpatia pela personagem em um momento e em outros, só uma sensação de asco.
A história das duas é bem complexa e tem várias camadas (algumas exploradas e outras não, naturalmente) mas de eu sempre gosto de ver relações homossexuais (especialmente entre duas mulheres) em filmes de época, algo ainda relativamente raro.
O maior problema do filme pra mim é que às vezes ele passa pelos acontecimentos muito rápido (leva muito pouco tempo para as duas se apaixonarem) e às vezes se arrasta demais em certos pontos. Mas de um modo geral eu gostei, acho que vale a pena conferir.
David Bowie: The Last Five Years
4.4 27Enrolei alguns meses para assistir a esse doc, apesar de vontade não faltar. Eu sou muito fã do David Bowie, que teve uma influência enorme sobre mim, e a morte dele no último ano me abalou bastante, então demorei um pouquinho pra criar a coragem de ver... mas fico feliz em ter feito.
Eu normalmente sou bem manteiga derretida e já confesso que chorei muito nos primeiros dez minutos, e também nos dez últimos minutos (as partes sobre o clipe de Lazarus me destruíram), mas no geral gostei muito, achei ótimo saber mais detalhes da produção do The Next Day e do Blackstar, porque eu realmente não sabia quase nada deles - como diz no próprio doc, o Bowie fez de tudo pra manter esse projeto secreto. E ainda bem que deu certo né :'D
Acho que como fã (e talvez até pra quem não seja) vale muito a pena ver, e se deixar ser levado das lágrimas ao riso nessa forma de despedida.
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraTava muito ansiosa pra assistir esse filme desde que anunciaram a produção, e dessa vez minhas expectativas não foram frustradas, gostei muito do filme.
Normalmente tenho certa reserva com continuações feitas tantos anos após a obra original, mas T2: Trainspotting funciona bem. O filme equilibra muito bem uma nova história com personagens antigos, equilibra muito bem a nostalgia, os elementos antigos e os novos.
E meu crush eterno no Ewan McGregor continua vivo e forte <3
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraFaz alguns meses que eu queria assistir Moonlight, desde pelo menos outubro quando eu ouvi falar dele pela primeira vez, então eu fui acompanhando com alegria o espaço que esse filme foi ganhando, e agora eu finalmente consegui vê-lo, após tanta espera.
Mas digo que a espera valeu a pena.
Moonlight é de uma sensibilidade incrível. Ele é contemplativo, delicado. É também honesto e brutal e tristemente realista em certos momentos, mas não deixa de ser belo por isso.
A trajetória de Chiron ao longo da infância, adolescência e a fase adulta é tão bem feita, e todos os pedaços se encaixam. Você consegue sentir a solidão de Chiron em todos os momentos, sua dificuldade de apenas existir, mas você também consegue acompanhar a evolução, o que ele ganha e o que ele perde com as experiências que a vida lhe proporciona.
De um ponto de vista mais técnico, ele também é lindo. Me apaixonei pela fotografia, especialmente pelos tons de azul e de laranja que sempre tocam a pele de Chiron que se tornam uma parte marcante da identidade visual do filme. As atuações de todos os atores são ótimas, e por mais que o filme não tenha um ritmo rápido, eu não achei que ele é cansativo ou arrastado demais.
Filmes retratando com respeito e dignidade um romance gay ainda não são tantos, mas são ainda mais raros filmes que tratam respeitosamente um romance gay e composto de um elenco inteiramente formado de pessoas negras. Moonlight merece cada elogio que ganhou, cada prêmio e destaque; merece ser visto e ser lembrado.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista Agora"They're a rotten crowd. You're worth the whole damn bunch put together!"
Eu li o livro recentemente, e estou chocada com o quão fiel essa adaptação foi, certamente uma das melhores transições de literatura para o cinema que eu já vi.
A trilha sonora me deixou um pouco desorientada no começo, confesso, mas uma vez que você aceita o estranhamento se quebra. De certa forma é uma escolha interessante, porque o livro me passou uma impressão de ser absurdamente moderno apesar de se passar na década de 20, e essa trilha sonora deu o mesmo sentimento ao filme.
As cores exuberantes, os figurinos dão uma materialização incrível a aqueles personagens e aquele clima rico e superficial que o livro retrata tão bem, e os atores estão excelentes em seu papel.
E assim como no livro, sinto sempre tanta pena do Gatsby. Ele tinha seus defeitos mas tinha um bom coração, diferente de 90% dos outros personagens
De forma geral gostei muto do filme e de todos os seus detalhes, com certeza vale a pena conferir.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraNão sei porque demorei tanto tempo para assistir Carol, sendo que eu gosto tanto dos trabalhos do Todd Haynes. Carol é um filme lindíssimo, que merece ser visto várias vezes.
Adorei a delicadeza do romance entre as protagonistas. O romance delas se constrói de forma lenta e gentil, mas a paixão entre elas é real e palpável, e me fez sentir pelas duas durantes essas duas horas de filme.
Gosto muito de todo o clima do filme, da trilha e da fotografia, mas sem dúvidas é a relação das personagens principais que realmente me conquistou.
Entre o Bem e o Mal
3.8 58Comecei a assistir esse filme sem saber quase nada sobre ele, sem muitas pretensões, e fui surpreendida. Humor extremamente ácido, que funciona muito bem para esse roteiro e esses personagens, e com uma história que se torna até bonita ao longo de sua jornada.
Coco Chanel & Igor Stravinsky
3.6 110Ando percorrendo os filmes da filmografia do Mads Mikkelsen, e este aqui me chamou a atenção e resolvi assistir. É um bom filme - um filme bem devagar, mas isso não é algo ruim. A lentidão é bem adequada com a história do filme e a personalidade dos personagens principais.
Apesar de ser feito com base em figuras reais, o filme não tem a pretensão de se passar por uma biografia - o que acho que foi uma escolha sábia. O filme é menos uma biografia sobre Stravinsky e Chanel, e mais o relato de uma história em particular, de um momento específico na vida deles.
A Chanel da Anna Mouglalis foi boa, ainda que não excepcionalmente notável para mim, e eu também gostei do Stravinsky do Mads Mikkelsen - ele é um personagem bem quieto e retraído e isso talvez fosse um problema para alguns atores, mas o Mads Mikkelsen é excelente com micro expressões e ele foi capaz de comunicar os muitos sentimentos do Stravinsky sem problema algum.
Mas acho que o que mais me chamou a atenção no filme foi a fotografia e a montagem, especialmente a montagem. Escolhas bem audaciosas de ângulos estranhos mas bonitos, várias cenas aleatórias de personagens olhando diretamente para a câmera em momentos aleatórios que realmente funcionaram bem pra mim.
De modo geral pra mim foi um bom filme, lento sem ser chato.
Star Trek: Sem Fronteiras
3.8 566 Assista AgoraBeyond foi pra mim foi o melhor dos três desses novos filmes; gosto muito do primeiro e eu tento ignorar a existência de Into Darkness sempre que eu posso, mas Beyond tem um clima tão típico de Star Trek que eu não senti em nenhum dos filmes anteriores.
Cada personagem da tripulação principal em seu momento para brilhar e demonstrar do que é capaz, e tem um entrosamento entre eles que funciona muito bem na trama. Gostei muito do que vi e fico super feliz por esse ter sido o filme lançado nos 50 anos da franquia.
Caçador de Assassinos
3.5 158 Assista AgoraÉ um filme interessante; achei um pouquinho arrastado, mas no geral foi uma boa versão. É também um filmes bem anos 80, em todos os aspectos.
Gostei bastante da versão do Brian Cox para o Hannibal; ele teve pouquíssimo tempo em cena, mas acho que o pouco que teve ele conseguiu expressar uma versão bem interessante do personagem.
Já não gostei muito do Will de Petersen (não gosto de comparar por serem de épocas bem diferentes, mas o Will do Hugh Dancy e até do Edward Norton foram bem mais superiores para mim); a maior parte do tempo, parecia que ele não conseguia me expressar nada.
A trilha sonora foi um fator bem... curioso. As músicas não são ruins, mas muitas delas foram colocadas em cena em momentos completamente aleatórios que não combinam em nada com o tom da cena e acabou adquirindo mais um tom cômico do que qualquer outra coisa.
Definitivamente não é minha adaptação favorita do universo de Hannibal, mas não achei um filme ruim; com certeza vale a pena assistir.
Transcendence: A Revolução
3.2 1,1K Assista AgoraEu li muitas críticas duras ao filme, então esperava que fosse pior - acabei gostando da história. Não é um filme maravilhoso, mas é melhor do que eu esperava. E o elenco do filme é realmente ótimo.
Apesar de eu ainda achar que o final foi muito rápido e que poderia ter tomado outra direção mais satisfatória, mas enfim.
Nunca Fui Santa
3.7 296Gente, onde eu estava nessa vida que eu nunca tinha visto esse filme?
Muito bom, eu amo filmes que conseguem relacionar humor, crítica ácida e uma certa leveza, e esse filme soube conciliar tudo muito bem. Super recomendo, e é triste que esse tema ainda seja um pouco atual, tantos anos depois do filme ter sido feito.
E estou apaixonada pela Clea DuVall nesse filme <3
A Novela das 8
3.3 107Achei esse um filme excelente; eu adorei o modo como os diferentes personagens e as diferentes histórias foram se encaixando e se complementando ao longo da história, e as atuações foram de um modo geral excelentes.
Pink Floyd: The Story of Wish You Were Here
4.6 52Gostei bastante do documentário, e achei ótimo incluir partes de entrevistas antigas do Rick. Wish You Were Here é um dos meus álbuns favoritos do Pink Floyd, e é sempre fascinante aprender mais curiosidades e fatos sobre o que aconteceu por trás das gravações dessa obra linda, que marca e marcou a vida de tantas pessoas.
Do Começo ao Fim
3.0 1,3KAcho que esse filme tinha o potencial para ser muito mais do que foi; chegou cheio de ideias, e no final ele realmente não diz nada.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraDesnecessariamente longo, e com momentos que poderiam ter sido cortados sem prejudicar a trama. Não é o melhor filme do ano, mas tampouco acho que é a porcaria que todos estão pintando; se você assistir despretensiosamente, encontrará bons momentos e um filme até legal.