Bizarro, cru, real! Não tem o que comentar, só sentir. Sentir o asco de saber que crianças criadas por pais sem nenhuma base sólida emocional e psíquica estão por aí, vão crescer e vão ter filhos e a roda continuará assim. A aversão às cenas desse tipo de filme é uma aversão a quê? será só uma escolha de driblar o real, por saber que isso existe mas não querer fazer nada? é responsabilidade de quem essa sociedade/comunidade? Dói.
É fácil perceber a diferença de roteiros das obras anteriores do Iñárritu quando comparadas à Biutiful. Em Biutiful a trama gira em torno de um personagem principal e não se faz presente os flashbacks que antes dominavam as outras obras do diretor, mas ainda é possível ver de forma crua todo o câncer presente no mundo - entenda “câncer” como todos os problemas incuráveis de uma sociedade doente.
Pode não ser considerado um dos melhores filmes de Iñárritu mas com certeza é um filme tocante, profundo e que nos faz refletir profundamente sobre a nossa vida e todo seu significado, e na nossa própria morte. Biutiful possui cenas fortes e reflexivas e juntamente com sua fotografia é capaz de nos fazer mergulhar na feiura e ao mesmo tempo na delicadeza da vida do personagem Uxbal. Quando digo feiura, trato de todo o sofrimento de Uxbal quanto aos filhos e quanto à mãe de seus filhos, quanto ao seu trabalho que envolve escravidão moderna e quanto à sua doença incurável e que anuncia morte. Quando me refiro à delicadeza, talvez me refira à única parte realmente “Biutiful” da trama: a relação de Uxbal com seus dois filhos.
Particularmente, achei o filme muito longo e cansativo, mas vale a pena em todos os sentidos. A atuação de todos os atores foi magnífica e nesse aspecto, incansável.
Esse filme é uma mistura de sentimentos nostálgicos que todos nós temos. A sensação de não pertencer à uma época, de não compreender nosso mundo atual e a vontade de estar em séculos passados é retratado nesse filme por um personagem apaixonado por Paris dos anos 20. Para todos os apaixonados por literatura e principalmente pela literatura americana, Meia noite em Paris é um prato cheio, cheio de boas sensações e nostalgias.
Li algumas críticas sobre o filme e minha opinião foi contrária em relação à atuação do Owen Wilson, que, longe de ser um dos meus atores favoritos, teve uma atuação na medida certa, não foi nada decepcionável. Considero-o um tanto quanto inexpressível e vários outros atores encaixariam no papel, porém, acho que a atenção maior era para a insatisfação e a quase incapacidade de lidar com o nosso próprio tempo.
Enrolei muitos meses para ver esse filme e sim (como na maioria das vezes), me surpreendi. É um filme leve, rápido, com humor e muitas referências.
Inicialmente, o que me prendeu foi a fotografia, dirigida por Roger Deakins que também dirigiu o sensacional “Onde os Fracos Não Têm Vez”. Antes de qualquer comentário, Benicio Del Toro que interpreta Alejandro, está maravilhoso em seu personagem que busca justiça e faz tramitar nossa opinião sobre o personagem ao decorrer da trama.
Sicario é um filme real. Nada mais que isso. Toda a realidade corrupta de um governo onde interesses pessoais se sobrepõe a justiça é fielmente retratado.
Intrigante e capaz de nos deixar tensos durante suas 2hrs de duração. Com cenas fortes e que mostram a realidade do tráfico de drogas de forma crua e direta, o filme é retratado na visão de Kate e desde o início nos liga diretamente aos seus princípios éticos e morais. O longa, apesar de mostrar toda a realidade do narcotráfico, questiona também a realidade do Governo norte-americano. Causador de indignação uma vez que destrói qualquer mínima crença de que ainda há algo justo nesse meio. Mas como já dito anteriormente, só retrata a realidade, e é essa realidade que todos se recusam a enxergar.
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Vidas sem Destino
3.7 659Bizarro, cru, real! Não tem o que comentar, só sentir.
Sentir o asco de saber que crianças criadas por pais sem nenhuma base sólida emocional e psíquica estão por aí, vão crescer e vão ter filhos e a roda continuará assim.
A aversão às cenas desse tipo de filme é uma aversão a quê? será só uma escolha de driblar o real, por saber que isso existe mas não querer fazer nada? é responsabilidade de quem essa sociedade/comunidade?
Dói.
Fratura
3.3 922Bom, porém previsível
Biutiful
4.0 1,1KÉ fácil perceber a diferença de roteiros das obras anteriores do Iñárritu quando comparadas à Biutiful. Em Biutiful a trama gira em torno de um personagem principal e não se faz presente os flashbacks que antes dominavam as outras obras do diretor, mas ainda é possível ver de forma crua todo o câncer presente no mundo - entenda “câncer” como todos os problemas incuráveis de uma sociedade doente.
Pode não ser considerado um dos melhores filmes de Iñárritu mas com certeza é um filme tocante, profundo e que nos faz refletir profundamente sobre a nossa vida e todo seu significado, e na nossa própria morte. Biutiful possui cenas fortes e reflexivas e juntamente com sua fotografia é capaz de nos fazer mergulhar na feiura e ao mesmo tempo na delicadeza da vida do personagem Uxbal. Quando digo feiura, trato de todo o sofrimento de Uxbal quanto aos filhos e quanto à mãe de seus filhos, quanto ao seu trabalho que envolve escravidão moderna e quanto à sua doença incurável e que anuncia morte. Quando me refiro à delicadeza, talvez me refira à única parte realmente “Biutiful” da trama: a relação de Uxbal com seus dois filhos.
Particularmente, achei o filme muito longo e cansativo, mas vale a pena em todos os sentidos. A atuação de todos os atores foi magnífica e nesse aspecto, incansável.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraEsse filme é uma mistura de sentimentos nostálgicos que todos nós temos. A sensação de não pertencer à uma época, de não compreender nosso mundo atual e a vontade de estar em séculos passados é retratado nesse filme por um personagem apaixonado por Paris dos anos 20. Para todos os apaixonados por literatura e principalmente pela literatura americana, Meia noite em Paris é um prato cheio, cheio de boas sensações e nostalgias.
Li algumas críticas sobre o filme e minha opinião foi contrária em relação à atuação do Owen Wilson, que, longe de ser um dos meus atores favoritos, teve uma atuação na medida certa, não foi nada decepcionável. Considero-o um tanto quanto inexpressível e vários outros atores encaixariam no papel, porém, acho que a atenção maior era para a insatisfação e a quase incapacidade de lidar com o nosso próprio tempo.
Enrolei muitos meses para ver esse filme e sim (como na maioria das vezes), me surpreendi. É um filme leve, rápido, com humor e muitas referências.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraInicialmente, o que me prendeu foi a fotografia, dirigida por Roger Deakins que também dirigiu o sensacional “Onde os Fracos Não Têm Vez”. Antes de qualquer comentário, Benicio Del Toro que interpreta Alejandro, está maravilhoso em seu personagem que busca justiça e faz tramitar nossa opinião sobre o personagem ao decorrer da trama.
Sicario é um filme real. Nada mais que isso. Toda a realidade corrupta de um governo onde interesses pessoais se sobrepõe a justiça é fielmente retratado.
Intrigante e capaz de nos deixar tensos durante suas 2hrs de duração. Com cenas fortes e que mostram a realidade do tráfico de drogas de forma crua e direta, o filme é retratado na visão de Kate e desde o início nos liga diretamente aos seus princípios éticos e morais. O longa, apesar de mostrar toda a realidade do narcotráfico, questiona também a realidade do Governo norte-americano. Causador de indignação uma vez que destrói qualquer mínima crença de que ainda há algo justo nesse meio. Mas como já dito anteriormente, só retrata a realidade, e é essa realidade que todos se recusam a enxergar.