É uma história 200% Stephen King. Joe Hill mantém a essência do pai na hora de escrever, isso é muito perceptível. O filme tem uma história interessante, muitas referências ao It, como os frames do Grabber parado segurando balões, a menina andando na chuva atrás do irmão com a sua capa de chuva amarela, então logo se vê que há animosidade de se manter nesse cenário das histórias do Stephen King. A fotografia é muito bonita, a paleta vintage e a ambientação no final dos anos 70 deu muito certo, por vezes você lembra de Stranger Things, acho que é por que as crianças são o elemento central da história. A história não é ruim, mas é bem parado. Pudera, o conto do Joe Hill só tem 90 páginas, é muito pouco para desenvolver um filme, lá pelo minuto 40 é que começa a andar. Comparado ao cenário de filmes de terror atual, que é péssimo, esse não é de todo ruim, e digo mais, o Ethan Hawke ficou tão carismático de Grobber que eu diria que vem continuação ou spin-off pela frente. Mas, eu já vi taaaaantos filmes como esse, nesse ambiente do King que achei chato e por isso vou dar essa nota. Mas dá pra perder tempo, pelo menos você não se sente lesado de ver, coisa que tem sido comum com os últimos protótipos de terror.
Muitíssimo bom! Esse Ti West é foda hein? Pra quem tá esperando algo 300% gore decepciona, não foi o meu caso. O terror psicológico tem me agradado bem mais do que esses terrores que já tem aos montes, com sangue, capeta e sustos. Achei ele bem independente do X, e possivelmente do Maxxxine, então se não quer ver os outros vai que dá boa. Eu amei que assim como no X, aqui em Pearl a direção faz uma belíssima homenagem a cultura cinematográfica da época, as tomadas e os frames são idênticos, para quem é saudosista é um prato cheio, eu achei espetacular, uma belíssima homenagem a história, inclusive alguns momentos você lembra de Casablanca e até de Noviça Rebelde, pela caracterização e paleta de cores. Quanto a história em si, coitada da Pearl, é digna de pena.
Nasceu transviada, e com o decorrer da vida é cheia de frustrações e lástimas, sonhos nunca realizados, infelicidade e incompreensão por toda a vida, deu no que deu. A construção da personagem é excelente, os trejeitos "caipiras", e o modo como ela se transforma quando começa a externar seus distúrbios é sensacional. Mia Goth tem muito talento.
Um dos melhores de 2022 com toda certeza, no mais: I AM A STARRRRRRR!
Muito bom! O terror desse filme é a instabilidade emocional constante, DE TODOS. Mas o pessoal queria que aparecesse um capetão ou algo do gênero com bastante jump scare pra dar nota boa. A24 não decepciona nunca.
Um excelente documentário de uma das maiores artistas que pudemos presenciar a sua existência. Uma mulher incrível, uma artista completa, o maior ícone do pop-rock no mundo. E com uma vida sofrida desde a infância, passando por cima de seus traumas e medos se tornou uma rainha, é inspirador e admirável a sua garra. É uma lenda! Maravilhosa!
Faz mais de dois meses que assisti isso e só consegui vir formular um comentário agora, tamanho trauma. Sim, é traumático assistir esse filme, a menos que o seu peito esteja vazio, ou que você não tenha um pingo de instinto maternal/paternal, o que não necessariamente você teria que ter filhos para sentir, apenas entender o tamanho da desgraça toda.
Bom, o filme é uma enorme crítica ao comportamento passivo da sociedade moderna em alguns países, como exemplo da Dinamarca e a Suécia, isso fica muito claro. Mas, é totalmente inesperado que o filme demonstre essa passividade tão nua e crua. Para nós brasileiros é de um incômodo gigantesco, pois a discrepância cultural/comportamental é gritante. E isso justifica muitos comentários do tipo "ai nenhum pai ou mãe deixaria isso acontecer", é realmente uma quebra de paradigma enorme para nós acreditar que existe gente assim, mas existe, e é doentio.
Eu não vou citar nenhuma cena aqui senão teria que escrever uma tese inteira para dar conta, mas esse filme me deu um certo orgulho de mim mesma, quando penso que não possuo problemas em dizer não, seja para quem for. É mais do que necessário, neste caso em si é imprescindível.
Enfim, desde o início me senti altamente incomodada, na cena inicial da casa dos holandeses em que ele oferece carne pra ela, eu já ia bater com o pau na mesa com o tamanho do desrespeito, que dirá com o que vem pela frente.
Sei que resolvi ver esse filme no meio da noite e perdi o sono de vez, fiquei agitada, angustiada, com dor no maxilar de ranger os dentes, e extremamente nervosa e incomodada, definitivamente não esperava o desfecho final, eu realmente achava que seria algum ritual demoníaco ou algo assim, mas foi pior.
Pra mim foi o melhor filme de 2022, por vezes tenho um devaneio ao decorrer do dia e me pego pensando nele, estragou legal com a minha cabeça. É um terror de outro patamar, e muito assustador. Ter medo de demônio não é nada perto do ser humano "normal" que cruza o teu caminho.
E o título "Speak No Evil" é uma expressão que deve ser combatida, devemos falar mal sim sempre que for necessário.
Não só pelo tema repugnante e tudo o que acontece no decorrer dele, mas também, o filme ser em uma única tomada te faz ficar imerso, ao ponto que parece que tudo está acontecendo na sua frente. Por vezes tive vontade de gritar, por que parecia que eu estava no mesmo ambiente.
No quesito crítico é excelente. Considerado as proporções de baixo orçamento e cena underground, pois, entrega muito mais do que você está esperando e imagina. Apenas vejam e sintam o gosto amargo da repulsa.
Eu juro que tento entender o argumento "é muito lento, é arrastado", nem tudo na vida é jump scare meus amigos, graças a deus.
Eu adorei. Esse filme foi uma grata surpresa, de fato um legítimo suspense e com um plot daqueles, sensacional e inesperado.
Eu gostei muito do personagem do Edgar Allan Poe, eu sei que é tudo ficção, e que apenas calhou o personagem dele ali, mas, quem lê Allan Poe e o conhece tem que dar o braço a torcer que a caracterização ficou excelente, faltando apenas o bigode, mas, os olhos fundos, a estrutura óssea do rosto larga e o cabelo preto de lado, isso ficou o próprio. Sem dizer que, a personalidade do personagem exprime tudo aquilo que imaginamos que Poe tenha sido, apenas por ler os seus livros. Eu achei uma baita homenagem, pois ficou claro o tamanho do estudo que o personagem teve. A cena final do diálogo entre Poe e Landor é excelente, muito mesmo, de fazer você sentir que valeu muito pena assistir o filme. A trilha sonora é muito boa, não espero menos do Howard Shore.
Ou seja, é um filme zero defeitos, lamento por quem não curtiu.
A trama é interessante porque você começa achando que é mais um filme de jovens burros, e nem é tanto assim. Mas, da metade pro fim fica meio desconexo,
do nada o dono da casa aparece? E pq raios a imobiliária age da maneira que age? Enfim, meio louco.
Também acho que faltou explorar um pouco os feitos do velho psicopata do porão, simplesmente jogaram no roteiro: ah ele levava mulheres para o porão e engravidava ela e as filhas delas, whaaat?
Enfim, vale pelo Bill Skarsgård que é lindo! hahahah
Só eu sei a quanto tempo espero por uma versão decente dessa excelente criação do Clive Barker. Nos anos 90 assistir o clássico Hellraiser era super bom e tal, mas hoje vemos como envelheceu mal. E esse filme merecia algo decente e entregaram nesse. Tá certo, as atuações dos jovens ali são bem fracas e existe uns furos de roteiro também como a deles invadindo um lugar do nada pra pegar a caixa (what???), mas no fim é um bom filme. Dei uma nota alta porquê ameeeei os cenobitas, acho que devia até virar action figure de tão bons que ficaram. Adorei o visual andrógino do Pinhead, e amei mais ainda por terem usado maquiagem e animatronics ao invés de CGI, (eu tinha muito medo de ver algo extremamente computadorizado) ufa. A trilha sonora está ótima, e é muito imersivo, gosto assim. Espero que haja uma continuação porque esse material deixa aberto a isso, e se seguir a mesma ideia de produção desse pode vir coisa boa por aí.
Lamb é o típico filme do estudio A24. Não é pra ser previsível, nem jumpscare, então se tu curte esse tipo nem veja. E mais do que isso, Lamb não é um filme de terror. Somente vendo o filme é muita metáfora pra desvendar, então eu fui procurar a crítica. De fato, o filme é o que eu entendi. É pesado em todos os sentidos, é doído, infeliz, frio, egoísta, estranho, e essas características todas descrevem um estado de luto, e é o que é. A negação do destino e o "castigo" dele são muito bem trabalhados, mas isso deve ser enxergado do ponto de vista neutro de quem não acha que as coisas acontecem por castigo, anyway, dá pra escrever páginas de comentários sobre esse filme. O quê de estranheza é o porque da criança ser assim, mas é mais uma parte da metáfora em aceitar qualquer coisa desde que você possa preencher o vazio que "lhe" foi tirado. Não é o meu preferido do estúdio, mas eu jamais vou esquecer dessa análise.
Eu vou dar 3 estrelas pelo James Dean. Gente, eu já estava cansada na cena inicial da delegacia, paradíssimo. Com um roteiro bem defasado, parece um filme que eles iam inventando na hora o que fazer e ficou por isso mesmo. No geral, bem bobo.
O típico suspense de Hitchcock. Cômico em alguns momentos, mas muito bom. É um filme que se passa praticamente em apenas um cenário, deve ser porque com a Grace Kelly não precisa de muita coisa em volta pra fazer um filme hehe.
Assisti com tanta esperança de ser muito ruim que no fim nem pareceu tão ruim assim. Tem uma boa história que dá vontade de ver até o fim, só não entendi porque colocar como Exorcista III, colocassem como A Legião que é o nome do livro e ficaria melhor. Até porque, todo mundo de fato espera ver uma continuação de Exorcista que fora a escadaria e o Padre Carras não tem ligação alguma. É o típico filme é ruim mas é bom, da pra se entreter mas tem cenas e atuações pra lá de toscas, assim como tem cenas legaizinhas.
*nunca mais vou esquecer daquele satanais vindo com a tesoura atrás da enfermeira*
Não sei porque demorei tanto pra ver. Excelente filme, com excelentes atuações. Não dá pra deixar de mencionar a clara inspiração em 2001 Uma Odisséia no Espaço.
Michael Caine: ok Hanz Zimmer: ok Christopher Nolan: ok
É impressionante a quantidade de gente que se sente com propriedade de comentar um filme sem se quer ter terminado de ver, que geração louca. Eu acredito que a maioria não ter gostado significa puramente uma falta de conhecimento aprofundado no que de fato é o cinema e sobre o que esse filme retrata. Não estou assinalando virtude muito menos querendo dizer o que as pessoas devem ou não saber, é apenas a constatação diante da quantidade de comentários desmerecedores e que jogam a obra no limbo como se de fato fosse, e não é. É possível sim que há quem não goste do filme mesmo captando todas as referências e indagações que ele traz, e isso sim é válido. Agora chegar a dizer que o filme péssimo sem se quer saber do desfeixo é pra lá de desconexo. Particularmente achei uma das melhores obras dos últimos anos. Retratar a vida de Herman Mankiewicz é muita responsabilidade, pois foi um roteirista genial e incompreendido. O filme mostrar a importância dos roteiristas é muito grandioso, as maiores obras não existiriam sem eles e nem sempre são mencionados. E também retratar o momento político da época foi muito importante para mostrar o quanto Mank era único. Eu não sou nem de longe uma viúva do David Fincher como há tantos, mas dessa vez ele foi majestoso e trouxe algo realmente grande e emocionante. Eu não sei se devo comentar Gary Oldman, acho que não há necessidade é o melhor. Enfim, é um excelente filme, com excelentes atuações, com uma das histórias mais importantes do cinema mundial, terminei muito emocionada pois foi lindo de ver tudo isso em um filme.
Que comédia divertida! Martin Scorsese é único mesmo, novamente nos traz um filme mostrando mais um lado de Nova York, neste caso o lado noturno e desastroso que pode ter hehe. Achei muito engraçado e envolvente, eu já estava tão angustiada quanto o personagem só querendo voltar pra casa. obs: agora sempre que eu acordo de madrugada com fome eu queria que tivesse um café aberto como nesse filme, só pra sair e comer no meio da noite. hahahaha
Eu amo ver filmes com Denzel Washington, porque ele é sempre único nos seus personagens, o típico ator que carrega uma personalidade para o que está interpretando. Achei interessante como o filme trata de pautas sociais, e também de como mostra um outro lado da militância, aquela que chega em um momento que já não vê propósito nos seus princípios, ou quando percebe que somente ele acredita naqueles princípios e aí a ruptura é certa. Foi o que houve nesse filme, e talvez seja o que mais decepcionou as pessoas que não gostaram do filme, talvez enxergar que as vezes estamos vivendo errado. (não estou discutindo o mérito do que é certo e errado) Claro, nesse filme a ruptura foi mais que grande, porque houve até a quebra de caráter diante da primeira chance oportunista que viu, e aí o que veio depois foram apenas consequências. Mas é um ótimo filme,
Filme sobre alzheimer tem aos montes, mas como esse não. A maneira imersiva em que somos colocados diante da doença de Anthony é perturbadora, e talvez seja essa mesma a intenção. Cheguei em um momento em que eu estava me vendo angustiada por estar vendo a situação que passava diante dos olhos dele, e também me senti de mãos atadas ao ver a filha dele sem opção do que fazer. A paleta de cores em tons azuis deixou tudo muito mais significativo juntamente com todos os aspectos minimalistas do cenário. Não é necessário falar da atuação de Anthony Hopkins ganhador do oscar, gente é o Anthony Hopkins eu nunca espero menos que isso. É um filme para adultos com capacidade de entender o que é a dor. Tanto de quem está doente, quando a de quem convive com um ente doente.
Eu só não quero ver nunca mais pelo fato de que, a cena em que ele imagina estar levando vários tapas na cara, e a cena final em que ele chora feito uma criança me destruíram. Estou a uma semana pensando nisso já, deus que triste.
Legalzinho, bem produzido, fotografia e trilha sonora boas, e só. Indicados do Oscar nunca me decepcionam, sempre tem aqueles filmes que causam maior falatório e na real não é nada demais.
É uma tríade amorosa onipresente que acompanham os personagens melancolicamente até o fim de suas vidas, é também um filme que demonstra maturidade ao mostrar que a triste conformidade não é algo tão terrível, nem desejável, mas acontece. Acredito que o ponto alto do filme na verdade, é o estudo ou até mesmo crítica antropológica que Martin Scorsese possui por New York, sendo ela cenário de muitas outras obras dele, neste caso uma reflexão sobre os costumes e convenções sociais da época. Excelente!
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraÉ uma história 200% Stephen King. Joe Hill mantém a essência do pai na hora de escrever, isso é muito perceptível.
O filme tem uma história interessante, muitas referências ao It, como os frames do Grabber parado segurando balões, a menina andando na chuva atrás do irmão com a sua capa de chuva amarela, então logo se vê que há animosidade de se manter nesse cenário das histórias do Stephen King.
A fotografia é muito bonita, a paleta vintage e a ambientação no final dos anos 70 deu muito certo, por vezes você lembra de Stranger Things, acho que é por que as crianças são o elemento central da história.
A história não é ruim, mas é bem parado. Pudera, o conto do Joe Hill só tem 90 páginas, é muito pouco para desenvolver um filme, lá pelo minuto 40 é que começa a andar.
Comparado ao cenário de filmes de terror atual, que é péssimo, esse não é de todo ruim, e digo mais, o Ethan Hawke ficou tão carismático de Grobber que eu diria que vem continuação ou spin-off pela frente. Mas, eu já vi taaaaantos filmes como esse, nesse ambiente do King que achei chato e por isso vou dar essa nota.
Mas dá pra perder tempo, pelo menos você não se sente lesado de ver, coisa que tem sido comum com os últimos protótipos de terror.
Pearl
3.9 986Muitíssimo bom! Esse Ti West é foda hein?
Pra quem tá esperando algo 300% gore decepciona, não foi o meu caso.
O terror psicológico tem me agradado bem mais do que esses terrores que já tem aos montes, com sangue, capeta e sustos.
Achei ele bem independente do X, e possivelmente do Maxxxine, então se não quer ver os outros vai que dá boa.
Eu amei que assim como no X, aqui em Pearl a direção faz uma belíssima homenagem a cultura cinematográfica da época, as tomadas e os frames são idênticos, para quem é saudosista é um prato cheio, eu achei espetacular, uma belíssima homenagem a história, inclusive alguns momentos você lembra de Casablanca e até de Noviça Rebelde, pela caracterização e paleta de cores.
Quanto a história em si, coitada da Pearl, é digna de pena.
Nasceu transviada, e com o decorrer da vida é cheia de frustrações e lástimas, sonhos nunca realizados, infelicidade e incompreensão por toda a vida, deu no que deu.
A construção da personagem é excelente, os trejeitos "caipiras", e o modo como ela se transforma quando começa a externar seus distúrbios é sensacional. Mia Goth tem muito talento.
Um dos melhores de 2022 com toda certeza, no mais: I AM A STARRRRRRR!
Ao Cair da Noite
3.1 976 Assista AgoraMuito bom!
O terror desse filme é a instabilidade emocional constante, DE TODOS.
Mas o pessoal queria que aparecesse um capetão ou algo do gênero com bastante jump scare pra dar nota boa.
A24 não decepciona nunca.
Tina
4.3 24Um excelente documentário de uma das maiores artistas que pudemos presenciar a sua existência.
Uma mulher incrível, uma artista completa, o maior ícone do pop-rock no mundo.
E com uma vida sofrida desde a infância, passando por cima de seus traumas e medos se tornou uma rainha, é inspirador e admirável a sua garra.
É uma lenda! Maravilhosa!
Não Fale o Mal
3.6 673Faz mais de dois meses que assisti isso e só consegui vir formular um comentário agora, tamanho trauma.
Sim, é traumático assistir esse filme, a menos que o seu peito esteja vazio, ou que você não tenha um pingo de instinto maternal/paternal, o que não necessariamente você teria que ter filhos para sentir, apenas entender o tamanho da desgraça toda.
Bom, o filme é uma enorme crítica ao comportamento passivo da sociedade moderna em alguns países, como exemplo da Dinamarca e a Suécia, isso fica muito claro. Mas, é totalmente inesperado que o filme demonstre essa passividade tão nua e crua. Para nós brasileiros é de um incômodo gigantesco, pois a discrepância cultural/comportamental é gritante.
E isso justifica muitos comentários do tipo "ai nenhum pai ou mãe deixaria isso acontecer", é realmente uma quebra de paradigma enorme para nós acreditar que existe gente assim, mas existe, e é doentio.
Eu não vou citar nenhuma cena aqui senão teria que escrever uma tese inteira para dar conta, mas esse filme me deu um certo orgulho de mim mesma, quando penso que não possuo problemas em dizer não, seja para quem for. É mais do que necessário, neste caso em si é imprescindível.
Enfim, desde o início me senti altamente incomodada, na cena inicial da casa dos holandeses em que ele oferece carne pra ela, eu já ia bater com o pau na mesa com o tamanho do desrespeito, que dirá com o que vem pela frente.
Sei que resolvi ver esse filme no meio da noite e perdi o sono de vez, fiquei agitada, angustiada, com dor no maxilar de ranger os dentes, e extremamente nervosa e incomodada, definitivamente não esperava o desfecho final, eu realmente achava que seria algum ritual demoníaco ou algo assim, mas foi pior.
Pra mim foi o melhor filme de 2022, por vezes tenho um devaneio ao decorrer do dia e me pego pensando nele, estragou legal com a minha cabeça. É um terror de outro patamar, e muito assustador. Ter medo de demônio não é nada perto do ser humano "normal" que cruza o teu caminho.
E o título "Speak No Evil" é uma expressão que deve ser combatida, devemos falar mal sim sempre que for necessário.
Soft & Quiet
3.5 242Essa leva de filmes de "terror social" tá tenso.
Soft & Quiet é MUITO desconfortável.
Não só pelo tema repugnante e tudo o que acontece no decorrer dele, mas também, o filme ser em uma única tomada te faz ficar imerso, ao ponto que parece que tudo está acontecendo na sua frente.
Por vezes tive vontade de gritar, por que parecia que eu estava no mesmo ambiente.
No quesito crítico é excelente. Considerado as proporções de baixo orçamento e cena underground, pois, entrega muito mais do que você está esperando e imagina.
Apenas vejam e sintam o gosto amargo da repulsa.
O Pálido Olho Azul
3.3 272 Assista AgoraEu juro que tento entender o argumento "é muito lento, é arrastado", nem tudo na vida é jump scare meus amigos, graças a deus.
Eu adorei.
Esse filme foi uma grata surpresa, de fato um legítimo suspense e com um plot daqueles, sensacional e inesperado.
Eu gostei muito do personagem do Edgar Allan Poe, eu sei que é tudo ficção, e que apenas calhou o personagem dele ali, mas, quem lê Allan Poe e o conhece tem que dar o braço a torcer que a caracterização ficou excelente, faltando apenas o bigode, mas, os olhos fundos, a estrutura óssea do rosto larga e o cabelo preto de lado, isso ficou o próprio. Sem dizer que, a personalidade do personagem exprime tudo aquilo que imaginamos que Poe tenha sido, apenas por ler os seus livros. Eu achei uma baita homenagem, pois ficou claro o tamanho do estudo que o personagem teve.
A cena final do diálogo entre Poe e Landor é excelente, muito mesmo, de fazer você sentir que valeu muito pena assistir o filme.
A trilha sonora é muito boa, não espero menos do Howard Shore.
Ou seja, é um filme zero defeitos, lamento por quem não curtiu.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraBom demais, uma verdadeira homenagem aos slasher's dos anos 80.
A Mia Goth parece que nasceu para esse tipo de personagem.
Noites Brutais
3.4 994 Assista AgoraA trama é interessante porque você começa achando que é mais um filme de jovens burros, e nem é tanto assim. Mas, da metade pro fim fica meio desconexo,
do nada o dono da casa aparece? E pq raios a imobiliária age da maneira que age? Enfim, meio louco.
Também acho que faltou explorar um pouco os feitos do velho psicopata do porão, simplesmente jogaram no roteiro: ah ele levava mulheres para o porão e engravidava ela e as filhas delas, whaaat?
Enfim, vale pelo Bill Skarsgård que é lindo! hahahah
Hellraiser
3.2 407 Assista AgoraSó eu sei a quanto tempo espero por uma versão decente dessa excelente criação do Clive Barker.
Nos anos 90 assistir o clássico Hellraiser era super bom e tal, mas hoje vemos como envelheceu mal. E esse filme merecia algo decente e entregaram nesse.
Tá certo, as atuações dos jovens ali são bem fracas e existe uns furos de roteiro também como a deles invadindo um lugar do nada pra pegar a caixa (what???), mas no fim é um bom filme.
Dei uma nota alta porquê ameeeei os cenobitas, acho que devia até virar action figure de tão bons que ficaram. Adorei o visual andrógino do Pinhead, e amei mais ainda por terem usado maquiagem e animatronics ao invés de CGI, (eu tinha muito medo de ver algo extremamente computadorizado) ufa.
A trilha sonora está ótima, e é muito imersivo, gosto assim.
Espero que haja uma continuação porque esse material deixa aberto a isso, e se seguir a mesma ideia de produção desse pode vir coisa boa por aí.
Cordeiro
3.3 553 Assista AgoraLamb é o típico filme do estudio A24.
Não é pra ser previsível, nem jumpscare, então se tu curte esse tipo nem veja.
E mais do que isso, Lamb não é um filme de terror.
Somente vendo o filme é muita metáfora pra desvendar, então eu fui procurar a crítica. De fato, o filme é o que eu entendi. É pesado em todos os sentidos, é doído, infeliz, frio, egoísta, estranho, e essas características todas descrevem um estado de luto, e é o que é.
A negação do destino e o "castigo" dele são muito bem trabalhados, mas isso deve ser enxergado do ponto de vista neutro de quem não acha que as coisas acontecem por castigo, anyway, dá pra escrever páginas de comentários sobre esse filme.
O quê de estranheza é o porque da criança ser assim, mas é mais uma parte da metáfora em aceitar qualquer coisa desde que você possa preencher o vazio que "lhe" foi tirado.
Não é o meu preferido do estúdio, mas eu jamais vou esquecer dessa análise.
Metal Lords
3.5 307 Assista AgoraPra lá de bobinho e previsível.
3 estrelas pro Rob Halford, e não seja um cuzão.
Juventude Transviada
3.9 546 Assista AgoraEu vou dar 3 estrelas pelo James Dean.
Gente, eu já estava cansada na cena inicial da delegacia, paradíssimo.
Com um roteiro bem defasado, parece um filme que eles iam inventando na hora o que fazer e ficou por isso mesmo.
No geral, bem bobo.
Disque M Para Matar
4.4 680 Assista AgoraO típico suspense de Hitchcock.
Cômico em alguns momentos, mas muito bom. É um filme que se passa praticamente em apenas um cenário, deve ser porque com a Grace Kelly não precisa de muita coisa em volta pra fazer um filme hehe.
Recomendadíssimo!
O Exorcista III
2.6 196 Assista AgoraAssisti com tanta esperança de ser muito ruim que no fim nem pareceu tão ruim assim.
Tem uma boa história que dá vontade de ver até o fim, só não entendi porque colocar como Exorcista III, colocassem como A Legião que é o nome do livro e ficaria melhor. Até porque, todo mundo de fato espera ver uma continuação de Exorcista que fora a escadaria e o Padre Carras não tem ligação alguma.
É o típico filme é ruim mas é bom, da pra se entreter mas tem cenas e atuações pra lá de toscas, assim como tem cenas legaizinhas.
*nunca mais vou esquecer daquele satanais vindo com a tesoura atrás da enfermeira*
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraMuita ação, violência e psicopatia pura.
Maravilhoso!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraNão sei porque demorei tanto pra ver.
Excelente filme, com excelentes atuações.
Não dá pra deixar de mencionar a clara inspiração em 2001 Uma Odisséia no Espaço.
Michael Caine: ok
Hanz Zimmer: ok
Christopher Nolan: ok
Impossível dar errado, maravilhoso.
Maligno
3.3 1,2KAlguém arranje algo pro James Wan fazer, que belíssima porcaria de filme.
Nota: dó.
Mank
3.2 462 Assista AgoraÉ impressionante a quantidade de gente que se sente com propriedade de comentar um filme sem se quer ter terminado de ver, que geração louca.
Eu acredito que a maioria não ter gostado significa puramente uma falta de conhecimento aprofundado no que de fato é o cinema e sobre o que esse filme retrata. Não estou assinalando virtude muito menos querendo dizer o que as pessoas devem ou não saber, é apenas a constatação diante da quantidade de comentários desmerecedores e que jogam a obra no limbo como se de fato fosse, e não é.
É possível sim que há quem não goste do filme mesmo captando todas as referências e indagações que ele traz, e isso sim é válido. Agora chegar a dizer que o filme péssimo sem se quer saber do desfeixo é pra lá de desconexo.
Particularmente achei uma das melhores obras dos últimos anos. Retratar a vida de Herman Mankiewicz é muita responsabilidade, pois foi um roteirista genial e incompreendido. O filme mostrar a importância dos roteiristas é muito grandioso, as maiores obras não existiriam sem eles e nem sempre são mencionados. E também retratar o momento político da época foi muito importante para mostrar o quanto Mank era único. Eu não sou nem de longe uma viúva do David Fincher como há tantos, mas dessa vez ele foi majestoso e trouxe algo realmente grande e emocionante.
Eu não sei se devo comentar Gary Oldman, acho que não há necessidade é o melhor.
Enfim, é um excelente filme, com excelentes atuações, com uma das histórias mais importantes do cinema mundial, terminei muito emocionada pois foi lindo de ver tudo isso em um filme.
Depois de Horas
4.0 453 Assista AgoraQue comédia divertida!
Martin Scorsese é único mesmo, novamente nos traz um filme mostrando mais um lado de Nova York, neste caso o lado noturno e desastroso que pode ter hehe.
Achei muito engraçado e envolvente, eu já estava tão angustiada quanto o personagem só querendo voltar pra casa.
obs: agora sempre que eu acordo de madrugada com fome eu queria que tivesse um café aberto como nesse filme, só pra sair e comer no meio da noite. hahahaha
Roman J. Israel
3.2 209 Assista AgoraEu amo ver filmes com Denzel Washington, porque ele é sempre único nos seus personagens, o típico ator que carrega uma personalidade para o que está interpretando.
Achei interessante como o filme trata de pautas sociais, e também de como mostra um outro lado da militância, aquela que chega em um momento que já não vê propósito nos seus princípios, ou quando percebe que somente ele acredita naqueles princípios e aí a ruptura é certa. Foi o que houve nesse filme, e talvez seja o que mais decepcionou as pessoas que não gostaram do filme, talvez enxergar que as vezes estamos vivendo errado. (não estou discutindo o mérito do que é certo e errado)
Claro, nesse filme a ruptura foi mais que grande, porque houve até a quebra de caráter diante da primeira chance oportunista que viu, e aí o que veio depois foram apenas consequências.
Mas é um ótimo filme,
pois é válido que depois que Roman J. Israel foi morto a sua luta e seu trabalho foram devidamente continuados e exaltados.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraFilme sobre alzheimer tem aos montes, mas como esse não.
A maneira imersiva em que somos colocados diante da doença de Anthony é perturbadora, e talvez seja essa mesma a intenção. Cheguei em um momento em que eu estava me vendo angustiada por estar vendo a situação que passava diante dos olhos dele, e também me senti de mãos atadas ao ver a filha dele sem opção do que fazer.
A paleta de cores em tons azuis deixou tudo muito mais significativo juntamente com todos os aspectos minimalistas do cenário. Não é necessário falar da atuação de Anthony Hopkins ganhador do oscar, gente é o Anthony Hopkins eu nunca espero menos que isso.
É um filme para adultos com capacidade de entender o que é a dor. Tanto de quem está doente, quando a de quem convive com um ente doente.
Eu só não quero ver nunca mais pelo fato de que, a cena em que ele imagina estar levando vários tapas na cara, e a cena final em que ele chora feito uma criança me destruíram. Estou a uma semana pensando nisso já, deus que triste.
Os 7 de Chicago
4.0 580 Assista AgoraLegalzinho, bem produzido, fotografia e trilha sonora boas, e só.
Indicados do Oscar nunca me decepcionam, sempre tem aqueles filmes que causam maior falatório e na real não é nada demais.
A Época da Inocência
3.5 249 Assista AgoraÉ uma tríade amorosa onipresente que acompanham os personagens melancolicamente até o fim de suas vidas, é também um filme que demonstra maturidade ao mostrar que a triste conformidade não é algo tão terrível, nem desejável, mas acontece. Acredito que o ponto alto do filme na verdade, é o estudo ou até mesmo crítica antropológica que Martin Scorsese possui por New York, sendo ela cenário de muitas outras obras dele, neste caso uma reflexão sobre os costumes e convenções sociais da época.
Excelente!