Eu vi elitismo, pedofilia e relacionamento abusivo. Don era só o bibelô de carne de um escritor rico e egoísta e depois de certo tempo virou um servo cuidador.
Pra ver como "amor" é uma palavra-coringa que pode servir pra nomear as mais variadas coisas.
Documentário convencional na forma, relata uma situação histórica tão extrema que compensa ser visto. Os depoimentos, embora comedidos, ficam rodando na cabeça da gente por um bom tempo.
Um tipo de humor sarcástico que não arranca gargalhadas, mas causa cócegas no cérebro e sorrisos de canto de boca. Melhor sequência de abertura. Melhor casamento inadequado.
Tem interesse principalmente histórico e estético, já que o enredo é bem singelo (mas tocante mesmo assim). Curioso notar que a diferença entre as duas Alemanhas fica evidente na própria feitura do filme: as imagens do lado capitalista são em película, enquanto as imagens do lado socialista foram captadas clandestinamente em super 8.
Clássico total. É bom? Sei lá. Nada convence muito bem, nem as atuações, nem os diálogos, tampouco a recriação de época (e olha que custou caro). Mas talvez a tosqueira seja a força do filme. É maraviruim, guilty pleasure.
Definitivamente, não é um filme pra todos os públicos, muito menos pra toda a família (risos nervosos). Senti desconforto misturado com uma pesada pitada de fascínio. Algumas imagens nunca mais saíram da minha cabeça. Cinema extremo.
É fantástico como as questões da negritude e da homossexualidade vão além das palavras (brilhantes, por sinal) nesse filme: a própria montagem tem um ritmo que remete aos temas. Potente e pungente demais pra ser ignorado - embora seja.
O contrário de Hollywood. O outro lado dos Estados Unidos. A vida dos outsiders representada de um jeito outsider, sem verniz, sem bons modos, sem final feliz, inadequado. Todo coisado.
.lVi esse filme no cinema quando saiu e lembro de ter gostado muito. Recentemente revi em parte e achei inofensivo e cheio de clichês. Talvez o filme tenha envelhecido mal. Talvez eu tenha mudado nesse meio tempo. Seja como for, arranca algumas risadas descontraídas, por causa do elenco. Mas não serve para quebrar estereótipos, muito pelo contrário.
Existe filme sobre travestis muçulmanas na Alemanha? Existe, sim. É este daqui. Tem um pouco de comédia, um pouco de drama, diversos conflitos simultâneos de gente babadeira e desaquendada na vida. Gostei principalmente das personagens coadjuvantes. As amigas de Lola são choque de monstro, né não?
Uma ideia complicada mas executada muito bem: fazer um documentário somente com audios de um diário em fita k7 acompanhados com imagens de obras de arte. Simpatizando ou não com o autor do diário falado (não simpatizei), fica difícil não se sentir tocado.
Pra quem gosta do filme, recomendo o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o diretor Mário Peixoto e o que ele (não) fez depois de Limite. Acho que tem no Youtube
O filme serviu de propaganda pra algo indefensável, o nazismo, mas é foda em termos artísticos, é impactante, belo até. Planos e montagem de tirar o fôlego. O jeito é assistir separando a obra da mensagem, dentro do possível.
Iconoclasta e subversivo como os filmes anteriores do diretor, mas menos fértil de ideias. Acaba se tornando repetitivo e parece mais longo do que realmente é. Ainda assim, merece uma espiada sem expectativa demais.
É divertido em diversos momentos, mas bem problemático quanto à representação feminina e especialmente quanto à representação da figura da doméstica, que não aparece como uma pessoa que presta um serviço, mas como um pedaço de carne sem vontade própria disponível ao desejo dos patrões. De certa forma, exemplifica a mentalidade escravista e patriarcal brasileira.
Johan é o objeto de desejo, significa o próprio desejo. Como todo desejo, é uma incompletude, uma busca por. Não tem obrigação de ser correto, ele só brota e reluz, bem babadeiro.
Visão libertária do mundo gay imediatamente anterior à epidemia de HIV. Serve como documento de uma era. Mas serve também como deleite: uma comédia irreverente, despudorada e um pouco cínica, vestida de couro e buá.
Fodasticamente purpurinado, cheio de vida e beleza, mas dá um nó na garganta perceber que aquele momento na boate é o único momento de completude de uma gente que é menos que gente pra sociedade e que, no depender dessa sociedade, nunca será ninguém. Pra mim, leio como um filme sobre resistência, dentre outras coisas.
The Cockettes
4.1 5The Cockettes influenciou diretamente o grupo brasileiro Dzi Croquettes, que também recebeu seu próprio documentário em 2010.
As Canções
4.2 162simples, belo e desidratante.
Downtown 81
3.8 10Esse filme tem cheiro de juventude. Adoraria ter visto aos 21.
Chris & Don
3.9 8Uma linda história de amor?! hein?! olha, sei não.
Eu vi elitismo, pedofilia e relacionamento abusivo. Don era só o bibelô de carne de um escritor rico e egoísta e depois de certo tempo virou um servo cuidador.
Pra ver como "amor" é uma palavra-coringa que pode servir pra nomear as mais variadas coisas.
Meu Amigo Claudia
4.2 41Que pessoa!
Corpo Sem Alma
3.7 6De cortar o coração em picadinho, ainda mais quando sobe o Requiém de Mozart. Assombroso. Nunca mais vi um filme pornô do mesmo jeito.
Parágrafo 175
4.2 26Documentário convencional na forma, relata uma situação histórica tão extrema que compensa ser visto. Os depoimentos, embora comedidos, ficam rodando na cabeça da gente por um bom tempo.
A Confusão de Gêneros
3.2 4Um tipo de humor sarcástico que não arranca gargalhadas, mas causa cócegas no cérebro e sorrisos de canto de boca. Melhor sequência de abertura. Melhor casamento inadequado.
Westler
3.2 2Tem interesse principalmente histórico e estético, já que o enredo é bem singelo (mas tocante mesmo assim). Curioso notar que a diferença entre as duas Alemanhas fica evidente na própria feitura do filme: as imagens do lado capitalista são em película, enquanto as imagens do lado socialista foram captadas clandestinamente em super 8.
Caligula
3.1 489 Assista AgoraClássico total. É bom? Sei lá. Nada convence muito bem, nem as atuações, nem os diálogos, tampouco a recriação de época (e olha que custou caro). Mas talvez a tosqueira seja a força do filme. É maraviruim, guilty pleasure.
The Houseboy
2.1 24O filme é ruim mas a bunda do caseiro é ótima. Basicamente isso.
Devotee
2.8 7Definitivamente, não é um filme pra todos os públicos, muito menos pra toda a família (risos nervosos). Senti desconforto misturado com uma pesada pitada de fascínio. Algumas imagens nunca mais saíram da minha cabeça. Cinema extremo.
Línguas Desatadas
4.4 32É fantástico como as questões da negritude e da homossexualidade vão além das palavras (brilhantes, por sinal) nesse filme: a própria montagem tem um ritmo que remete aos temas. Potente e pungente demais pra ser ignorado - embora seja.
Trash
3.3 28O contrário de Hollywood. O outro lado dos Estados Unidos. A vida dos outsiders representada de um jeito outsider, sem verniz, sem bons modos, sem final feliz, inadequado. Todo coisado.
Será Que Ele É?
3.4 241 Assista Agora.lVi esse filme no cinema quando saiu e lembro de ter gostado muito. Recentemente revi em parte e achei inofensivo e cheio de clichês. Talvez o filme tenha envelhecido mal. Talvez eu tenha mudado nesse meio tempo. Seja como for, arranca algumas risadas descontraídas, por causa do elenco. Mas não serve para quebrar estereótipos, muito pelo contrário.
Lola e Billy the Kid
3.3 5Existe filme sobre travestis muçulmanas na Alemanha? Existe, sim. É este daqui. Tem um pouco de comédia, um pouco de drama, diversos conflitos simultâneos de gente babadeira e desaquendada na vida. Gostei principalmente das personagens coadjuvantes. As amigas de Lola são choque de monstro, né não?
A Paixão de JL
4.5 72Uma ideia complicada mas executada muito bem: fazer um documentário somente com audios de um diário em fita k7 acompanhados com imagens de obras de arte. Simpatizando ou não com o autor do diário falado (não simpatizei), fica difícil não se sentir tocado.
Limite
4.0 168 Assista AgoraPra quem gosta do filme, recomendo o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o diretor Mário Peixoto e o que ele (não) fez depois de Limite. Acho que tem no Youtube
O Triunfo da Vontade
3.8 95 Assista AgoraO filme serviu de propaganda pra algo indefensável, o nazismo, mas é foda em termos artísticos, é impactante, belo até. Planos e montagem de tirar o fôlego. O jeito é assistir separando a obra da mensagem, dentro do possível.
Copacabana Mon Amour
3.9 77Iconoclasta e subversivo como os filmes anteriores do diretor, mas menos fértil de ideias. Acaba se tornando repetitivo e parece mais longo do que realmente é. Ainda assim, merece uma espiada sem expectativa demais.
Como é Boa Nossa Empregada
3.0 16É divertido em diversos momentos, mas bem problemático quanto à representação feminina e especialmente quanto à representação da figura da doméstica, que não aparece como uma pessoa que presta um serviço, mas como um pedaço de carne sem vontade própria disponível ao desejo dos patrões. De certa forma, exemplifica a mentalidade escravista e patriarcal brasileira.
Johan
2.8 25Johan é o objeto de desejo, significa o próprio desejo. Como todo desejo, é uma incompletude, uma busca por. Não tem obrigação de ser correto, ele só brota e reluz, bem babadeiro.
Táxi Para o Banheiro
3.5 33Visão libertária do mundo gay imediatamente anterior à epidemia de HIV. Serve como documento de uma era. Mas serve também como deleite: uma comédia irreverente, despudorada e um pouco cínica, vestida de couro e buá.
Paris is Burning
4.5 242Fodasticamente purpurinado, cheio de vida e beleza, mas dá um nó na garganta perceber que aquele momento na boate é o único momento de completude de uma gente que é menos que gente pra sociedade e que, no depender dessa sociedade, nunca será ninguém. Pra mim, leio como um filme sobre resistência, dentre outras coisas.