Filmes que relatam fatos reais sempre me chamam atenção. Acho que por eu ser um amante de histórias, e as minhas preferidas entre elas, serem as reais.
Eu não conhecia as três protagonistas do filme, nem as suas histórias, e acho que não era o único. Na verdade, acredito que tenha sido proposta do filme justamente mostrar estas personalidades tão importantes, para o grande público.
E nisso o filme cumpre muito bem a sua função, pincela questões sociais e políticas da época com os casos pessoais de cada uma das três. Conhecemos as três personagens que tem atuações bem competentes de suas atrizes tendo o roteiro que dá uma leve empurrada para frente na personagem de Katherine Globe frente às outras duas.
Vemos, em concomitante, as conquistas das tres, passando por cima de todos os obstáculos que são postos entre elas e seus planos. Não é um filme com muitos efeitos visuais, uma direção que traga algo para ser comentado, nem uma fotografia bonita.
Mas é a história mais importante que um filme contou nesse ano.
Eu não costumo ser afeito a filmes de guerra. A temática simplesmente não me atrai. Quase nunca vejo e, quando o faço, isso acontece muito tempo depois que já saíram de cartaz.
Isso não aconteceu com "Hacksaw Ridge". Desde o trailer que eu vi desavisado numa sala de cinema, o filme já fazia promessas de me emocionar. Promessas estas que foram cumpridas com mérito.
O filme tem o momento pré-guerra e o da guerra em si. Mel Gibson conduz o filme de modo competente. Sem excessos, e sem muitos louros também, faz uma direção correta. A carga dramática é o que carrega o filme, e isso se dá mais pela história que ele conta do que por qualquer direção, fotografia, ou atuação.
Eu não conhecia a história do soldado Desmond Doss, e com certeza não partilho de seus valores éticos e religiosos. Mas nem por isso devo desconhecer o valor deste homem e o quanto ele foi sincero às suas verdades.
Ao terminar o filme, eu me senti insipirado e orgulhoso por méritos que sequer são referentes ao meu país. E eu, confesso desinteressado por filmes de guerra, me peguei perguntando o porque gostei tanto deste. E percebi. Fui tocado por este filme porque, na realidade, ele não é um filme de guerra.
É o filme de um homem. De um herói que, por acaso, estava na guerra.
Eu não sabia do que se tratava "Fences" até ver o filme. Mesmo o trailer que eu vi não me disse muito do que se tratava, por isso, tive a oportunidade de ser atingido por este filme com o impacto que só um desavisado pode ter.
E "Fences" é sim, uma pancada. Um filme simples em produção, mas enorme em peso. Denzel Washington honra sua indicação à melhor ator e, dos indicados que eu vi, para mim é realmente o melhor. O mesmo vale à Davis, apesar de causar menos surpresa, foi impagável ver uma mulher tão forte quanto ela se dobrar numa personagem que, à época, não podia ter tanta voz.
"Fences" tem em seu ponto maior os diálogos. O filme é metáfora desde o título, e estas metáforas os trazem reflexões importantíssimas para a vida. Todos nós somos rebatedores num jogo de bolas retas e curvas chamado vida. Foi bom poder ver, mesmo que por duas horas, o jogo de outra pessoa.
Muito badalado, com certeza é o único que pode fazer frente à "La La Land" aos olhos da crítica, "Moonlight" me pareceu um filme incompleto.
O plot é desenvolvido em tres atos que acompanham a vida de Chiron, o protagonista. O primeiro, mostrando-o criança, é bom e competente. O segundo, durante sua adolescência, é a melhor parte do filme. Aqui podemos ver os conflitos pessoais e sociais que o personagem têm, bem como a sua posição frente a eles.
Porém, inflizmente, o terceiro ato, que trata de sua vida adulta desanda de forma absurda e é bastante sem-porque. Como se faltasse uma mensagem, faltasse algo a ser contado ali. "Boyhood" é um dos meus filmes favoritos, e ouvi dizer que este filme tinha ares do que foi o filme de Linklater (obviamente sendo ambientado num outro contexto e com outro personagem que tinha dramas totalmente diferentes do garoto em "Boyhood). Mas o que eu vi foi um filme muito pretensioso, que não soube dar um desfecho à sua história e pareceu esquecer tudo aquilo que construiu ao longo do filme em seu final.
A direção acompanha a decadência dos atos, se tornando, eu diria, invisível e sem expressão no final do filme, infelizmente.
Na minha opinião, "Moonlight" é um filme bom que trata de assuntos e temas importantíssimos, que deveria ter tido um motivo muito mais profundo para ser, que poderia ter sido a voz de tantos outros que sofrem como Chiron.
Mas pareceu ter esquecido-se disso do meio para o fim.
Acho que vou na contra-mão geral aqui quando digo que achei fraca a interpretação de Affleck neste papel. Visto o peso que carrega e a profundidade que o personagem tem, achei sua atuação muito monocromática e automática, salvo alguns momentos raros.
Dito isso, não se pode negar a sensibilidade do filme que traz uma idéia de reconstrução em meio a tantos personagens quebrados de tantas maneiras. Foge do clichê do arco tragédia-recuperação, o que é bom, mas tem barrigas no modo com o qual a história é contada que torna o filme excessivamente moroso até engatar.
Nota-se o cuidado e o requinte com a fotografia, para mim, o ponto alto do filme.
Talvez seja a história mais profunda contada pelos indicados na lista da academia, uma pena que não foi contada do jeito que merecia.
Filmes ambientados no sul dos Estados Unidos tem um apelo muito forte para mim por si só, mesmo que no fundo sejam vazios no fim.
Não tinha visto nada sobre "Hell or High Water" antes de sair a lista de indicados pela Academia, confesso. Escolhi ve-lo logo no começo da maratona anual que faço unicamente pelo motivo supracitado. E não é ótimo quando somos surpreendidos por um bom filme quando não esperamos algo além do medíocre?
O diretor, Mackenzie, fez tomadas e planos tão competentes que, por algum motivo, achei que fosse um autêntico texano tirando do cenário que conhecia tudo que podia. Mas, para minha surpresa, é escocês. Foi a primeira vez que vi um trabalho seu, mas achei um bom diretor para se acompanhar. O roteiro que em história, não traz nada de novo, nos diálogos parece ter sido escrito por um cirurgião das letras. Toda e qualquer fala foi cuidadosamente colocada, o que engrandece demais o filme.
A trilha sonora é motivo de destaque, tanto pelas escolhas quanto pelos momentos. E por fim Jeff Bridges. Extremamente confortável em seu papel, é o ponto alto do filme sem dúvidas. Sua alegria ao encarnar o personagem é notável e, eu ainda não vi a atuação de nenhum dos outros indicados a ator coadjuvante, mas sinto que a minha torcida vai dele.
Filmes ambientados no sul dos Estados Unidos tem um apelo muito forte para mim por si só, mesmo que no fundo sejam vazios no fim. Mas alguns justificam minha expectativa.
Confesso ter ido assistir o filme com baixas expectativas. Não por ter sido um papa-prêmios, pois isso não me incomoda quando é merecido, mas pelas análises - de críticos e de não-críticos também - que vi antes.
Eu não tinha dúvidas que, em termos de produção, seria um poema aos olhos. Mas em nenhuma das críticas que vi ao filme, sua história era lembrada como relevante. Figurino, fotografia, direção: tudo isso era unânime. As atuações e carismas dos protagonistas, como eu já esperava, idem. Mas, talvez por ser escritor, o que eu mais prezo num filme é a história que ele conta. E me preocupei de "La La Land" não contar nada.
É bom estar errado algumas vezes. "La La Land" conta sim, uma excelente história. Talvez não um plot épico, que vá ser contado e muito debatido em mesas de bar e auditórios acadêmicos. Mas acho que ele nem se propunha a isso. Antes, o filme quis contar uma história de um sensível cotidiano comum. Ele conta (assim como um dos meus filmes favoritos "Boyhood"), sobre a vida. Sobre sonhadores, sobre românticos. Sobre sonhos e sobre amor.
E sobre como as vezes as coisas não podem estar na mesma equação.
"La La Land" é, merecidamente, o primeiro dos filmes indicados ao Oscar 2017 que eu vejo. E olha que a Academia ainda nem divulgou sua lista.
Eu li as críticas antes de ver o filme e estava realmente achando que seria um novo "Quarteto Fantástico". Mas os críticos, como em muitas vezes, estavam equivocados.
Sem eximir o filme de seus problemas, tais como a falta de desenvolvimento de alguns personagens e a total vilania chiche e sem motivação da antagonista do filme, temos um filme divertido sem ser infantilóide.
Will Smith e Margot Robbie carregam o filme e são os mais competentes em seus papéis (Jai Courtney está SURPREENDENTEMENTE bem também), os outros personagens nos sao apresentados de forma rápida e à despeito da falta de desenvolvimento, ganham o público bem rapidamente. Exceto por Katana, que cai de para-quedas ali e passa o filme todo escanteada.
A ameaça que, concordo, acontece meio sem explicação o motivo, junta o grupo obriga os personagens a desenvolverem uma química que funciona muito bem no contexto e é muito comum você olhar para os lados na sala de cinema e ver pessoas sorrindo mesmo em momentos onde não há nenhuma piada.
O Coringa é um dos pontos baixos do filme, sua atitude em relação a Arlequina pode ser questionada, mas seria o mesmo que debater se o Superman poderia torcer o pescoço do General Zod no final de "Man of Steel" ou não. O que eu acho que não caiu bem ao personagem foi o aspecto "gangster mafioso" que o Leto deu nele. Uma pena.
Ao fim, "Suicide Squad" desagradou muito os críticos, mas agradou pelo menos toda a sala de cinema na qual eu estava. E acredito que é isso que um filme deva fazer.
Como escritor independente, este filme me deixou envergonhado. Envergonhado por nunca ter prestado atenção devida aos roteiristas de filmes. Nomear diretores, atores..até compositores, em alguns casos o grande público consegue fazer sem muitos problemas. Mas roteiristas? Difícil.
Fui ver este filme para completar a maratona anual que faço com filmes do Oscar. Sem muitas expectativas, nem mesmo pesquisei sobre o filme. A história foi me ganhando pouco a pouco, de uma trama política coletiva até a cruzada de um homem e sua máquina de escrever empenhados em fazer o que era certo.
"Spartacus" é um dos meus filmes favoritos, e mesmo assim eu nunca soube ou procurei saber quem era o seu roteirista. Em "Trumbo" eu descobri. Roach traz numa direção quase invisível a humanidade que esse filme deve ter para contar uma história tão importante, e é preciso pedir perdão à imensa torcida do Di Caprio, mas esse ano é Bryan Cranston quem merece o prêmio. Eu nunca tinha ouvido falar no nome de Dalton Trumbo, e ao fim do filme, sua atuação me transformou em mais uma admirador, e mais do que isso, me fez olhar para os créditos.
É preciso conhecer os e valorizar roteiristas, são eles que contam as histórias nós gostamos tanto.
Todo ano eu faço uma tradicional maratona de filmes indicados pela Academia antes do Oscar sair. "Bridge Of Spies" não chamou a minha atençao, de modo que foi o penúltimo filme da lista que vi. Isso acontece raras vezes, mas quando um filme que não me chamou a atenção me ganha, gosto mais do que um que já prometia algo antes do play.
Tom Hanks é um grande ator, isso não é novidade, mas a sensibilidade que ele tras a este personagem (que, depois eu descobri, foi um homem memorável), é o que nos leva como um fio condutor, durante o filme todo, a simpatizar com a sua causa. A trama toda, apesar de densa, se apresenta bem didática no filme e Spielberg mostra, com uma direção dramática nos momentos certos, que é bom quando foge do melodrama.
O protagonista é chamado de "Standing Man" no filme, e isso me fez pensar que precisamos de mais pessoas que fiquei fiéis as suas convicções e princípios. As vezes as coisas dao certo.
A primeira coisa que eu quis ser na vida foi astronauta. Dito isso, é fato que este tipo de filme me chama atenção só por ser. Mas eu vim de uma grande decepção (sou daqueles que acha que "Interstellar" se perdeu no meio e nao se achou mais), e tinha medo desse filme. Por isso não vi "The Martian" enquanto estava em cartaz. Tradicionalmente, eu faço uma maratona dos indicados pela academia, e tive a sorte desse filme estar na lista porque foi uma supresa MUITO boa. Tudo nesse filme me remeteu à essencia do que eu sempre achei que era ser astronauta. O novo, a viagem, a sobrevivência. Até mesmo a solidão que eu achava existir ali entre as estrelas está presente no filme. Matt Damon é obrigado a levar o filme nas costas (o que foi outro dos motivos de eu ter deixado de ve-lo no cinema) e ele não só compromete como faz com maestria. Ridley Scott segue impecável na direção, parcendo ter voltado a acertar a mão, e o roteiro prende você da primeira cena ao último minuto. Tocar "Starman" foi uma covardia pesada que só deixou o filme melhor.
"Ther Martian" é um grande conjunto de pequenos acertos, como uma fábrica fragmentada onde cada funcionário fez seu papel impecavelmente. Grandes filmes são feitos assim.
São dois filmes diferentes. "Room" em seu primeiro momento mostra uma mãe que precisa ser a fortaleza de seu filho, e que se esforça para transformar uma situação completamente pesada e cruel para uma criança no mais natural possível. Muito parecido com o que o personagem do pai faz no incrível "A Vida é Bela". Temos um segundo momento, quando o mundo se mostra maior que o quarto, onde os papéis se invertem. O filho passa a ser a fortaleza da mãe que agora parece nao segurar mais o peso de tanta coisa nas costas.
É incrível como um filme pode ser ao mesmo tempo tão pesado e tão doce. Todo o filme gira ao redor de Larson, que foi merecidamente indicada, e Tremblay, uma grata surpresa. E os protagonistas não deixam nenhum ponto a desejar.
"Room" mostra que, apesar do mundo ser grande demais as vezes, com ajuda podemos viver nele.
Acredito que esse filme tenha um grande problema: ele é confuso a quem não conhece previamente a historia da computação pessoal. Os tres momentos abordados no filme não são bem amarrados entre si, nem postos num contexto. Recomendo que se veja um outro filme antes deste chamado "Os Piratas do Vale do Silício" que aborda esta questão muito melhor.
Passado esse enorme obstaculo, no entanto, o filme anda muito bem. Não lembro de ter visto um Jobs mais humano em nenhuma de suas representações anteriores. Vemos um homem difícil, mas não de ferro. Vemos Jobs repensar seus atos, suas relações e seu método de trabalho.
Neste filme, vemos Steve Jobs atrasar. E isso quer dizer muita coisa. Não sei o quanto disso foi romanceado ou não, e nem me importo saber, mas o ponto é que "Steve Jobs" conseguiu mostrar pela primeira vez que existia um homem por trás da maçã.
Uma história que precisa ser contada, é isso que "Spotlight" é. Confesso não ter tido ciencia do caso dos padres de Boston quando a equipe que dá título ao filme trouxe o escadalo a publico, mas independente disso, é possível sentir no filme o grau de urgência com o qual ela é vista pelos personagens. O roteiro diz ser um filme jornalístico, mas poderia muito bem ser uma trama policial detetivica. Muito bem construído e didático, nos leva junto com os personagens passo a passo em cada descoberta, o que ajuda na imersão, e faz com que tambem façamos parte da panela de pressão em que se encontra toda a equipe. Nenhum dos atores está no melhor papel da carreira, mas todos funcionam muito bem juntos, dos protagonistas aos coadjuvantes. E a direção seca e sem firulas ajuda para dar o tom mais realista que a história pede.
"Spotlight" faz de nós jornalistas investigativos num dos casos mais importantes da história recente e traz a publico uma história que merece ser lembrada. Excelente filme.
O que "6 Years" tem de mais forte é a história que é contada. Uma história de amor, um amor que trava uma luta incessante com a imaturidade e falta de comprometimento de suas pontas. Mas que tenta se manter.
Apesar de nunca ter tido um relacionamento longo, este filme é uma cartilha de como não se comportar num relacionamento longo. Nao tem atuações primorosas, mas os atores que interpretam os protagonistas cumprem bem seus papéis e isso ajuda no resto da narrativa. A direção é simples e em muitos momentos invisível, mas por ser um filme muito intimista, talvez tenha sido melhor assim. Destaque também para a trilha sonora.
"6 Years" foge dos filmes rasos e sem questionamento do gênero e nos faz pensar muito sobre o futuro, coisa que todo filme sobre cotidiano e relacionamentos deveria fazer.
Pela primeira vez resolvo fazer uma maratona dos indicados do Globo de Ouro e achei justo começar pelo filme do último diretor premiado pela Academia.
Inarritu faz novamente um filme de técnica impecável; a fotografia, os planos (principalmente o plano sequencia que inicia o filme), as atuações merecem sim um grande destaque. Como em "Birdman", a competencia do diretor não pode ser questionada em "O Regresso".
Mas, e isto é um ponto pessoal, acredito que um filme deva ir além dos aspectos técnicos. Inarritu é um diretor bastante psicológico e conta a história de um jeito moroso e arrastado afim de destacar os aspectos íntimos de cada personagem. Sem muito glamour ou firulas, sua narrativa poderia ser comparada a um livro da época do realismo. O que, na minha opinião, leva a história muito perto do marasmo. Boa parte do filme clama por algum acontecimento que não vem e faz muitas cenas bem filmadas e produzidas serem vazias.
Repito, esse filme merece muitos filmes técnicos. Mas nunca merece o premio de melhor filme numa competição.
Vi este filme por indicaçao de uma amiga que disse "Este filme vai tirar sua visao romanceada do que são os bastidores da justiça." O roteiro nao é genial, mas é crítico e bota o dedo na ferida sem cerimonias. Todos os atores estao muito bem e, apesar de um pouco datada, a direção tambem nao compromete. Uma desesperança parecida com a que tive em "Tropa de Elite 2" me acometeu enquanto via esse filme. Mas, na cena final, Pacino diz tudo que ficou entalado na nossa garanta o filme todo.
Muitos críticos dizem que Woody Allen não faz nada memorável ja tem muito tempo. Se tirar por esse filme, eles até tenham alguma razão. "Homem Irracional" está longe de ser um de ser um dos maiores trabalhos dele. Mas também está longe de ser um filme ruim. Tem diálogos baseados em filosofia que faz mesmo quem não é estudioso do assunto refletir sobre muita coisa. Emma Stone parece ter acertado outra vez enquanto Phoenix convence como um personagem trágico e desiludido. Gosto de como a ironia do acaso foi tratada neste roteiro, ela vai de encontro com a opiniao que o próprio Allen mostra em "Matchpoint", como se o diretor tivesse mudado de opiniao com os anos.
"Homem Irracional" não vai ser lembrado como um dos melhores filmes do Allen, mas consegue fazer o que todo filme dele deve fazer: ser melhor que todos os outros em cartaz.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraMelhor do que uns cinco indicados à melhor filme pela Academia.
Uma das melhores histórias que eu vi na vida.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraFilmes que relatam fatos reais sempre me chamam atenção. Acho que por eu ser um amante de histórias, e as minhas preferidas entre elas, serem as reais.
Eu não conhecia as três protagonistas do filme, nem as suas histórias, e acho que não era o único. Na verdade, acredito que tenha sido proposta do filme justamente mostrar estas personalidades tão importantes, para o grande público.
E nisso o filme cumpre muito bem a sua função, pincela questões sociais e políticas da época com os casos pessoais de cada uma das três. Conhecemos as três personagens que tem atuações bem competentes de suas atrizes tendo o roteiro que dá uma leve empurrada para frente na personagem de Katherine Globe frente às outras duas.
Vemos, em concomitante, as conquistas das tres, passando por cima de todos os obstáculos que são postos entre elas e seus planos. Não é um filme com muitos efeitos visuais, uma direção que traga algo para ser comentado, nem uma fotografia bonita.
Mas é a história mais importante que um filme contou nesse ano.
Maratona Oscar 2017: 08/09
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraEu não costumo ser afeito a filmes de guerra. A temática simplesmente não me atrai. Quase nunca vejo e, quando o faço, isso acontece muito tempo depois que já saíram de cartaz.
Isso não aconteceu com "Hacksaw Ridge". Desde o trailer que eu vi desavisado numa sala de cinema, o filme já fazia promessas de me emocionar. Promessas estas que foram cumpridas com mérito.
O filme tem o momento pré-guerra e o da guerra em si. Mel Gibson conduz o filme de modo competente. Sem excessos, e sem muitos louros também, faz uma direção correta. A carga dramática é o que carrega o filme, e isso se dá mais pela história que ele conta do que por qualquer direção, fotografia, ou atuação.
Eu não conhecia a história do soldado Desmond Doss, e com certeza não partilho de seus valores éticos e religiosos. Mas nem por isso devo desconhecer o valor deste homem e o quanto ele foi sincero às suas verdades.
Ao terminar o filme, eu me senti insipirado e orgulhoso por méritos que sequer são referentes ao meu país. E eu, confesso desinteressado por filmes de guerra, me peguei perguntando o porque gostei tanto deste. E percebi. Fui tocado por este filme porque, na realidade, ele não é um filme de guerra.
É o filme de um homem. De um herói que, por acaso, estava na guerra.
Maratona Oscar 2017: 07/09
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraEu não sabia do que se tratava "Fences" até ver o filme. Mesmo o trailer que eu vi não me disse muito do que se tratava, por isso, tive a oportunidade de ser atingido por este filme com o impacto que só um desavisado pode ter.
E "Fences" é sim, uma pancada. Um filme simples em produção, mas enorme em peso. Denzel Washington honra sua indicação à melhor ator e, dos indicados que eu vi, para mim é realmente o melhor. O mesmo vale à Davis, apesar de causar menos surpresa, foi impagável ver uma mulher tão forte quanto ela se dobrar numa personagem que, à época, não podia ter tanta voz.
"Fences" tem em seu ponto maior os diálogos. O filme é metáfora desde o título, e estas metáforas os trazem reflexões importantíssimas para a vida. Todos nós somos rebatedores num jogo de bolas retas e curvas chamado vida. Foi bom poder ver, mesmo que por duas horas, o jogo de outra pessoa.
Maratona Oscar 2017: 06/09
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraMuito badalado, com certeza é o único que pode fazer frente à "La La Land" aos olhos da crítica, "Moonlight" me pareceu um filme incompleto.
O plot é desenvolvido em tres atos que acompanham a vida de Chiron, o protagonista. O primeiro, mostrando-o criança, é bom e competente. O segundo, durante sua adolescência, é a melhor parte do filme. Aqui podemos ver os conflitos pessoais e sociais que o personagem têm, bem como a sua posição frente a eles.
Porém, inflizmente, o terceiro ato, que trata de sua vida adulta desanda de forma absurda e é bastante sem-porque. Como se faltasse uma mensagem, faltasse algo a ser contado ali. "Boyhood" é um dos meus filmes favoritos, e ouvi dizer que este filme tinha ares do que foi o filme de Linklater (obviamente sendo ambientado num outro contexto e com outro personagem que tinha dramas totalmente diferentes do garoto em "Boyhood). Mas o que eu vi foi um filme muito pretensioso, que não soube dar um desfecho à sua história e pareceu esquecer tudo aquilo que construiu ao longo do filme em seu final.
A direção acompanha a decadência dos atos, se tornando, eu diria, invisível e sem expressão no final do filme, infelizmente.
Na minha opinião, "Moonlight" é um filme bom que trata de assuntos e temas importantíssimos, que deveria ter tido um motivo muito mais profundo para ser, que poderia ter sido a voz de tantos outros que sofrem como Chiron.
Mas pareceu ter esquecido-se disso do meio para o fim.
Maratona Oscar 2017: 05/09
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraAcho que vou na contra-mão geral aqui quando digo que achei fraca a interpretação de Affleck neste papel. Visto o peso que carrega e a profundidade que o personagem tem, achei sua atuação muito monocromática e automática, salvo alguns momentos raros.
Dito isso, não se pode negar a sensibilidade do filme que traz uma idéia de reconstrução em meio a tantos personagens quebrados de tantas maneiras. Foge do clichê do arco tragédia-recuperação, o que é bom, mas tem barrigas no modo com o qual a história é contada que torna o filme excessivamente moroso até engatar.
Nota-se o cuidado e o requinte com a fotografia, para mim, o ponto alto do filme.
Talvez seja a história mais profunda contada pelos indicados na lista da academia, uma pena que não foi contada do jeito que merecia.
Maratona Oscar 2017: 04/09.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraFilmes ambientados no sul dos Estados Unidos tem um apelo muito forte para mim por si só, mesmo que no fundo sejam vazios no fim.
Não tinha visto nada sobre "Hell or High Water" antes de sair a lista de indicados pela Academia, confesso. Escolhi ve-lo logo no começo da maratona anual que faço unicamente pelo motivo supracitado. E não é ótimo quando somos surpreendidos por um bom filme quando não esperamos algo além do medíocre?
O diretor, Mackenzie, fez tomadas e planos tão competentes que, por algum motivo, achei que fosse um autêntico texano tirando do cenário que conhecia tudo que podia. Mas, para minha surpresa, é escocês. Foi a primeira vez que vi um trabalho seu, mas achei um bom diretor para se acompanhar. O roteiro que em história, não traz nada de novo, nos diálogos parece ter sido escrito por um cirurgião das letras. Toda e qualquer fala foi cuidadosamente colocada, o que engrandece demais o filme.
A trilha sonora é motivo de destaque, tanto pelas escolhas quanto pelos momentos.
E por fim Jeff Bridges. Extremamente confortável em seu papel, é o ponto alto do filme sem dúvidas. Sua alegria ao encarnar o personagem é notável e, eu ainda não vi a atuação de nenhum dos outros indicados a ator coadjuvante, mas sinto que a minha torcida vai dele.
Filmes ambientados no sul dos Estados Unidos tem um apelo muito forte para mim por si só, mesmo que no fundo sejam vazios no fim. Mas alguns justificam minha expectativa.
Maratona Oscar 2017: 03/09
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraConfesso ter ido assistir o filme com baixas expectativas. Não por ter sido um papa-prêmios, pois isso não me incomoda quando é merecido, mas pelas análises - de críticos e de não-críticos também - que vi antes.
Eu não tinha dúvidas que, em termos de produção, seria um poema aos olhos. Mas em nenhuma das críticas que vi ao filme, sua história era lembrada como relevante. Figurino, fotografia, direção: tudo isso era unânime. As atuações e carismas dos protagonistas, como eu já esperava, idem. Mas, talvez por ser escritor, o que eu mais prezo num filme é a história que ele conta. E me preocupei de "La La Land" não contar nada.
É bom estar errado algumas vezes. "La La Land" conta sim, uma excelente história. Talvez não um plot épico, que vá ser contado e muito debatido em mesas de bar e auditórios acadêmicos. Mas acho que ele nem se propunha a isso. Antes, o filme quis contar uma história de um sensível cotidiano comum. Ele conta (assim como um dos meus filmes favoritos "Boyhood"), sobre a vida. Sobre sonhadores, sobre românticos. Sobre sonhos e sobre amor.
E sobre como as vezes as coisas não podem estar na mesma equação.
"La La Land" é, merecidamente, o primeiro dos filmes indicados ao Oscar 2017 que eu vejo. E olha que a Academia ainda nem divulgou sua lista.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraEu li as críticas antes de ver o filme e estava realmente achando que seria um novo "Quarteto Fantástico".
Mas os críticos, como em muitas vezes, estavam equivocados.
Sem eximir o filme de seus problemas, tais como a falta de desenvolvimento de alguns personagens e a total vilania chiche e sem motivação da antagonista do filme, temos um filme divertido sem ser infantilóide.
Will Smith e Margot Robbie carregam o filme e são os mais competentes em seus papéis (Jai Courtney está SURPREENDENTEMENTE bem também), os outros personagens nos sao apresentados de forma rápida e à despeito da falta de desenvolvimento, ganham o público bem rapidamente. Exceto por Katana, que cai de para-quedas ali e passa o filme todo escanteada.
A ameaça que, concordo, acontece meio sem explicação o motivo, junta o grupo obriga os personagens a desenvolverem uma química que funciona muito bem no contexto e é muito comum você olhar para os lados na sala de cinema e ver pessoas sorrindo mesmo em momentos onde não há nenhuma piada.
O Coringa é um dos pontos baixos do filme, sua atitude em relação a Arlequina pode ser questionada, mas seria o mesmo que debater se o Superman poderia torcer o pescoço do General Zod no final de "Man of Steel" ou não. O que eu acho que não caiu bem ao personagem foi o aspecto "gangster mafioso" que o Leto deu nele. Uma pena.
Ao fim, "Suicide Squad" desagradou muito os críticos, mas agradou pelo menos toda a sala de cinema na qual eu estava. E acredito que é isso que um filme deva fazer.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraLeio quadrinhos da DC desde os 11 anos e espero por esse filme desde que abri a primeira "Action Comics" da minha vida.
As vezes a espera vale à pena.
Trumbo: Lista Negra
3.9 374 Assista AgoraComo escritor independente, este filme me deixou envergonhado. Envergonhado por nunca ter prestado atenção devida aos roteiristas de filmes. Nomear diretores, atores..até compositores, em alguns casos o grande público consegue fazer sem muitos problemas. Mas roteiristas? Difícil.
Fui ver este filme para completar a maratona anual que faço com filmes do Oscar. Sem muitas expectativas, nem mesmo pesquisei sobre o filme. A história foi me ganhando pouco a pouco, de uma trama política coletiva até a cruzada de um homem e sua máquina de escrever empenhados em fazer o que era certo.
"Spartacus" é um dos meus filmes favoritos, e mesmo assim eu nunca soube ou procurei saber quem era o seu roteirista. Em "Trumbo" eu descobri. Roach traz numa direção quase invisível a humanidade que esse filme deve ter para contar uma história tão importante, e é preciso pedir perdão à imensa torcida do Di Caprio, mas esse ano é Bryan Cranston quem merece o prêmio. Eu nunca tinha ouvido falar no nome de Dalton Trumbo, e ao fim do filme, sua atuação me transformou em mais uma admirador, e mais do que isso, me fez olhar para os créditos.
É preciso conhecer os e valorizar roteiristas, são eles que contam as histórias nós gostamos tanto.
Ponte dos Espiões
3.7 694Todo ano eu faço uma tradicional maratona de filmes indicados pela Academia antes do Oscar sair. "Bridge Of Spies" não chamou a minha atençao, de modo que foi o penúltimo filme da lista que vi. Isso acontece raras vezes, mas quando um filme que não me chamou a atenção me ganha, gosto mais do que um que já prometia algo antes do play.
Tom Hanks é um grande ator, isso não é novidade, mas a sensibilidade que ele tras a este personagem (que, depois eu descobri, foi um homem memorável), é o que nos leva como um fio condutor, durante o filme todo, a simpatizar com a sua causa. A trama toda, apesar de densa, se apresenta bem didática no filme e Spielberg mostra, com uma direção dramática nos momentos certos, que é bom quando foge do melodrama.
O protagonista é chamado de "Standing Man" no filme, e isso me fez pensar que precisamos de mais pessoas que fiquei fiéis as suas convicções e princípios. As vezes as coisas dao certo.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraA primeira coisa que eu quis ser na vida foi astronauta.
Dito isso, é fato que este tipo de filme me chama atenção só por ser. Mas eu vim de uma grande decepção (sou daqueles que acha que "Interstellar" se perdeu no meio e nao se achou mais), e tinha medo desse filme. Por isso não vi "The Martian" enquanto estava em cartaz.
Tradicionalmente, eu faço uma maratona dos indicados pela academia, e tive a sorte desse filme estar na lista porque foi uma supresa MUITO boa. Tudo nesse filme me remeteu à essencia do que eu sempre achei que era ser astronauta. O novo, a viagem, a sobrevivência. Até mesmo a solidão que eu achava existir ali entre as estrelas está presente no filme.
Matt Damon é obrigado a levar o filme nas costas (o que foi outro dos motivos de eu ter deixado de ve-lo no cinema) e ele não só compromete como faz com maestria.
Ridley Scott segue impecável na direção, parcendo ter voltado a acertar a mão, e o roteiro prende você da primeira cena ao último minuto.
Tocar "Starman" foi uma covardia pesada que só deixou o filme melhor.
"Ther Martian" é um grande conjunto de pequenos acertos, como uma fábrica fragmentada onde cada funcionário fez seu papel impecavelmente. Grandes filmes são feitos assim.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraSão dois filmes diferentes.
"Room" em seu primeiro momento mostra uma mãe que precisa ser a fortaleza de seu filho, e que se esforça para transformar uma situação completamente pesada e cruel para uma criança no mais natural possível. Muito parecido com o que o personagem do pai faz no incrível "A Vida é Bela".
Temos um segundo momento, quando o mundo se mostra maior que o quarto, onde os papéis se invertem. O filho passa a ser a fortaleza da mãe que agora parece nao segurar mais o peso de tanta coisa nas costas.
É incrível como um filme pode ser ao mesmo tempo tão pesado e tão doce. Todo o filme gira ao redor de Larson, que foi merecidamente indicada, e Tremblay, uma grata surpresa. E os protagonistas não deixam nenhum ponto a desejar.
"Room" mostra que, apesar do mundo ser grande demais as vezes, com ajuda podemos viver nele.
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraAcredito que esse filme tenha um grande problema: ele é confuso a quem não conhece previamente a historia da computação pessoal. Os tres momentos abordados no filme não são bem amarrados entre si, nem postos num contexto. Recomendo que se veja um outro filme antes deste chamado "Os Piratas do Vale do Silício" que aborda esta questão muito melhor.
Passado esse enorme obstaculo, no entanto, o filme anda muito bem. Não lembro de ter visto um Jobs mais humano em nenhuma de suas representações anteriores. Vemos um homem difícil, mas não de ferro. Vemos Jobs repensar seus atos, suas relações e seu método de trabalho.
Neste filme, vemos Steve Jobs atrasar. E isso quer dizer muita coisa.
Não sei o quanto disso foi romanceado ou não, e nem me importo saber, mas o ponto é que "Steve Jobs" conseguiu mostrar pela primeira vez que existia um homem por trás da maçã.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraUma história que precisa ser contada, é isso que "Spotlight" é. Confesso não ter tido ciencia do caso dos padres de Boston quando a equipe que dá título ao filme trouxe o escadalo a publico, mas independente disso, é possível sentir no filme o grau de urgência com o qual ela é vista pelos personagens.
O roteiro diz ser um filme jornalístico, mas poderia muito bem ser uma trama policial detetivica. Muito bem construído e didático, nos leva junto com os personagens passo a passo em cada descoberta, o que ajuda na imersão, e faz com que tambem façamos parte da panela de pressão em que se encontra toda a equipe.
Nenhum dos atores está no melhor papel da carreira, mas todos funcionam muito bem juntos, dos protagonistas aos coadjuvantes. E a direção seca e sem firulas ajuda para dar o tom mais realista que a história pede.
"Spotlight" faz de nós jornalistas investigativos num dos casos mais importantes da história recente e traz a publico uma história que merece ser lembrada. Excelente filme.
6 Anos
2.8 329 Assista AgoraO que "6 Years" tem de mais forte é a história que é contada. Uma história de amor, um amor que trava uma luta incessante com a imaturidade e falta de comprometimento de suas pontas. Mas que tenta se manter.
Apesar de nunca ter tido um relacionamento longo, este filme é uma cartilha de como não se comportar num relacionamento longo. Nao tem atuações primorosas, mas os atores que interpretam os protagonistas cumprem bem seus papéis e isso ajuda no resto da narrativa. A direção é simples e em muitos momentos invisível, mas por ser um filme muito intimista, talvez tenha sido melhor assim. Destaque também para a trilha sonora.
"6 Years" foge dos filmes rasos e sem questionamento do gênero e nos faz pensar muito sobre o futuro, coisa que todo filme sobre cotidiano e relacionamentos deveria fazer.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraPela primeira vez resolvo fazer uma maratona dos indicados do Globo de Ouro e achei justo começar pelo filme do último diretor premiado pela Academia.
Inarritu faz novamente um filme de técnica impecável; a fotografia, os planos (principalmente o plano sequencia que inicia o filme), as atuações merecem sim um grande destaque. Como em "Birdman", a competencia do diretor não pode ser questionada em "O Regresso".
Mas, e isto é um ponto pessoal, acredito que um filme deva ir além dos aspectos técnicos. Inarritu é um diretor bastante psicológico e conta a história de um jeito moroso e arrastado afim de destacar os aspectos íntimos de cada personagem. Sem muito glamour ou firulas, sua narrativa poderia ser comparada a um livro da época do realismo. O que, na minha opinião, leva a história muito perto do marasmo. Boa parte do filme clama por algum acontecimento que não vem e faz muitas cenas bem filmadas e produzidas serem vazias.
Repito, esse filme merece muitos filmes técnicos. Mas nunca merece o premio de melhor filme numa competição.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraTem tudo, menos roteiro.
(Des)Encontro Perfeito
3.5 173 Assista AgoraProcure pelas peças azuis =)
Justiça Para Todos
4.0 124 Assista AgoraVi este filme por indicaçao de uma amiga que disse "Este filme vai tirar sua visao romanceada do que são os bastidores da justiça."
O roteiro nao é genial, mas é crítico e bota o dedo na ferida sem cerimonias. Todos os atores estao muito bem e, apesar de um pouco datada, a direção tambem nao compromete. Uma desesperança parecida com a que tive em "Tropa de Elite 2" me acometeu enquanto via esse filme. Mas, na cena final, Pacino diz tudo que ficou entalado na nossa garanta o filme todo.
Minha amiga estava certa.
O Homem Irracional
3.5 551 Assista AgoraMuitos críticos dizem que Woody Allen não faz nada memorável ja tem muito tempo.
Se tirar por esse filme, eles até tenham alguma razão. "Homem Irracional" está longe de ser um de ser um dos maiores trabalhos dele.
Mas também está longe de ser um filme ruim. Tem diálogos baseados em filosofia que faz mesmo quem não é estudioso do assunto refletir sobre muita coisa. Emma Stone parece ter acertado outra vez enquanto Phoenix convence como um personagem trágico e desiludido. Gosto de como a ironia do acaso foi tratada neste roteiro, ela vai de encontro com a opiniao que o próprio Allen mostra em "Matchpoint", como se o diretor tivesse mudado de opiniao com os anos.
"Homem Irracional" não vai ser lembrado como um dos melhores filmes do Allen, mas consegue fazer o que todo filme dele deve fazer: ser melhor que todos os outros em cartaz.
Stanby
3.2 8O típico filme simples, leve e que você não vai se lembrar daqui a um ano, mais que te faz querer estar apaixonado do início até o fim dos créditos.
É como o protagonista fala na música "The Jack o' diamonds is a hard card to find", e o filme nos mostra que, se achar, não deixe ir embora.
Uma Canção
3.2 275Leve e tocante.
Não tem muita coisa além disso mas, vamos combinar, precisa?