Bem acima da média dos suspenses found footage produzidos nos últimos anos. Começa muito bem e acaba derrapando do meio pro final, mas ainda um bom filme. Mostro meio batido.
Chucky ficou no imaginário popular muito mais pela figura agressiva e aterrorizante do boneco que pelo peso da obra em si. O filme sustenta essa aura de clássico dos anos 80, década em que indústria banalizou e diluiu ainda mais a linguagem dos filmes de terror (assolados numa crise criativa que se estende até hoje), graças a seu protagonista de plástico. "Brinquedo Assassino" não resiste bem ao tempo e soa datado em diversos aspectos, dado quase unânime entre os filmes desse período aparados por efeitos especiais. Mas também existe modernidade em "Child's Play". No que diz respeito à técnica de controle e mobilidade do boneco o saldo é positivo e não soa caricato, é um aspecto que pontua quase que toda a franquia. Mas não somente as questões técnicas depõem contra. O roteiro já era fraco desde aquele ano de 1988 e deixa muitas questões em aberto. Talvez o maior pecado (ou o que mais tenha me incomodado) seja o reforço que o filme faz a estereótipos negativos em relação às religiões de matriz africana. Sustentar um argumento em cima dessa problemática é arriscado e desrespeitoso, por mais que essa questão tenha passado batido na época. No demais, para bem ou para mal, a cena da morte de Chucky ficou marcada na história dos filmes de terror.
Mesmo tendo toda as ferramentas para isso, o filme não chega a ser arrebatador em função de alguns problemas. Me comoveu por diversos momentos, sobretudo na cena final. Paira a sensação de que a história é mal explorada e a direção, por vezes, irregular. Existe toda uma magia em torno do casal, tanto pelo carisma de figuras emblemáticas na arte e nas posturas políticas quanto pela tensão do pano de fundo histórico da primeira metade do séc. XX na Europa. Para surpresa (ou não), a interpretação de Robert Pattinson consegue crescer ao longo do filme por entre tropeços e chega a roçar a excentricidade de Dali do meio para o final. Quem dá o verdadeiro show é Javier Beltrán, tanto pela aproximação física quanto pela captura da alma do poeta espanhol em sua interpretação. Talvez por todo esse meu encantamento por Federico (mas não somente por ele) é que tenha ficado tão indignado com o título soar tão unilateral em português tentando roubar um pouco o protagonismo de García Lorca. Lamentável.
Acho que a questão que mais me inquietou foi a incerteza. A impressão de que nada é por completo, há sempre algo à margem, à sombra. Isso nos dois lados. Você não sabe se está sendo ou tentando ser manipulado, o que acaba sendo também uma forma de manipulação. A face coreana tentando (claramente) eclipsar um lado mais obscuro e as distorções da mídia americana para fortalecer alguns estereótipos negativos se equilibram e formam uma dualidade intrigante. Dualidade essa que parece alternar as peças do jogo político até fim. No geral, a curiosidade é o principal alimento de quem assiste. Só achei muito rasa a abordagem do período de marcha pós-ruptura com a Rússia, mas no geral o saldo é positivo.
Fiquei com a sensação de que esse desfecho surpreendente foi uma tentativa de desviar o foco ou fechar/diminuir algumas lacunas que ficaram entreabertas durante a narrativa. Mas não vou negar, o filme tem seus encantos e funciona. Consegue prender.
Um retrato interessante da guerra. Os personagens não caem no clichê de filmes desse tipo, especialmente Don e Norman. A cena do piano é de uma delicadeza espetacular.
Terminei de assistir me questionando apenas uma coisa: qual a necessidade desse filme? Não bastaram os incontáveis furos no roteiro, ainda tiveram a brilhante idéia de prolongar o filme por 1h40min. Tem uma clara intenção de beber um pouco Halloween (1978), mas sem sucesso. A única coisa que chega a funcionar é a trilha sonora, mas derrapa do meio pro final. O roteiro fica dando voltas e voltas e a sensação que se tem no final é de que o filme não acabou.
Voyeur
3.0 57Fiquei esperando uma grande virada que não veio.
A Ilha
3.4 887Tudo isso por causa do bacon.
Viagem Maldita
3.3 763O tipo de filme que você só aguenta assistir uma vez.
Escravos do Desejo
3.7 56 Assista AgoraNasce uma estrela.
Medida Provisória
3.6 432Cheirinho de clássico.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 830 Assista AgoraYou mean all this time we could have been friends?
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraCoisa mais linda!
Anaconda
2.3 763 Assista AgoraSó não é pior porque só tem 90 minutos.
Hebe: A Estrela do Brasil
3.4 182A atuação da Andréa Beltrão faz valer o filme.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraAcho difícil algum outro filme de super-herói conseguir trazer um vilão mais chato que esse. Ausência do Lex Luthor pesou aqui.
Demolição
3.8 447 Assista AgoraMais um filme complicado com o Jake Gyllenhaal.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraBem acima da média dos suspenses found footage produzidos nos últimos anos. Começa muito bem e acaba derrapando do meio pro final, mas ainda um bom filme. Mostro meio batido.
Brinquedo Assassino
3.3 1,0K Assista AgoraChucky ficou no imaginário popular muito mais pela figura agressiva e aterrorizante do boneco que pelo peso da obra em si. O filme sustenta essa aura de clássico dos anos 80, década em que indústria banalizou e diluiu ainda mais a linguagem dos filmes de terror (assolados numa crise criativa que se estende até hoje), graças a seu protagonista de plástico. "Brinquedo Assassino" não resiste bem ao tempo e soa datado em diversos aspectos, dado quase unânime entre os filmes desse período aparados por efeitos especiais. Mas também existe modernidade em "Child's Play". No que diz respeito à técnica de controle e mobilidade do boneco o saldo é positivo e não soa caricato, é um aspecto que pontua quase que toda a franquia. Mas não somente as questões técnicas depõem contra. O roteiro já era fraco desde aquele ano de 1988 e deixa muitas questões em aberto. Talvez o maior pecado (ou o que mais tenha me incomodado) seja o reforço que o filme faz a estereótipos negativos em relação às religiões de matriz africana. Sustentar um argumento em cima dessa problemática é arriscado e desrespeitoso, por mais que essa questão tenha passado batido na época. No demais, para bem ou para mal, a cena da morte de Chucky ficou marcada na história dos filmes de terror.
Poucas Cinzas: Salvador Dalí
3.4 316Mesmo tendo toda as ferramentas para isso, o filme não chega a ser arrebatador em função de alguns problemas. Me comoveu por diversos momentos, sobretudo na cena final. Paira a sensação de que a história é mal explorada e a direção, por vezes, irregular. Existe toda uma magia em torno do casal, tanto pelo carisma de figuras emblemáticas na arte e nas posturas políticas quanto pela tensão do pano de fundo histórico da primeira metade do séc. XX na Europa. Para surpresa (ou não), a interpretação de Robert Pattinson consegue crescer ao longo do filme por entre tropeços e chega a roçar a excentricidade de Dali do meio para o final. Quem dá o verdadeiro show é Javier Beltrán, tanto pela aproximação física quanto pela captura da alma do poeta espanhol em sua interpretação. Talvez por todo esse meu encantamento por Federico (mas não somente por ele) é que tenha ficado tão indignado com o título soar tão unilateral em português tentando roubar um pouco o protagonismo de García Lorca. Lamentável.
Happy: Você é Feliz?
4.2 78Inspirador.
The Propaganda Game
3.9 76Acho que a questão que mais me inquietou foi a incerteza. A impressão de que nada é por completo, há sempre algo à margem, à sombra. Isso nos dois lados. Você não sabe se está sendo ou tentando ser manipulado, o que acaba sendo também uma forma de manipulação. A face coreana tentando (claramente) eclipsar um lado mais obscuro e as distorções da mídia americana para fortalecer alguns estereótipos negativos se equilibram e formam uma dualidade intrigante. Dualidade essa que parece alternar as peças do jogo político até fim. No geral, a curiosidade é o principal alimento de quem assiste. Só achei muito rasa a abordagem do período de marcha pós-ruptura com a Rússia, mas no geral o saldo é positivo.
A Série Divergente: Convergente
2.8 599 Assista AgoraComeça bem, depois derrapa.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraNunca vi tanto contra-luz num só filme.
O Sinal: Frequência do Medo
2.9 373Um filme muito pretensioso e cheio de furos no roteiro.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraFico paralisado vendo Grace Kelly. Maravilhosa!
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraFiquei com a sensação de que esse desfecho surpreendente foi uma tentativa de desviar o foco ou fechar/diminuir algumas lacunas que ficaram entreabertas durante a narrativa. Mas não vou negar, o filme tem seus encantos e funciona. Consegue prender.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraUm retrato interessante da guerra. Os personagens não caem no clichê de filmes desse tipo, especialmente Don e Norman. A cena do piano é de uma delicadeza espetacular.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraTerminei de assistir me questionando apenas uma coisa: qual a necessidade desse filme? Não bastaram os incontáveis furos no roteiro, ainda tiveram a brilhante idéia de prolongar o filme por 1h40min. Tem uma clara intenção de beber um pouco Halloween (1978), mas sem sucesso. A única coisa que chega a funcionar é a trilha sonora, mas derrapa do meio pro final. O roteiro fica dando voltas e voltas e a sensação que se tem no final é de que o filme não acabou.
Lunar
3.8 686 Assista AgoraUma palavra: FANTÁSTICO.