A cena em que mostra Connel andando abraçado com a Helen, a beijando, rindo e carinhoso, tocando-a em público… me bateu com uma violência. Não pude deixar de comparar que ele nunca sequer encostava na Marianne em público. Foi inevitável comparar a diferença. E me bateu como um soco.
mesmo a polícia chegando e desmascarando todos ali, eles de alguma forma conseguiriam eventualmente escapar ou terem suas penas atenuadas pq o sistema é gigante e feito para funcionar desse jeito. Uma sensação de amargor no fim do filme me acometeu de uma forma brutal e foi necessário
Alguém sabe um link que funcione e dê pra assistir as temporadas? Ou um link de torrent pra baixar?Eu não encontro. Achei que tivesse a série disponível no streaming da FOX mas não tem tb.
Alguém sabe um link que funcione e dê pra assistir as temporadas? Ou um link de torrent pra baixar?Eu não encontro. Achei que tivesse a série disponível no streaming da FOX mas não tem tb.
Não adianta, não consigo medir um filme de super-herói da mesma forma que assisto um filme do Almodóvar ou do Aronofsky. São propostas distintas, visões diferentes. A primeira coisa ao assistir um filme de herói é ativar a suspensão da descrença. Caso contrário, é tempo perdido.
Claro que também não é por ser um filme de herói que pode vir todo cagado e desleixado. Não é licença pra isso, apesar da régua ser bem menos criteriosa, pra mim.
Acho que há muitos exageros em torno das críticas ao novo filme da Mulher-Maravilha. Não é um filme ótimo mas está longe de ser o pior filme da DC ou um dos piores desse Universo de heróis.
O filme tem problemas. E a minha maior reclamação é em relação à forma desleixada e injusta com a qual escolheram conduzir o arco da Bárbara. Uma pena. Era preferível que no filme só tivesse um vilão e que a mulher leopardo fosse deixada para o terceiro filme e melhor trabalhada.
A falta de representatividade negra também foi um ponto que me incomodou. Não dá mais pra ignorar coisas assim nos tempos em que vivemos.
Mas apesar destes e de alguns outros erros, eu gostei do filme. Achei um filme legal, sessão da tarde. Típico de filmes de heróis, na maioria dos casos. E passa uma mensagem esperançosa que vem a calhar, principalmente numa época tão difícil quanto a que passamos em 2020 e ainda reverbera agora em 2021.
E a Gal Gadot... o que dizer, né? Nasceu pra ser a Mulher-Maravilha. Carismática de mais. Incrível como a heroína. Fora que a beleza dessa mulher transcende qualquer coisa. Eu nem sei como explicar.
Esse discurso de: "Ai, o filme é feminista, a heroína é toda empoderada e fica correndo atrás de macho o filme todo" me dá uma preguiça absurda. Acho uma das problemáticas das críticas, inclusive. Não é correndo atrás de macho. A mulher se apaixonou pelo cara. Acontece. Isso rola direto nos filmes em que os protagonistas são homens.
Apesar de apaixonada, Diana não é uma bitolada. Em momento nenhum perde o bom senso de saber o que é certo, apesar do que sente. Mulheres fortes, feministas, também amam. E tudo bem. Você não precisa rechaçar todo e qualquer resquício de sentimento, vulnerabilidade para ser respeitada, ouvida. Mulheres são plurais. E o amor, a paixão também faz parte do pacote.
Eu entendo o receio de quem vê a obra e pensa: "poxa, batalhamos tanto para nos colocarmos em primeiro lugar, para quebrarmos esses estereótipos da mocinha que se apaixona perdidamente e vive em função do amor" mas não é isso o que acontece em MM.
Fica uma impressão de que mulheres só podem ser levadas a sério se não tiverem nada nelas que remeta à sensibilidade. As pessoas tendem a respeitar e prestarem atenção apenas às mulheres que reproduzam os estereótipos masculinos. Lembro muito da Arya, em GOT. A única mulher, de fato, respeitada na trama. Afinal, Arya não era uma "lady", como ela mesma dizia. Ela performava os estereótipos do universo masculino e por isso era levada a sério. Qualquer coisa fora disso, vc é vista como a "Sonsa" ou transformada em louca como Danearys.
Diana subverte isso. Ela é forte, poderosa, inteligente, focada e também tem vulnerabilidades e sentimentos como qualquer ser humano. Seja homem ou mulher. A sensibilidade também é uma força.
Demorei muito tempo para perceber que não se trata de um filme lésbico e sim de um filme com temática trans. Viva a desconstrução e a abertura para que eu enxergasse.
A primeira coisa que preciso destacar é como gostei da forma que o Mike Flanagan apresentou o casal Dani e Jamie. Como qualquer casal hetero. 99% das tramas LGBTQ+, o casal principal sempre é apresentado com dilemas, tabus, conflitos, etc. Aqui não. Aqui elas são apresentadas como qualquer casal. Sem complicações, sem dilemas, sem focar na sexualidade das duas. Que coisa linda de se ver.
Eu entendo que, de alguma forma, ainda se faz necessário tocar em conflitos pois o mundo ainda é mto preconceituoso mas confesso já estar cansada das mesmas introduções.
Outra coisa que eu adorei foi a forma conduzida para o fim. Mais uma vez, em 99% das tramas LGBT+, os casais não ficam juntos por conta desses conflitos citados. Pq só com a sapatão que o motivo tem que ser SEMPRE a sexualidade delas? Entende? Ou é um terceiro que não aprova e separa as duas ou é uma das duas que ainda não está bem resolvida, etc. Casais heteros tb não ficam juntos por diversas razões, sabe? E aqui isso acontece. Finalmente.
A história, em algum momento, me lembrou muito o filme A Ghost Story. Ambas as obras mostram como podemos ficar presos a sentimentos e situações e assim nos perder até de nós mesmos. Principalmente sentimentos que nos afundam como mágoa, raiva, posse, ressentimento. Viola era tão apegada à casa, às suas coisas, ao passado que depois de um tempo nem se lembrava mais de quem era, nem pq estava ali. Qtos de nós nos perdemos em algum momento em coisas e sentimentos que nos afundaram?
Num primeiro momento, eu estranhei o fato das crianças não lembrarem de nada. Dps, contextualizei que na maior parte do tempo elas estavam perdidas em memórias e não tão despertas, como podia parecer. E bom, eram crianças. Porém, refletindo depois com mais calma, acho que entendi o que o Flanagan (eu te venero) quis nos dizer:
o esquecimento também é um direito.
E Hannah ❤ meu choro começou no quinto episódio. O arco dela é lindo. Nos mostra que somos aquilo que acreditamos ser. Como Hannah acreditava que estava viva, todos a viam. Pq somos o que pensamos ser.
"Be brave in death, Hannah". Morrer não quer dizer o fim, como diria Flora.
E como a culpa é implacável. Faz a gente ver coisas que não existem. Um rosto no meio da multidão, no espelho, um vulto. Dani não conseguia nem se mirar no espelho por conta da culpa que sentia pela morte do noivo. Fantasmas tb podem ser sentimentos, traumas. Hill House nos ensinou.
Preciso falar de Rebecca. Mesmo sabendo a dor que sentira ao morrer afogada, se disponibilizou a trocar com Flora para que a garotinha não sentisse o desespero que ela sentiu. O amor se manifesta de muitas formas.
E este casal, gente? Lembrei um pouco da música do Chico, "Futuros amantes". Desse amor que fica. Deste sentimento que permanece e por permanecer não se desperdiça, ficando conosco ou seguindo, livre, até que possa tocar outras pessoas, de muitas formas. Esta perduração que atravessa.
E o que falar de Dani? Que literalmente afundou Viola e todo o seu ressentimento, raiva e mágoa com... amor. Que metáfora. Que texto delicado. Que série.
Não Por Acaso
3.5 155Este filme tem uma das cenas mais singelas e bonitas e - portanto - uma das minhas preferidas do cinema: a cena do café.
Normal People
4.4 440A cena em que mostra Connel andando abraçado com a Helen, a beijando, rindo e carinhoso, tocando-a em público… me bateu com uma violência. Não pude deixar de comparar que ele nunca sequer encostava na Marianne em público. Foi inevitável comparar a diferença. E me bateu como um soco.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraA cena do tapa no Hopkins mexeu comigo brutalmente. Fiquei terrivelmente incomodada.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraUm filme denúncia. Embora nada abordado no filme seja uma novidade para nós, mulheres, ainda assim eu não estava preparada e o soco no estômago veio.
A cena do
assassinato de Cassie me fez ter uma crise aguda de choro e ansiedade brutal e eu tive que parar um pouco para respirar
Mas ainda assim entendo que tudo que vimos foi necessário para que a mensagem seja passada sem suavizações.
Não sei as demais mulheres que assistiram mas tive a impressão no final de que
mesmo a polícia chegando e desmascarando todos ali, eles de alguma forma conseguiriam eventualmente escapar ou terem suas penas atenuadas pq o sistema é gigante e feito para funcionar desse jeito. Uma sensação de amargor no fim do filme me acometeu de uma forma brutal e foi necessário
Por nós, só nós.
Ally McBeal: Minha Vida de Solteira (5ª Temporada)
3.6 10Alguém sabe um link que funcione e dê pra assistir as temporadas? Ou um link de torrent pra baixar?Eu não encontro. Achei que tivesse a série disponível no streaming da FOX mas não tem tb.
Ally McBeal: Minha Vida de Solteira (1ª Temporada)
4.1 18Alguém sabe um link que funcione e dê pra assistir as temporadas? Ou um link de torrent pra baixar?Eu não encontro. Achei que tivesse a série disponível no streaming da FOX mas não tem tb.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraNão adianta, não consigo medir um filme de super-herói da mesma forma que assisto um filme do Almodóvar ou do Aronofsky. São propostas distintas, visões diferentes. A primeira coisa ao assistir um filme de herói é ativar a suspensão da descrença. Caso contrário, é tempo perdido.
Claro que também não é por ser um filme de herói que pode vir todo cagado e desleixado. Não é licença pra isso, apesar da régua ser bem menos criteriosa, pra mim.
Acho que há muitos exageros em torno das críticas ao novo filme da Mulher-Maravilha. Não é um filme ótimo mas está longe de ser o pior filme da DC ou um dos piores desse Universo de heróis.
O filme tem problemas. E a minha maior reclamação é em relação à forma desleixada e injusta com a qual escolheram conduzir o arco da Bárbara. Uma pena. Era preferível que no filme só tivesse um vilão e que a mulher leopardo fosse deixada para o terceiro filme e melhor trabalhada.
A falta de representatividade negra também foi um ponto que me incomodou. Não dá mais pra ignorar coisas assim nos tempos em que vivemos.
Mas apesar destes e de alguns outros erros, eu gostei do filme. Achei um filme legal, sessão da tarde. Típico de filmes de heróis, na maioria dos casos. E passa uma mensagem esperançosa que vem a calhar, principalmente numa época tão difícil quanto a que passamos em 2020 e ainda reverbera agora em 2021.
E a Gal Gadot... o que dizer, né? Nasceu pra ser a Mulher-Maravilha. Carismática de mais. Incrível como a heroína. Fora que a beleza dessa mulher transcende qualquer coisa. Eu nem sei como explicar.
Esse discurso de: "Ai, o filme é feminista, a heroína é toda empoderada e fica correndo atrás de macho o filme todo" me dá uma preguiça absurda. Acho uma das problemáticas das críticas, inclusive. Não é correndo atrás de macho. A mulher se apaixonou pelo cara. Acontece. Isso rola direto nos filmes em que os protagonistas são homens.
Apesar de apaixonada, Diana não é uma bitolada. Em momento nenhum perde o bom senso de saber o que é certo, apesar do que sente. Mulheres fortes, feministas, também amam. E tudo bem. Você não precisa rechaçar todo e qualquer resquício de sentimento, vulnerabilidade para ser respeitada, ouvida. Mulheres são plurais. E o amor, a paixão também faz parte do pacote.
Eu entendo o receio de quem vê a obra e pensa: "poxa, batalhamos tanto para nos colocarmos em primeiro lugar, para quebrarmos esses estereótipos da mocinha que se apaixona perdidamente e vive em função do amor" mas não é isso o que acontece em MM.
Fica uma impressão de que mulheres só podem ser levadas a sério se não tiverem nada nelas que remeta à sensibilidade. As pessoas tendem a respeitar e prestarem atenção apenas às mulheres que reproduzam os estereótipos masculinos. Lembro muito da Arya, em GOT. A única mulher, de fato, respeitada na trama. Afinal, Arya não era uma "lady", como ela mesma dizia. Ela performava os estereótipos do universo masculino e por isso era levada a sério. Qualquer coisa fora disso, vc é vista como a "Sonsa" ou transformada em louca como Danearys.
Diana subverte isso. Ela é forte, poderosa, inteligente, focada e também tem vulnerabilidades e sentimentos como qualquer ser humano. Seja homem ou mulher. A sensibilidade também é uma força.
Tatuagem
4.2 923Eu também sou baratinha, baratinha, Clécio.
The Crown (4ª Temporada)
4.5 246 Assista AgoraSem passar a mão na cabeça e reconhecendo todas as falhas e erros, não pude deixar de sentir também pena de Charles. Em muitas ocasiões.
Judy: Muito Além do Arco-Íris
3.4 357Quantas mulheres Hollywood assassinou com sua ganância, machismo e poder?
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraQuando vi este filme, era uma adolescente.
Demorei muito tempo para perceber que não se trata de um filme lésbico e sim de um filme com temática trans. Viva a desconstrução e a abertura para que eu enxergasse.
Hilary Swank fenomenal.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 924 Assista AgoraA melhor coisa que assisti este ano.
Vou colocar como spoiler pq vou falar de como essa série me destruiu.
A primeira coisa que preciso destacar é como gostei da forma que o Mike Flanagan apresentou o casal Dani e Jamie. Como qualquer casal hetero. 99% das tramas LGBTQ+, o casal principal sempre é apresentado com dilemas, tabus, conflitos, etc. Aqui não. Aqui elas são apresentadas como qualquer casal. Sem complicações, sem dilemas, sem focar na sexualidade das duas. Que coisa linda de se ver.
Eu entendo que, de alguma forma, ainda se faz necessário tocar em conflitos pois o mundo ainda é mto preconceituoso mas confesso já estar cansada das mesmas introduções.
Outra coisa que eu adorei foi a forma conduzida para o fim. Mais uma vez, em 99% das tramas LGBT+, os casais não ficam juntos por conta desses conflitos citados. Pq só com a sapatão que o motivo tem que ser SEMPRE a sexualidade delas? Entende? Ou é um terceiro que não aprova e separa as duas ou é uma das duas que ainda não está bem resolvida, etc. Casais heteros tb não ficam juntos por diversas razões, sabe? E aqui isso acontece. Finalmente.
A história, em algum momento, me lembrou muito o filme A Ghost Story. Ambas as obras mostram como podemos ficar presos a sentimentos e situações e assim nos perder até de nós mesmos. Principalmente sentimentos que nos afundam como mágoa, raiva, posse, ressentimento. Viola era tão apegada à casa, às suas coisas, ao passado que depois de um tempo nem se lembrava mais de quem era, nem pq estava ali. Qtos de nós nos perdemos em algum momento em coisas e sentimentos que nos afundaram?
Num primeiro momento, eu estranhei o fato das crianças não lembrarem de nada. Dps, contextualizei que na maior parte do tempo elas estavam perdidas em memórias e não tão despertas, como podia parecer. E bom, eram crianças. Porém, refletindo depois com mais calma, acho que entendi o que o Flanagan (eu te venero) quis nos dizer:
o esquecimento também é um direito.
E Hannah ❤ meu choro começou no quinto episódio. O arco dela é lindo. Nos mostra que somos aquilo que acreditamos ser. Como Hannah acreditava que estava viva, todos a viam. Pq somos o que pensamos ser.
"Be brave in death, Hannah". Morrer não quer dizer o fim, como diria Flora.
E como a culpa é implacável. Faz a gente ver coisas que não existem. Um rosto no meio da multidão, no espelho, um vulto. Dani não conseguia nem se mirar no espelho por conta da culpa que sentia pela morte do noivo. Fantasmas tb podem ser sentimentos, traumas. Hill House nos ensinou.
Preciso falar de Rebecca. Mesmo sabendo a dor que sentira ao morrer afogada, se disponibilizou a trocar com Flora para que a garotinha não sentisse o desespero que ela sentiu. O amor se manifesta de muitas formas.
E este casal, gente? Lembrei um pouco da música do Chico, "Futuros amantes". Desse amor que fica. Deste sentimento que permanece e por permanecer não se desperdiça, ficando conosco ou seguindo, livre, até que possa tocar outras pessoas, de muitas formas. Esta perduração que atravessa.
E o que falar de Dani? Que literalmente afundou Viola e todo o seu ressentimento, raiva e mágoa com... amor. Que metáfora. Que texto delicado. Que série.
Obrigada, Mike Flanagan.